Entidade que reúne funcionários cita atitudes que ferem código da instituição, como pronunciamentos contrários aos direitos das minorias. Apesar disso, ex-ministro não deve enfrentar grandes dificuldades para se eleger
Entidade menciona o fato do ex-ministro ter sugerido a prisão de ministros do Supremo Tribunal Federal e de ter feito pronunciamentos públicos contrários aos direitos de minorias A associação dos funcionários do Banco Mundial (Bird) enviou uma carta nesta quarta-feira ao comitê de ética da instituição contrária à nomeação do ex-ministro da Educação Abraham Weintraub para o cargo de diretor-executivo do banco. A entidade representativa pede que a indicação seja suspensa até que acusações contra o economista brasileiro sejam analisadas pelo comitê. Apesar das resistências, Weintraub não deverá, porém, enfrentar grandes dificuldades para se eleger e cumprir, até o próximo mês de outubro, o restante do mandato de Fábio Kanczuk — que deixou a função para ser diretor de Política Econômica do Banco Central.
[É necessário, essencial, que o pedido da associação de funcionários do Banco Mundial seja ignorado;
Já passa da hora de acabar com o péssimo hábito, que está se tornando uma praga, de subalternos tentarem impedir a nomeação de diretores, presidente de conselho e cargos assemelhado.
Vaga um cargo público ou em uma estatal, em nível de diretoria ou presidência, e logo funcionários começam a tentar impor um nome e vetar o que não os agrade.
O Banco Mundial, a exemplo de outros bancos e também órgãos público, tem um estatuto, apoiado em leis, estabelecendo as qualificações necessárias para ocupar um cargo na organização e quem pode nomear.
Se cumpre o estatuto - listas, abaixo-assinados contra ou a favor, devem ser desconsiderados, ou estaremos transformando a alta administração em preposta de sindicatos, ainda que informais. ou com o nome de associação disso ou daquilo.]
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A associação ressalta que, "apesar de essa nomeação ter sido condenada por múltiplos países clientes", os funcionários do banco entendem que a indicação é uma prerrogativa do governo brasileiro. Mas fazem uma ressalva, afirmando que os membros da diretoria do banco precisam seguir o Código de Ética da instituição, tanto em sua vida privada, quanto em sua vida profissional.
"Nós, por isso, pedimos formalmente que o Comitê de Ética analise os fatos por trás das múltiplas alegações, com vista a (a) suspender sua nomeação até que as alegações possam ser analisadas, e (b) assegurar que o Sr. Weintraub seja informado que o tipo de comportamento que ele é acusado é completamente inaceitável nessa instituição", afirma a associação.
A pressão dos funcionários do banco se soma à carta enviada na semana passada com quase 300 assinaturas de representantes da sociedade civil no Brasil às embaixadas de países que integram o grupo, em Brasília, com um apelo para que o ex-ministro não seja eleito para o cargo. Segundo o documento, a gestão de Weintraub no MEC foi "destrutiva e venenosa".
O Globo - Brasil
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