Em reportagem, o The Guardian descreve a polícia de Vladimir Putin – a FSB –
como sendo muito mais do que um simples órgão de segurança, pois
combina funções de polícia e de rede de espionagem, com um poder talvez
superior ao das antigas Checa de Lênin, NKVD de Stalin e o KGB.
Putin é o verdadeiro restaurador do poder das antigas polícias
secretas, agora sob a sigla FSB. Muitos de seus colegas no ex-KGB estão
hoje no coração da Nomenklatura de oligarcas que governam as imensas empresas do Estado. Os espiões que agem no exterior prestam conta a uma agência especial:
a SVR, na qual a FSB tem um poder extraordinário, segundo confessaram
agentes pegos pela contraespionagem americana.
As fronteiras estão desde 2003 sob o controle da FSB, com poderes
arbitrários. A FSB também está encarregada de combater os “crimes
econômicos”, assediando os suspeitos de contatos com o exterior.
A agência ainda tem seu quartel-general exatamente no famoso
Lubyanka, o prédio central de Moscou sinistramente notório por conta da
repressão e dos assassinatos praticados pelo KGB na era soviética. O número de agentes é um segredo de Estado, mas o especialista Andrei Soldatov estima que sejam pelo menos 200 mil.
Para The Guardian,
as histórias da NKVD, a polícia política de Stalin, ajudam a
compreender o jeito de governar de Vladimir Putin, admirador de Stalin. Hoje nenhum manual escolar russo fala dos “crimes” de Stalin, só se mencionam os “erros”. O anúncio de construir um monumento a essas vítimas em Moscou
desencadeou um terremoto nas esferas oficiais, pois é raro algum russo
não ter um antepassado morto ou deportado.
“O problema é que Putin não pode admitir que o Estado russo é um
Estado criminoso”, disse Yan Rachinsky, co-presidente da Memorial, a
maior organização independente que estuda os crimes do socialismo
soviético.
Há alguma chance de que poucos nomeados na lista de Andrei Zhukov ainda estejam vivos.
“Nós não vamos chamar a todos de criminosos, mas precisamos
reconhecer a natureza criminosa da organização e a natureza criminosa do
Estado naquela época”, disse Nikita Petrov, outro historiador de
Memorial, sobre a NKVD e a URSS.
Um deputado nacionalista ligado a Putin tenta levar a Memorial ante
os tribunais sob a alegação de que promove a inimizade social. A descoberta em um porão de Moscou de 34 esqueletos mortos com um
tiro na nuca durante o Grande Terror produziu o primeiro choque em 2007,
segundo o The Guardian. A descoberta foi feita durante a reforma de uma mansão aristocrática na Rua Nikolskaya 8/1, entre a Praça Vermelha e o Lubianka.
Em 1937, a NKVD mandava matar uma média de mil pessoas por dia,
incluindo antigos bolchevistas, chefes de partidos, oficiais do
exército, “elementos etnicamente perigosos” e proprietários. Putin não quer que isso seja bem conhecido. A incógnita é: o que ele,
admirador dos métodos pragmáticos de Stalin, fará se perceber que o
povo russo não o acompanha em suas aventuras? Como pensa usar a fabulosa
máquina repressiva da FSB em caso de necessidade para se manter no
poder?
https://flagelorusso.blogspot.com.br/
Nota do Editor:
Para mais informações sobre a FSB, leia também KGB é o Estado, de Carlos Azambuja, e demais artigos da categoria Desinformação.
Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
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sexta-feira, 6 de outubro de 2017
Rússia: o imenso poder da FSB, a nova KGB sob o comando de Putin
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