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terça-feira, 25 de julho de 2023

Prisão no caso Marielle não tem novidade nenhuma - Alexandre Garcia

VOZES - Gazeta do Povo

A segunda-feira começou com a prisão do ex-bombeiro Maxwell Corrêa. Ele foi preso pela segunda vez, e já estava cumprindo pena em prisão domiciliar. Foi encontrado no mesmo domicílio que ele informou à Justiça. Muitas pessoas pensaram que, como haviam reaberto o processo da Marielle Franco, apareceria não sei o quê, mas no fim foi tudo mais do mesmo, nada que já não soubéssemos. 
Houve uma delação premiada, do motorista que está preso desde março de 2019, o ex-PM Elcio Queiroz, e ele disse o que já era sabido: que Ronnie Lessa o chamou para dirigir o carro e matou Marielle para resolver uma questão pessoal. [o  caso da vereadora, desde seu inicio se destaca pelo exagero da mídia em apresentar narrativas que maximizam situações sem importância; logo no inicio,  o jornal O Globo criou a figura da testemunha chave - caiu em desuso. Agora supervalorizam depoimentos/delações sem valor, de pessoas presas desde a década passada - delações que apenas melhoram a qualidade da narrativa, mas nada acrescentam de válido. Os ex-PMs estão presos há muito, sem julgamento - nos parece que a falta de provas que realmente os incrimine não estimula a que sejam submetidos a julgamento - se foram absolvidos, desmoraliza de vez. Assim, o mais conveniente é mantê-los presos - ao que sabemos possuem longa ficha corrida o que torna razoável usar  um motivo infundado para que permaneçam presos - usam uma acusação,sem substância,  para puni-los por outros crimes.]
 
Interessante que esse Maxwell já tinha sido condenado por atrapalhar a Justiça: o que ele fez foi jogar fora a arma usada, uma submetralhadora. Fazia a vigilância naquela operação de assassinato. Pegou quatro anos, que estava cumprindo em regime aberto. O ministro da Justiça anunciou como se fosse novidade, ficou parecendo que era novidade, muita gente imaginou mesmo que fosse novidade, mas é tudo mais do mesmo
O ministro da Justiça disse que a operação da morte foi elucidada, mas, em vez de encerrarem a investigação, ainda vão continuar. 
Ele não disse abertamente, mas quer ver se encontra um mandante.[outra falta de novidade é que a mídia militante no afã  de maximizar a importância da prisão dos que já estavam presos, atribui ser fundamental para a democracia o esclarecimento do caso Marielle; mais uma vez atribuem a nossa democracia uma fragilidade extrema; tal classificação nos coloca diante da alternativa que segue: - ou o assassinato da vereadora é algo de uma importância extraordinária - dificil,  em um país que a cada ano milhares de pessoas são assassinadas = de março 2018 para hoje morreram assassinados, calculando por baixo,  mais de 200.000 seres humanos = iguais a vereadora = e mais de 100.000 mortes permanecem impunes - ou a importância daquele homicídio é exatamente igual a dos mais de cem mil ainda não esclarecidos. 
Situação que  nos leva a considerar que identificar os mandantes do assassinato da edil é tão importante para a democracia do que identificar a autoria de qualquer um dos mais de cem mil que permanecem impunes. É o que pensamos.]
 
E o mandante do Adélio Bispo, não vão investigar?
Falando em mandante, todo mundo quer encontrar é o mandante do Adélio Bispo. Ou pelo menos o deputado que autorizou um álibi para dizer que o Adélio Bispo não estava em Juiz de Fora naquele 6 de setembro de 2018, mas visitando um parlamentar na Câmara dos Deputados.  
Ninguém entra na Câmara, ninguém fica registrado na entrada sem que o gabinete de um deputado tenha autorizado. 
Também queremos saber isso, saber como apareceu advogado de toda ordem tão rapidamente, como é que ele estava hospedado em Juiz de Fora não tendo renda nenhuma, estando desempregado, mas com computador, celular e aquela faca para matar o candidato que estava na frente da campanha eleitoral.  
Era para Bolsonaro ter morrido em dez minutos, de hemorragia; só não morreu porque estava em Juiz de Fora, perto da Santa Casa, onde havia um centro cirúrgico pronto, cheio de médicos competentes. 
Tomara que continuem investigando a morte de Marielle, para procurar o mandante, mas reabram o caso do Adélio Bispo para procurar o mandante também: quem está por trás, quem apoiava, quem propiciou a logística, quem fez o pedido.
 
Todos empenhados em fazer o brasileiro esquecer logo do que Barroso disse na UNE
Esse anúncio do caso Marielle, agora, parece feito para encobrir alguma outra notícia. 
Foi muito importante politicamente, e muito nociva para o Poder Judiciário, a presença de um ministro da suprema corte num congresso da UNE, fazendo aquela declaração “nós derrotamos o bolsonarismo”. Não sei se é isso, mas logo depois houve o suposto xingamento ao ministro Alexandre de Moraes em Roma, que também ocupou o noticiário. Era como se tentassem fazer o povo não prestar atenção às palavras do ministro Barroso.
 
O presidente Lula tem feito tudo para manter essa questão ativa. Ele passou pelo hospital em São Paulo e depois foi ao ABC, ao Sindicato dos Metalúrgicos, para fazer discurso. Se fosse programa de televisão do Max Nunes seria muito divertido, mas eu fico me perguntando o porquê disso tudo. Ele disse o seguinte: “mesmo que não se goste de outra pessoa, não se pode xingar ou ofender, como aconteceu com o ministro Moraes”. Ele dá uma pausa e diz “esse canalha não só ofendeu como bateu no filho dele”. Parece piada. [o filho do ministro tem quase 30 anos e o senhor que segundo o boquirroto presidente,  bateu nele,  tem 75 anos???]
Lula ainda não teve nenhum constrangimento em contar para os metalúrgicos que ele entregou o nome do Roberto Mantovani ao chefe de governo da Alemanha, porque ele diz ser representante de uma empresa alemã no Brasil. 
Deve ser para pressionar a empresa, para ele deixar de ser representante, ou então ver se ele está mentindo. 
 O governo alemão deve ter ficado é assustado por saber que tem um presidente da República metido nisso, numa questão de juizado de pequenas causas.

E Lula ainda omitiu fatos; disse que Mantovani foi expulso do PSD, pelo qual ele tinha sido candidato; mas não mencionou que Mantovani havia sido candidato em 2004 e fez propaganda com a foto de Lula ao lado dele, porque o vice na sua chapa era do PT.

 
Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Governo vai comprar carros que resistem a disparos de submetralhadora para escolta de Bolsonaro

Veículos custarão R$ 5,5 milhões e serão usados a partir de 2019 pelo presidente eleito e também por seu vice

O governo decidiu comprar novos carros que serão usados para a escolta do presidente eleito Jair Bolsonaro  no próximo ano. A licitação foi lançada na semana passada pelo Gabinete de Segurança Institucional ( GSI ), que pretende gastar até R$ 5,5 milhões para aquisição de 30 veículos, sendo que 12 devem ser blindados. Os carros servirão também para a escolta do vice-presidente, general Hamilton Mourão .No edital de licitação o GSI explica que todos os carros devem ser do mesmo modelo e da cor preta. 

"A cápsula Presidencial (ou Vice-Presidencial) constitui-se de um conjunto de 5 (cinco) veículos de representação, devendo obrigatoriamente ser de mesma marca, modelo e cor do veículo presidencial. Tal imposição, por aspectos de segurança, visa não demonstrar a presença exata da autoridade nos deslocamentos com o uso de veículo diferenciado. Portanto, os veículos de representação, que atendem às autoridades não se resumem somente ao veículo ocupado pelos mesmos", diz o edital.
  
Na especificação técnica, o GSI estabeleceu preço máximo de R$ 235,3 mil para cada uma das 12 unidades blindadas e R$ 153,3 mil para as sem blindagem. A proteção contra disparos de arma de fogo segue o padrão do mercado brasileiro, indicando a classe III-A. Segundo indicações técnicas, essa blindagem consegue suportar disparos de armas de fogo como pistolas 9mm ou submetralhadoras e revólveres calibre .44. 

O chamado pregão eletrônico será realizado na próxima semana, no dia 21. Nessa data, as empresas interessadas têm que entrar no sistema de compra do governo e apresentar suas propostas. Um leiloeiro abre prazo para redução dos preços e, ao final, define quem será o fornecedor do governo. No edital, são apresentados como referências os seguintes modelos: Ford Fusion, Honda Accord, Toyota Camry e Hyndai Azera.

A renovação da frota de carros para escolta presidencial vinha sendo cogitada antes das eleições. Em junho, o GSI consultou o Ministério do Planejamento sobre autonomia do Gabinete para aquisição de veículos destinados exclusivamente a presidente e vice-presidente da República. O edital para compra foi publicado no dia 7 de novembro.

O Globo

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Polícia apreende 'Kit Robocop' em megaoperação no Jacarezinho

Segundo a polícia, adaptador transforma pistola em submetralhadora

A Polícia Civil apreendeu durante megaoperação das Forças de Segurança, nesta segunda-feira, um adaptador para pistola automática que a transforma numa submetralhadora. Segundo policiais que fizeram apreensão, o aparelho é chamado de kit Robocop pelos traficantes. A arma foi apreendida e levada para a Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), na Cidade da Polícia. Além dela, foram levadas para a delegacia uma escopeta e uma pistola calibre 9mm. A delegada Daniela Terra, da DRCI, está ajudando a contabilização da droga apreendida. Há uma quantidade ainda não estipulada de cocaína maconha, entre outras drogas. 
O 'kit Robocop' apreendido na Favela do Jacarezinho - Gustavo Goulart / Agência O Globo
 
O delegado Ricardo Barbosa, da Delegacia do Consumidor (Decon), junto com sua equipe, também aprendeu grande quantidade de drogas, entre elas cocaína maconha e crack ainda não contabilizadas, dentro de uma residência na favela do Jacarezinho. Segundo ele, os traficantes haviam fugido da casa quando os policiais chegaram.  Equipes da Polícia Militar, da Polícia Civil, da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da Força Nacional e das Forças Armadas estão em comunidades da Zona Norte do Rio. São elas: Jacarezinho — que há mais de uma semana vive dias de intensos tiroteios —, Manguinhos, Bandeira 2, Mandela, Arará, Complexo do Alemão e no Conjunto Habitacional Morar Carioca.

Até 12h, 16 pessoas haviam sido presas, entre elas o soldado do Exército Matheus Ferreira Lopes, de 19 anos, suspeito de vazar informações da operação anterior para traficantes. Os detidos estão sendo levados para a Cidade da Polícia, no Jacarezinho. Também foram apreendidas drogas e armas. O objetivo da megaoperação conjunta é prender 14 traficantes. Ainda não há informações se algum mandado de prisão expedido pela Justiça foi cumprido.
Em Manguinhos, criança aperta a mão de homem do Exército durante megaoperação das Forças de SegurançaFoto: Pablo Jacob / Agência O Globo



O Disque-Denúncia (21 2253-1177) divulgou um cartaz com os traficantes procurados nas regiões ocupadas pelas Forças de Segurança e pede informações sobre esconderijo de armas, localização de bandidos, cargas roubadas, pontos de vendas de drogas e veículos roubados. Todos os informes recebidos serão repassados, em tempo real, para o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC). 

VEJA A LISTA COM NOME DOS PROCURADOS

JACAREZINHO
Adriano de Souza Ramos, o Pierre.
Paulo Henrique Godinho dos Santos, o PH.


MANGUEIRA
Eduardo da Silva Barbosa, o Bamba.
Jean Carlos Ramos Tomaz, o Beni.
Reinaldo Santos de Sena, o Dedé.


MANGUINHOS, MANDELA e ARARÁ
Bruno Ricardo Correa da Silva, o Lambão.
Jefferson de Menezes Ferreira, o Jefinho.
Willian Souza Guedes, o “hacota.
André Luiz Cabral dos Santos, o Lacraia.
Luiz Augusto Oliveira de Farias, o Índio do Mandela.


ALEMÃO
Gláucio Cardoso dos Santos, o Glaucinho do Engenho.
Sebastião Teixeira dos santos, o Juninho 51.
Luciano Martiniano da Silva, o Pezão.
Alexandre Gonçalves dos Santos, o Pardal.


Fonte: O Globo