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terça-feira, 3 de julho de 2018

Galvão Bueno: rave na folga e trapalhadas durante a transmissão

"Serginho", "Cícero" e "Copa de 1996" foram algumas das confusões do apresentador durante o jogo


Após curtir a folga em uma rave russa na última sexta-feira, o narrador Galvão Bueno cometeu uma sequência de confusões durante a transmissão da vitória da seleção brasileira por 2 a 0 sobre o México, nesta segunda-feira, pelas oitavas de final da Copa do Mundo de 2018.

O narrador da TV Globo chamou o volante Casemiro de “Cícero”, que, segundo ele, jogou a “Copa de 1996”, que não existiu. Galvão ainda chamou Fernandinho de “Serginho”, afirmou que o lateral mexicano Layún era um atacante e encerrou confundindo o goleiro do México, Ochoa, com o técnico da equipe, Juan Carlos Osorio.

Além das corriqueiras trapalhadas, Galvão Bueno tem convivido com críticas de companheiros de trabalhos por conta de seu comportamento ríspido e falta de respeito com os funcionários da Globo. [a vingança dos maltratados pelo boquirroto Galvão é que ele,  mesmo sendo intocável, um dia vai encerrar sua carreira na Globo ou ser excluído daquela emissora, SEM ter o prazer de narrar uma final de Copa em que o timinho do Brasil seja o vencedor - sua carreira em termos de narrar o Brasil vencedor de uma Copa se encerrou em 2002.] 

Veja

 
 

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Malandragem?

Não parece, realmente, que o Rio de Janeiro esteja levando lucro com o culto à malandragem

Há uma parte da população do Rio de Janeiro que sempre construiu para si própria, e para o restante do Brasil que presta atenção no que se fala ali, uma imagem de sua cidade como o centro nacional e mundial da malandragem. Seria uma grande virtude. Esse “espírito”, na sua maneira de ver as coisas, faz do Rio uma cidade superior às demais. Faz de seus cidadãos pessoas mais inteligentes, mais aptas a lidar com a vida e mais hábeis que os outros brasileiros em conseguir o melhor para si próprias. Imagina-se que essa gente esteja sobretudo nos morros, ou nas “comunidades”, como se deve dizer hoje. [com a descoberta da farsa representada pelas UPPs o termo adequado voltou a ser: favelas.]
 Anitta em cena do clipe 'Vai Malandra' (Reprodução/Divulgação)

Muitos de fato estão, mas não são eles os que mais aparecem, pois sua voz não vai longe. Quem realmente leva adiante esta bandeira é uma porção das classes mais ou menos médias da Zona Sul, com a participação decisiva dos artistas, intelectuais que assinam manifestos, formadores de opinião, “influencers”, comunicadores e por aí afora. São eles, hoje, os guardiães da filosofia segundo a qual qualificar-se como “malandro” é um dos maiores dons que um ser humano pode dar a si próprio. Já sua pior desgraça, motivo de vergonha e prova cabal de estupidez, é ser o exato contrário disso o otário, condenado a passar a vida na humilhação, no logro e no “prejuízo”. Seja tudo no Rio; mas não seja, pelo amor de Deus, um “otário”.

A música de sucesso no Rio de Janeiro neste fim de ano é “Vai, Malandra”. Comentaristas de futebol, a começar dos mais populares, mais uma vez apostam que a “malandragem natural” do jogador brasileiro de futebol será uma vantagem estratégica importante na Copa do Mundo de 2018 na Rússia. [malandragem que não livrou o timinho do Brasil de levar uma surra de 7 a 1 da SELEÇÃO DA ALEMANHA e tudo indica novas surras serão sofridas pelo Brasil agora na Copa 2018.
A era do Brasil bom de futebol passou; o que tem agora são jogadores que se vendem por muitas moedas mas se vendem.] Os políticos da cidade e do Estado são descritos, com orgulho, como “malandros”. Nas artes e naquilo que se chama de “meio cultural” a figura do malandro, e a filosofia que se fabrica em torno de seus méritos, estão entre os temas principais de interesse. A palavra malandro”, em suma, é um elogio. A palavra “otário” é um insulto. Não melhora as coisas em nada, obviamente, a ideia geral que associa o otário ao sujeito honesto, cumpridor da própria palavra e das leis, pagador de impostos, respeitador das regras do trânsito, bem educado, etc. – tudo isso, cada vez mais, passa a ser visto como uma fraqueza, além de burrice, falta de “jogo de cintura” e outros delitos graves. Um cidadão decente, neste clima, é um cidadão com defeito.

A atitude de culto à “malandragem” não parece estar dando bom resultado na vida prática do Rio de Janeiro. Até outro dia, três ex-governadores do Estado estavam na cadeia, ao mesmo tempo, por corrupção um deles, que não teve a sorte de pegar um Gilmar Mendes no caminho, continua no xadrez. Nenhum outro Estado do Brasil, em nenhuma época da história, conseguiu nada semelhante. O ano de 2017 está fechando com mais de 132 policiais assassinados no Rio, uma média de um morto a cada três dias. 

Os funcionários públicos já esqueceram o que é receber o salário mensal em dia. Foi preciso pedir dinheiro emprestado para pagar o décimo terceiro. Um dos maiores orgulhos da cidade e do Brasil, o estádio do Maracanã, continua fechado depois de consumir bilhões de reais em investimentos para brilhar nos Jogos Pan-Americanos, depois na Copa do Mundo de 2014 e finalmente na Olimpíada de 2016, uma coisa depois da outra. O Flamengo, o maior time do Rio, manda seus jogos num lugar chamado “Ninho do Urubu”. Nada disso tem cara de ser, realmente, uma grande malandragem.

J. R. Guzzo - Coluna do Augusto Nunes - VEJA -  Blog Fatos