AR-15: o fuzil dos ataques a tiros nos EUA
O modelo do fuzil que Omar Mateen levou ao
atentado em uma boate de Orlando no final de semana já foi usado por
atiradores em outros massacres
Na madrugada do último domingo, o americano descendente de afegãos Omar Mateen, de 29 anos, abriu fogo contra cerca de 100 frequentadores de uma boate
gay em Orlando, nos Estados Unidos. O pior massacre a tiros e o maior
atentado nos EUA desde o trágico 11 de setembro de 2001 deixou 49 mortos
e mais de 50 feridos.Morto pela polícia, o atirador, que trabalhava como segurança na Flórida, tinha porte de arma e promoveu o massacre na boate Pulse portando um fuzil AR-15 e uma pistola semi-automática 9mm, ambas compradas legalmente dias antes do atentado.
Não foi a primeira vez que um fuzil AR-15 foi usado por um atirador em massacres desse tipo, reportou o jornal Miami Herald. E, embora se trate de uma arma com alto poder de fogo, não é difícil comprá-la. "Ele não tinha nenhum impedimento legal, portanto podia entrar em uma loja de armas e adquirir armas de fogo. E assim ele o fez na última semana", disse à publicação americana Trevor Velinor, agente do Escritório de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos dos Estados Unidos.
O 'fuzil mais popular da América' esteve presente em grandes massacres a tiros em escolas americanas e em San Bernardino, quando, em dezembro do ano passado, um casal matou 14 pessoas em um centro de assistência social. Estima-se que existam entre 8 milhões e 10 milhões de fuzis AR-15 em circulação nos Estados Unidos atualmente.
Um modelo padrão pode custar entre 600 e 1.200 dólares (de 2.000 a 4.000 reais), segundo o Miami Herald. Em geral, os modelos vendidos nos EUA são semiautomáticos, o que significa que a cada acionamento do gatilho, uma única bala é disparada - o que não impede que o atirador faça muitos disparos em um curto período de tempo. É possível modificar ilegalmente a arma para transformá-la em um fuzil de assalto, o que significa que basta deixar o gatilho pressionado para disparar continuamente, de acordo com o jornal Washington Post.
Por enquanto, ainda não se sabe os detalhes da arma de Mateen, mas as autoridades dos Estados Unidos estão investigando se alguém ajudou o atirador, fornecendo treinamento, por exemplo, ou se ele agiu sozinho. Embora o grupo extremista Estado Islâmico tenha assumido a autoria da ação, isso não significa que necessariamente tenha dirigido o ataque: nada em sua declaração indica uma coordenação entre o atirador e o EI antes do ataque.
[Foi desenvolvida pela Armalite, que a vendeu para a Colt que a lançou sob o nome M 16, versão militar que também é conhecida como M4.
Tem uma cadência de tiro de 800 tiros por minuto, calibre .45.
Não é tão eficiente quanto o AK-47, devido ser menos resistente a travamentos.]
Redação VEJA