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sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Presidente do Banco do Brasil é indicado para assumir presidência da Petrobras e vice-presidente. Novo presidente reúne todos os requisitos para exercer ao estilo PT o novo cargo.



O presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, vai assumir o comando da Petrobras no lugar de Graça Foster. O conselho de administração da estatal está reunido em São Paulo para bater o martelo sobre a escolha. O governo prometeu ao executivo autonomia para formar a nova diretoria empresa. Com isso, ele deve levar para a estatal Ivan Monteiro para assumir a diretoria financeira. 

O anúncio oficial, no entanto, só deve ser feito após o fechamento do mercado, por volta das 17h30m. O mercado financeiro reagiu mal à escolha de Bendine para assumir a estatal. As ações da Petrobras já caíram 7%. O conselho de administração da estatal está reunido em São Paulo para oficializar a indicação. O desempenho da estatal puxa para baixo a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). O índice de referência Ibovespa recua 1,57%, aos 48.461 pontos.

Bendine foi alçado ao Banco do Brasil em 2009 pelo então presidente Lula, de quem é próximo. Funcionário de carreira, antes de assumir o comando do Banco do Brasil ele foi vice-presidente de Cartões e Novos Negócios de Varejo da instituição. Bendine era também apontado como o próximo presidente do BNDES no lugar de Luciano Coutinho. Em novembro de 2014 ele foi convidado para assumir o cargo pela própria presidente Dilma Rousseff. Com a ida de Bendine para a Petrobras, Alexandre Abreu, que é vice-presidente de Varejo do Banco do Brasil, assumirá a presidência do órgão.

CENTRO DE POLÊMICAS
O novo presidente da Petrobras, no entanto, foi alvo de pelo menos três polêmicas no fim do ano passado. Ele foi acusado de favorecimento à socialite Val Marchiori por meio de empréstimos concedidos pelo BB e pelo BNDES. Além das denúncias sobre a socialite, o ex-motorista de Bendine relatou ao Ministério Público Federal ter feito diversos pagamentos em dinheiro vivo a mando do chefe. Em agosto do ano passado, o novo presidente da Petrobras arcou ainda com uma multa de R$ 122 mil à Receita Federal após autuação por não comprovar a procedência de aproximadamente R$ 280 mil informados na sua prestação de contas ao Fisco. 

Ele entrou no radar do Fisco depois da denúncia da compra de um apartamento no interior de São Paulo, por R$ 150 mil, pagamento feito em espécie. [por tão excelente currículo, resta indiscutível que o senhor Aldemir Bendine reúne todos os requisitos para presidir a Petrobrás, servindo ao desgoverno Dilma Rousseff.] Após o escândalo ele chegou a colocar o cargo à disposição. O anúncio oficial de sua saída, porém, que só viria depois da escolha do novo ministro da Fazenda, acabou sendo adiada. Joaquim Levy substituiu Guido Mantega e o executivo continuou na presidência do banco, mas estava afastado de várias atividades da instituição, já numa transição interna para a sua saída.

PREOCUPAÇÃO COM A LAVA-JATO
Na quinta-feira, durante reuniões entre a presidente Dilma Rousseff e ministros, a preocupação era o futuro das investigações da Operação Lava-Jato. Esse tema entrou no processo de escolha do novo presidente da Petrobras. Uma ala do governo passou a defender que o sucessor de Graça Foster não atendesse apenas ao mercado, mas que fosse também leal ao PT o suficiente para manter uma certa blindagem à presidente e ao partido.

O anúncio do novo nome veio depois que cinco dos sete diretores atuais e Graça Foster deixam os seus cargos. A renúncia da equipe foi comunicada na última quarta-feira pela estatal ao mercado em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Além de Graça, renunciam o diretor de Exploração e Produção, José Formigli, o da área Financeira, Almir Barbassa, o de Abastecimento, José Carlos Cosenza, o de Gás e Energia, Alcides Santoro, e o de Engenharia, José Figueiredo.

O diretor Corporativo, José Eduardo Dutra, ex-presidente da Petrobras e ex-presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), permanece no cargo, assim como o novo diretor de Governança, João Adalberto Elek. Dutra está afastado em licença médica.

Fonte: G 1

Presidente do Banco do Brasil vai assumir o comando da Petrobras – As polêmicas que envolvem Aldemir Bendin, que chegou a ser acusado de favorecimento ilícito a socialite

Conselho da estatal está reunido em São Paulo na manhã desta sexta-feira para confirmar nome de Aldemir Bendin
Novo presidente da Petrobras, Bendin se envolveu em polêmicas no ano passado
Executivo chegou a entregar o cargo que ocupava no Banco do Brasil depois de ser acusado de favorecimento ilícito à socialite Val Marchiori, mas não deixou o posto


 socialite Val Marciori

Escolhido para comandar a Petrobras, Aldemir Bendine, atual presidente do Banco do Brasil, foi alvo de pelo menos três polêmicas no fim do ano passado. Indicado pela presidente Dilma Rousseff para assumir o lugar de Graça Foster, ele chegou a entregar o cargo no Banco do Brasil. O anúncio de sua saída, porém, foi adiado para depois da escolha do novo ministro da Fazenda. Joaquim Levy substituiu Guido Mantega, mas o executivo continuou na presidência do banco.
Bendine foi acusado de favorecimento à socialite Val Marchiori por meio de empréstimos concedidos pelo BB. De acordo com reportagem da “Folha de S. Paulo”, o banco emprestou R$ 2,7 milhões para Marchiori a partir de uma linha subsidiada pelo BNDES, o que contrariaria normas internas dos dois bancos, já que a empresária teria crédito restrito por não apresentar capacidade financeira, além de não ter pago empréstimo anterior ao BB. Bendine negou as irregularidades. Para rebater a denúncia, o banco afirmou que a análise do empréstimo foi dada por três comitês, que envolveram no mínimo 17 técnicos de carreira antes do aval do BNDES.
Além das denúncias relacionadas à socialiteque ficou conhecida após participar do programa Mulheres Ricas, da TV Bandeirantes —, o ex-motorista de Bendine, Sebastião Ferreira, relatou ao Ministério Público Federal ter feito diversos pagamentos em dinheiro vivo a mando do chefe. O depoimento de Ferreirinha, como era conhecido, gerou a abertura de uma investigação contra Bendine, em junho de 2014, por lavagem de dinheiro. Em uma das ocasiões, Ferreirinha contou que o presidente do Banco do Brasil saiu de um prédio nos Jardins, área nobre de São Paulo, com uma sacola cheia de notas de R$ 100. O dinheiro teria sido entregue, segundo o motorista, ao empresário Marcos Fernandes Garms, amigo de Bendine.
Em agosto do ano passado, o novo presidente da Petrobras pagou multa de R$ 122 mil à Receita Federal após ser autuado por não comprovar a procedência de aproximadamente R$ 280 mil informados na sua declaração de Imposto de Renda. Segundo a Receita, os bens do executivo aumentaram mais do que seria possível com sua renda. Ele entrou no radar do Fisco depois da denúncia da compra de um apartamento no interior de São Paulo, por R$ 150 mil, pagamento feito em espécie. Bendine assumiu a presidência do Banco do Brasil em abril de 2009, no final do segundo mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.



Fonte: O Globo