“Os advogados do auto-proclamado ‘progresso social’ acreditam que
estão empurrando a humanidade para um nível de conscientização novo e
melhor. Benza Deus, hasteiem-se as bandeiras, toda a força à frente. A
única coisa que eu quero lembrar é que não há nada de novo nisso. Pode
ser surpresa para muita gente, mas a Rússia já esteve lá.
Depois da
revolução de 1917 os bolchevistas, confiando nos dogmas de Marx e
Engels, também diziam que iam mudar todos os comportamentos e costumes, e
não apenas os políticos e econômicos; queriam mudar a própria noção de
moralidade e os fundamentos de uma sociedade saudável.
A destruição de
valores solidamente estabelecidos e das relações entre as pessoas até o
limite da completa destruição da família (que nós também tivemos), o
encorajamento para que as pessoas denunciassem seus entes queridos, tudo
isso foi saudado como progresso e, por sinal, foi amplamente festejado
pelo mundo afora; estava tão na moda quanto está hoje.
E os
bolchevistas, nunca é demais lembrar, também eram radicalmente
intolerantes com quaisquer opiniões que não fossem as suas próprias.
Tudo isso deveria vir à nossa mente diante do que estamos vendo hoje.
Olhando o que está acontecendo em tantos países do Ocidente fico
embasbacado de ver de volta as práticas que eu espero que nós tenhamos
abandonado para sempre num passado distante. A luta pela igualdade e
contra a discriminação transformou-se numa forma agressiva de dogmatismo
que beira o absurdo, quando as obras dos grandes autores do passado,
como Shakespeare não podem mais ser ensinadas nas escolas e
universidades porque suas ideias passaram a ser condenadas como
atrasadas. Os clássicos agora são acusados de atraso e ignorância da
importância do gênero ou da raça.
Hollywood distribui panfletos
decretando qual a forma correta de contar uma história e quantos
personagens de cada raça e gênero deve haver em cada filme.
Tudo isso
vai muito mais longe do que foi, lá atras, o Departamento de Agitprop do
Comitê Central do Partido Comunista da União Soviética”.
Fernão Lara Mesquita - O Vespeiro
Transcrito por: Blog Prontidão Total