Futuro ministro fala pela 1ª vez e defende investigação sobre R$ 1,2 milhão
Moro defende investigação sobre R$ 1,2 mi na conta de ex-assessor de Flávio Bolsonaro
Ex-juiz federal da Operação Lava Jato e futuro superministro da Justiça se manifestou pela primeira vez desde que o Estado revelou a 'movimentação atípica' do ex-PM Fabrício José Carlos de Queiroz e afirmou que presidente eleito já esclareceu 'a parte que lhe cabe no episódio'
O ex-juiz federal Sérgio Moro, da Operação Lava Jato, futuro superministro da Justiça do Governo Bolsonaro, se manifestou pela primeira vez nesta segunda-feira, 10, sobre o relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que apontou movimentação atípica de R$ 1,2 milhão em uma conta do ex-policial militar Fabrício José Carlos de Queiroz, ex-assessor do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) – filho mais velho do presidente eleito – entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017. O Estado revelou o caso no dia 6.Moro sugeriu, ao Estado, uma investigação sobre o caso. “Sobre o relatório do Coaf sobre movimentação financeira atípica do sr. Queiroz, o sr. presidente eleito já esclareceu a parte que lhe cabe no episódio. O restante dos fatos deve ser esclarecido pelas demais pessoas envolvidas, especialmente o ex assessor, ou por apuração.”
O ex-juiz declarou ainda que não tem ‘esse papel’ de comentar ou de interferir em casos específicos. “O ministro da Justiça não é uma pessoa para ficar interferindo em casos concretos”, afirmou. “Vou colocar uma coisa bem simples. Fui nomeado para ministro da Justiça. Não cabe a mim dar explicações sobre isso. Eu acho que o que existia no passado de um ministro da Justiça opinar sobre casos concretos é inapropriado.”