Após fazer ataque homofóbico, chefe do Executivo alegou ainda intenção em interferir nas edições das provas do Enem e disse que o próximo exame "vai ser nosso"
Um dos homens presentes emendou que a utilização acaba "estragando a linguagem". Foi então que Bolsonaro rebateu que "a linguagem é o de menos, vai estragando a garotada".
A questão à qual Bolsonaro se referiu abordou a variação linguística em 2018 e mostrou
um texto sobre "pajubá, o dialeto secreto dos gays e travestis",
questionando o candidato sobre os motivos que fazem a linguagem se
caracterizar como "elemento de patrimônio linguístico".
O
chefe do Executivo alegou ainda intenção em interferir nas próximas
provas do Enem e disse que o próximo exame "vai ser nosso". "Alguns
querem que a gente mude de uma hora para outra. Começa a mudança agora. O
próximo Enem que vai ser nosso. Falar que tinha que interferir… Se eu
pudesse interferir, não seria esse tipo de Enem que tá ai. De jeito
nenhum", completou.
Em viagem a Dubai, dias antes da prova, ele afirmou que os exames estão começando "a ter a cara do governo".
Depois, disse que se pudesse interferir na prova, o tema da redação seria "mais tranquilo". "Pouca gente ia saber o que é invisível, né. Invisível é o pessoal que foi obrigado a ficar em casa e não tinha ganhos", disse na data, em referência ao assunto da prova, que tratou sobre 'invisibilidade e registro civil: garantia de acesso à cidadania no Brasil'.
Política - Correio Braziliense
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