Segundo a Polícia Federal, italiano está em "local incerto e não sabido"
A Polícia Federal (PF) está procurando
o ex-ativista Cesare Battisti, condenado na Itália por quatro
assassinatos nos anos 1970, e com ordem de prisão cautelar determinada pelo ministro Luiz Fux,
do Supremo Tribunal Federal (STF). O italiano está em "local incerto e
não sabido". Há uma investigação em andamento para localizar o italiano. O
advogado Igor Tamasauskas, que defende Battisti, informou que não
conseguiu contato com o cliente após a decisão do ministro do Supremo. A
última vez que conversaram, segundo o defensor, foi "no começo do mês
ou fim do mês passado". Tamasauskas informou que eles só se falavam
"quando havia necessidade".
Na decisão de
quinta-feira, Fux expediu o mandado de prisão para ser cumprido pela
Interpol, no Brasil representada pela Polícia Federal. Também citou
pedido da Interpol para prender Battisti pelos crimes de evasão de
divisas e lavagem de dinheiro.
Em
2010, o STF julgou procedente o pedido de extradição feito pela Itália
três anos antes, mas deixou a palavra final para o presidente da
República. À época, o petista Luiz Inácio Lula da Silva negou, no último dia de mandato, entregar Battisti. No ano passado, a Itália pediu que o governo Michel Temer revisasse
a decisão de Lula. A defesa do italiano solicitou, então, ao STF um
habeas corpus preventivo. À época, Fux concedeu liminar (decisão
provisória), que ele mesmo revogou agora.
Agora,
Fux considerou que, como o Supremo já reconheceu a possibilidade de
extradição, outros presidentes podem tomar decisão diferente. "Tendo o
Judiciário reconhecido a higidez do processo de extradição, a decisão do
chefe de Estado sobre a entrega do extraditando, bem assim a sua
eventual reconsideração, não se submetem ao controle judicial", escreve o
ministro.
Durante a campanha eleitoral, o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) afirmou que extraditaria imediatamente Battisti.
Em entrevista em novembro, Bolsonaro disse que confirmou à diplomacia
italiana que devolveria o ativista ao país, após manifestação do STF.
A
decisão de Fux pegou de surpresa o entorno de Battisti. O advogado do
italiano não tinha sido comunicado até as 22h30min de quinta.
Tamasauskas disse que vai recorrer assim que tiver acesso ao teor do
documento.Amigos de Battisti
acreditavam que o plenário do Supremo, composto pelos 11 ministros da
Corte, deveria julgar a reclamação sobre a extradição de Battisti antes
de tomar qualquer medida em relação ao italiano. [o Brasil das pessoas de BEM, das pessoas que respeitam os DIREITOS HUMANOS dos HUMANOS DIREITOS, ficarão felizes e gratos se os 'amigos' de Battisti optarem por ir embora do Brasil junto com o assassino italiano.]
Eventual fuga
No pedido de prisão feito na quinta-feira,
Raquel Dodge afirmou que "revela-se não apenas necessário, mas premente
e indispensável a custódia cautelar, seja para evitar o risco de fuga,
seja para assegurar eventual e futura entrega do extraditando à Itália,
adimplindo, desse modo, com os compromissos de cooperação internacional
assumidos pelo Brasil, nos termos do Tratado Bilateral firmado entre os
países interessados".
Battisti,
de 63 anos, integrou nos anos 1970 um grupo terrorista na Itália e foi
condenado à prisão perpétua por homicídios. Ele fugiu da Itália e foi
preso em 2007 no Rio de Janeiro. O então ministro da Justiça do Brasil,
Tarso Genro, concedeu a Battisti o status de refugiado político, decisão
muito criticada na Itália.
GauchaZH
GauchaZH
'Conte conosco', diz Bolsonaro a ministro italiano sobre extradição de Battisti
Nesta quinta-feira (13), o ministro Luiz Fux do Supremo Tribunal Federal determinou a prisão do italiano Cesare Battisti para que ele possa ser extraditado para a Itália.
- Jair M. BolsonaroConta verificada @jairbolsonaro 5 horas atrásObrigado pela consideração de sempre, Senhor Ministro do Interior da Itália. Que tudo seja normalizado brevemente no caso deste terrorista assassino defendido pelos companheiros de ideais brasileiros! Conte conosco!
Grazie Presidente @jairbolsonaro.
Se serve prendo il primo volo per riportare finalmente in Italia un delinquente condannato all’ergastolo.