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sexta-feira, 24 de junho de 2016

Islã, um massacre e a homofobia - a sodomia, essencial a prática gay entre elementos do sexo masculino, é considerada prática abominável pela própria Bíblia

A maioria das escolas de pensamento islâmico acha que somente Deus pode julgar alguém por ser gay

O massacre de 49 LGBTs em Orlando, Flórida, por Omar Mateen, de 29 anos e ascendência afegã, no dia 12, foi um choque tamanho que ainda estamos tentando entender o que aconteceu. É claro que, como sempre, a direita americana, assim que soube que o matador era muçulmano, começou a gritar que era mais um ataque islamita contra os Estados Unidos e suas liberdades.

Essa linha de pensamento fica mais evidente nas coberturas do canal Fox News, que acha que todo o mal que atinge os americanos pode ser resumido em duas palavras: islã radical. Por isso, eles têm atacado o presidente Barack Obama por não ter usado esta terminologia a cada atentado no país. Mas Obama tem razão ao não querer resumir os males do país em somente duas palavras. Ele sabe que a questão é muito mais complicada do que isso e que um mero lema não vai trazer soluções, e sim causar mais ódio e medo.

Ser muçulmano e gay ao mesmo tempo no Ocidente atrai dois males para si mesmo: a islamofobia e a homofobia. Mateen, pelo que podemos concluir, sofria dos dois males. Nascido em Nova York, filho de imigrantes, ele cresceu numa família conservadora e religiosa. O pai de Mateen mantinha laços com o Talibã no Afeganistão, gravando vídeos diários de si próprio, falando para a câmera na língua local, dari, e vestindo um uniforme militar. De acordo com relatos, ele chamava o filho de gay às vezes, não sabemos se de gozação ou reprovação. Mas, com certeza, isso o magoou, deixando sequelas que o levaram ao massacre de Orlando.

Um frequentador da boate Pulse, em Orlando, disse a jornalistas que Mateen frequentou a casa por muitos anos, e que ele tinha lhe dito que só podia beber álcool à vontade ali, longe de sua família. O matador também tinha perfil num aplicativo de namoro gay. Tudo isso leva à evidência de que Mateen era um homossexual se escondendo no armário, e que o banho de sangue que causou na boate foi uma tentativa de matar a parte gay de si próprio.

As ligações iniciais entre Mateen e o Estado Islâmico — já que ele declarou fidelidade ao líder do EI num telefonema para a polícia de Orlando quando já estava dentro da boate matando inocentes foram rapidamente descartadas pela maioria da mídia americana. Para mim, essa declaração de Mateen foi somente para atrair mais atenção. Não acho que ele realmente soubesse quem era quem no mundo islâmico, ao dizer que apoiava o Hamas e o Hezbollah, mesmo sendo estes rivais.

A má vontade de certos meios de comunicação ao querer pintar o mundo islâmico como extremamente homofóbico ressaltou que eles não tinham feito seu dever de casa e não sabiam do que estavam falando. É verdade que a homossexualidade no Islã não é vista com bons olhos, mas a maioria das escolas de pensamento islâmico acha que somente Deus pode julgar alguém por ser gay e, certamente, ninguém aqui na Terra. Da mesma forma, no entanto, não acham que homossexuais devam expor sua sexualidade em público. É uma versão da política militar americana de “Não pergunte, não diga.”

As horríveis execuções pelo EI de homens acusados de homossexualismo nas quais eles são jogados de prédios altos na Síria baseiam-se na punição dada aos habitantes da cidade pecaminosa de Sodoma, que foram jogados para cima e deixados cair à Terra pelo anjo Gabriel. Essa história está no Alcorão e na Bíblia, de quando o profeta Ló recebeu três anjos de Deus como hóspedes na sua casa, e os homens de Sodoma foram até lá para tentar estuprá-los. No entanto, essa punição do EI é uma interpretação literal de uma passagem do Alcorão, e não é aceita pela maioria dos muçulmanos.

Mas outras perguntas muito importantes nesse caso têm que ser feitas: por que Mateen conseguiu comprar com tanta facilidade o rifle Sig Sauer MCX, que dispara quase 50 vezes por minuto, depois de ser interrogado pelo FBI três vezes por ter simpatias por terroristas? E por que seu empregador, a empresa britânica de segurança G4S, continuou a deixá-lo portar uma arma mesmo depois de saber dos seus problemas mentais e de suas simpatias por extremistas? Sua ex-mulher disse a jornalistas que ele batia nela quando voltava para casa à noite e descobria que ela não tinha acabado de lavar as suas roupas. [depoimentos de ex-mulher sempre devem ser visto com reservas].De acordo com o jornal “The Guardian”, a G4S se recusou a submeter Mateen a testes psicológicos mesmo depois de saber dos seus interrogatórios no FBI. E pior, a empresa disse que submeteu Mateen a um teste psicológico em 2007, quando ele foi contratado, mas a psicóloga mencionada como sua examinadora disse nunca tê-lo encontrado.

Um dos maiores obstáculos a restringir ou banir a venda de armas de fogo é o poderoso lobby da Associação Nacional do Rifle. A entidade usa a Segunda Emenda da Constituição americana que diz que todo cidadão tem o direito de portar armas para se defender — como escudo contra os políticos que querem diminuir a violência cometida com elas.

O único raio de sol em toda essa tragédia foi a reação da comunidade muçulmana dos EUA, que prestou solidariedade às vítimas de Orlando, denunciando a homofobia de Mateen e fazendo um apelo para doações de sangue aos feridos. Eles sabem que vivem numa democracia vibrante e, assim, têm que aceitar a diversidade que vem com isso. Isso não quer dizer que agora vão aceitar muçulmanos gays de braços abertos, mas, pelo menos, pode ser o começo de uma visão mais abrangente e menos discriminatória. [não há necessidade de se aceitar os gays; eles sim, é que tem que aceitar que são anormais, praticam atos abomináveis e assim devem se auto segregar evitando qualquer tentativa de imporem sua presença no mundo das pessoas não homossexuais.]  A islamofobia fez a comunidade muçulmana se unir. E isso só pode ser bom para todo mundo, homossexual ou não.

Fonte: Rasheed Abou-Alsamh,  é jornalista

segunda-feira, 13 de junho de 2016

AR - 15Excelente arma, grande poder de fogo, precisa, relativamente barata e útil para defesa

AR-15: o fuzil dos ataques a tiros nos EUA

O modelo do fuzil que Omar Mateen levou ao atentado em uma boate de Orlando no final de semana já foi usado por atiradores em outros massacres

Fuzil AR - 15

Na madrugada do último domingo, o americano descendente de afegãos Omar Mateen, de 29 anos, abriu fogo contra cerca de 100 frequentadores de uma boate gay em Orlando, nos Estados Unidos. O pior massacre a tiros e o maior atentado nos EUA desde o trágico 11 de setembro de 2001 deixou 49 mortos e mais de 50 feridos.

Morto pela polícia, o atirador, que trabalhava como segurança na Flórida, tinha porte de arma e promoveu o massacre na boate Pulse portando um fuzil AR-15 e uma pistola semi-automática 9mm, ambas compradas legalmente dias antes do atentado.

Não foi a primeira vez que um fuzil AR-15 foi usado por um atirador em massacres desse tipo, reportou o jornal Miami Herald. E, embora se trate de uma arma com alto poder de fogo, não é difícil comprá-la. "Ele não tinha nenhum impedimento legal, portanto podia entrar em uma loja de armas e adquirir armas de fogo. E assim ele o fez na última semana", disse à publicação americana Trevor Velinor, agente do Escritório de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos dos Estados Unidos.


O AR-15 é uma variação civil do M16, fuzil militar do Exército americano. É leve, fácil de manusear e pode disparar um grande volume de munição com boa precisão a uma distância de cerca de 450 metros. No modelo padrão, esse tipo de fuzil dispara 30 tiros entre uma recarga e outra, mas há pentes capazes de armazenar até 100 cartuchos. A polícia ainda não divulgou qual era a capacidade da arma de Mateen nem quantas vezes o atirador recarregou as armas durante as três horas em que manteve como reféns os frequentadores da boate Pulse.

O 'fuzil mais popular da América' esteve presente em grandes massacres a tiros em escolas americanas e em San Bernardino, quando, em dezembro do ano passado, um casal matou 14 pessoas em um centro de assistência social. Estima-se que existam entre 8 milhões e 10 milhões de fuzis AR-15 em circulação nos Estados Unidos atualmente.

Um modelo padrão pode custar entre 600 e 1.200 dólares (de 2.000 a 4.000 reais), segundo o Miami Herald. Em geral, os modelos vendidos nos EUA são semiautomáticos, o que significa que a cada acionamento do gatilho, uma única bala é disparada - o que não impede que o atirador faça muitos disparos em um curto período de tempo. É possível modificar ilegalmente a arma para transformá-la em um fuzil de assalto, o que significa que basta deixar o gatilho pressionado para disparar continuamente, de acordo com o jornal Washington Post.

Por enquanto, ainda não se sabe os detalhes da arma de Mateen, mas as autoridades dos Estados Unidos estão investigando se alguém ajudou o atirador, fornecendo treinamento, por exemplo, ou se ele agiu sozinho. Embora o grupo extremista Estado Islâmico tenha assumido a autoria da ação, isso não significa que necessariamente tenha dirigido o ataque: nada em sua declaração indica uma coordenação entre o atirador e o EI antes do ataque.

[Foi desenvolvida pela Armalite, que a vendeu para a Colt que a lançou sob o nome M 16, versão militar que também é conhecida como M4.
Tem uma cadência de tiro de 800 tiros por minuto, calibre .45.
Não é tão eficiente quanto o AK-47, devido ser menos resistente a travamentos.]

Redação VEJA