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quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

Gugu Liberato: como foi distribuída no testamento a herança de R$ 1 bi [fora do TEMA]

Rose, mãe dos três filhos do apresentador, assinou o documento sem expressar nenhuma revolta, mas depois se armou para a guerra

Uma hora e meia após o sepultamento de Gugu Liberato, em 29 de novembro, os familiares se reuniram para ler o testamento. Esse ritual burocrático costuma acontecer após a missa de sétimo dia. Feito em 2011, o documento distribuiu a herança da seguinte forma: 75% para os filhos (João Augusto, 18 anos, e as gêmeas Sofia e Marina, de 16) e 25% para os cinco sobrinhos. O documento assegura a Maria do Céu, de 90 anos, mãe do apresentador, uma espécie de pensão vitalícia de 163 000 reais. A parte mais surpreendente do testamento coube à ausência de qualquer menção a Rose Miriam di Matteo, a mãe dos três filhos da estrela da TV. Gugu, que a apresentava como “minha família”, não deixou em seu nome uma mísera quitinete. Como se não bastasse, registrou no testamento Aparecida Liberato como a responsável pelo espólio e curadora de seus filhos menores de idade. Ou seja, de acordo com a vontade de Gugu, Rose não tem autonomia sequer para cuidar das próprias filhas.

 IMÓVEL - A mansão de Orlando, onde morreu Gugu: avaliada em 6,7 milhões de reais //Divulgação

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 Em VEJA MATÉRIA COMPLETA,




 

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Polícia Federal assombra senadores. E um vacilo da PF na execução de uma operação pode tornar ilegais todas as provas obtidas

Congresso reage à operação da PF entre o medo e a perplexidade

Clima entre os investigados pelo Supremo é de apreensão

Os senadores que moram no bloco G da quadra 309 foram acordados pelo ronco de um helicóptero sobrevoando o prédio. Os motoristas e moradores se alvoroçaram com a chegada da Polícia Federal cobrindo todos os flancos do bloco. Logo descobriram que algo impensável acontecia: senadores da República eram alvo de mandados de busca e apreensão pelo envolvimento na Operação Lava-jato. Quando a notícia se espalhou, o clima de receio se alastrou pelo Congresso. — Eu estava saindo para o pilates e dei de cara com uma tropa de ninjas indo para a casa do Collor. Um baixo-astral! — contou o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP).
  Collor usa o apartamento funcional no prédio, mas não estava ali. Dormia com a mulher na Casa da Dinda, mansão no Lago Norte. Ainda estava de pijama quando a PF chegou. Collor ficou indignado. Mais tarde, relatou a colegas que os agentes levaram até cópia de seu testamento.  Collor disse que mostrou notas fiscais dos carros e do Imposto de Renda, mas que o policial fez um telefonema e recebeu a ordem de “levar tudo”. Um agente filmava toda a operação na Casa da Dinda. No apartamento do Senado, como Collor não estava, a porta foi aberta com a ajuda de um chaveiro.

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Apesar de o assunto ser o principal tema do dia, nenhum partido saiu em defesa de Collor ou fez discurso contra ação policial.  Na Câmara, onde, ao todo, 22 deputados respondem a inquéritos, o assunto estava nas rodas de conversa. Não houve discursos na tribuna, mas o clima entre os envolvidos no escândalo era de receio e perplexidade. Nas conversas com O GLOBO, alguns desses deputados, na condição de anonimato, criticaram as decisões dos ministros do STF que autorizaram as buscas. Os que concordaram em dar alguma declaração, a fizeram com cautela. O primeiro vice-presidente da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), investigado no STF, foi econômico: — Espero que a PF saiba o que está fazendo. Está tudo em segredo de Justiça. Não quero falar mais — disse Maranhão, que foi apontado pelo doleiro Alberto Youssef como beneficiário do esquema na Petrobras.

Também respondendo a inquérito, Nelson Meurer (PP-PR) acompanhava no computador à sua frente o noticiário sobre o assunto. Foi outro que não quis se estender no assunto:  — Não tenho nada a dizer.

Jerônimo Goergen (PP-RS) comentou sobre o assunto com reservas. Ele aparece na lista de deputados do PP que, segundo Youssef, receberam entre R$ 30 mil a R$ 150 mil:  — Já fiz minha parte. Fui o primeiro a entregar minha defesa.  O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), também alvo de investigação do STF, não quis comentar a ação da PF. E desdenhou ao ser perguntado sobre o clima de apreensão:
— (Clima?) Não sei, não senti. Não vi ninguém falar de clima. Está sol.

Um parlamentar investigado, que pediu anonimato, comparou sua situação com a de Collor.
— Olha isso! O Collor tá envolvido, esses carrões! Quem sou eu perto disso tudo? Só um deputadozinho.
— Movimentado o Planalto Central hoje né? Está um pandemônio — disse o senador Aécio Neves (PSDB-MG)

Fonte: O Globo