ROLLEMBERG E JUSTIÇA
PRECISAM JOGAR DURO CONTRA OS RODOVIÁRIOS
PARA COMEÇAR, MULTA
DIÁRIA A SER PAGA PELO SINDICATO POR CADA DIA PARADO: NADA DE PERDOAR
MULTA, COBRAR MESMO
ÔNIBUS VOLTAM A CIRCULAR NO DF
1,5 MILHÃO DE PASSAGEIROS FORAM
PREJUDICADOS PELOS DESORDEIROS TAMBÉM CONHECIDOS COMO
RODOVIÁRIOS
Em campanha salarial, rodoviários fazem
paralisação em todo o DF
Até a
tarde desta quarta-feira, nenhum ônibus de cinco empresas deve circular. Sindicato fará assembleia no domingo, com indicativo de greve
geral
Os
ônibus voltaram a circular às 15h desta quarta-feira (27/5) em todo o Distrito
Federal, após rodoviários de cinco empresas de ônibus cruzarem os braços
durante a manhã, alegando falta de acordo na negociação da data-base com as
empresas. A paralisação relâmpago de cerca de 12 mil
trabalhadores afetou ao menos 1,5 milhão de passageiros de todo o DF,
segundo o Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans). Aproximadamente 2,5
mil coletivos ficaram estacionados nas garagens.
A população já sente os transtornos da paralisação no
centro da capital, onde foram fechados
os acessos à Rodoviária do Plano Piloto. Duas faixas do Eixo Monumental
estão fechadas: uma no sentido Esplanada dos Ministérios e outra no sentido
Rodoferroviária. Os rodoviários estão parando aos poucos, desde as 10h30, e
deixando os ônibus nas vias. O objetivo é pressionar os patrões a assinarem o
acordo coletivo.
Rosiane Martins, 26 anos, é balconista
em um quiosque da Rodoviária do Plano Piloto. Ela saiu do trabalho ao
meio-dia e não sabe como voltará para casa, em Planaltina. "Não tenho como ir embora, o transporte pirata cobra R$ 10 e só
estou com o vale-transporte", disse a balconista. Apesar dos
transtornos, ela acredita que os rodoviários têm o direito de protestar, mas
deveriam fazer um movimento que não prejudicasse tanto a população.
No entanto, essa não é a opinião da maioria que aguarda na rodoviária. O
tosador de animais, Fábio de Jesus, 34 anos, não sabia da paralisação e foi
surpreendido ao tentar chegar ao trabalho.
"Os empresários é que deveriam pagar por isso, não a população. Nós é que
ficamos prejudicados", disse Fábio, atrasado há mais de 45 minutos e
sem previsão de chegar à empresa em que trabalha, no Varjão.
Um dos diretores, Marcos Júnior Duarte, disse que já foram realizadas quatro
rodadas de negociações, mas, até o momento, as empresas não apresentaram
propostas. Sem acordo, os trabalhadores devem se reunir em assembleia no
domingo (31/5), às 9h, com indicativo de greve geral para a segunda-feira
(1°/6). Segundo a associação das empresas, a paralisação não tem justificativa, já que as negociações
ainda estão ocorrendo. Na última proposta feita, na quinta-feira
(21/5), as empresas afirmam que chegaram a oferecer um reajuste de 8.34%, com
base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do IBGE, mas a categoria
não aceitou. No ano passado, os rodoviários tiveram um reajuste salarial de
20%, um dos maiores para a categoria em todo o país em 2014.
A Secretaria de Mobilidade (SEMOB-DF) informou que está acompanhando de perto a
paralisação e tomará as medidas judiciais cabíveis para garantir a continuidade
do serviço. "A paralisação dos
rodoviários foi feita sem o aviso prévio previsto em lei, que é do mínimo 72
horas de antecedência", informou a secretaria em nota. A SEMOB disse
entender que as negociações salariais dos rodoviários é um assunto das
empresas.
Caos no
transporte público
A paralisação ocorre ao mesmo tempo em que cerca de 42 mil passageiros
de cinco regiões administrativas ficaram sem ônibus, por conta da paralisação
de rodoviários da cooperativa Cobrataete, que faz as linhas Varjão, Lago Norte,
Planaltina, Paranoá e Itapoã. Eles reivindicam o pagamento do tíquete, cesta
básica e o salário que está atrasado.
De acordo com o diretor do Sindicato dos Rodoviários, Diógenes Nery, 140
motoristas e cobradores que trabalham em 50 microônibus estão parados. “Os funcionários da empresa já haviam feito
uma paralisação na última semana e o governo garantiu que faria o repasse de R$
38 mil até esta terça-feira (ontem)”. Ele afirmou ainda que a empresa alega
não ter dinheiro porque o GDF ainda não fez o repasse. Em nota, o DFTrans disse que pagará os salários em
atraso até sexta-feira (29/5). [basta o GDF deixar de covardia e deixar os rodoviários sem
pagamento uma semana e eles voltam ao trabalho bem mansinhos.]
Só fazem baderna porque sempre o
governador se acovarda e cede.]
Fonte: Correio Braziliense