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quarta-feira, 10 de março de 2021

Funcionários do Banco Mundial pedem investigação de Weintraub por promover desinformação e campanha política - Folha de S. Paulo

Marina Dias

No documento, são citados ataques do ex-ministro à vacina, defesa da cloroquina e possível campanha eleitoral 

[cabe perguntar: qual a representatividade dessa associação para pretender forçar investigação sobre diretor da Instituição, da qual são funcionários?
Esses funcionários tem que trabalhar, cumprir suas obrigações, e deixar a administração do Banco para os diretores.
Em junho eles tentaram algo parecido, a diretoria negou e agora voltam a apresentar novo e desmotivado pedido - cabe nova negativa e punição. ]

A Associação de Funcionários do Banco Mundial pediu novas investigações sobre Abraham Weintraub, um dos diretores-executivos da instituição, desta vez por espalhar desinformação durante a pandemia e fazer campanha política para um cargo eletivo no Brasil. A Folha teve acesso à carta enviada pela associação ao Comitê de Ética do banco, na qual funcionários dizem que o comportamento do ex-ministro da Educação é "inaceitável" e que é preciso verificar se sua postura é compatível com o código de conduta e os valores fundamentais da instituição.

No documento datado em 24 de fevereiro, são apresentados exemplos dos ataques de Weintraub contra a vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan, sua defesa da cloroquina, medicamento ineficaz contra a Covid-19, e uma possível campanha eleitoral para o governo de São Paulo —o atual governador paulista, João Doria (PSDB), é um dos principais clientes do banco e também um dos maiores alvos do ex-ministro. "Dado o papel crítico do Banco Mundial na luta contra a Covid-19 no mundo, achamos inaceitável que um membro do conselho administrativo (muito mais do que qualquer outro membro da equipe) publique nas mídias sociais informações patentemente falsas, aparentemente com o objetivo de politizar a pandemia ou contribuir para teorias da conspiração", diz o documento.

Em junho do ano passado, a associação havia pedido ao Comitê de Ética a suspensão da nomeação de Weintraub até que fosse apurada sua atitude em episódios como discursos preconceituosos em relação à China e a minorias e sua fala defendendo a prisão de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), mas a reivindicação fora negada.

Como revelou a Folha, à época o colegiado afirmou que não poderia influenciar na nomeação e que o código de conduta do banco só é aplicado a funcionários já empossados, o que ainda não era o caso do ex-ministro. Agora, dizem funcionários, o cenário mudou. No posto desde 30 de julho, com mandato renovado em novembro por mais dois anos, Weintraub tem intercalado suas reuniões no banco —a maioria de forma virtual— com a divulgação de vídeos em suas redes sociais sobre diversos temas, que serviram de motor propulsor para a nova carta da associação.

De acordo com a entidade, sete meses depois das primeiras reclamações contra o ex-ministro, ainda há preocupação entre integrantes do banco [integrantes do banco? os funcionários que deixam o cumprimento de suas obrigações para dar palpites em assuntos que não lhes dizem respeito?] com seu comportamento e que, por isso, é preciso uma reavaliação. Segundo a carta, em vídeo publicado no YouTube em 16 de janeiro, Weintraub "busca oferecer 'evidências científicas' para atestar que a hidroxicloroquina é um tratamento eficaz contra Covid-19; e afirma que as múltiplas mutações do vírus são uma indicação clara de que ele foi fabricado em laboratório".

"Ambas as questões foram desacreditadas pela comunidade científica", diz a carta. E segue: "O Sr. Weintraub parece estar fazendo campanha para um cargo político no Brasil ao mesmo tempo em que é funcionário do Grupo Banco Mundial."  Segundo a associação, esse "parece ser um claro conflito de interesses" já que o código de conduta exige que os dirigentes não interfiram nos assuntos políticos dos países membros e não se envolvam em atividades externas incompatíveis com o desempenho adequado de suas funções. "Os funcionários do conselho devem obter a autorização prévia do Comitê de Ética para todas as atividades fora das funções oficiais", completa.

Com base nesses argumentos, a associação solicita formalmente a investigação "do comportamento e das ações de Weintraub para garantir que eles estejam de acordo com o Código de Conduta da Diretoria e com nossos valores fundamentais". Em caráter reservado, líderes da associação disseram à Folha que não sabem qual seria a punição de Weintraub caso o Comitê de Ética abra a investigação e conclua que a postura do ex-ministro não está alinhada com os valores do banco.

O objetivo, afirmam, é seguir com a pressão política para que o colegiado tome alguma atitude sobre o assunto. O Comitê de Ética, por sua vez, ainda não respondeu à associação.Leia a seguir a carta da Associação de Funcionários ao Comitê de Ética do Banco Mundial 
[optamos pela não transcrição da carta, por vários motivos, destacamos:
- o assunto não diz respeito aos funcionários subalternos do Banco e cabe dúvidas se expressar opiniões pessoais, em canais não pertencentes ao empregado e sem conter referências ao mesmo, constitui falta de ética:
- aqueles funcionários, talvez pelo desuso do idioma português, esqueceram o significado de algumas palavras. Um exemplo: na carta, usam e abusam do verbo parecer, na terceira pessoa do singular - parece - esquecendo que o que parece não é necessariamente o que parece ser. 
Recomendamos que cuidem mais do trabalho, do cumprimento das obrigações que são de sua responsabilidade, para que seu empregador não descubra que eles não necessários ao Banco, apenas fingem parecer que são.

Coluna Reinaldo Azevedo, jornalista - Folha de S. Paulo


quarta-feira, 24 de junho de 2020

Associação de funcionários do Banco Mundial pede suspensão da nomeação de Weintraub

Entidade que reúne funcionários cita atitudes que ferem código da instituição, como pronunciamentos contrários aos direitos das minorias. Apesar disso, ex-ministro não deve enfrentar grandes dificuldades para se eleger

Entidade menciona o fato do ex-ministro ter sugerido a prisão de ministros do Supremo Tribunal Federal e de ter feito pronunciamentos públicos contrários aos direitos de minorias A associação dos funcionários do Banco Mundial (Bird) enviou uma carta nesta quarta-feira ao comitê de ética da instituição contrária à nomeação do ex-ministro da Educação Abraham Weintraub para o cargo de diretor-executivo do banco. A entidade representativa pede que a indicação seja suspensa até que acusações contra o economista brasileiro sejam analisadas pelo comitê. Apesar das resistências, Weintraub não deverá, porém, enfrentar grandes dificuldades para se eleger e cumprir, até o próximo mês de outubro, o restante do mandato de Fábio Kanczuk —  que deixou a função para ser diretor de Política Econômica do Banco Central.

[É necessário, essencial, que o pedido da associação de funcionários do Banco Mundial seja ignorado;

Já passa da hora de acabar com o péssimo hábito, que está se tornando uma praga, de subalternos tentarem impedir a nomeação de diretores, presidente de conselho e cargos assemelhado.

Vaga um cargo público ou em uma estatal, em nível de diretoria ou presidência,  e logo funcionários começam a tentar impor um nome e vetar o que não os agrade.
O Banco Mundial, a exemplo de outros bancos e também órgãos público, tem um estatuto, apoiado em leis, estabelecendo as qualificações necessárias para ocupar um cargo na organização e quem pode nomear.
Se cumpre o estatuto - listas, abaixo-assinados contra ou a favor, devem ser desconsiderados, ou estaremos transformando a alta administração em preposta de sindicatos, ainda que informais. ou com o nome de associação disso ou daquilo.]

No documento, a associação diz que "muitos funcionários estão profundamente perturbados" com algumas atitudes do ex-ministro, entre elas o tweet em que culpa a China pela pandemia do novo coronavírus. A carta também menciona o fato de Weintraub ter sugerido a prisão de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e de ter feito pronunciamentos públicos contrários aos direitos de minorias e a promoção da equidade racial.

Leia: Entenda a polêmica que cerca a ida às pressas de Weintraub aos Estados Unidos

A associação ressalta que, "apesar de essa nomeação ter sido condenada por múltiplos países clientes", os funcionários do banco entendem que a indicação é uma prerrogativa do governo brasileiro. Mas fazem uma ressalva, afirmando que os membros da diretoria do banco precisam seguir o Código de Ética da instituição, tanto em sua vida privada, quanto em sua vida profissional.
"Nós, por isso, pedimos formalmente que o Comitê de Ética analise os fatos por trás das múltiplas alegações, com vista a (a) suspender sua nomeação até que as alegações possam ser analisadas, e (b) assegurar que o Sr. Weintraub seja informado que o tipo de comportamento que ele é acusado é completamente inaceitável nessa instituição", afirma a associação.

Os funcionários do banco ressaltam ainda que o Banco Mundial tomou medidas recentes para eliminar o racismo na instituição. "Isso quer dizer um comprometimento de todos os funcionários e membros da diretoria a denunciar o racismo quando presenciá-lo".  "Nós acreditamos que o Comitê de Ética compartilha essa visão e fará o possível para cumpri-la", completa.
A pressão dos funcionários do banco se soma à carta enviada na semana passada com quase 300 assinaturas de representantes da sociedade civil no Brasil às embaixadas de países que integram o grupo, em Brasília, com um apelo para que o ex-ministro não seja eleito para o cargo. Segundo o documento, a gestão de Weintraub no MEC foi  "destrutiva e venenosa".

O Globo - Brasil