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terça-feira, 12 de dezembro de 2017

BOBAGENS DE DILMA-1: a pensadora da mandioca e as boçalidades de extremistas da goela, que… esgoelam… boçalidades!

A estupidez que toma conta do debate político impressiona. E a boçalidade não é exclusividade de um bolsão ideológico. É bem verdade que, quando Dilma Rousseff está na área, ninguém consegue lhe tomar das mãos palma e galardão. Em matéria de bobagem, ela estará sempre muitos tons acima de quaisquer concorrentes.  A impichada foi convidada a falar nesta segunda na Comissão Extraordinária de Mulheres da Assembleia Legislativa de Minas. Mero pretexto para o proselitismo político. Do lado de fora, extremistas da goela de direita trocavam insultos com extremistas da goela de esquerda para saber quem esgoelava mais sandices. Consta que houve empate. Voltemos àquela senhora.


 
Segundo Dilma, o que ela chamou de “destruição do PSDB” foi uma consequência do “golpe” de que ela teria sido vítima. O outro efeito teria sido o surgimento da extrema-direita. Naquela sua glossolalia muito característica, afirmou, informa a Folha: “Subestimaram a crise política que eles mesmos tinham gerado. Subestimaram o conflito entre Poderes. Subestimaram todas as consequências que um golpe produz sobre o resto das instituições. Se é possível tirar uma presidente da República, tudo é possível”.

Bem, em primeiro lugar, em todas as democracias presidencialistas do mundo, é possível tirar um presidente da República, e nem por isso deus está morto, não é mesmo? No caso do Brasil, a lei do impedimento, a 1.079, é de 1950. Antes de Dilma, Collor já havia experimentado seus efeitos. Depois dele, o Brasil avançou bastante. Alias, a economia do país já melhorou consideravelmente depois da queda da petista. E nunca será demais lembrar que ela só caiu porque cometeu crime de responsabilidade. Dilma achou que poderia dar uma pedalada nas instituições, seguindo tradição de seu partido. E quebrou a cara.

Se existe extrema-direita no Brasil, está onde sempre esteve. A diagnóstico da petista, para não variar, é estupidamente errado. Ao contrário do que ela sugere, o PSDB hesitou muito em aderir ao impeachment. Na verdade, foi uma força retardatária e chegou a ser hostilizado nas ruas. Dona Doida se mostra, o que não é surpresa, uma péssima leitora da realidade.  Quem quebrou as asas dos tucanos, da política, do centro político, do bom senso, da institucionalidade, da legalidade, do Estado de Direito… Quem fez essa miséria toda foi, com efeito, um “golpe”, mas não o da sua deposição e sim aquele orquestrado pelo Ministério Público Federal, com braços hoje atuantes no STF. E tais braços, diga-se, pertencem a ministros indicados pela própria Dilma. A baixa qualidade de seu governo — em qualquer aspecto que se queira — se refletiu também no Supremo. Suas indicações compõem o roteiro do desastre: Rosa Weber, Luiz Fux, Roberto Barroso e Edson Fachin.

Vale dizer: uma das áreas devastadas pela ruindade do governo Dilma não se recupera tão cedo.

Blog do Reinaldo Azevedo