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quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

Uma lei autoritária – O Estado de S. Paulo

Opinião

A nova lei de segurança da França viola direitos fundamentais de forma inaudita

A sociedade francesa está com medo de uma nova onda de ataques terroristas, medo da violência policial contra negros e imigrantes, medo de perder direitos que são a essência da república, ora sob ameaça sem precedentes. É bastante significativo que as multidões que ocupam as ruas de Paris e de outras cidades da França há dias gritem o tempo todo o lema nacional francês: “Liberdade! Igualdade! Fraternidade!”.

[Animador e promissor o fato de que países considerados modelos  de democracia - Alemanha e França - começam a reconhecer que ou se combate os abusos cometidos em nome das liberdades civis ou teremos o CAOS.

Esperamos que esses bons ventos soprem também no Brasil e as polícias e demais agentes de segurança possam trabalhar na contenção dos distúrbios que ocorrem por qualquer coisa e na maioria das vezes sem motivação que possa ser considerada.

A ORDEM e PROGRESSO  da Bandeira Nacional precisam se tornar realidades e com bagunças por razões menores  continuarão sendo apenas uma frase. E os que teimam em zombar das normas, invocando razões ridículas ou mesmo vazias para não cumpri-las, tem que ser obrigados e cumprir e punidos com rigor pela omissão e cabe às autoridades da segurança pública, nos seus mais diversos níveis, enquadrá-los com o uso da força necessária.]

Foi assim na tarde do sábado passado, quando milhares de manifestantes se reuniram no entorno da Torre Eiffel para mais um dia de protestos contra a brutal agressão a Michel Zecler, um produtor musical negro surrado com cassetetes por três policiais brancos, no dia 21 passado. Zecler correu da polícia por não estar usando a máscara de proteção contra a covid-19, o que está sujeito à multa em Paris.

Os manifestantes também protestavam contra uma lei recentemente aprovada pela Assembleia Nacional que, sob pretexto de combater a escalada de ataques terroristas na França, põe em risco a liberdade de expressão e a liberdade de imprensa no país, além de favorecer que policiais como os que agrediram brutalmente Zecler não sejam punidos.

Três pontos da chamada Lei de Segurança Global, que ainda precisa passar pelo Senado, representam risco concreto às liberdades civis na França. Um deles autoriza a prisão por um anoalém da aplicação de uma multa de 45 mil euros (R$ 287,7 mil) – de qualquer cidadão que divulgue de forma “mal-intencionada” imagens de policiais em ação. O que haverá de caracterizar a “má intenção”? Não se sabe. Trata-se, pois, de uma lacuna inconcebível em um Estado Democrático de Direito.

Isso significa que, caso o Senado aprove a Lei de Segurança Global sem alterações, todas as forças de segurança da França terão enorme margem para decidir quando imagens da atuação de seus agentes vieram a público de forma “mal-intencionada” e quando essa divulgação causou “prejuízos mentais” aos agentes. Temendo a prisão e a aplicação de tão vultosa multa, é lícito inferir que muitos cidadãos, incluindo os jornalistas, passarão a ter receio de filmar e expor as ações violentas da polícia francesa. E é sabido que muitos casos passariam ao largo do conhecimento público – e, portanto, da punição – não fossem as filmagens das câmeras de TV e dos celulares.

Ora, não será impedindo que a sociedade tome conhecimento dos casos de violência policial que essa chaga, longe de ser um problema restrito à França, será superada. Decerto não será por meio do acobertamento dos agentes que abusam do monopólio do emprego da violência que os casos de agressão policial vão diminuir.

De acordo com a Lei de Segurança Global, a polícia também pode usar imagens de câmeras de segurança sem autorização judicial e empregar drones com tecnologia de reconhecimento facial para monitorar a participação dos cidadãos em manifestações públicas. “(A Lei de Segurança Global) é a reversão de nosso modelo social a um que poderíamos nomear, sem exageros, de Estado policial”, disse ao jornal The Washington Post o advogado Vincent Brengarth, autoridade em Direito Penal e liberdades civis da república francesa.

O teor autoritário da nova lei não passou despercebido por órgãos ligados à defesa dos direitos humanos. Em nota, a Comissão Consultiva Nacional de Direitos Humanos afirmou que “nenhuma das instituições encarregadas da defesa dos direitos fundamentais da França foi consultada” sobre o texto. Por sua vez, o Conselho de Direitos Humanos da ONU também criticou a lei francesa por conter “violações significativas dos direitos humanos e das liberdades fundamentais”.

De 2012 para cá, houve 250 mortes causadas por ataques terroristas na França. Dia após dia, sucedem-se os casos de violência policial. Não se pode minimizar a gravidade desses problemas, que merecem a devida resposta do Estado. Mas essa resposta não pode ser uma violência em si mesma, isto é, não pode colocar em risco direitos e liberdades fundamentais quando a sociedade não se mostra disposta a abrir mão deles.

Recomendamos ler: aqui 

 

 Opinião - O Estado de S. Paulo


sexta-feira, 3 de abril de 2020

Governo federal não libera o auxílio e nem dá informações - Míriam Leitão

Falta sensibilidade social ao governo, que não libera o auxílio nem dá informações

A resposta do governo à crise é muito lenta. Na parte legal, o presidente levou dois dias para sancionar e mais outro para publicar a medida que cria o benefício de R$ 600 para os informais e os vulneráveis. Foram passos de tartaruga.  A parte operacional para entregar o benefício está trabalhando. Um integrante do governo me disse que eles estão operando no tema 24 horas por dia. É preciso, por exemplo, ter um suporte de tecnologia da informação para o site do Ministério da Cidadania não sair do ar. É lá que as pessoas de fora do Cadastro Único vão se inscrever. O governo tem errado também na divulgação. Faltam as informações que vão dar tranquilidade às famílias. A imprensa tem buscado os dados, mas é difícil encontrar.
O ministro Onyx Lorenzoni disse que os pagamentos começarão com os beneficiários do Bolsa Família. Essa é a parte fácil, pode ser feita já. O mais complicado é encontrar os beneficiários que não estão nos cadastros sociais. A equipe trabalha para montar a plataforma digital pela qual as pessoas vão se cadastrar, para que não haja aglomerações.
O governo tem que ter sensibilidade social. As pessoas precisam do dinheiro e também de informações sobre como e quando receberão. O processo não pode ser tão lento. As famílias precisam dos recursos urgentemente.
[Presidente, com todo o respeito: seus filhos mais atrapalham que ajudam, e o "02" agora conseguiu se superar - eu vivi, 1964, tinha 11 anos completos e lembro de tudo que ocorreu - e dar auxílio financeiro em função de uma PANDEMIA, temporário e precário,  não é, jamais será, patrocinar a volta do socialismo - aliás, o Brasil nunca foi socialista, portanto, não há de se falar em volta. 

Que o senhor discorde do ministro Mandetta, especialmente quando a eficácia (e os riscos econômicos) do isolamento = do para total = é seu direito como cidadão (também discordo e acho que isolar pode custar mais caro, em termos de abastecimento, com mais mortes  do que sem isolamento. 
Demitir o ministro Mandetta é ato discricionário do senhor, mas adiar um pagamento que já poderia ter ocorrido é, no mínimo, uma INCONVENIÊNCIA.
Se há algum impedimento legal, convoque uma cadeia de Rádio e TV e informe quem são os responsáveis.]
Os economistas especializados na área social alertam que há caminhos para agilizar o benefício. Um deles é Ricardo Henriques, que ajudou a montar o Bolsa Família. Ele diz que o diálogo com as prefeituras ajudaria a chegar às famílias que precisam do benefício. Outra sugestão é usar não só a Caixa, mas também as fintechs. Existem formas mais rápidas do que as que o governo está usando.


[Pessoal, é difícil de acreditar, mas tudo é possível.
A turma da Receita Federal está impossível.


Só uma amostra: 
Entidades que representam auditores fiscais da União, estados e municípios vão sugerir ao Congresso uma lista de medidas na área tributária para combater a crise do coronavírus. As ações somam R$ 50 bilhões em desonerações e quase R$ 300 bilhões em aumento temporário de impostos para alguns setores.


O pacote tem dez sugestões para reduzir os efeitos econômicos da pandemia. A medida de maior impacto, estimado em R$ 90 bilhões neste ano, é um aumento temporário da carga tributária de setores exportadores, que aumentaram o faturamento com a alta do dólar.



(.....)




quarta-feira, 18 de março de 2020

Governo pedirá ao Congresso para reconhecer estado de calamidade pública - VEJA

Tempos de coronavírus: Homem deixa manifestação em apoio ao presidente Jair Bolsonaro usando máscara de proteção (15/03/2020) Alexandre Schneider/Getty Images

Em meio à pandemia de coronavírus, a o Governo Federal solicitará ao Congresso o reconhecimento do estado de calamidade pública, anunciou nesta terça, 17. A ideia é que a medida vigore até 31 de dezembro deste ano.
“O reconhecimento do estado de calamidade pública tem suporte no disposto no art. 65 da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) o qual dispensa a União do atingimento da meta de resultado fiscal prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e, em consequência, da limitação de empenho prevista na LRF”, diz nota da Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República. A meta fiscal do governo federal para esse ano é de um rombo de 124,1 bilhões de reais. A iniciativa dá mais liberdade para a área econômica administrar os recursos. De acordo com o governo, a ação vemda necessidade de elevação dos gastos públicos para proteger a saúde e os empregos dos brasileiros”.

Segundo o Ministério da Economia, caso o Congresso reconheça o estado de calamidade pública, continuam obrigatórios os cumprimentos do Teto de Gastos que impede que o governo gaste mais do que ano anterior (corrigido pela inflação) e da Regra de Ouro — que o Tesouro emita dívida para pagar despesas correntes, como salários e aposentadorias. Apenas a meta fiscal, definida na Lei Orçamentária pelo Congresso, é flexibilizada.

[mais uma vez o governo Bolsonaro (e, por extensão, o Brasil e o  povo brasileiro - desta vez a saúde -, ficam nas mãos do Congresso Nacional = não estamos em boas mãos.
Mas, desta vez o presidente se antecipou e o Legislativo, pelo menos nesta matéria, terá que dançar conforme a música e o maestro é o Executivo.
Oportuno anotar para meditação antes de dormir: "NÃO VALE GARANTIR A ECONOMIA COM PERDA DE VIDAS", deputado Rodrigo Maia em momento de inspiração.
A propósito: o Blog Prontidão Total não concorda com as atitudes e manobras do deputado Rodrigo Maia, especialmente a dele dar pitaco em tudo, mas, temos que concordar com ele quando diz que o Brasil já deveria ter fechado as fronteiras.
CONCORDAMOS E PEDIMOS: Presidente Bolsonaro feche todas as fronteiras do Brasil = ninguém entra, ninguém sai, período de no mínimo 20 DIAS.
Estão isentos da medida os brasileiros - retornando ao Brasil - e estrangeiros que morem legalmente no Brasil e retornando, desde que aceitem quarentena em áreas específicas.]

Isso torna o estado pouco efetivo do ponto de vista das contas públicas. É possível “driblar” o Teto de Gastos na área da saúde com a aprovação de créditos extraordinários, mas todas as outras áreas continuariam amarradas pela emenda constitucional aprovada em 2016, no governo Temer.
O texto reforçou ainda a importância das reformas. “O Governo Federal reafirma seu compromisso com as reformas estruturais necessárias para a transformação do Estado brasileiro, para manutenção do teto de gastos como âncora de um regime fiscal que assegure a confiança e os investimentos para recuperação de nossa dinâmica de crescimento sustentável”, conclui a secretaria.

VEJA - Brasil