"A pauta da CPI já estabeleceu que devem comprovar que o
presidente é um genocida que matou gente, empregos e empresas. A tese já
está pronta; só falta convencer o povo"
[mais uma vez o ilustre colunista se supera ao usar de forma magistral o TENTAR EVITAR que somado ao DEVEM COMPROVAR, será mais uma derrota para eles - afinal, sempre perdem.
um pouco de humor: Bastou um rumor - não chega nem a fake news, é mais mentira, gozação sacana - de que GENOCÍDIO é punível com a decapitação, para que pescoços ilustres de Brasilia procurassem alfaiates para criarem uma proteção para pescoços.
Tem alguns querendo tocar fogo no circo - esquecem que quando o circo pega fogo a maior parte dos mortos estão palco e nos camarotes.]
Enfim, temos a CPI para investigar o presidente.
Renan Calheiros é o
relator;
Jader Barbalho, o primeiro suplente;
o presidente é Omar Aziz.
Insuspeitos vão investigar o grande suspeito. [para que não pairem dúvidas sobre a isenção das investigações da CPI, Renan Calheiros comandará as investigações que envolvam o governo do Pará e Jader Barbalho comandará as que se envolvam os alagoanos.]
Entre os gerontes do
Senado, houve o cuidado de escolher os de passado ilibado. [quanto a escolher os gerontes a tarefa foi árdua e ainda pendente = encontrar no Senado da República senadores honestos, com idade avançada = sinônimo de profícua carreira política = e que não se tornem ridículos ao defenderem teses que não se sustentam, é praticamente impossível.]
O objetivo
real é tentar evitar que Bolsonaro seja reeleito.
A pauta já estabeleceu
que devem comprovar que o presidente é um genocida que matou gente,
empregos e empresas. A tese já está pronta; só falta convencer o povo.
Afinal, provas nem são necessárias. Com o aval do Supremo, até provas
ilícitas podem, se forem amplamente divulgadas e não forem contestadas,
como ensinou a Barroso o ministro Lewandowski. [o perigo do uso de provas que nada provam é que os julgadores, que validam tais provas, podem também ser julgados com provas que nada provam. Aí o negócio bagunça.
A propósito: a aula do ministro Lewandowski, na qual ele com a sapiência que considera possuir, ensinou ao ilustre colega Barroso sobre a CF decretar: "LVI - são inadmissíveis, no
processo, as provas obtidas por meios ilícitos;"
teve força para revogar, ou adaptar, o inciso da CF que a sustenta? se afirmativo será uma revogação monocrática? virtual?
colegiada?]
A CPI se instala depois de uma semana de novas
agressões à Constituição. Depois de o Supremo, governadores e prefeitos
passarem um rolo compressor em direitos fundamentais do pétreo art. 5,
24 governadores ignoraram o art. 84 e propuseram acordos com o
presidente Biden. Os Estados Unidos já tiveram 13 colônias, agora se
ofereceram 24. [presidente Bolsonaro, o senhor está sendo conivente com ofensa grave à Constituição Federal? governadores incompetentes e antipatrióticos mudam o 'caput' do artigo 1º da CF e o senhor aceita? não denuncia? e o seu ministro da Justiça? o mais grave é que podem pedir seu impeachment por concordar a com a mudança de um artigo da CF? = genocídio constitucional?]
Também na semana passada, Fachin prorrogou por 60 dias a
investigação de que Renan teria recebido 32 milhões, e Jader, 4,3
milhões, segundo depoimento do ex-presidente da Transpetro, Sérgio
Machado(MDB). Esta semana, o presidente inaugurou asfalto novo na Bahia,
e era um pavimento muito espesso — não havia sido retirada a maior
parte para propina.
Aí, cai a ficha: fechado o propinoduto, é preciso
livrar-se de quem fechou a cornucópia. Afinal, na tese de Lewandowski a
Barroso, combater a corrupção dá mais prejuízo ao país do que o dinheiro
público que se recupera.
Na véspera da CPI, a PGR ofereceu denúncia contra o
governador do Amazonas, Wilson Lima, e mais 17 pessoas.
Desvios em
contratos de respiradores.
Aí se entende que “ficar em casa até ficar
com falta de ar” é para justificar contratos de respiradores.
Tratamento
imediato deve ser combatido, porque não gera respiradores.
O remédio é
baratinho e tão antigo que já nem paga patentes, por isso a narrativa
ganha a companhia de laboratórios.
Taí um bom tema para a CPI, se
decidir rejeitar palanque eleitoral e respeitar a memória dos que foram
sacrificados.
Alexandre Garcia, colunista - Correio Braziliense