Músico é um dos ocupantes das 49 cadeiras da recém-criada Academia Brasileira de Cultura; posse está marcada para o próximo dia 1º de dezembro, no Rio
[as recentes escolhas da ABL - Academia Brasileira de Letras, mostram que a flexibilização excessiva, especialmente em recentes escolhas, torna até politicamente incorreto que Zeca Pagodinho e outros compositores e cantores, tão ou mais competentes que o sambista, não sejam escolhidos.
Se percebe uma propensão a que tornar alguém um imortal é mais um gesto político do que de reconhecimento intelectual.]
Só faltava essa: Zeca Pagodinho acadêmico. Pois vai acontecer. O, digamos, relaxado cantor foi um dos cinquenta escolhidos pelo Zeca Pagodinho carioca Carlos Alberto Serpa para formar a primeira geração da Academia Brasileira de Cultura, no Rio de Janeiro, junto com personalidades de áreas variadas, como Marieta Severo, Elza Soares, Nelson Motta, Ana Botafogo, Isaac Karabtchevsky e Nélida Piñon.
Zeca Pagodinho - Divulgação - [A assimilação pelos 'acadêmicos' do conteúdo da estante 'literária' do novo imortal, justifica as recentes indicações da ABL]
Serpa jura que a ABC não tem a menor intenção de concorrer com a centenária Academia Brasileira de Letras. “Vamos unir forças”, promete. Em comum, as duas têm chá da tarde (na novata, café) “para debater ideias” e a posse em traje de gala. Zeca experimentou o fardão de gorgurão vinho, que vai usar no dia 1º de dezembro, em seu sítio em Xerém. “Me achei elegantíssimo, mas morri de calor”, comentou.
Publicado em VEJA, edição nº 2764, de 17 de novembro de 2021
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