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segunda-feira, 6 de maio de 2019

Bolsonaro deixará Bandidos ampliarem espaços?

O Presidente Jair Bolsonaro vai precisar de muita serenidade para lidar com o tsunami de tretas maquiavelicamente montadas para criar cisões irreparáveis entre os principais membros do governo. Bolsonaro corre grave risco de isolamento. Nem dá para imaginar o impacto de uma baixa na equipe ministerial, seja de Sérgio Moro ou até da polêmica Damares Alves, passando até pelo Paulo Guedes. A divisão burra e inútil criada pela família Bolsonaro contra o vice Antônio Hamilton Mourão também tem a dimensão de um harakiri político.

Tudo piora com os efeitos da persistente crise econômica. Todo mundo sabe que ela é uma herança maldita da Era PT/PMDB, com muitos ingredientes estruturais da Era FHC. É uma crise resultante da desmoralização e esgotamento da Nova República de 1985. Acontece que Bolsonaro já entra no quinto mês de governo. As cobranças começam a acontecer. O Presidente falha porque não apresenta uma agenda positiva clara e objetivo. Fica refém da promessa inconsistente de que “tudo se revolverá e acontecerá de bom após a reforma da Previdência. Muitas medidas sábias e urgentes só dependem da vontade política do Presidente e da competência de gestão da equipe dele.

O tempo joga contra Bolsonaro. A impressão é que o Presidente enfrenta a crise com lentidão, ou velocidade aquém da necessária. A extrema mídia é impiedosa. Sorte dele que a oposição é incompetente. No entanto, o Bolsonaro cai facilmente nas armadilhas do Presidencialismo de Coalizão (que mais parece de colisão). Parece refém de Rodrigo Maia e do “centrão” na Câmara dos Deputados. O Presidente até consegue esboçar sua agenda conservadora. Encara seus inimigos ideológicos. No entanto, na hora de focar na solução da crise não demonstra a mesma clareza, objetividade, perseverança e assertividade. Parece claudicar como gestor e líder de um Projeto Estratégico de Nação que até agora não formulou claramente.  

O governo fracassa se a economia não volta a crescer. E a economia, que parece parada, na verdade, passa a impressão de que retrocede para algo pior. Bolsonaro não pode delegar apenas a Paulo Guedes o papel de destravar a economia para retomar um crescimento que seja capaz de recriar oportunidades de emprego e apontar o caminho do desenvolvimento. Por isso, o Presidente tem de liderar. Não pode se isolar. Precisa parar de brigar inutilmente contra aliados (mesmo que inconfiáveis) e contra inimigos reais. O eleitorado espera dele atitudes equilibradas, e não discursos vazios ou promessas irrealizáveis.

Mais ainda: Bolsonaro não pode permitir que os bandidos organizados retomem a hegemonia. O Mecanismo sofreu baques com a Lava Jato e afins, porém segue operando e se reinventando. A perdulária e corrupta máquina pública segue aparelhada nos três poderes. Os militares que sustentaram a eleição de Bolsonaro começam a dar sinais, nos bastidores, de que estão desgastados. Foram escalados e aceitaram encarar uma missão que não conseguem cumprir, porque o Presidente tem dado ouvidos a muitos dos notáveis bandidos da República que continuam ocupando espaços estratégicos de poder.

É concreta a ameaça de futuras baixas entre os militares. Se perder o apoio dos generais e coronéis (da ativa ou na reserva) e se Guedes ou Moro forem irremediavelmente desgastados a ponto de jogarem a toalha -, o governo acaba antes de ter chance de deslanchar. Neste caso, basta a agora moribunda oposição inventar um motivo qualquer de impeachment e detonar o Presidente – tal qual se fez com a incompetanta Dilma.

Bolsonaro precisa parar de se emprenhar pelos ouvidos. A agenda positiva precisa ser concreta, facilmente entendida, aceita e apoiada pela sociedade. Não bastam meras jogadas de comunicação e marketing. São necessárias e imprescindíveis atitudes, exemplos e, sobretudo, sinais concretos de harmonia interna no governo (principalmente com os militares e seu vice Mourão) e pacificação política com os adversários (e até com os fragilizados inimigos, doidos para renascerem das cinzas).

É hora de parar de perder tempo com crises da Argentina, Venezuela, e focar toda atenção na solução para o Brasil, atendendo ao ultimato das urnas: Segurança, Emprego, combate real à corrupção, além da estratégia “Mais Brasil e menos Brasília” (com algumas medidas que desconcentram o abusivo poder estatal sobre o cidadão e o empreendedor).

Resumindo: Bolsonaro tem de enterrar o personagem “Capitão”. Também precisa sepultar o personagem “parlamentar Dom Quixote, estereotipado de radical. Ele precisa incorporar o papel de Presidente, Líder, Realizador, Pacificador. Não deve ter vergonha nem receio de recorrer a estrategistas, sobretudo os militares que, apesar do desgaste pessoal, lhe dão sustentação e assessoramento.

Vale insistir: Presidente Bolsonaro, pare de fazer oposição a si mesmo. Pare de jogar contra seu próprio time. Abra os olhos contra os verdadeiros inimigos que só esperam uma brecha para acabar com você. Jamais se isole! Governe! Lidere! Cobre! Realize! Fale menos e faça mais! Não tenha medo de críticas – inclusive as destrutivas. Conserte erros imperdoáveis o mais depressa que puder! Seja Águia, e não Pombo! Seja Samurai, e não gueixa! Seja sábio, tolerante e harmonizador – e não uma figura impulsiva, claudicante e simplória.

Enfim: Não seja uma Dilma com culhões, Presidente Bolsonaro! Lembre-se de Jânio Quadros e Fernando Collor agindo ao contrário deles. Detone FHC – que hoje é seu inimigo mais consistente, perigoso e inteligente. 
Seja um Lula às avessas – um líder popular, sem ser demagogo populista. Neutralize os bandidos, ou eles vão destruí-lo. Fuja das malditas intrigas palacianas. De novo: ouça seus Generais, ou vai perder a guerra de goleada!