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sexta-feira, 28 de junho de 2019

Heterofobia se alastra - Conmebol multa CBF por gritos homofóbicos da torcida no Morumbi

Entidade aplicou sanção de 15.000 dólares por manifestações de parte dos torcedores no jogo contra a Bolívia, na abertura da Copa América


A Conmebol anunciou na quinta-feira 27 que aplicou uma multa de 15.000 dólares (cerca de 57.000 reais) à CBF por causa dos gritos homofóbicos de torcedores durante o jogo em que o Brasil venceu a Bolívia por 3 a 0, no último dia 14, no Estádio do Morumbi, em São Paulo, na abertura na Copa América.

Naquela ocasião, parte dos presentes nas arquibancadas gritava “bicha” quando o goleiro Lampe cobrava tiros de meta. A entidade sul-americana acabou enquadrando a CBF nos artigos 8 e 14 do seu regulamento disciplinar, que falam em “insulto ou atentado contra a dignidade humana de outra pessoa ou grupo de pessoas, por qualquer meio, por motivos de cor de pele, raça, etnia, idioma, credo ou origem”. [uma dúvida:
-  a CONMEBOL tem a seu cargo a organização, sob todos os aspectos, da COPA AMÉRICA e pretende punir a CBF por responsabilidade no incidente classificado como homofóbico durante o jogo do Brasil, no Estádio do Morumbi.
Trata-se de punir a CBF por permitir algo que ela não tinha a menor condição de impedir - a foto acima mostra uma pequena fração do estádio e mostra a total impossibilidade da entidade máxima do  futebol brasileiro proibir que a torcida brasileira grite, xingue.
A proibição foi divulgada, só que a torcida decidiu desobedecer. Que controle tem a CBF para impedir tal desobediência?

talvez uma punição de portões fechados no próximo jogo da seleção fosse mais eficaz - visto que os torcedores diante da certeza de que não veriam o próximo jogo, evitariam transgredir normas.
Multar a CBF permanece o risco dos torcedores voltarem a provocar incidentes da mesma natureza.] 

Veja a tabela da Copa América

Não cabe recuso contra a decisão tomada pela Conmebol, que também anunciou nesta quinta-feira uma punição à Associação Uruguaia de Futebol (AUF). Neste caso, a entidade foi multada em 10.000 dólares (aproximadamente 38.000 reais) por atraso da seleção para comparecer ao campo no jogo contra o Japão, na Arena do Grêmio, em Porto Alegre, pela segunda rodada da fase de grupos da Copa América. A pena foi aplicada por reincidência dos uruguaios neste tipo de infração. [quem atrasou foi a Seleção do Uruguai, não foi a AUF.] 

Placar


domingo, 16 de junho de 2019

Clubismo, silêncio e homofobia: como a torcida se comportou no Morumbi

Clima frio nas arquibancadas refletiu, também, dentro de campo

[Seleção = timinho; a cada dia está menor. A Copa América será mais uma derrota.

Pena que está contaminando  a seleção feminina.]

O Estádio do Morumbi voltou a receber um jogo da seleção brasileira nesta sexta-feira, 14, depois de quase cinco anos. O placar de 3 a 0 registrou uma vitória tranquila do Brasil sobre a Bolívia, na abertura da Copa América. A equipe, como em anos anteriores, não contagiou o público de mais de 47.000 pessoas, que se deteve ao clubismo e só entoou cânticos de incentivo ao time, como o agora consagrado “Brasil olê, olê, olê!”, depois do primeiro gol, aos 5 minutos do segundo tempo. Durante os 90 minutos, o que chamou a atenção foi a apatia do estádio na maior parte do jogo. A falta de empolgação da torcida deixou o jogo ainda mais frio, assim como os jogadores, vaiados na saída para o intervalo.

Apesar do fato de os portões estarem abertos quatro horas antes do início da partida, os torcedores começaram a ocupar as arquibancadas do Morumbi em cima do horário do jogo. Muitos relataram problemas, como ingressos “duplicados”, o que talvez explique o número de torcedores bem abaixo do esperado. A cerimônia de abertura do torneio, movida a fogos de artifício e música, foi o momento que mais prendeu a atenção do público. Com celulares em mãos, registraram boa parte da festa. O novo telão do estádio paulista também contagiou os torcedores com uma espécie de karaokê, focalizando os fãs mais animados, algo muito frequente nas ligas americanas, como na NBA e NFL.

Outro ponto alto foi a execução do hino nacional. Os torcedores presentes ao Morumbi parecem ter memorizado o ritual estabelecido durante a Copa de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 de continuar cantando o hino à capela até o fim, assim como os jogadores da seleção, mesmo após o corte da execução da melodia. Os cantos em uníssono, porém, acabaram por aí. A partir de então, o que prevaleceu foram demonstrações esparsas de clubismo – um grito de “vai Corinthians” aqui, um coro com uns versos do hino do São Paulo ali. A entrada do ex-jogador do Palmeiras Gabriel Jesus na partida provocou algum alvoroço no segundo tempo.

O clubismo também teve destaque durante a apresentação dos jogadores da seleção brasileira. O volante Casemiro e o atacante David Neres, formados pelo São Paulo, foram ovacionados, enquanto o goleiro Cássio e o lateral-direito Fagner, do Corinthians, foram extremamente vaiados. Tite foi tema de indecisão para os torcedores e ficou entre vaias e aplausos. Antes do início da partida, o técnico recebeu incentivos de alguns presentes, mas a manifestação durou menos de dez segundos. O mesmo serviu para o volante Fernandinho, criticado por suas atuações nas últimas duas Copas do Mundo.

Embora silenciosa na maior parte do jogo, uma manifestação destoou pelo lado negativo: a homofobia. Apesar da decisão recente do Superior Tribunal Federal que tornou demonstrações homofóbicas um ato equivalente ao crime de racismo, parte das arquibancadas insistiam em entoar o lamentável coro “Bicha!” a cada tiro de meta cobrado pelo goleiro boliviano Carlos Lampe.

A última reação dos torcedores antes do final da partida foi um suspiro de espanto, aos 42 minutos do segundo tempo, quando o locutor do estádio anunciou os mais de 22 milhões de reais de renda – um recorde dentro para o futebol brasileiro. Apesar do alto valor arrecadado com a venda de ingressos, o público de 47.260 pessoas (o tíquete médio custou incríveis 485 reais) não nem chegou perto dos 60 000 esperados antes do jogo.

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