Pesquisas mostram que a maconha é apenas a porta de entrada para outras drogas mais pesadas. Quem passa pela tristeza de ter um dependente de drogas na família pede força a Deus todos os dias para enfrentar uma difícil cruzada e tentar libertar seu ente querido desse mal. Não conheço nenhum pai ou mãe que tenha orgulho de dizer: “Meu filho é drogado!”
Se eu não quero para meus filhos, por que serei favorável para os filhos dos outros? A maconha é uma droga que traz danos permanentes à saúde, ao sistema nervoso, em especial se usada durante a adolescência. Em muitas pessoas seus efeitos sequelantes são visíveis, tais como lentidão de raciocínio, dificuldade com a fala e desconcentração.
Para a medicina, o uso da maconha potencializa doenças como ansiedade, depressão, esquizofrenia, bipolaridade e câncer. Sua liberação ou legalização resultaria em efeitos desastrosos e irreversíveis na sociedade, nas famílias e, principalmente, no falimentar sistema de saúde brasileiro. E quem pagaria a conta? A maioria esmagadora de contribuintes que não fumam. A rede de saúde ficaria ainda mais assoberbada com o inexorável aumento do número de dependentes, estimulados pela facilidade de acesso. O álcool é a droga que mais mata exatamente porque é liberado.
Há os que evocam a legalização da maconha como instrumento para acabar com o tráfico de drogas. Inocentes úteis ou oportunistas! Do ponto de vista do mercado, com a alta carga tributária, os elevados custos trabalhistas e a péssima infraestrutura que assolam hoje toda a cadeia produtiva do Brasil, o preço final da maconha seria muito maior que o praticado atualmente, o que aumentaria a procura pela mercadoria mais barata no mercado paralelo. Além do mais, quem falou que traficante só vende maconha? Eles agradecem pela valorização da “carreira”!
Por: Flávio Bolsonaro, deputado estadual (PP-RJ)