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segunda-feira, 8 de abril de 2019

Ainda a conta do PT

Nas mãos do PT, o BNDES torrou dinheiro público em projetos sem relevância para o interesse nacional.

O Congresso defenestrou a última presidente petista por crime de responsabilidade, o Judiciário condenou criminosos petistas pelo mensalão e o petrolão e o eleitorado bloqueou o retorno do último poste de Lula da Silva ao Planalto nas eleições passadas. 

Mas o contribuinte continua a pagar a conta do projeto de poder do PT.

Conforme reportagem do Estado, só Venezuela, Cuba e Moçambique somam R$ 2,3 bilhões em dívidas atrasadas com o BNDES. Os valores recairão sobre o Tesouro, que cobre os financiamentos do banco ao exterior e que já teve de indenizá-lo em R$ 1,3 bilhão devido aos atrasos desses países.  Criado nos anos 50 para capitalizar empreendedores de todos os portes, em especial empreendimentos estratégicos na indústria e infraestrutura, o banco também teve papel decisivo na modernização da agricultura, comércio e serviços, assim como em investimentos sociais na educação, saúde, agricultura familiar, saneamento básico e transporte coletivo. Na gestão petista, esse instrumento destinado a fortalecer a economia serviu à bandeira populista e para operações duvidosas das “campeãs nacionais”.

Em 2012, logo após a entrada em vigência da Lei de Acesso à Informação, o então ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio decretou sigilo até 2027 sobre a documentação dos empréstimos do BNDES, vedando que a ela tivessem acesso o Tribunal de Contas da União (TCU), a Controladoria Geral da União e o próprio Ministério Público. Três anos depois, o Congresso suspendeu o sigilo por decreto, vetado por Dilma Rousseff. Só em julho de 2015 um juiz federal, a pedido do Ministério Público, derrubou o sigilo.

O levantamento do TCU foi estarrecedor. De R$ 50 bilhões distribuídos em 140 contratos de financiamento, 87% (R$ 44 bilhões) estavam concentrados em cinco países – Angola, Venezuela, República Dominicana, Argentina e Cuba –, e 97% desses recursos beneficiavam apenas cinco empreiteiras, todas denunciadas na Lava Jato.  Dentre outras irregularidades, o TCU averiguou que os empréstimos foram acertados por instâncias do Executivo, sendo apenas homologados pelo BNDES, que, contra todos os protocolos, sobretudo em empréstimos de altos risco e custo, não acionou os seus pareceristas técnicos. Além disso, não houve processos licitatórios e o banco se omitiu na apuração dos preços, deixados a cargo das empresas e governos beneficiados. Pior, os riscos de inadimplência ficaram todos com o governo, quer dizer, com o contribuinte brasileiro.

De lá para cá, duas Comissões Parlamentares de Inquérito do BNDES malograram pelas manobras dos próceres petistas na Câmara e a terceira, cuja constituição foi determinada em fevereiro deste ano pelo presidente da Câmara, ainda está em formação. Que a caixa-preta do BNDES, quando definitivamente aberta, revelará muitos outros descalabros, ninguém duvida – a começar pelos próprios petistas, que tanto se esforçaram para trancafiá-la. Só o risco do calote desses três países, que é quase uma certeza, levou o banco a registrar perdas de R$ 4,4 bilhões no balanço financeiro de 2018, divulgado na semana passada. Somem-se a isso as dívidas perdoadas pelos governos petistas, como os US$ 900 milhões dados sem contrapartida a 12 governos africanos, e as propinas apuradas pela Lava Jato.

A constatação é que nas mãos sujas petistas o BNDES se transformou para a geração presente e as próximas num verdadeiro “Banco Nacional do Retrocesso Econômico e Social”, que não só torrou o dinheiro público com projetos sem nenhuma relevância para o interesse nacional, como abasteceu os bolsos de políticos e empresários corruptos, e, pior, de ditadores que asfixiam as populações de seus países.  Cabe aos brasileiros continuar pressionando o Congresso, o Ministério Público e os outros órgãos de fiscalização para que levem essa devassa até o fim e, sobretudo, aniquilar nas urnas o projeto de poder desse partido que, ainda hoje, tem a maior bancada na Câmara.


Editorial - O Estado de S. Paulo

domingo, 16 de agosto de 2015

16 de agosto: Brasil vai às ruas pela terceira vez contra Dilma e o PT

Há protestos confirmados em todas as capitais. Em Brasília, classe política aguarda desfecho das manifestações – que podem definir os rumos da crise

O governo Dilma Rousseff enfrenta neste domingo o terceiro protesto popular em apenas oito meses do seu segundo mandato. Assombrados pelo fantasma da inflação - cujo índice já supera a popularidade da presidente -, diante do maior índice de desemprego em mais de cinco anos e perplexos com a magnitude do esquema de corrupção desvendado pela Operação Lava Jato, os brasileiros voltam às ruas para um ato que tem como mote a frase "Não vamos pagar a conta do PT". Em Brasília, a classe política está atenta às manifestações, que podem jogar novamente no fundo do poço um governo que ensaiou na última semana tentativas de emplacar uma agenda positiva.

Convocado pelos movimentos Brasil Livre, Vem Pra Rua e Revoltados On Line, os protestos deste domingo estão confirmados em mais de 200 cidades, segundo o líder do Vem Pra Rua, Rogério Chequer. O mapa das manifestações vai de Norte a Sul do país e inclui todas as capitais. "Espero que o Congresso reconheça o clamor popular, talvez num nível nunca antes visto na história deste país, e encaminhe um pedido de impeachment", afirma Chequer. Ele garante, contudo, que o foco dos protestos não será apenas o "fora Dilma", mas também a luta contra a corrupção. "O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, tem uma lista de 48 políticos suspeitos de envolvimento no petrolão. Exigimos saber o que será feito dela", completa.

Assim como nos demais protestos, a Avenida Paulista será o grande termômetro das manifestações. Os diferentes grupos que convocaram os atos antigoverno ficarão espalhados da seguinte maneira: Vem Pra Rua ficará na esquina da Avenida Paulista com a Rua Pamplona, o MBL, em frente ao Masp, e o Revoltados On-line, no cruzamento com a Augusta. A Polícia Militar vai aumentar o efetivo na região da Paulista e também nas estações de metrô, principal meio de chegada dos manifestantes ao local. Serão destacados 1.000 homens para o evento. Para evitar eventuais confrontos com grupos pró-PT, os participantes são orientados a não reagir a provocações, como explica Renan Haas, do Movimento Brasil Livre. "Não registramos qualquer ocorrência nos demais protestos e não será agora", afirma.

Se o primeiro protesto, em março, se deu de forma apartidária, agora o movimento conta com o apoio de lideranças da oposição. O PSDB chamou a população às ruas em inserções no rádio e na televisão - segundo a coluna Radar, de Lauro Jardim, o presidente do partido, senador Aécio Neves, pretende participar pessoalmente da manifestação. O deputado tucano Carlos Sampaio (SP) prevê um grande engajamento da população neste domingo. "O governo aposta que as manifestações não vão dar em nada. Mas vão, e será um baque para a presidente e sua base aliada, que tem se mantido cada vez mais distante desse governo", afirma o líder do PSDB na Câmara.

Para o peemedebista Leonardo Picciani (RJ), a tese de impeachment "perdeu um pouco de força". Ao longo da semana passada, o governo federal conseguiu respirar em meio à crise política: o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), decidiu estender a mão a Dilma com sua Agenda Brasil e o Tribunal de Contas da União concedeu mais tempo para o governo explicar as pedaladas fiscais. Além disso, o Planalto emplacou diversos encontros com movimentos de esquerda em busca de apoio à petista. "É preciso aguardar a dimensão dos protestos. O mundo não acaba depois de uma manifestação, mas é evidente que os protestos podem ter alguma influência e, principalmente, exigir uma maior ação para reagrupar a base e tomar medidas de recomposição", diz o deputado.

Mas a posição moderada não é unânime no partido. "Tudo no Brasil começa depois do dia 16. O dia 17 vai definir se nós vamos passar mais três anos e meio sangrando ou se nós vamos partir para uma alternativa de poder", afirma um peemedebista rebelde. Para Haas, "a voz das ruas justificará uma atuação mais drástica do Congresso". Já Chequer acredita que os recentes arranjos pró-Planalto são mais um motivo de indignação que levará os brasileiros às ruas. "Criou-se um sentimento de 'não vamos deixar isso acontecer'", afirma.

Fonte: VEJA