Conheça as sete manifestações cutâneas relacionadas a Covid-19
Desde o início da pandemia pelo coronavírus, médicos estão descrevendo diferentes sinais e sintomas, nos mais variados órgãos e sistemas, que podem cursar com a infecção. Tal ato é nobre pois, além de traçar métodos clínicos mais sugestivos para se estabelecer diagnósticos precoces dessa enfermidade, pode, em última instância, tentar estabelecer critérios apurados para se conhecer o prognóstico da doença.• Acroisquemia: considerada, talvez, a mais grave das manifestações cutâneas do coronavírus, a acroisquemia foi descrita em casos mais graves da doença, em pacientes internados em unidade de terapia intensiva. Esses pacientes apresentavam cianose de extremidades, bolhas de sangue e necrose, provavelmente, resultantes de fenômenos microembólicos sistêmicos causados pela evolução da doença viral.
• Eritema pérneo: caracterizado por placas violáceas sobre base avermelhada, infiltradas e dolorosas, nas faces laterais dos pés e dorsais dos dedos dos pés. Esse manifestação foi vista principalmente nos pacientes do norte da Europa, sugerindo, inclusive, estar associada a uma manifestação leve do coronavírus.
• Exantema purpúrico/petequial: manifestação considerada rara, caracteriza-se por exantema que evoluiu com púrpuras e petéquias. O quadro é parecido com o exantema presente na dengue, o que pode levar a erros diagnósticos em áreas onde dengue é considerada endêmica.
• Exantema tipo varicela (“catapora”): caracterizada por pápulas avermelhadas e vesículas distribuídas principalmente no tronco. Foi descrito como surgindo após 3 dias de aparecimento dos sintomas gerais do coronavírus.
• Urticária: podendo aparecer antes ou após a sintomatologia geral do coronavírus, são placas avermelhadas, pruriginosas, que, em alguns casos, confundiu o diagnóstico precoce de infecção por coronavírus.
Por enquanto, é ainda cedo fazer o estabelecimento direto dessas manifestações de pele com o coronavírus, seja como meio diagnóstico, seja como meio prognóstico dessa virose. As citações dessas manifestações foram frutos de relatos de casos, o que nos obriga esperar por dados vindos de estudos epidemiológicos mais abrangentes e conclusivos.