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quinta-feira, 19 de novembro de 2020

Quem precisa de STF quando se tem a ONU? Rodrigo Constantino

Qual a função básica de uma Suprema Corte? De forma bem objetiva, seria exercer o papel de guardiã da Carta Magna, ou seja, verificar que todas as leis produzidas pelo Poder Legislativo estejam de acordo com a Constituição, além de representar a última instância da esfera do Poder Judiciário. Trocando em miúdos, deve fazer valer a lei, não cria-la. Juízes não são legisladores, simples assim.

A esquerda não costuma enxergar dessa forma. Quando se depara com um "originalista", chama-o de "ultraconservador". Juízes "progressistas" se veem como legisladores ungidos, que devem "empurrar a história" na direção "certa", da "justiça social" ou "justiça racial". Eles se consideram ungidos e iluminados, e a base esquerdista deseja usa-los para reverter no "tapetão" aquilo que tende a perder nas urnas, pois o "povão" é tosco demais para acompanhar tanto "progresso moral". Para piorar, estão sintonizados com aquilo que ocorre no "mundo".

No caso, na ONU. Os "progressistas" abraçaram o globalismo como instrumento para impor, de cima para baixo, esse modelo elitista e arrogante. Não precisam respeitar a soberania nacional, conceito ultrapassado que só encanta a "extrema direita", os "ultranacionalistas". Os "progressistas" são, como Obama, "cidadãos do mundo", cosmopolitas, "liberais" e, claro, modernos, avançados, descolados.

A democracia costuma representar um empecilho a tais objetivos tão nobres. Por isso ela só serve quando dá vitória para a esquerda, ainda que com suspeita de fraude. Quando vence um Trump da vida, um Bolsonaro, aí ela passa a ser uma "ameaça" a si mesma, ou seja, a "vontade popular" só é boa quando bate com a dos "iluminados". É nesse contexto que devemos analisar a aliança entre nosso STF e a ONU, divulgada com orgulho nesta quarta pelo próprio Supremo:

Flavio Gordon, colunista da Gazeta, foi direto ao ponto em sua resposta: "Comecem limpando a própria casa e extinguindo o inquérito do fim do mundo, antes de encherem a boca para falar de mundo melhor, estado de direito e direitos humanos. Respeitem o povo brasileiro".

É disso que se trata. O STF não parece se importar tanto com a própria Constituição brasileira, mas quer acender vela para a ONU, uma entidade corrompida, que tem países-membros que claramente desrespeitam os mais básicos direitos humanos. A ONU é a casa global da esquerda caviar.  
Conceitos vagos substituem aqueles mais objetivos, justamente para permitir o arbítrio dos poderosos, sem o devido respaldo legal e sem a legitimidade do apoio popular.


O globalismo segue avançando. Sua meta é uma espécie de "governo mundial" controlado por políticos sem votos e burocratas e tecnocratas sem rosto, todos devidamente manipulados por bilionários metacapitalistas, figuras como o especulador George Soros, um dos maiores financiadores da esquerda radical mundo afora.

Seu braço direito, Mark Malloch Brown, que atende pelo pomposo termo "lorde", tem ligações com a Smartmatic, empresa de software de urnas eletrônicas. Em seu livro sobre globalização, o termo mais usado é "manage", ou administrar, defendendo a ideia de que a globalização precisa ser melhor controlada de cima para baixo, por entidades supranacionais. Mas a esquerda chama tudo isso de "teoria da conspiração", ainda que seja confessado pelos próprios articuladores do globalismo.

O mundo está vivendo uma clara disputa entre globalistas e defensores das fronteiras e da soberania nacionais. 
Elite arrogante e elitista de um lado, e o povo do outro. 
O abismo é crescente. Em algum momento isso pode gerar um conflito mais sério. O socialismo, afinal, nunca funcionou e jamais contou com apoio do povo. Teve de ser imposto na marra, com intimidação e opressão. Até as vítimas dizerem basta!
 
Rodrigo Constantino, jornalista - Gazeta do Povo - Blog