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segunda-feira, 11 de setembro de 2023

Haja paciência! - Rodrigo Constantino

Gazeta do Povo


Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

Não está nada fácil a vida de um brasileiro decente. Nunca foi, é verdade, pois estamos falando do país do jeitinho, da malandragem, da corrupção
Mas depois que soltaram o descondenado e utilizaram o TSE para ajudar o ladrão a voltar à cena do crime, como diria Alckmin, tudo virou um pesadelo para quem não perdeu o juízo ou a moral e, portanto, não fez o L.
 
Lula é mitomaníaco, mente que nem sente, parece incapaz de dizer a verdade. 
E agora tem proferido suas bobagens com mais frequência, tornando o Brasil um pária mundial.  
Diz que receberia o psicopata Putin no país e que o mundo precisa "respeitar" o Brasil, ignorando decisão do Tribunal Internacional do qual nosso país é signatário. 
Depois diz que nem sabia da existência desse tribunal, sendo que já pediu que o mesmo tribunal julgasse o "negacionista" Bolsonaro por atuação na pandemia. É um cínico da pior espécie!
 
Como pegou muito mal Lula se mandar com Janja para a Índia logo depois do fiasco do 7 de setembro sem povo, ignorando mais de 40 mortos pelo ciclone no sul, eis que agora o governo comunista resolveu partir para cima do jornalista Alexandre Garcia. 
Flávio Dino disse que vai acionar a Polícia Federal para investigar "Fake News", sem apontar que lei prevê isso, e a AGU manda investigar as falas do jornalista sobre as chuvas. Oi? Que raios a AGU tem a ver com isso?! 
E pensar que militante petista da velha imprensa aplaude! Isso é coisa de ditadura, não?
 
Aí lembramos que a mídia alinhada só fala da tal delação de Mauro Cid, enquanto os ministros supremos, até ontem, consideravam delação obtida pela ameaça de manter o delator preso coisa de torturador. O que mudou? Ah sim, o alvo agora é bolsonarista. 
Os tucanos acharam que ficariam com o espólio do PT após a Lava Jato, mas vendo que surgiu em cena a direita, tiveram de resgatar Lula e enterrar a Lava Jato, permitindo a vingança contra os envolvidos na maior operação de combate à corrupção.
 
Nosso STF deveria simplesmente ser o guardião da Constituição, uma missão nobre. 
Mas a composição atual da Corte optou pelo ativismo, pelo abuso de poder, pela militância partidária, e tem arrastado a credibilidade da Justiça para a lama em nosso país. 
Mas fiquem tranquilos, pois os ministros sabem como investir o tempo escasso e nossos recursos: O Diálogos com o Supremo de hoje receberá o economista de esquerda Joseph Stiglitz, para falar sobre os "Desafios para o Crescimento Econômico com Estabilidade e Inclusão Social".
Você tem direito de pensar que é um DCE de uma federal, e não uma Corte Constitucional. Mas você está enganado!
 
O Brasil cansa! Mas esse já virou um bordão ultrapassado. Nos tempos atuais, o Brasil exaspera, leva ao limite a paciência do mais zen-budista de todos! E como tudo que é muito ruim sempre pode piorar, melhor arregaçar a manga e trabalhar duro pois Lula quer um novo avião com cama de casal, que pode custar mais de R$ 400 milhões aos cofres públicos! 
O líder do povo que não tem povo ao seu lado precisa de mais luxo e conforto, pois é dura a vida de um malandro que diz ajudar os pobres...

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 


segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

Fome e esquerda andam juntas - Guilherme Baumhardt

Ao surgirem dados sobre fome e miséria, olhe com atenção

Alguns anos atrás, antes de ser presidente, Lula participou de um evento, na Europa, e lá pelas tantas disparou: "No Brasil há 25 milhões de crianças de rua". Foi aplaudido por uma plateia de desinformados. Anos depois, rindo, falou sobre a "proeza", após levar uma chamada do ex-prefeito e ex-governador do Paraná Jaime Lerner: "Lula, a gente não conseguiria andar nas cidades se tivéssemos tantas crianças morando nas ruas". 
Mas como na cabeça do sujeito impera a malandragem (basta lembrar do episódio da mala de dinheiro encontrada no banheiro do aeroporto de Brasília), Lula optou por contar vantagem: "A gente inventava e saia dizendo número". Lula, neste caso, é um bom professor.
 
Nesta semana, em Davos, na Suíça, foi a vez da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, iniciar o desmatamento da verdade e a queimada do bom senso.  
Sem ficar ruborizada, Marina lascou que 120 milhões de brasileiros passam fome. 
É, obviamente, algo que não encontra respaldo na realidade. 
Significa que mais da metade do país não conseguiria se alimentar como deveria, ou seja, trata-se de mais um episódio que nos ensina que duvidar é preciso.
 
Durante a campanha eleitoral, difundiu-se a informação de que no Brasil havia 33 milhões de pessoas passando por insegurança alimentarum conceito um tanto difuso
Você sabe de onde saiu o número? Da Rede Penssan. 
O leitor já havia ouvido falar sobre o grupo? Não fique preocupado. 
Quase ninguém conhece, o histórico da turma é mínimo, mas a imprensa difundiu o dado produzido pela Penssan como se fosse uma verdade absoluta, algo que serviu para ajudar a campanha lulista a vender a tese de que o país estava na pior.
 
Marina Silva não tirou 120 milhões de famintos da própria cabeça. 
O número saiu de um levantamento coordenado pelo (preste atenção ao nome) Grupo de Pesquisa Alimento para Justiça: Poder, Política e Desigualdades Alimentares na Bioeconomia.  
Uma sigla que pretende muito, diz quase nada e, ao final, nos perguntamos: esse pessoal é o famoso "quem", mesmo? Pois é. Se quisermos um dado concreto, mais próximo da realidade, podemos e devemos buscar outras fontes.
O Banco Mundial, no final de 2022, revelou aquilo que muita gente já sentia. O indicador de brasileiros vivendo na extrema pobreza despencou de 5,4%, em 2019, para 1,9%, em 2020.  
Em números absolutos, estamos falando de uma queda de 7,2 milhões de pessoas (de 11,3 milhões para 4,1 milhões). Querem mais? 
Em novembro de 2022, o índice de desemprego no Brasil havia caído para o menor nível desde 2014, recuando para 8,3%, e com algumas unidades da federação gozando do pleno emprego, como Santa Catarina – coincidência ou não, Estado que nunca foi governado pelo PT ou pela esquerda.
 
Quando surgirem dados sobre fome e miséria, olhe com atenção. Citei alguns grupos acima, mas existem outros ainda mais inexpressivos, com coisa produzida em "fundo de quintal", por gente louca por alguns minutos de fama e holofote. 
 Em momentos assim, o melhor a se fazer é olhar para o retrovisor e revisitar a história. 
Os episódios relacionados à fome estão relacionados, na sua maioria, a guerras ou governos de esquerda. A Grande Fome de Mao (que matou mais de 40 milhões de chineses); o Holodomor, também conhecido como a "Grande Fome", que varreu do mapa ao menos quatro milhões de ucranianos; ou ainda a Venezuela atual, em que a população há anos não se alimenta como deveria. E nem vou citar Cuba.

Do Site Percival Puggina - Publicado originalmente no Correio do Povo


sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Governos têm de funcionar - Alon Feuerwerker

Análise Política

Passada a eleição municipal e empossados os escolhidos, começa a corrida pela vaga de Jair Bolsonaro. Competição da qual participa o próprio, muito disposto a suceder a ele mesmo. As municipais são nossas “midterm”. Nos Estados Unidos, elas elegem todos os deputados, uma parte dos senadores e dos governadores. Aqui, todos os prefeitos e vereadores. O ponto médio do período de quatro anos é a largada para a eleição seguinte.

O universo da política gira sempre em torno de eleições. Daí haver certa ingenuidade (ou malandragem) quando se diz ao governante, nos diversos níveis, “desça do palanque e governe”. Mais honesto seria admitir: quem desce do palanque está arriscado a enfraquecer-se. Pior. Dada a quase impossibilidade, aqui, de o eleito trazer com ele da eleição a maioria parlamentar, se descer do palanque, aumenta o risco de ser derrubado.

Quem desce do palanque não governa, ou enfrenta imensas dificuldades, inclusive porque a periodicidade e a assiduidade das eleições exigem o reabastecimento permanente e atento da expectativa de poder, o que pede ao político alimentar uma projeção de futuro. Isso é mais fácil para quem está na oposição. Pois a pergunta “se está dizendo que vai fazer, por que não fez ainda?” vive exposta na prateleira do supermercado mercadológico eleitoral.

É sempre possível, claro, dizer que não fez ainda porque não deu tempo, porque pegou a situação com muitos problemas e precisa de mais quatro anos para completar a obra. [inevitável reconhecer que fundamentos para pedir mais tempo, e ser atendido, é o que não falta ao presidente Bolsonaro; qual dos governantes brasileiros, dos últimos 50 anos,  enfrentaram uma pandemia do porte da atual? ou mesmo uma pandemia simples? se é que existe.
qual deles ao tempo que enfrenta uma pandemia, sofre um boicote sistemático - ou sofria - do Poder Legislativo, com apoio na maior parte das vezes do Judiciário?] Esse discurso colar depende de algumas coisas, duas delas muito importantes: a vida dos eleitores estar algo confortável e haver operadores eficientes empenhados na construção da narrativa “as alternativas não são boas, com elas a coisa poderia estar muito pior”.

Mas, regra geral, quem carrega a tocha da esperança é a oposição, então o governo precisa estar sempre mostrando serviço e com uma defesa bem articulada. Para fazer do presente a ponte da esperança de um futuro mais bonito. No caso de agora, Bolsonaro precisa, em 2021, mostrar serviço nas suas duas frentes principais: a vacinação e o suporte econômico aos mais vulneráveis na pandemia. Sem isso, será alvo fácil em 2022.

Todos dizem que é provável termos vacinas em grande quantidade a partir ainda deste semestre, e que isso é certo para o próximo. Se acontecer, colaborará para “retomar a retomada” econômica (até o governo já prevê retração neste começo de ano). O que pode fazer o povo chegar à eleição com um certo alívio. Se a turma estiver vacinada e a economia crescendo, o candidato a continuar terá credibilidade para falar de um futuro melhor.

Também por isso a vitória de Arthur Lira (PP-AL) foi tão estratégica. Permite a Bolsonaro atravessar estes meses mais delicados sem estar ameaçado pela guilhotina do impeachment. Se desse Baleia Rossi (MDB-SP), apesar de todas as declarações apaziguadoras, já se estaria armando o cadafalso habitual no Brasil. Mas, vamos repetir, o governo precisa funcionar. Nada, ou quase nada (na política o “quase” é importante), pode substituir isso.

Recomendamos: Um palpite sobre o teto

Alon Feuerwerker, jornalista e analista político


quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Malandragem?

Não parece, realmente, que o Rio de Janeiro esteja levando lucro com o culto à malandragem

Há uma parte da população do Rio de Janeiro que sempre construiu para si própria, e para o restante do Brasil que presta atenção no que se fala ali, uma imagem de sua cidade como o centro nacional e mundial da malandragem. Seria uma grande virtude. Esse “espírito”, na sua maneira de ver as coisas, faz do Rio uma cidade superior às demais. Faz de seus cidadãos pessoas mais inteligentes, mais aptas a lidar com a vida e mais hábeis que os outros brasileiros em conseguir o melhor para si próprias. Imagina-se que essa gente esteja sobretudo nos morros, ou nas “comunidades”, como se deve dizer hoje. [com a descoberta da farsa representada pelas UPPs o termo adequado voltou a ser: favelas.]
 Anitta em cena do clipe 'Vai Malandra' (Reprodução/Divulgação)

Muitos de fato estão, mas não são eles os que mais aparecem, pois sua voz não vai longe. Quem realmente leva adiante esta bandeira é uma porção das classes mais ou menos médias da Zona Sul, com a participação decisiva dos artistas, intelectuais que assinam manifestos, formadores de opinião, “influencers”, comunicadores e por aí afora. São eles, hoje, os guardiães da filosofia segundo a qual qualificar-se como “malandro” é um dos maiores dons que um ser humano pode dar a si próprio. Já sua pior desgraça, motivo de vergonha e prova cabal de estupidez, é ser o exato contrário disso o otário, condenado a passar a vida na humilhação, no logro e no “prejuízo”. Seja tudo no Rio; mas não seja, pelo amor de Deus, um “otário”.

A música de sucesso no Rio de Janeiro neste fim de ano é “Vai, Malandra”. Comentaristas de futebol, a começar dos mais populares, mais uma vez apostam que a “malandragem natural” do jogador brasileiro de futebol será uma vantagem estratégica importante na Copa do Mundo de 2018 na Rússia. [malandragem que não livrou o timinho do Brasil de levar uma surra de 7 a 1 da SELEÇÃO DA ALEMANHA e tudo indica novas surras serão sofridas pelo Brasil agora na Copa 2018.
A era do Brasil bom de futebol passou; o que tem agora são jogadores que se vendem por muitas moedas mas se vendem.] Os políticos da cidade e do Estado são descritos, com orgulho, como “malandros”. Nas artes e naquilo que se chama de “meio cultural” a figura do malandro, e a filosofia que se fabrica em torno de seus méritos, estão entre os temas principais de interesse. A palavra malandro”, em suma, é um elogio. A palavra “otário” é um insulto. Não melhora as coisas em nada, obviamente, a ideia geral que associa o otário ao sujeito honesto, cumpridor da própria palavra e das leis, pagador de impostos, respeitador das regras do trânsito, bem educado, etc. – tudo isso, cada vez mais, passa a ser visto como uma fraqueza, além de burrice, falta de “jogo de cintura” e outros delitos graves. Um cidadão decente, neste clima, é um cidadão com defeito.

A atitude de culto à “malandragem” não parece estar dando bom resultado na vida prática do Rio de Janeiro. Até outro dia, três ex-governadores do Estado estavam na cadeia, ao mesmo tempo, por corrupção um deles, que não teve a sorte de pegar um Gilmar Mendes no caminho, continua no xadrez. Nenhum outro Estado do Brasil, em nenhuma época da história, conseguiu nada semelhante. O ano de 2017 está fechando com mais de 132 policiais assassinados no Rio, uma média de um morto a cada três dias. 

Os funcionários públicos já esqueceram o que é receber o salário mensal em dia. Foi preciso pedir dinheiro emprestado para pagar o décimo terceiro. Um dos maiores orgulhos da cidade e do Brasil, o estádio do Maracanã, continua fechado depois de consumir bilhões de reais em investimentos para brilhar nos Jogos Pan-Americanos, depois na Copa do Mundo de 2014 e finalmente na Olimpíada de 2016, uma coisa depois da outra. O Flamengo, o maior time do Rio, manda seus jogos num lugar chamado “Ninho do Urubu”. Nada disso tem cara de ser, realmente, uma grande malandragem.

J. R. Guzzo - Coluna do Augusto Nunes - VEJA -  Blog Fatos

 

sexta-feira, 11 de março de 2016

Lula sabe que não engana Sérgio Moro, por isso esperneia

Foi a sua mais hilária, surreal e trágica coletiva de imprensa, como o verdadeiro Macunaíma, chorando às pitangas, expressando raiva em seus olhos esbugalhados, e mesmo assim, contando vantagens, e tentando persuadir com a retórica, chantagem e emocionalismo, o irrealismo de suas bazófias.

A decisão do juiz Sérgio Moro, de obrigar o ex-presidente Lula a depor por meio de uma ação coercitiva, na manhã da sexta-feira, no dia 4 de março de 2016, foi certamente um dos fatos mais relevantes da história recente do Brasil, com implicações, consequências e desdobramentos que poderão ser um divisor de águas. Moro acertou o alvo ao deflagar a “Operação Aletheia”, e poderá estar fazendo a verdadeira reforma política, que é o grande anseio do povo brasileiro, exausto das espertezas de Lula, que há décadas encarnou Macunaíma, o herói sem nenhum caráter.

Acertou o alvo porque, à frente da Operação Lava Jato, o juiz Sérgio Moro atinge o cerne de toda a problemática, que é a questão moral, pois a crise que vivemos atualmente é mais do que política ou econômica, mas profundamente moral. Com isso ele presta um grande serviço à nação brasileira, na medida em que trabalha para fazer cumprir a lei, pois a democracia é não só a garantia das liberdades individuais, mas sobretudo [justamente para fazer valer a liberdade com responsabilidade], o cumprimento da lei.   

É evidente que Lula e seus apaniguados estão surpreendidos e chocados com tudo o que está acontecendo, com tantos desmoronamentos, pois especialmente Lula se sentia há mais de uma década, acima de tudo e de todos, acima de toda lei, o homem mais blindado de todo o País, com uma blindagem que o fazia se sentir super mimado, como sempre foi paparicado, desde quando Cláudio Hummes criou a Pastoral Operária, assessorado por Frei Betto, para lançá-lo à grande aventura do menino pobre que passou fome e chegou à Presidência da República, mas que sempre desprezou estudar. Quase toda a sua carreira política foi fazendo a glamourização da ignorância”, como destacou Joice Hasselman, e essa ignorância de “homem-massa” (tão bem descrito por Ortega Y Gasset) que o faz apelar para o emocionalismo, choramingando, como fez, por exemplo, quando foi diplomado Presidente, chegando às lágrimas, comovendo a todos com o seu pieguismo cênico.

Surpreendido às seis da manhã (como no samba do japonês da Federal), daquela sexta-feira, foi ainda poupado pelo próprio Sérgio Moro de ser algemado ou transportado no carro com o emblema da Polícia Federal. E ele fez birra, cara feia, xingou tudo e todos, e disse que ficou muito ofendido, e esperneou. Assim que saiu do Aeroporto de Congonhas, recolheu-se ao diretório do PT, onde proferiu a sua mais hilária e trágica coletiva de imprensa, como o verdadeiro Macunaíma, chorando às pitangas, expressando raiva em seus olhos esbugalhados, e, mesmo assim, contando vantagens, e tentando persuadir com a retórica, chantagem e emocionalismo, o irrealismo de suas bazófias. Sim, porque ele perdeu totalmente o chão da realidade. A casa caiu.

Mesmo assim, ele se gabou em sua fala, de considerar-se o maior presidente de todos os tempos, e transtornado com os acontecimentos daquele dia, foi flagrado conversando com a presidente Dilma Roussef, como se estivesse num boteco, com fala chula, mandando a Polícia Federal enfiar no c... o seu processo. Apesar de seus rompantes, se comparando a uma jararaca que atingiram o rabo, mas que está viva, Lula perdeu totalmente, naquele dia, a noção dos fatos. E não percebeu que aquela ação coercitiva foi o começo de um périplo, de um acerto de contas, daquele duro acerto de contas que acaba chegando para todos os embusteiros, principalmente àqueles a quem a vida deu tanta oportunidade. “Ao que muito teve, muito será cobrado”, e Sérgio Moro chega agora com a cobrança da fatura, alta demais, por tudo o que fizeram. A Lava Jato alcançou “o chefe” do maior esquema de corrupção como nunca antes se viu em toda a história do País. E não adianta agora ele esbravejar. Fica valendo, com a evidência dos fatos, a máxima de Abraham Lincoln: “Pode-se enganar a todos por algum tempo; pode-se enganar alguns por todo o tempo; mas não se pode enganar a todos todo o tempo.”

Quanto mais Lula tenta se justificar, mais se enrola, porque não consegue perceber o emaranhado em que se envolveu, desde quando cobiçou um poder pantagruélico, satisfazendo a lógica das forças que o levaram a se tornar o monstro político que é, uma jararaca ferida, e que certamente será pisoteada pela ação firme e corajosa da equipe da Lava Jato, comandada por Sérgio Moro. Por que não poderá haver impunidade a todos os desmandos feitos, à tanta gula e abuso de poder. Os próprios comentaristas da imprensa que tanto o afagaram esses anos todos, reconheceram que havia acabado naquele dia, o mito Lula, até mesmo para os militantes pagos, cada vez mais reduzidos, que o defendem apenas por vil interesse.  

Joelmir Betting acertou em dizer que “o PT é, de fato, um partido interessante. Começou com presos políticos e vai terminar com políticos presos”. Ainda quando eclodiu o escândalo do mensalão, em 2005, o jornalista Ivo Patarra escreveu “O Chefe”, enquanto a imprensa torcia o nariz e boicotava a sua obra, hoje muitos terão de reconhecer a coragem de Patarra em por a nu o que se sentia rei, o morubixaba que fez do projeto de poder do Foro de São Paulo, a miragem de Pasárgada, aonde todos os “amigos do rei”, e ele próprio, serão pois arrastado para atrás das grades, por quererem demais e de modo totalmente escuso, privilégios não pautados pela virtude, mas apenas na malandragem.

Chegou a hora e a vez de Sérgio Moro, para deter Ali Babá e todos os demais ladrões, comprovando assim, mais uma vez, na História, que o crime não compensa.

Por: Hermes Rodrigues Nery é coordenador do Movimento Legislação e Vida.
Email: hrneryprovida@uol.com.br

quinta-feira, 30 de julho de 2015

A OPOSIÇÃO SOMOS NÓS!



O País desceu muitos degraus na escala moral e da compostura pela baixa qualidade da política exercida pelos seus dirigentes e aliados, portanto, tem que reagir com energia e repulsa, para impedir que o indecoroso conceito de impunidade que regula a filosofia da pior estirpe de velhacos de nossa história, venha a ditar as normas pedagógicas da “nova escola”.
Cuidemos de tirá-los do trono, destruindo o seu projeto de poder indefinido. Essa gente, durante o governo militar, articulou-se em guerrilhas para instituir a “democracia comunista”, a tão “justiceira sociedade igualitária”. Hoje, no poder, a igualdade existe, mas entre eles próprios, na divisão do dinheiro da Nação em que o montante das cotas indica o preço de cada um. 

A presidente sempre teve arroubos por cofres. Mas, a parcela do povo tutelada, os “famosos” artistas repetidores de roteiros, os intelectuais de bares e a mídia escamoteadora da verdade, entregaram-lhe a chave do erário, como se entrega o mapa do tesouro a um pirata. A festança foi grande até o momento. O cobertor emporcalhado, que agasalhava o Executivo, cobriu as Casas do Congresso e o STF. Se os Três Poderes engajaram-se na proteção dos interesses partidários, seus integrantes, com raríssimas exceções, já estão contaminados e é necessário urgência na limpeza geral do centro do poder.

Destaca-se nessa aliança entre o partido vermelho e seus aliados a identidade de ações no jogo da baixa política na qual o que menos importa são as questões nacionais. Tanto que nomes representativos das Casas participam da lista como beneficiários de substanciais somas para manter providencial desinteresse em fiscalizar os vários golpes do Executivo e acordos por ele assinados sem que passassem pelo Congresso e recebessem ou não o seu aval.

Isso não significa harmonia entre Poderes, mas cumplicidade de interesses, em detrimento do interesse maior que é o da Nação. Foram eleitos para servi-la, mas em troca deixam-lhe arruinada.

Esses mesmos parlamentares citados pela Justiça acusam-na, atacam a PF, o MP, o íntegro juiz Sérgio Moro, por terem descobertos as falcatruas em que se meteram. Legisladores que ofendem, quando acusados, as instituições que zelam pela execução das leis que eles mesmos elaboraram, é uma prova de que o País não poderá mais contar, na defesa de sua soberania, com decisões idôneas, cívicas, isentas, porque poucos nomes não estão manchados.

Acrescente-se à já conhecida deficiência intelectual da presidente, os gracejos do emproado vice que não se coadunam com a seriedade da situação, classificando-a de “crisezinha” (1), numa linguagem aquém de seu cargo, expressada a jornalistas estrangeiros, no exterior, de maneira pejorativa, comprovando a qualidade da política brasileira sempre apoiada em mentiras. Demonstrou desapreço por si mesmo, pelo País que deveria bem representar e pelo povo que lhe paga a viagem.

Foi assim com Collor, com FHC, que não desperdiçava momento, nos países em que ia dar conta de seu serviço de apátrida, para descrever o Brasil à sua maneira e semelhança: acanalhado. Agora, aproveitando o País fragilizado, deita falação aos que ainda desconhecem as suas ligações transnacionais. Finge-se indignado, porque há objetivos obscuros que devemos impedi-lo de pôr em prática. Foi assim, também, com Lula, “o honoris causa” da malandragem e da corrupção.

Não podemos cair na armadilha da falsa oposição, que FHC pensa em liderar para tumultuar. Nós somos a verdadeira oposição, apartidária, sem muletas parlamentares, que somente se prendem a nossos braços para tirar proveito da situação caótica que ajudaram a implantar.

Esta é a hora da extrema limpeza. Não percamos mais tempo. Encontremos o nosso líder fora dos quadros políticos comprometidos.

Fonte: Aileda de Mattos Oliveira - Dr.ª em Língua Portuguesa. Vice-Presidente da Academia Brasileira de Defesa