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quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Inflação em queda - menor taxa para um mês de agosto, desde 1998

IPCA tem deflação de 0,09% em agosto puxada por alimentos e transportes

No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação acumula uma alta de 4,19%, dentro da meta de 4,5% prevista pelo governo para 2018 

A inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), teve deflação de 0,09% em agosto, segundo dados divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).  Foi a menor taxa para um mês de agosto desde 1998, quando o IPCA ficou negativo em 0,51%   No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação acumula uma alta de 4,19%, dentro da meta prevista pelo governo para 2018, de 4,5%. Em igual período de 2017, o IPCA acumulava alta de 4,48%.

A deflação de agosto foi influenciada, principalmente, pela queda nos preços dos grupos alimentação e bebidas (-0,34%) e transportes (-1,22%).  No caso do grupo alimentação, foi o segundo mês consecutivo de deflação. Os preços dos alimentos para consumo no domicílio teve deflação de 0,72% em agosto, a segunda seguida. De acordo com o IBGE, diversos itens importantes no consumo das famílias apresentaram queda nos preços de um mês para o outro.

O custo da alimentação fora de casa desacelerou de julho para agosto, passando de 0,72% para agosto 0,32%. A queda do grupo transportes foi a que teve maior impacto negativo para a deflação, com deflação de 1,22%. O destaque foi a queda do preço das passagens aéreas, que após alta de 44,51% na alta temporada de julho, teve deflação de 26,12% em agosto. Os combustíveis também tiveram deflação: etanol (-4,69%) e gasolina (-1,45%).

Revista VEJA
 

 

 

sexta-feira, 8 de junho de 2018

Inflação maio 2018 - 0,40 = No acumulado do ano, a alta foi de 1,33%, o menor nível para o mês desde a implantação do Plano Real, em 1994

Inflação sobe 0,40% em maio, influenciada pela gasolina

A inflação oficial  o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – subiu 0,40% em maio, segundo dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A alta foi pressionada pelo aumento de preços de transportes e energia.

O resultado mostra que o indicador ficou 0,18 ponto porcentual maior que o registrado em abril (0,22%). No acumulado do ano, a alta foi de 1,33%, o menor nível para um mês de maio desde a implantação do Plano Real, em 1994. Nos últimos 12 meses, o IPCA acumula alta de 2,86%.

A taxa segue abaixo do piso da meta do governo que é de 4,5% com tolerância de 1,5 ponto porcentual para baixo (3%) ou para cima (6%). A expectativa do mercado era de uma inflação menor para o mês de maio, de 0,36% (MB Associados).  “No fim do mês, a greve dos caminhoneiros acelerou a inflação. O combustível e a alimentação tiveram uma pressão inédita, o peso destes grupos no IPCA é de mais de 30%”, afirmou o economista-chefe do MB Associados, Sérgio Vale.

De acordo com ele, a paralisação ainda pode refletir na inflação do mês de junho. “Pode ter pressão, mas depois volta a normalidade”.  A aceleração de maio se deve principalmente ao grupo habitação (0,83%), com destaque para a energia elétrica (3,53%) e gás encanado (0,91%). A alta na conta de luz reflete a mudança da bandeira tarifária para amarela, adicionando cobrança de 0,01 reais a cada kwh consumido. O reajuste de 1,87% nas tarifas no Rio de Janeiro (1,70%) desde 1º de maio contribuiu para o preço do gás.

O grupo de transportes registrou alta de 0,40%. A alta da gasolina (3,34%) e do óleo diesel (6,16%) influenciaram o resultado. Em maio, também pesou o aumento de 0,32% no grupo alimentação e bebidas, influenciado pela alta da cebola (de 19,55% em abril para 32,36% em maio), a batata-inglesa(de -4,31% em abril para 17,51% em maio), as hortaliças (de 6,46% em abril para 4,15% em maio) e o leite longa vida (de 4,94% em abril para 2,65% em maio).  O açúcar cristal (-3,32%), o café moído (-2,28%), as frutas (-2,08%) e as carnes (-0,38%) ficaram mais baratos para o consumidor.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, apenas artigos de residência apresentou deflação em maio, com variação de -0,06%. Esse resultado foi motivado pelo item TV, som e informática, com queda de 1,55%.

Veja
 

 

sexta-feira, 7 de julho de 2017

Janot, deixe Temer trabalhar para o BEM do Brasil, especialmente dos 14 milhões de desempregados - Brasil tem a primeira deflação desde 2006, informa o IBGE

Em junho, preços recuaram 0,23%, menor taxa desde 1998

Pela primeira vez em mais de uma década, os preços no Brasil caíram no mês passado. Em junho, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou negativo em 0,23%, segundo dados divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE, puxado pelo recuo dos preços de energia elétrica. A última deflação no país havia sido registrada em junho de 2006, quando o indicador ficou em -0,21%. A deflação de 0,23% em junho foi ainda a menor taxa desde agosto de 1998, quando o índice registrou queda de 0,51%.

No acumulado em 12 meses, a inflação está em 3%, a menor desde abril de 2007, quando o IPCA também ficou exatamente em 3%. Com a deflação de junho, o IPCA fechou o semestre com alta acumulada de 1,18%, taxa inferior aos 4,42% registrados na primeira metade do ano passado. Considerando apenas os primeiros semestres do ano, este é o resultado mais baixo da série histórica, iniciada em 1994.

Em maio, o IPCA havia ficado em 0,31%. A expectativa do mercado era de deflação de 0,19%, segundo pesquisa da Bloomberg. Dos 45 analistas, 44 esperavam queda de preços — entre -0,08% e -0,28%. Só um dos economistas esperava alta de 0,13% para junho.

O resultado de junho foi fortemente influenciado pela queda da energia elétrica, cujos preços caíram 5,52% no mês passado. Sozinho, esse item respondeu por -0,2 ponto percentual do resultado. Ou seja, não fosse a conta de luz mais barata, a inflação de junho ficaria próxima à estabilidade, em -0,03%. A forte queda da energia elétrica ajudou a puxar para baixo os preços da categoria habitação, que registrou deflação de 0,77% em junho. Ao lado de alimentação (-0,5%) e transporte (-0,52%), os três grupos respondem por 60% das despesas domésticas e ajudaram a levar o IPCA para o negativo no mês passado.

PREÇO DO TOMATE CAI QUASE 20%
No grupo de alimentação e bebidas, que responde por 26% dos gastos das famílias brasileiras, a queda de 0,5% foi puxada pelos preços menores dos alimentos consumidos em casa, cujos preços recuaram 0,93%. A maioria dos produtos da categoria registrou recuo de preços, como o tomate (-19,22%), batata inglesa (-6,17%) e frutas (-5,9%). A taxa seria ainda mais negativa, não fosse a forte alta de 25,86%, que fez o produto puxar o índice 0,05 ponto percentual para cima. Os alimentos vêm registrando quedas ao longo do ano, influenciados pela safra recorde e pelo efeito da recessão - outro importante fator por trás da inflação mais baixa em 2017.


Já em transportes, a principal influência para baixo veio dos combustíveis - que respondem por 18% do índice. Esses produtos tiveram queda de 2,84%, com destaque para a queda de 2,65% da gasolina. A variação negativa foi resultado de duas reduções de preços nas refinarias, autorizadas pela Petrobras, que tiveram impacto no IPCA de junho.  Há duas semanas, no relatório trimestral de inflação, o Banco Central também previu deflação para junho. A autoridade monetária reduziu ainda a projeção para a alta de preços no ano, de 3,9% para 3,8%. A meta do governo é que o índice fique em 4,5%. Em outra ação para manter a inflação controlada, o BC anunciou a redução dessa meta para os anos de 2019 e 2020, em 4,25% e 4%, respectivamente. A margem de tolerância continua sendo de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, como hoje.

DEFLAÇÃO EM TODAS AS REGIÕES; NO RIO, QUEDA DE APENAS 0,09%
O IPCA registrou queda em todas as 13 regiões acompanhadas pelo IBGE. O destaque ficou por conta de Belo Horizonte, cuja taxa ficou negativa em 0,48%. Essa queda foi impulsionada pela redução nas contas de luz, que ficaram 10,68% mais baratas na região. Na região metropolitana do Rio, que tem peso de 12,06% sobre o resultado nacional, houve deflação de 0,09%. Já em São Paulo, cujo peso sobre o índice nacional é de 30,67%, a deflação foi de 0,31%.

INPC TEM QUEDA DE 0,3%

Importante para reajustar acordos salariais, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) registrou queda de 0,3% em junho, após ter subido 0,36% em maio. No acumulado em 12 meses, o indicador desacelerou para 2,56%, abaixo dos 3,35% registrados nos 12 meses encerrados no mês anterior. Assim como no IPCA, a taxa negativa foi influenciada pela queda de 0,52% dos produtos alimentícios. O INPC calcula a inflação sentida pelas famílias que ganham até cinco salários mínimos, sendo o chefe assalariado.


IMPACTO NOS JUROS
Antes da divulgação do resultado de junho do IPCA, o economista-chefe do Santander, Mauricio Molon, afirmou que crescem as chances de a taxa Selic chegar ao fim do ano abaixo dos 8,5%, que é a projeção atual do banco. A estimativa atual do Santander é de que inflação chegue ao fim do ano em 4,2%, mas Molon admite que pode ficar abaixo disso:  - Muito mais que o discurso do Banco Central, são as variáveis que determinam as decisões. Essas variáveis estão evoluindo de forma que favorece a continuidade de queda de juros para um patamar até inferior do que estimamos. Nossa projeção é de 4,2% de inflação no ano, mas a chance de ser bem menor que esse 4,2% hoje é alta - disse Molon, após participar do XVI Encontro Santander América Latina, na Cidade Financeira, sede do banco nos arredores de Madri.


Fonte: O Globo