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quinta-feira, 17 de agosto de 2023

Quem é usuário? Quem é traficante? - Osmar Terra, deputado federal

 

        Estabelecer quem é usuário de droga ou traficante pela quantidade transportada não funcionará!  
Um traficante pode estar com uma quantidade pequena de drogas porque acabou de vender grande quantidade, ou porque está vendendo pequenas parcelas de cada vez.

Pela ideia de quantificar drogas portadas não se prenderá mais traficantes! E o tráfico será livre.

A lei atual deixa a distinção entre um e outro para a autoridade policial, que tem experiência, avalia o local onde foi feito o flagrante, conhece os antecedentes e os cenários possíveis de venda de drogas. Além disso, o processo de prisão passa, ainda, pelo Ministério Público e por um juiz que determina se haverá prisão ou não.

É só a quantidade portada que define isso?
Não esqueçamos
: só existe um grande traficante de drogas quando ele tem uma grande rede de pequenos traficantes que trabalham para ele. Sem o pequeno traficante não existiria o tráfico de drogas. [vale destacar que SEM O USUÁRIO, também NÃO EXISTIRIA o tráfico de drogas = no usuário está a base de todo o tráfico.] 
 
Ninguém vende droga por atacado na “boca de fumo”. Deixar o traficante (por menor que seja) solto, ou legalizar o pequeno tráfico, só aumentará a venda de drogas e mais difícil será prender o grande traficante!

Em resumo: só vai piorar a destruição causada pelas drogas.

Site Conservadores e Liberais - Osmar Terra, deputado federal 

 

segunda-feira, 7 de agosto de 2023

Morte de policial em SP: a verdade sobre o que aconteceu no Guarujá - Roberto Motta

Gazeta do Povo - Vozes


Morte de policial em SP: a verdade sobre o que aconteceu no Guarujá - Foto: Divulgação/Secretaria de Segurança Pública de São Paulo

O melhor caminho para entender o que aconteceu na última semana no Guarujá é conversar com um policial de qualquer grande cidade brasileira.  
Não perca seu tempo procurando a verdade nas matérias da grande mídia. A maioria dessas matérias “jornalísticas” vai repetir a narrativa de sempre: policiais malvados chegaram em uma comunidade pacífica e mataram muita gente.

Vejam um trecho que selecionei da matéria de um grande jornal: "a operação policial gerou diversas mortes no Guarujá desde o fim de semana [...] moradores de diversas comunidades relatam clima de medo com a abordagem policial constante e barulhos de trocas de tiros"

O leitor certamente imaginará que se trata de favelas onde reina a mais absoluta harmonia, ordem e segurança, só quebradas quando a polícia “aparece atirando”. 
 Mas, na verdade, essas comunidades são dominadas por facções do narcotráfico, que ali mantêm seus entrepostos de comercialização, a partir dos quais a droga é enviada à Europa pelo porto de Santos, o porto com maior volume de contêineres do país.
 
É importante entender como a crise do Guarujá começou. Na quinta-feira, 27 de julho, uma viatura da Rota fazia o patrulhamento em uma comunidade pobre de periferia
É importante prestar atenção nisso: uma equipe de elite da polícia militar paulista estava protegendo os moradores de uma favela. A maioria dessas matérias “jornalísticas” vai repetir a narrativa de sempre: - policiais malvados chegaram em uma comunidade pacífica e mataram muita gente

A equipe foi atacada. É importante prestar atenção nisso também: atacaram a unidade mais especializada da polícia militar de São Paulo. Posteriormente, viria a se a descobrir que o criminoso responsável pelo ataque já tinha sido preso por tráfico de drogas. O resultado do ataque foi um policial morto e outro ferido.

Atiraram em uma viatura da ROTA e o silêncio entre as entidades de “defesa de direitos humanos” foi total. 
Nenhuma das ONGs ou entidades classistas que habitualmente protestam contra a “violência” falou alguma coisa. 
 
O policial que foi assassinado se chamava Patrick Reis, 30 anos, e era soldado da polícia militar. 
Patrick sonhava em ser campeão de jiu-jítsu. Sua esposa é uma policial militar. O filho deles, Heitor, fará 3 anos no dia 21 de agosto.

Diante desse fato absurdo - um ataque a uma viatura policial - qual foi a resposta do Estado? Saturar a área com policiais, não apenas com objetivo de capturar os responsáveis pelo ataque, mas também de mandar uma mensagem: há limites que não podem ser ultrapassados.

A polícia militar de São Paulo enviou um grande efetivo ao local, como faria qualquer polícia no mundo. 
Atire em um policial em Nova Iorque e veja o que acontece. 
Atire em um policial em Paris e veja o que acontece.
 
A resposta dada a esse evento pelo governo do estado de São Paulo é a mesma resposta que seria dada em qualquer democracia do mundo. Ao contrário do que alardeiam os ideólogos que infestam as discussões sobre segurança no Brasil, a resposta do Estado foi proporcional à ameaça representada pelo ataque do crime organizado.
 
Diante dessa operação, muitos bandidos da região fugiram para outros locais. Na terça-feira, dia 1 de agosto, três desses bandidos atacaram uma dupla de policiais em Santos. 
A cena, que foi gravada por câmeras de segurança, é pavorosa. 
São três homens armados de fuzis fazendo uma emboscada contra policiais.


    Atire em um policial em Nova Iorque e veja o que acontece. Atire em um policial em Paris e veja o que acontece

Vocês sabem qual foi a manchete dessa notícia em um veículo de mídia? “Troca de tiros entre suspeitos e PM”. Troca de tiros. Os criminosos são chamados na reportagem de suspeitos, apesar das imagens de vídeo que mostram a emboscada contra os policiais. De novo, silêncio total das entidades de direitos humanos
A policial que estava na viatura é casada e tem um filho de 14 anos. Ela sobreviveu por milagre, depois de ser atingida por dois tiros de fuzil nas costas. Ela tem pela frente, provavelmente, uma longa e dolorosa recuperação, além do trauma para o resto da vida.

Muita gente quer saber quando essa crise vai acabar. A resposta é: quando os bandidos baixarem suas armas. A crise, que foi iniciada por eles, será encerrada por eles também.

Em uma entrevista histórica sobre os acontecimentos, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, afirmou o óbvio: ninguém deseja mortes, mas é impossível garantir segurança e tranquilidade para a população sem o enfrentamento do crime violento que ocupa essas comunidades.

Como carioca adotivo, ao assistir a essa entrevista, fiquei imaginando como tudo teria acontecido de forma diferente na minha terra se, trinta anos atrás, o Rio de Janeiro tivesse elegido um governador com essa clareza de visão e firmeza moral.

Veja Também:

    Quem tem medo dos clubes de tiro?

    Direita e esquerda, certo e errado: é hora de escolher o seu lado

Conteúdo editado por: Jônatas Dias Lima

Roberto Motta, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 

 

segunda-feira, 12 de junho de 2023

Judiciário escolheu defender o bem-estar dos criminosos - J. R. Guzzo

Vozes - Gazeta do Povo

STF
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin. -  Foto: Carlos Moura/STF.

O ministro Edson Fachin, a quem o Brasil já deve a novidade mundial da “descondenação” do presidente Lula, está propondo a proibição, ou a “revisão”, da revista íntima nas visitas aos presídiosuma precaução elementar em qualquer sistema penitenciário do mundo.  
O mesmo Fachin já havia proibido a polícia de sobrevoar as favelas do Rio de Janeiro, ou chegar a 100 metros das escolas o que imediatamente transformou as escolas dos morros cariocas num ponto de reunião seguro para os criminosos.
 

Pouco tempo atrás, aí por decisão do Superior Tribunal de Justiça, as autoridades tiveram de devolver o iate, o helicóptero e outros bens de um chefe do tráfico de drogas; segundo o STJ, o mandado de prisão do criminoso “não autorizava” a polícia a fazer a apreensão.  
O traficante, aliás, havia sido solto pelo STF, e desde então está desaparecido.
 
O governo Lula, ao mesmo tempo, defende o “desencarceramento”, que é como eles chamam a soltura de presos condenados pela Justiça, alegando que as prisões brasileiras estão muito cheias. 
Não ocorreu ao Ministério da Justiça, e a nenhum defensor desta “política pública”, que a melhor maneira de se reduzir a população dos presídios seria combater a prática de crimes, e não soltar os criminosos. 
O mesmo governo está encantado com a ideia de liberar as drogas “leves”, ou as que são encontradas em “pequenas quantidades”.

    O Judiciário brasileiro, incluindo-se aí o MP, está trocando a vida, a integridade física e a propriedade dos cidadãos honestos pelo bem-estar dos criminosos.

Traficantes e outros bandidos são sistematicamente colocados em liberdade pela Justiça porque as provas contra eles foram obtidas de forma “irregular”. E por aí vamos, numa maciça e sistemática escalada de decisões da autoridade pública em favor do crime e dos criminosos. Não há notícia sobre o que a sociedade brasileira estaria ganhando com isso.

Como cada uma dessas decisões, e sobretudo o seu conjunto, estariam tornando o Brasil mais seguro para os cidadãos que respeitam a lei e pagam, com os seus impostos, cada centavo dos bilhões de reais gastos pelo Sistema de Justiça, o Ministério Público e a polícia? 
De que maneira se poderia imaginar que isso tudo estaria ajudando a diminuir os níveis do crime e da violência no país, que estão entre os piores do mundo?
 
O que existe na vida real é o contrário do que deveria ser uma “política de segurança” e de defesa da lei. O Judiciário brasileiro, incluindo-se aí o MP, está trocando a vida, a integridade física e a propriedade dos cidadãos honestos pelo bem-estar dos criminosos. 
É isso o que acontece na prática, apesar do palavrório dos devotos da “humanização” do combate ao crime.

A Justiça não é a única responsável por esta tragédia – os políticos eleitos para o Congresso Nacional têm a mesma culpa. Há trinta anos, sem falhar nunca e por pressão dos que prosperam à custa do crime, só aprovam leis que favorecem os criminosos – mais direitos, mais garantias, mais conforto e, acima de tudo, mais impunidade.  

Neste mesmo período de tempo, os deputados e senadores não foram capazes de aprovar uma única lei que pudesse ajudar na segurança do brasileiro comum.  
Adoram “criminalizar” o racismo, a homofobia etc. etc. etc. – mas se recusam a criminalizar o crime. 
O resultado concreto é a calamidade que está aí.


J. R. Guzzo - colunista - Gazeta do Povo - VOZES


sexta-feira, 17 de março de 2023

Violência - Terrorismo temos agora no Rio Grande do Norte, não no 8 de janeiro - Alexandre Garcia

Vozes - Gazeta do Povo

Ataques RN
Pelo menos 18 municípios do Rio Grande do Norte sofreram ataques criminosos contra bens e prédios públicos; suspeita é de retaliação do tráfico de drogas. - Foto: Reprodução/redes sociais

Agora não há mais proibição, não há mais censura, então a verdade está chegando. Vejam o argumento que ouvi – e nos Estados Unidos estão discutindo muito isso sobre o que fizeram durante a pandemia: imaginem se a indústria farmacêutica iria perder um negócio de US$ 200 bilhões de dólares só por causa de remedinhos baratos como ivermectina e hidroxicloroquina. 
Por isso, convenceram a maioria das pessoas de que não havia tratamento para doença e que era preciso comprar a tal vacina experimental. Está muito claro: trata-se de mercado, dinheiro. [governo petista dificulta empréstimo para aposentados. O atual  DESgoverno, sem ter nenhum plano de governo, o que faz em inútil tentativa de mostrar serviço? SE METE EM TUDO.
Para o governo do apedeuta maligno vale qualquer esforço para obter mais recursos - sem dinheiro sobrando, fica mais complicado roubar. A última: quer multar em DEZ SALÁRIOS MÍNIMOS as pessoas que ainda não responderam o Censo IBGE - tais pessoas não ganham dez salários mínimos nem em um ano, como pagar multa de 10 salários?]
 
Falando em mercado, dez bancos já desistiram de fazer empréstimo consignado para aposentados depois que o governo estabeleceu juros de 1,7%. 
Os bancos já estão caindo fora, porque o governo tem a mania de se meter em questões privadas e, com isso, vai prejudicar os aposentados. Aliás, os juros na Argentina estão em 78%, e o nosso ministro da Fazenda queria fazer uma moeda única com eles, imaginem só. Não há como não comparar governos.
 
Lula entra na briga sobre o rito das medidas provisórias
Todos na Câmara estão comentando que o presidente Lula está pressionando deputados, porque as teses do presidente da Câmara, Arthur Lira, sobre a tramitação de medidas provisórias estão prevalecendo, ao contrário do que defendem Lula e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. 
Então Lula resolveu agir, é o Poder Executivo interferindo no Legislativo. Pobre Legislativo: devia ser o primeiro dos poderes e está sendo o último.  
O Supremo se mete, o Executivo se mete, o presidente da República se mete. O presidente anterior, talvez porque tenha sido deputado durante quase 30 anos, sempre respeitou a independência e a autonomia do Legislativo, e nunca se meteu nas negociações políticas, que lá dentro são feitas pelo partidos políticos, por seus líderes e presidentes.
 
8 de janeiro não rendeu uma única denúncia por terrorismo
Já temos 1.037 denunciados pelo 8 de janeiro e ninguém foi denunciado por terrorismo. Os crimes mais graves são dano qualificado, abolição do Estado de Direito (dá vontade de rir quando falamos isso) e golpe de Estado.  
A maioria está sendo denunciada por incitação ao crime, tentar incitar as Forças Armadas a dar golpe, o que não aconteceu. 
Então o que vai sobrar, como me disseram dois policiais federais, é a acusação de dano qualificado para aqueles que comprovadamente quebraram coisas lá dentro.  
Permanecem presos 208 homens e 86 mulheres. 
Quem chamou essa gente de “terrorista” está sujeito agora a ser acusado de crime de calúnia, inclusive (e principalmente) com cobrança indenização por danos morais. [defendemos que a indenização seja cobrada da pessoa física da autoridade - CPF -  que fez a acusação. E que tal autoridade seja obrigada, sob pena de cassação da CNH e Passaporte, a pagar o débito.]
 
Terrorismo é o que está sendo feito no Rio Grande do Norte agora. Eu já fui vítima de terrorismo, já cobri terrorismo na Argentina e no Líbano, já vi aula de terror para terroristas europeus nos subterrâneos do Líbano, já fui sequestrado por um grupo terrorista (os Montoneros) na Argentina, já fui ameaçado por um outro grupo terrorista na outra extremidade do espectro ideológico, eu sei o que é terrorismo. 
E o que está acontecendo agora no Rio Grande do Norte é terrorismo, pela fraqueza do Estado. 
O terrorismo implica em impor o medo à população, e vemos lojas fechando, escolas particulares fechadas, pouca gente nas ruas, não só em Natal como também nas cidades do interior. 
Isso é terrorismo, que exige um porquê, responder o que há de mescla entre o poder e o crime. 
Há uma comissão na Câmara, a Comissão de Segurança Pública, que está querendo investigar isso.[citada Comissão também  quer investigar o que o ministro da Justiça foi realizar em favelas do Rio e da confiança de que não seria atacado pelos bandidos - se deslocou com segurança mínima.]

Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


terça-feira, 26 de julho de 2022

Lula, o candidato que mais defende criminosos e mais a favor do desencarceramento - Gazeta do Povo

 J.R. Guzzo - Vozes

O Brasil nunca teve um candidato que defendesse tanto quem comete crimes

A última coisa que o Brasil precisa neste momento e para o futuro imediato, sem dúvida nenhuma, é mais crime – a principal forma de opressão que existe hoje em dia contra os cidadãos brasileiros em sua vida cotidiana. É um prodígio, assim, que um dos candidatos à presidência da República nas próximas eleições, o ex-presidente Lula, seja um defensor aberto e agressivo dos criminosos e do crime
Ele prega uma “política de desencarceramento” para condenados por tráfico de drogas em seu governo – ou seja, quer tirar bandidos na cadeia, em vez de tirar da circulação os criminosos impunes que desgraçam a população todos os dias, e cada vez mais. 
Seus aliados próximos exigem do STF a liberação do uso e porte de drogas “em pequena quantidade”. 
Lula faz discursos indignados em favor do roubo de celulares, ao defender, como se fossem vítimas, “os meninos” que se dedicam a esse tipo de crime; 
- acha um “absurdo” a polícia prender ladrão de celular, “enquanto crianças passam fome”, etc. etc. 
Disse que policiais não são seres humanos; quis voltar atrás, depois, mas já tinha dito. 
Fez questão de declarar sua solidariedade a um militante petista processado por tentativa de homicídio.
 
Nunca antes, numa campanha eleitoral neste país, se viu um candidato tão apaixonado na defesa do crime. Lula, naturalmente, diz que isso é “política social”; afinal, ele sempre afirmou que os bandidos não são os agressores, mas as vítimas da sociedade.  
Na sua visão de governo, devem ser protegidos da polícia e da justiça, e não combatidos por elas. 
É uma teoria estúpida, pois jamais resultou na recuperação de criminoso nenhum, e sim em mais crime.  
O que você acha que acontece quando soltam bandidos que estão na penitenciária: o número de crimes vai aumentar ou diminuir? 
Já não chegam as dezenas de milhares de delinquentes que estão soltos - e roubam, matam e estupram todos os dias? Pois então: Lula quer colocar mais dessa gente na rua.
Isso é ser a favor ou contra o crime, na prática?  E as drogas? “Pequenas quantidades” de heroína nas escolas, por exemplo, ou de cocaína – isso vai deixar o Brasil melhor, mais próspero ou mais justo? 
Ninguém precisa de uma “grande dose” de heroína para começar a sua ruína. Os únicos que precisam desta “descriminalização”, e que vão lucrar com ela, são os traficantes e o crime organizado.

Ele prega uma “política de desencarceramento” para condenados por tráfico de drogas em seu governo – ou seja, quer tirar bandidos na cadeia, em vez de tirar da circulação os criminosos impunes que desgraçam a população todos os dias, e cada vez mais. 

É aí, na verdade, que está o maior câncer da sociedade brasileira nos dias de hoje: poucos países do mundo, provavelmente nenhum, favorecem tanto o crime quanto o Brasil. 
Ano após ano, muda-se as leis para beneficiar diretamente os criminosos eles têm cada vez mais direitos, mais garantias, mais instrumentos legais para escaparem das punições, mais proteção da justiça, mais privilégios e mais impunidade.  
Os policiais, ao contrário, são perseguidos cada vez mais, como se os inimigos da sociedade fossem eles, e não os bandidos.  
A cada lei nova que o Congresso aprova, menos direitos e mais riscos o policial brasileiro tem – a ponto de que hoje, do ponto de vista legal, é mais perigoso ser um policial do que ser um assaltante, homicida ou estuprador. 
É o resultado direto da perseguição feita o tempo todo aos policiais pelo Supremo, pelo Ministério Público, pela corregedoria da polícia, pelos governadores de Estado, pela Defensoria Pública, pelos grupos de “direitos humanos”, pela mídia em peso. 
Na prática, todos eles estão defendendo diretamente o crime e as organizações criminosas. Negam, é claro – mas é exatamente isso o que acontece no mundo das realidades concretas.
 
A legislação penal brasileira jamais, em momento algum, pensa nas pessoas honestas, inocentes e indefesas que são vítimas do crime - nem em seus direitos, ou na proteção que teriam de receber da autoridade pública. O “direito à vida” que a Constituição lhes garante é uma piada;  
o direito realmente garantido no Brasil é o de quem mata. 
 
Como poderia ser diferente? As leis brasileiras, há anos, são escritas pelos que estão nos degraus mais altos do crime, com os bilhões que têm, a influência que exercem e o terror que impõem. Fazem isso através dos escritórios milionários de advocacia penal, que armam desde a redação até a aprovação das leis no Congresso. Quem pode se esquecer do grupo de advogados que dá a si mesmo o nome de Prerrogativas” e que está fechado com Lula para a presidência? 
Um de seus membros mais destacados disse em público, numa festa feita em São Paulo para o seu candidato, o que parece ser o lema do grupo: “Se o crime já ocorreu, para que punir?” 
Ele estava se referindo, no caso, aos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro pelos quais Lula foi condenado em três instâncias e por nove magistrados diferentes – algo que ajuda a deixar claro porque o ex-presidente está do lado em que está. 
Mas acaba mostrando de forma admirável porque vivemos hoje no meio desta calamidade toda. 
O crime prospera no Brasil, e vai prosperar cada vez mais, porque as elites, que jamais têm problemas de segurança consigo mesmas, trabalham a favor dos grandes criminosos.
 
J. R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

domingo, 5 de junho de 2022

POLÍCIA TRABALHANDO = Quase um milhão no cárcere: número de presos é o maior da História no país - O Globo

Bruno Abbud

Dados do CNJ mostram que número de presos no país se aproxima de 1 milhão 
 
A combinação de desemprego e fome, que se agravaram com a pandemia de Covid, pode ser um dos principais motivos de um crescimento expressivo da população carcerária brasileira. Em dois anos, o total de presos no país aumentou o equivalente a um município de 61 mil habitantes, segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Em abril de 2020, eram 858.195 pessoas privadas de liberdade contra 919.651 em 13 de maio deste ano, um salto de 7,6%.[entendemos que a pandemia e o próprio desemprego não contribuem, nem contribuíram, para o aumento do número de preços. 
Pessoas que eventualmente cometem crimes em função do desemprego e/ou da pandemia, praticam crimes de menor potencial ofensivo e são liberadas na audiência de custódia. 
E os números apresentados são de pessoas realmente encarceradas = praticaram crimes mais graves. 
O que ocorre é que o número de bandidos, de pessoas que optaram pelo crime, está crescendo e  os marginais estão ficando mais ousados e a polícia trabalhando com mais eficiência = mais criminosos presos.]

É a maior população carcerária já registrada pelos sistemas oficiais do país, como o Infopen, do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), que tem a mais extensa série histórica sobre a lotação de presídios brasileiros. Antes do número totalizado pelo CNJ, o recorde do Infopen era 755 mil presos em 2019.

O CNJ atualiza diariamente o Banco Nacional de Monitoramento de Prisões, que reúne dados de mandados de prisão e das Varas de Execuções Penais.

O cenário nos presídios poderia ser ainda pior porque atualmente há 352 mil mandados de prisão em aberto, sendo 24 mil deles de foragidos. Com a marca de 919 mil presos, o Brasil se mantém no terceiro lugar no ranking dos países que mais prendem no mundo, atrás da China e dos Estados Unidos.[destaque-se que os dois países que lideram, são também líderes na economia e no desenvolvimento.]

Enquanto o presidente Jair Bolsonaro comemorou, em fevereiro, em suas redes sociais, o fato de ter “menos bandidos levando terror à população”, os especialistas veem a intensificação do encarceramento como um indício de que as coisas não vão bem.[claro, esses apelidados de especialistas ficam felizes quando tem bandidos nas ruas  praticando crimes na maior parte das vezes contra pessoas que estão na ruas trabalhando e se tornam vítimas potenciais dos bandidos, enquanto os 'especialistas' ficam confortavelmente em suas casas, 'pesquisando' para defender os direitos dos MANOS.] — Esse crescimento reflete um conjunto de falhas. No Brasil, havia uma perspectiva de usar prevenção e repressão à criminalidade. Mas o governo Bolsonaro abandonou qualquer política de segurança. Não pode haver só repressão — diz o pesquisador Fábio de Sá e Silva, membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que atribuiu a quantidade de presos ao aumento no índice dos chamados furtos famélicos, quando pessoas furtam para comer. — Você coloca a polícia na rua e sai prendendo gente que furtou alguma coisa no supermercado porque estava com fome.[sendo recorrente: os que cometem furtos por fome podem até ser presos em flagrante, mas no dia seguinte estão soltos, devido a audiência de custódia. A reportagem deixa claro que reúne dados de mandados de prisão e das Varas de Execuções Penais. Além de mencionar 352 nmil mandados de prisão em aberto.]

(...) 

O número de presos também avança mais rápido do que o de vagas em presídios. Segundo o Depen, desde o início da gestão Bolsonaro, foram abertas 12.587 novas vagas para se chegar a um total de 453.942. Ou seja, há mais do que o dobro de presos no país do que espaço disponível em carceragens. [por isso somos favoráveis a criação de colônias penais na Amazônia,em plena floresta - colônias com maior número de vagas e destinadas a condenados a penas superiores a dez anos = os gastos com segurança seriam menores, mais fácil restringir o número de visitas e mais fácil o controle total sobre o que entra e sai das cadeias.]

Lei anticrime deu impulso
Para a socióloga Ludmila Ribeiro, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o aumento também é fruto das mudanças do pacote anticrime, que tornou mais rigorosas as regras de progressão de regime. Ela estima que, em dois anos, o Brasil poderá estar perto de ter 2 milhões de presos:— O tempo médio de encarceramento passou de 3 a 5 anos para 6 a 10 anos. Nesse ritmo, um milhão atingimos ainda este ano. A população carcerária vai crescer absurdamente.

O Depen contabiliza 692 mil presos porque seus dados vêm de formulários preenchidos à mão por funcionários de unidades prisionais e não incluem presos em delegacias, por exemplo. Já os dados coletados pelo CNJ são abastecidos pelos tribunais e considerados mais próximos da realidade por especialistas.Em 2019, ao negar a pesquisadores acesso a dados antes detalhados em relatórios que pararam de ser produzidos pelo órgão naquele ano, o Depen alegou que o rodízio de funcionários, imposto pela pandemia, prejudicou o controle interno.

Mulheres no crime
Os dados do Depen, vinculado ao Ministério da Justiça, mostram que o contingente de mulheres encarceradas passou de 5,6 mil, em 2000, para 33 mil em 2021. Segundo o órgão federal, em 2017, quando houve o ápice de presas, 59% tinham sido condenadas por ações ligadas ao tráfico de drogas, ao passo que 8,5% estavam envolvidas em crimes violentos, como homicídio e latrocínio.

No ano passado, o perfil de periculosidade das mulheres começou a mudar: caiu para 57% [queda de 2%, ínfima] do total das que estavam encarceradas por tráfico e subiu em 11,6%, [aumento de 3,1%, quase 40% em relação ao percentual anterior] segundo o Infopen, as que respondiam por crimes mais graves.— As mulheres já não realizam só funções burocráticas no crime, mas agem como gerentes. Como os homens estão ficando mais tempo encarcerados, assumem papéis até então masculinos como o de matar observa a pesquisadora.

Segundo o CNJ, das 98 mil execuções penais de mulheres no país, entre regime fechado e aberto, 24.273 delas (24%) se referem a assalto à mão armada e 18.832 (19%) a tráfico de drogas. Outras 6.874 (7%) foram presas por homicídio.

Brasil - O Globo - MATÉRIA COMPLETA 

 

terça-feira, 26 de abril de 2022

Ordem no STF e no TSE é de recuo após indulto a Silveira e nota dura da Defesa

 Renan Ramalho

STF deve aguardar mais tempo antes de analisar indulto de Bolsonaro para Daniel Silveira

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deverão evitar, ao menos no curto prazo, reações duras, seja por meio de declarações fortes ou decisões adversas, ao indulto concedido pelo presidente Jair Bolsonaro ao deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), e à nota do Ministério da Defesa que repudiou falas recentes do ministro Luís Roberto Barroso sobre a participação das Forças Armadas no processo eleitoral.

A avaliação de boa parte deles, apurou a Gazeta do Povo, é de que o momento exige acalmar os ânimos e evitar ações que escalem uma nova crise institucional com o Executivo. Um dado diferencial em relação a outros episódios de tensão é que, desta vez, o STF está mais isolado que no passado, quando recebeu apoio dos presidentes da Câmara e do Senado, o que não ocorreu agora. Uma oposição das Forças Armadas deixaria a situação ainda pior.

No STF, o decreto de Bolsonaro que perdoou a pena de prisão de Silveira pegou os ministros de surpresa e, nos bastidores, alguns criticaram o presidente da Corte, Luiz Fux, por não antever esse cenário – um diálogo mais constante com o Executivo e o Congresso poderia ter antecipado um cenário assim, de modo a preparar previamente uma resposta ou uma solução para o caso. Seu entorno avalia que a Corte precisará dar uma resposta firme, mas serena, em relação ao episódio. Várias questões levam a essa postura, de ordem jurídica, política e institucional.

Dificuldades jurídicas e políticas para derrubar o indulto no STF
No aspecto jurídico,
a jurisprudência mais recente do Supremo reconhece a ampla liberdade discricionária do presidente da República para conceder a graça individual ou o indulto coletivo. Esse entendimento foi firmado há três anos no julgamento que validou um decreto do ex-presidente Michel Temer (MDB), editado em 2017, que beneficiou condenados por corrupção.

Apesar de vários juristas, em geral críticos de Bolsonaro, terem apontado na imprensa problemas no decreto do presidente, e inspirado partidos de oposição a contestá-los na Corte, ainda não há, entre os ministros, um consenso mínimo sobre um caminho jurídico robusto e viável para derrubá-lo.

Vários argumentos contrários – desvio de finalidade, ausência de trânsito em julgado, quebra da impessoalidade ou moralidade – foram, em alguma medida, enfrentados no julgamento de 2018. “Compete ao Presidente da República definir a concessão ou não do indulto, bem como seus requisitos e a extensão desse verdadeiro ato de clemência constitucional, a partir de critérios de conveniência e oportunidade”, diz a ementa da decisão, que sintetiza o entendimento firmado, e que foi redigida por Alexandre de Moraes, relator da condenação de Silveira.

A ementa também diz que o Judiciário – no caso, o próprio STF pode analisar a constitucionalidade do decreto, mas não seu mérito, “que deve ser entendido como juízo de conveniência e oportunidade do Presidente da República, que poderá, entre as hipóteses legais e moralmente admissíveis, escolher aquela que entender como a melhor”.

Para muitos ministros, significa que o STF poderia tão somente derrubar um decreto que descumprisse uma regra expressa da Constituição, no caso, uma que proíbe o perdão de crimes hediondos, tortura, terrorismo e tráfico de drogasesse, aliás, é o entendimento da ministra Rosa Weber, que foi sorteada para relatar as ações contra o decreto a favor de Silveira.

No julgamento do indulto de Temer, ela também disse que, no seu entendimento, o ato é político e não administrativo, o que, em tese, afastaria argumentos de que o decreto não atenderia aos princípios exigidos da administração pública (moralidade e impessoalidade).

Não foram só a surpresa e a dificuldade jurídica que levaram os ministros a recuar, mas também o desafio de orquestrar uma maioria interna para uma solução que derrube o decreto. Em primeiro lugar, os atuais cinco ministros que votaram a favor do indulto de Temer teriam de virar ou relativizar o entendimento que adotaram em 2018.

Além disso, a perspectiva é que Kassio Nunes Marques e André Mendonça votem por manter o decreto – o último estaria propenso a isso depois das críticas que recebeu de apoiadores do presidente por condenar Silveira. Uma decisão rápida do plenário, nesse momento, teria alto risco de manter o indulto, o que representaria uma derrota humilhante para o STF.

O melhor, avaliam vários ministros, é deixar um tempo passar para uma decisão que contemple todos os lados do entrevero entre os poderes.

Nesse sentido, o STF poderia abrir mão da condenação, e da pena de prisão e multa, mas desde que ficasse assentado que o TSE poderia declarar Silveira inelegível pela Lei da Ficha Limpa – sob o fundamento jurídico que o indulto só elimina a punição penal, mas não efeitos secundários da condenação, compreensão que já tem precedentes e foi adotado por Rosa Weber em 2018. Afinal, o principal interesse dos ministros é impedir que Silveira, apoiado por Bolsonaro, se lance candidato ao Senado e faça uma campanha com a bandeira de confrontar o STF, como já demonstrou inúmeras vezes em discursos e atos.

A expectativa é que essa solução acalme, em alguma medida, o Executivo, levando-se não só o fato de Bolsonaro ter feito do indulto uma questão de honra – nesta segunda, ele disse a agricultores, importante base de apoio, que o decreto “é constitucional e será cumprido” como também informações de que generais e chefes do Centrão avalizaram a medida.

O Congresso, por sua vez, seria atendido na pretensão de dar a palavra final sobre a cassação do mandato de Silveira. Na semana passada, logo após a condenação do deputado, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), apresentou um recurso ao STF exigindo que a perda do mandato seja decidida em votação interna, e não decretada de forma automática, como indicou o voto de Alexandre de Moraes e seguido pela maioria dos ministros.

Essa espécie de “acordão”, no entanto, considerada ideal, ainda precisa ser alinhavada internamente e com os interlocutores dos demais poderes nos bastidores.  Outro fator que favorece a postura de dar um tempo para esfriar a crise é a postura de Rosa Weber, a relatora das ações contra o decreto. A ministra, que costuma ser reservada – nunca fala fora dos autos, se afasta de conchavos internos e é avessa às articulações políticas – deu, nesta segunda-feira (25), um prazo de dez dias para que o presidente Bolsonaro apresente explicações sobre a graça presidencial, sem conceder a liminar solicitada pelo autor da ação, a Rede Sustentabilidade, para a suspensão imediata do perdão.

“Requisitem-se informações ao presidente da República a serem prestadas no prazo de 10 dias. Após, dê-se vista ao advogado-geral da União e ao procurador-geral da República, sucessivamente, no prazo de 5 dias”, aponta o despacho da ministra.

Só depois de recebidos os pareceres, ela poderá então levar a questão diretamente ao plenário.

Contenção no TSE
O silêncio, por ora, também deve prevalecer no TSE, cujo presidente Edson Fachin não sinalizou qualquer disposição, nesta segunda-feira (25), de responder à nota da Defesa que considerou como “ofensa grave” e “irresponsável” uma declaração do ex-presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, deste domingo (24), segundo a qual as Forças Armadas foram “orientadas para atacar o processo e tentar desacreditá-lo”.

Uma primeira razão para não responder é que Barroso, apesar de ter sido o responsável por convidar as Forças Armadas para certificar a segurança do sistema de votação, não integra mais o TSE e que sua crítica foi direcionada a Bolsonaro, não aos militares em geral.

Fachin, por outro lado, tem tentado angariar apoio institucional de forma discreta e por meio do diálogo, de modo a respaldar a posição da Corte em caso de conflito com o Executivo.

Nesta segunda, por exemplo, numa reunião que estava marcada desde março, o ministro reuniu em seu gabinete representantes de todas as instituições que, assim como as Forças Armadas, foram chamadas para compor a Comissão de Transparência Eleitoral (CTE). Ele anunciou a aprovação de um Plano de Ação, que incorpora sugestões feitas pelos militares e por outras entidades para aprimorar a segurança e a confiança nas urnas eletrônicas.

No discurso inicial, deu boas-vindas para as senadoras Eliziane Gama (Cidadania-MA) e Kátia Abreu (PP-TO) e a deputada Margarete Coelho (PP-AL), todas bastante influentes no Congresso, e que agora passam a compor o grupo. Fachin fez um apelo para que todas as instituições colaborem não só para acompanhar de perto as medidas adotadas para melhorar o sistema, como também garantam apoio ao tribunal diante das críticas e desconfianças. “O Tribunal Superior Eleitoral avança com passos firmes em direção ao cumprimento da sua missão de diplomar as eleitas e eleitos das futuras eleições gerais não apenas porque fazemos bom uso de recursos tecnológicos. Antes, o nosso êxito e credibilidade têm raiz na crença que compartilhamos de que a democracia é inegociável, de que a Justiça Eleitoral é um patrimônio imaterial da sociedade brasileira e de que atacá-la equivale a atacar a própria democracia”, disse o ministro.

 Renan Ramalho, colunista - República - Gazeta do Povo

 

segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

"Cometi um erro, mas não merecia ser humilhado", diz jovem algemado a moto de PM

 Jhonny Italo foi algemado a moto de policial e puxado por cerca de 300 metros depois de ser preso em flagrante por tráfico de drogas

 (crédito: Twitter/ reprodução)

 (crédito: Twitter/ reprodução)
 
O jovem, de 18 anos, que aparece algemado a moto de um policial militar em um vídeo que circula nas redes sociais se disse "humilhado" pela situação. Em um bilhete enviado do Centro de Detenção em que está preso preventivamente ao Fantástico, programa da TV Globo, Jhonny Italo da Silva, admitiu ter errado e disse ter tido medo de morrer. "Me senti humilhado, tive medo de morrer. Cometi um erro, mas não merecia ser humilhado", disse. 
 
Jhonny foi preso em flagrante após ser pego transportando maconha.  No vídeo, que viralizou nas redes sociais, ele aparece com o pulso algemado a moto de um policial militar e é forçado a correr enquanto é puxado pelo veículo. O caso aconteceu na terça-feira (30/11) na zona leste de São Paulo. No vídeo, a pessoa que filmou ri da situação e ainda diz que o jovem "está andando igual um escravo".  
 
 Na quarta-feira (1°/12), a prisão em flagrante foi convertida em preventiva pela Justiça de São Paulo"A ocorrência de violência policial no momento da prisão em flagrante deverá ser apurada na esfera adequada através de procedimento próprio", registrou a juíza Julia Martinez Alonso de Almeida Alvim na decisão. 
 
[antes de acusarem o policial militar considerem que:
- o traficante Jhonny é um criminoso, um bandido, (não se trata de um reles punguista que é flagrado, leva uns cascudos e passa algumas horas sem furtar) um traficante de drogas  que foi preso em flagrante - quando transportava drogas para uma entrega; 
o policial militar em ato de extrema dedicação ao cumprimento do DEVER, efetuou a prisão em flagrante e se viu diante do dilema = prendeu um elemento perigoso, portando quantidade apreciável de drogas (não era para consumo próprio e sim  para uma entrega, evidenciando tráfico) sendo imperioso sua condução a uma delegacia policial para lavraturas do flagrante. 
Não podendo liberá-lo e sendo a moto inadequada para conduzir com o conforto que os defensores de bandido desejam, restava ao policial solicitar uma viatura e enquanto isso permanecer com um criminoso e com drogas em via pública, sem nenhuma cobertura, sujeito a que o dono da droga que o preso transportava, buscando recuperar sua mercadoria,  ou  outros bandidos tentassem roubar a droga e fuzilassem o policial; 
a outra alternativa era conduzi-lo à delegacia mais próxima - ato impossível de ser praticado em uma moto - ou algemasse o preso à moto e o transportasse.
Com a  conduta adotada o policial além de  cumprir seu DEVER, garantiu sua segurança e de a de terceiros - que seriam as primeiras vítimas caso o pessoal do tráfico, outros bandidos, tentassem resgatar a droga e/ou o transportador.
Não sejamos hipócritas, o que esse policial merece é uma medalha pela sua coragem e dedicação do CUMPRIMENTO DO DEVER.
O resto é politicagem barata. Clique aqui e veja vídeo gravado por um ex-candidato a presidência da República  - o tal de Boulos, aquele que manda invadir imóveis e depois cobra aluguel dos invasores que se tornam seus inquilinos.
O fato da Justiça ter convertido a prisão em flagrante em prisão preventiva é prova inequívoca de que a prisão foi legal, adequada e cabível.]

A Polícia Militar de São Paulo determinou a instauração de um inquérito policial militar para apurar o caso e afastou o policial envolvido na ação. As associações Educação e Cidadania de Afrodescendentes e Carentes (Educafro) e o Centro Santo Dias de Direitos Humanos da Arquidiocese de São Paulo entraram com uma ação civil pública na Justiça contra o governo de São Paulo pedindo reparação por dano moral coletivo [dano moral coletivo?prender bandido em flagrante é dano coletivo?]  para a população negra e ao povo brasileiro de modo geral, em razão de graves atos de violência policial.
 
Brasil - Correio Braziliense

sábado, 4 de setembro de 2021

Os juízes do "tribunal do crime": a guerra entre PCC e Comando Vermelho

DF e Entorno são palcos da atuação de grupos organizados do Brasil. O assassinato de Randerson Carmo, 24 anos, em 2 de julho, expôs a brutalidade de um "tribunal do crime" na capital do país. Desafio da polícia é conter a expansão dessas células

Um conflito bárbaro que dura quase 20 anos no país se expandiu para o Distrito Federal: 
a guerra entre as duas maiores facções criminosas do Brasil, o Comando Vermelho (CV), do Rio de Janeiro; 
e o Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo, leva violência a áreas do DF e do Entorno. 
A disputa por pontos estratégicos para comercializar drogas deixa um rastro de morte em diversos estados brasileiros e, recentemente, Brasília registrou o assassinato de Randerson Silva Carmo, 24 anos, integrante do CV, decapitado após ser submetido a umtribunal do crime, que durou mais de 10 horas, em Ceilândia, transmitido on-line. 
 
Para especialistas, a ação de faccionados na capital tem sido mais discreta do que em outras unidades da Federação, mas o fato de lideranças do grupo terem sido transferidas para a Penitenciária Federal de Brasília indica o incremento das ações do grupo. Esta semana, um integrante do PCC pertencente à célula do DF, que tinha como função gerenciar as atividades da facção, foi preso em Piracicaba (SP), na companhia de um suspeito de participar do ataque a bancos em Araçatuba

Dos quatro envolvidos no homicídio de Randerson, todos membros do PCC, dois foram presos pela Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO), um morreu em confronto com a Polícia Militar, e o outro está foragido. O Correio esteve em frente à casa onde o jovem foi assassinado e observou intensa movimentação de homens entrando e saindo da residência. Vizinhos relataram à reportagem que o imóvel funciona como um ponto de tráfico de drogas, mesmo após o crime. 

Delegado do Grupo de Investigação de Homicídio (GIH) de Águas Lindas (GO), Vinícius Máximo está à frente do caso e afirma que a polícia tem trabalhado para impedir a instalação e a expansão de facções em regiões do Entorno. “Muitas das ordens dos faccionados, seja para execução, seja para tráfico, saem direto do presídio. Então, nosso monitoramento se concentra muito nas cadeias, para inibir o problema na raiz. Não sabemos ao certo quantos membros de facção estão em Águas Lindas, mas acreditamos que sejam muitos. Eles estão em toda a parte. Nesse caso, em específico, os autores ficavam no DF”, pontuou.

Execução
Fim da tarde de 1º de julho. Por volta das 17h, Randerson, conhecido como Chico Nóia, saiu de casa, em Águas Lindas de Goiás, sem dizer para onde ia. Aparentava estar nervoso, segundo relatou a amiga que morava com ele, em depoimento ao qual o Correio teve acesso com exclusividade. O encontro parecia estar marcado. Próximo a uma padaria da região, ele entrou em um gol branco ocupado por quatro homens, Fernando Gomes de Morais, o Esquerdinha; José Francisco Feitosa Filho, o Foguinho; Antônio Francisco Batista, o Pé na Porta; e um identificado apenas como Zóio. Mal sabia que passaria por uma longa sessão de julgamento, sob acusação de agir para tomar o ponto de tráfico comandado pelo PCC: a Praça Santa Lúcia, em Águas Lindas.

Foram 26km até chegar a uma casa alugada, na Quadra 9 do Setor Industrial de Ceilândia. No interrogatório, à polícia, Fernando contou que, além da rivalidade entre os membros, as duas facções estariam disputando o ponto de tráfico no município goiano. A sessão começou por volta das 20h30. Fernando deu detalhes aos policiais de como ocorreu o tribunal. Segundo ele, cerca de 100 membros do PCC, incluindo um dos líderes, participaram do julgamento. Após mais de 10 horas, a maioria votou pela execução.

Dada a ordem do assassinato, os líderes da facção ordenaram aos “encarregados” que decapitassem Randerson e jogassem a cabeça na Praça Santa Lúcia: seria uma forma de “mostrar o poder”. A vítima foi espancada e esfaqueada com golpes de tesoura.  
O passo a passo do crime foi filmado, como determina uma das leis da cúpula, e o vídeo circulou nas redes sociais.  

Investigação
A cabeça de Randerson foi encontrada na praça, ao lado de um saco plástico preto. Uma testemunha relatou à polícia que recebeu a notícia em um grupo de WhatsApp de moradores e foi até o local. Na volta para casa, disse ter visto Fernando em um bar debochando da situação, dizendo que precisaria sair do bairro o quanto antes, pois tinha assassinado Chico Nóia.

A mãe de Randerson mora no Pará e recebeu a notícia da morte do filho no mesmo dia. A mulher veio para Brasília e, em depoimento, contou que o último contato que fez com o filho foi em 1º de julho, quando ele ligou, disse que estava trabalhando e que pretendia morar sozinho. Narrou que o filho nunca chegou a comentar se era ameaçado ou se era integrante de facção.

Em uma intensa investigação, policiais civis do GIH deram início às diligências e, em 7 de julho, a equipe recebeu a informação de que um corpo decapitado estava em um matagal próximo à Quadra 9 do Setor Industrial de Ceilândia. A perícia constatou que se tratava de Randerson. “A partir daí, iniciamos as apurações para capturar os envolvidos”, disse o delegado Vinícius Máximo.

“Fizemos duas perícias na casa onde ocorreu o crime. Encontramos lençóis sujos de sangue e um buraco na parede onde supostamente eles tinham escondido a tesoura usada no crime”, completou o delegado-chefe da 24ª DP (Setor O), Raphael Seixas. Um dia depois de os policiais encontrarem o corpo, um dos suspeitos do crime, Antônio Francisco Batista, foi morto após atirar contra policiais militares de Goiás.

A PCGO prendeu Fernando e José poucos dias depois do crime. Ambos foram indiciados por homicídio e ocultação de cadáver e cumprem prisão preventiva na cadeia de Águas Lindas. Eles ficarão no Complexo Penitenciário da Papuda, uma vez que o assassinato aconteceu no DF. “Um dos envolvidos está foragido. Estamos intensificando as investigações para identificá-lo e capturá-lo”, reforçou o delegado Vinícius Máximo.

Segurança
No Complexo Penitenciário da Papuda, os presos membros de facção não são separados por cela ou pátio. Isso porque, na avaliação da Secretaria de Administração Penitenciária (Seape-DF), é um meio de evitar o fortalecimento das organizações na cadeia.

No DF, a Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor) é a unidade especializada da PCDF na desarticulação de facções criminosas na capital. Em maio deste ano, os investigadores capturaram o chefe da maior organização do Distrito Federal, o Comboio do Cão (CDC), Willian Peres Rodrigues, de 36 anos, que estava foragido desde 2017. Foram anos de investigação até chegar ao paradeiro do homem. O trabalho de monitoramento, no entanto, é sigiloso, para não atrapalhar as diligências.

Atitude dos governos

“Temos observado a expansão de facções prisionais por todo o país, mas também o surgimento de novos grupos, os quais têm se valido claramente da estrutura de Estado. Recentemente, a Polícia Civil do DF e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios desarticularam mais uma célula do PCC na capital com a deflagração da Operação Tríade. A PMDF também prendeu um membro que estava foragido no DF. A PCGO teve êxito na prisão de um membro do PCC em Brazlândia. Ou seja, temos observado ações muito pontuais das forças de segurança pública para impedir que facções se instalem no DF, a partir de investigações, sem, contudo, conseguir resolver efetivamente o problema, pois o PCC tem se organizado como uma hidra: corta uma cabeça e nasce outra. O PCC internacionalizou um modelo de facção cuja forma de autoadministração entre membros e lideranças é complexa e muito bem articulada e, o pior, a partir da infraestrutura oferecida pelo Estado. Enquanto o Estado não atacar a política de drogas, pensar na questão da seletividade penal e nos filtros da entrada do sistema prisional, no problema do encarceramento em massa, na questão dos presos provisórios e não priorização às penas e às medidas alternativas, dificilmente a economia do crime e as facções perderão força.”

Welliton Caixeta Maciel, professor de antropologia do direito e pesquisador do Grupo Candango de Criminologia (GCCrim), da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília (UnB).

Filiação
Natural do Pará, Randerson filiou-se ao CV em 2016 dentro da cadeia de Águas Lindas, onde cumpriu pena pelo assassinato de Jeferson Faria Nascimento, 17. Cerca de um mês após passar para o regime semiaberto, ele foi morto.

Preso o "geral do estado"
Mais conhecido como Luiz Adriano, o homem preso pelos investigadores da Decor da PCDF, na terça-feira, pertence à célula do PCC em Brasília e ocupava a função de “geral do estado” dentro da facção, segundo as investigações. O criminoso estava escondido em uma região de chácaras nos arredores da cidade de Piracicaba (SP), onde, de lá, geria os negócios do PCC na capital do país. As ações de Luiz Adriano foram investigadas no âmbito da Operação Tríade, deflagrada em junho deste ano pela Polícia Civil, como forma de conter a tentativa de estabelecimento do PCC no DF. Em decorrência dessa investigação contra o criminoso, constava mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça. No momento da prisão, os policiais detiveram outros dois homens, sendo que um deles estava com um ferimento em um dos braços, decorrente de troca de tiros com a polícia durante o mega-assalto em Araçatuba, que deixou três mortos e cinco feridos.
 
Cidades - Correio Braziliense

terça-feira, 10 de agosto de 2021

Tribunal chinês confirma pena de morte para canadense por tráfico de drogas - [exemplo oportuno e que esperamos o Brasil siga.]

Decisão coincide com comparecimento de diretora da Huawei a um tribunal canadense, para série de audiências que devem definir se Meng Wanzhou será extraditada para os EUA.

Um tribunal chinês confirmou em segunda instância a pena de morte para o canadense Robert Lloyd Schellenberg por tráfico de drogas nesta terça-feira (10).

Schellenberg foi acusado, junto a outros réus, de introduzir mais de 220 quilos de metanfetamina no país. A primeira condenação, em 2019, aumentou ainda mais a crise diplomática entre a China e o Canadá

O canadense Robert Lloyd Schellenberg durante julgamento por tráfico de drogas no tribunal de Dalian, na província de Liaoning, no nordeste da China, em 14 de janeiro de 2019. Pena de morte foi mantida em caso que desencadeou grave crise nas relações entre Ottawa e Pequim — Foto: Tribunal Popular Intermediário de Dalian via AFP 

A decisão desta terça é anunciada um dia antes de a Justiça chinesa divulgar o veredicto sobre o caso de outro cidadão canadense: Michael Spavor. O empresário e o ex-diplomata Michael Kovrig, também canadense, foram presos no fim de 2018, dias após Meng Wanzhou, executiva da Huawei, ser detida no Canadá a pedido dos Estados Unidos.

Wanzhou é filha do fundador do grupo chinês de telecomunicações Huawei e foi solta após 11 dias, depois de pagar uma fiança de 10 milhões de dólares canadenses.


Coincidências com o caso Huawei

Robert Lloyd Schellenberg foi condenado em janeiro de 2019 à pena de morte por ter introduzido, junto a outros acusados, mais de 220 quilos de metanfetaminas na China. O canadense, que já foi condenado por tráfico de drogas em seu país, se declarou inocente na China, disse que viajou à China a turismo e recorreu da condenação em maio do mesmo ano.

Detido desde 2014, Schellenberg tinha sido inicialmente condenado a 15 anos de prisão em primeira instância. Mas, pouco depois da detenção da executiva da Huawei, a Justiça chinesa considerou o veredicto "muito indulgente" e anunciou a abertura de um novo processo, que resultou na pena de morte.

'Provas confiáveis e suficientes'
A decisão de segunda instância, do Tribunal Popular Supremo da província de Liaoning, onde o canadense foi julgado e condenado, rejeitou o recurso do canadense e confirmou a pena capital.  O tribunal "considerou que os fatos constatados em primeira instância eram claros e as provas, confiáveis e suficientes". Em comunicado, disse que a pena de morte era "apropriada".

Dominic Barton, embaixador do Canadá no Canadá, criticou a decisão. "Condenamos o veredicto nos termos mais fortes e apelamos à clemência da China", disse o diplomata.   "Transmitimos em várias ocasiões à China a nossa firme oposição a esta pena cruel e desumana e continuaremos fazendo isto".[mais cruel e desumana é o tráfico de drogas e todos os malefícios que acarreta; somos favoráveis a penas severas, sem clemência para reincidentes; também defendemos que os usuários sejam punidos de forma com extremo rigor = sem usuários não há demanda, sem demanda não há tráfico. Lembramos que as execuções de brasileiros,  traficantes de drogas, pela Indonésia reduziu o interesse dos traficantes brasileiros por aquele país - redução pequena, certamente estão sendo mais cuidadosos.]

G 1