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sexta-feira, 3 de abril de 2020

Governo federal não libera o auxílio e nem dá informações - Míriam Leitão

Falta sensibilidade social ao governo, que não libera o auxílio nem dá informações

A resposta do governo à crise é muito lenta. Na parte legal, o presidente levou dois dias para sancionar e mais outro para publicar a medida que cria o benefício de R$ 600 para os informais e os vulneráveis. Foram passos de tartaruga.  A parte operacional para entregar o benefício está trabalhando. Um integrante do governo me disse que eles estão operando no tema 24 horas por dia. É preciso, por exemplo, ter um suporte de tecnologia da informação para o site do Ministério da Cidadania não sair do ar. É lá que as pessoas de fora do Cadastro Único vão se inscrever. O governo tem errado também na divulgação. Faltam as informações que vão dar tranquilidade às famílias. A imprensa tem buscado os dados, mas é difícil encontrar.
O ministro Onyx Lorenzoni disse que os pagamentos começarão com os beneficiários do Bolsa Família. Essa é a parte fácil, pode ser feita já. O mais complicado é encontrar os beneficiários que não estão nos cadastros sociais. A equipe trabalha para montar a plataforma digital pela qual as pessoas vão se cadastrar, para que não haja aglomerações.
O governo tem que ter sensibilidade social. As pessoas precisam do dinheiro e também de informações sobre como e quando receberão. O processo não pode ser tão lento. As famílias precisam dos recursos urgentemente.
[Presidente, com todo o respeito: seus filhos mais atrapalham que ajudam, e o "02" agora conseguiu se superar - eu vivi, 1964, tinha 11 anos completos e lembro de tudo que ocorreu - e dar auxílio financeiro em função de uma PANDEMIA, temporário e precário,  não é, jamais será, patrocinar a volta do socialismo - aliás, o Brasil nunca foi socialista, portanto, não há de se falar em volta. 

Que o senhor discorde do ministro Mandetta, especialmente quando a eficácia (e os riscos econômicos) do isolamento = do para total = é seu direito como cidadão (também discordo e acho que isolar pode custar mais caro, em termos de abastecimento, com mais mortes  do que sem isolamento. 
Demitir o ministro Mandetta é ato discricionário do senhor, mas adiar um pagamento que já poderia ter ocorrido é, no mínimo, uma INCONVENIÊNCIA.
Se há algum impedimento legal, convoque uma cadeia de Rádio e TV e informe quem são os responsáveis.]
Os economistas especializados na área social alertam que há caminhos para agilizar o benefício. Um deles é Ricardo Henriques, que ajudou a montar o Bolsa Família. Ele diz que o diálogo com as prefeituras ajudaria a chegar às famílias que precisam do benefício. Outra sugestão é usar não só a Caixa, mas também as fintechs. Existem formas mais rápidas do que as que o governo está usando.


[Pessoal, é difícil de acreditar, mas tudo é possível.
A turma da Receita Federal está impossível.


Só uma amostra: 
Entidades que representam auditores fiscais da União, estados e municípios vão sugerir ao Congresso uma lista de medidas na área tributária para combater a crise do coronavírus. As ações somam R$ 50 bilhões em desonerações e quase R$ 300 bilhões em aumento temporário de impostos para alguns setores.


O pacote tem dez sugestões para reduzir os efeitos econômicos da pandemia. A medida de maior impacto, estimado em R$ 90 bilhões neste ano, é um aumento temporário da carga tributária de setores exportadores, que aumentaram o faturamento com a alta do dólar.



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