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terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Falta de manutenção e Viaduto desaba no centro de Brasília - viadutos de Brasília e outros prédios não recebem manutenção preventiva

Construção fica sobre a Galeria dos Estados; Governo do Distrito Federal diz que ainda não há informação sobre vítimas, mas hipótese não está descartada

Um trecho do viaduto conhecido como Eixão Sul, em Brasília, sobre a Galeria dos Estados, desabou no começo da tarde desta terça-feira, por volta de 12h. Fração à direita da construção caiu.  Segundo comerciantes da região, o viaduto servia de teto para uma série de lojas e empreendimentos. A parte que caiu, no entanto, teria sido sobre a parte de trás de uma churrascaria. Segundo o Governo do Distrito Federal, não foram encontradas vítimas no local até o momento. Quatro unidades da Defesa Civil estão no local.

À GloboNews, o representante do órgão disse que foram atingidos quatro veículos, dois danificados completamente e dois parcialmente.

A movimentação de pedestres é muito grande na região. Vídeos das redes sociais mostram o estado dos destroços.

 
VEJA e Correio Braziliense

 

quarta-feira, 1 de junho de 2016

PM tenta desocupar Torre Palace Hotel e invasores reagem com fogo - a Polícia não pode recuar, a desocupação tem que ocorrer, custe o que custar

O edifício abriga cerca de 150 famílias, com 60 crianças 

Uma operação surpresa montada pelas forças de segurança do Distrito Federal tenta desocupar, na manhã desta quarta-feira (1°/6), o Torre Palace Hotel, conhecido nacionalmente como o Hotel do Crack. No entanto, os invasores resistem com barricadas de pneus queimados. Também jogam pedras e restos de material de construção. O edifício abriga cerca de 150 familias, com 60 crianças. Além de usuários de drogas, há integrantes do Movimento Resistência Popular (MRP). 

[a ação tem que ser realizada e de forma exemplar; estamos em uma época em que baderneiros precisam aprender que a Força Policial sempre vence e a desocupação do hotel, custe o que custar, será um excelente exemplo a desestimular futuras badernas.]


Homens do Batalhão Operações Especiais (Bope) já estão posicionados para subir no edifício. Três deles estão em frente à escada que dá acesso aos nove pavimentos. O clima é de tensão. Invasores se concentram no terraço e ameaçam resistir a qualquer custo. O comando da PM mandou aumentar a área de isolamento, porque há botijões em posse dos manifestantes.

Para garantir a segurança no local, a PM fez um cordão com cerca de 35 homens no Eixo Monumental, em frente ao prédio. Os militares estão equipados com capacetes, cassetetes e spray de pimenta. Todas as forças de segurança foram escaladas para a operação, autorizada pelo Governo do Distrito Federal e coordenada pela Secretaria de Segurança Pública. Ao todo, são 250 policiais militares e 360 agentes das forças de segurança no local.

O chefe da comunicação social da polícia militar, o coronel Antônio Carlos Freitas, explicou que, no início da manhã, homens da Defesa Civil vieram ao prédio para colocar veneno de rato no local. Pouco mais de 30 pessoas estavam no edifício no momento, contando com crianças. Segundo a versão da polícia, eles conversaram com os presentes e pediram que saíssem . Cerca de 20 pessoas deixaram o prédio, mas o restante preferiu ficar.

De acordo com a PM, são, aproximadamente, 12 pessoas com duas crianças, uma de colo e outra com cerca de 5 anos. O MRP fala em 80 pessoas dentro do prédio. "A Defesa Civil pediu nosso apoio. Vimos que há material inflamável dentro do prédio e decidimos iniciar a Operação Gerente para desocupar o local. Eles têm objetos inflamáveis lá dentro, incluindo colchões, pneus e piche. Há suspeita que tenham gasolina também", disse. 

"Acionamos todas as forças de segurança para garantir a integridade física das pessoas. Nossa intenção é a desocupação e usaremos todas as técnicas necessárias e possíveis. Nós temos obtido êxito nessas operações. Não podemos permitir que coloquem as crianças em risco", explicou o coronel.

Ordem judicial

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, a operação está amparada por decisão judicial do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) em 2ª instância, ela autoriza o Estado a entrar e tomar as medidas legais de saúde e segurança do prédio. O acórdão é do desembargador Sebastião Coelho e foi proferido no dia 24 de maio. 

Mulheres e crianças
Um manifestante, parado no quinto andar, comecou a gritar com os policias dizendo que todos ali são trabalhadores e que a polícia pode subir. O homem fez gestos chamando os policiais. No mesmo pavimento, uma mulher apareceu com uma criança de colo.  Segundo um levantamento da PM, dentro do prédio, no momento, há cerca de 15 adultos além de crianças. O GDF também destacou uma equipe do Conselho Tutelar para amparar os mais jovens após a desocupação. Funcionários da secretaria de segurança pública e paz social fotografam o prédio e helicópteros dos bombeiros e da PM sobrevoam a região.

Policiais militares contam com apoio do Corpo de Bombeiros e do Departamento de Trânsito (Detran). Fortemente armados, a Tropa de Choque tenta entrar no prédio, um esqueleto na área central de Brasília. Todas as vias de acesso do Setor Hoteleiro Norte e do Eixo Monumental estão fechadas.


Policiais militares contam com forte aparato. São sete ônibus, quatro carros do choque e diversas viaturas, além de homens do Batalhão de Policiamento com Cães (BPcães). Uma empilhadeira retira veículos do estacionamento atrás do prédio. O equipamento é operado por profissionais do Detran.

Os hotéis vizinhos não foram evacuados. Homens da CEB também chegaram ao local para dar apoio caso seja preciso. Um manifestante do quinto começou a gritar com os policias dizendo que os ocupantes do prédio são trabalhadores e que a polícia poderia subir. Homens do Batalhão Operações Especiais já estão posicionados e o clima é de tensão. Há manifestantes na cobertura do prédio.

Ordem judicial
Em março deste ano, a juíza Mara Silda Nunes de Almeida, da 8ª Vara de Fazenda Pública, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), deferiu, em caráter liminar, ação protocolada pela Procuradoria-Geral do Distrito Federal (PGDF), por ordem do governador Rodrigo Rollemberg (PSB), contra a Torre Incorporações e Empreendimento Imobiliário Ltda., dona do Torre Palace.


A magistrada deu um prazo de 20 dias para que a empresa fizeesse a remoção das pessoas que estavam no local, bem como o cercamento do perímetro da edificação, a retirada das telhas quebradas ou soltas e a correção do telhado para evitar infiltrações, entre outras providências necessárias em caráter de urgência.



Fonte: Correio Braziliense

 

sábado, 23 de janeiro de 2016

Retroescavadeiras roubadas em Mariana - a prova da certeza absoluta da impunidade

A força da lei do mais forte

A ousadia do roubo das máquinas usadas para recuperar Mariana só se explica se houver a certeza absoluta da impunidade

Há alguns dias, uma imensa pedra se desprendeu e rolou morro abaixo sobre uma comunidade em Vitória. Por sorte, não acertou ninguém, e não se perderam vidas, mas destruiu tudo o que estava em seu caminho. Além disso, abalou o equilíbrio que mantinha no lugar um conjunto de blocos de granito. Outras pedras de várias toneladas podem rolar a qualquer momento. A Defesa Civil que já havia alertado os moradores sobre os riscos do lugar onde estavam se estabelecendo — evacuou a área e tomou providencias para que as famílias deslocadas se abrigassem em espaços provisórios enquanto durem as obras de contenção.

A partir daí, repete-se o quadro que vemos por todo o país diante de catástrofes semelhantes — sejam elas deslizamentos, enchentes ou de qualquer outra natureza. Alguns moradores têm de ser retirados quase à força e, na primeira oportunidade, voltam aos locais de onde foram obrigados a sair. Mesmo correndo grandes riscos, muitas vezes não conseguem seu objetivo: defender o que é seu, tudo o que têm na vida. Não podem contar com um policiamento eficiente para proteger os parcos bens, adquiridos com tanta dificuldade. 

Os ladrões são mais rápidos. Em poucas horas, saqueadores já arrombaram e depenaram as casas, levando roupas, móveis, eletrodomésticos. O tão celebrado homem cordial brasileiro mais uma vez revela sua compaixão zero. E nisso não é diferente dos saqueadores que fizeram algo parecido em Nova Orleans após a passagem do furacão Katrina. Analistas falam em refreamento da solidariedade e da empatia. Ou acirramento da competição e da hostilidade. Em terras tupiniquins, somada à mais absoluta certeza de impunidade. Até mesmo com as desculpas cínicas desse personagem bem nosso, o ladrão coitadinho, que também é carente de tudo e precisa pensar no amanhã de sua família, ou acha que nesse caso não haveria lei proibindo, já que eram bens abandonados, largados, deixados para trás, sem dono.

Em outra escala, algo disso se repete nos desvios de merenda escolar ou de doações para vítimas de enchentes, e no que agora ocorreu após o rompimento da barragem em Mariana. Chega a ser inacreditável. Antes de mais nada, roubar máquinas que trabalhavam para começar a minorar os efeitos de uma tragédia dessa dimensão é falta de compaixão e de responsabilidade cívica em grau extremo, indigna da espécie humana. Qualquer bando de cachorros vadios tem mais sentido de coletividade.

Então uma quadrilha consegue roubar do canteiro de obras as retroescavadeiras e demais máquinas que lá estavam, sendo utilizadas para começar a recuperar o terreno destruído e recoberto da lama de dejetos? Tantas assim? Tão grandes? Tão lentas? Sem deixar pistas? Ninguém se deu conta? Foram abduzidas pelo ET de Varginha, que anda atacando novamente? Não dá para imaginá-las sendo removidas de balão ou helicóptero, sem serem detectadas pela Polícia Rodoviária. Ou, como nas histórias em quadrinhos, de super-heróis e supervilões, sendo borrifadas de tinta invisível ou sofrendo os efeitos de um raio desintegrador que só iria reintegrá-las muito longe, talvez no Planeta Mongo. A não ser que estejam em algum esconderijo subterrâneo, junto com as vigas de concreto roubadas da Avenida Perimetral, nas barbas de todo mundo, e jamais localizadas
.
Como ninguém percebeu algo dessa dimensão? Dá para acreditar nessa história mal contada? A ousadia de uma ação dessas só se explica se houver a certeza absoluta da impunidade. Da mesma forma que esses desvios de milhões do dinheiro publico, de que o país não para de tomar conhecimento. Tudo amparado na convicção de que a lei não é para valer, sempre pode ser burlada — experiência que se repete na vida do cidadão. Ou se repetia, o que só confirma a importância da Lava-Jato e do julgamento do mensalão.

Mas as leis físicas se impõem nas barragens que se rompem, nas encostas que deslizam com as chuvas, nos rios assoreados que inundam cidades impermeabilizadas onde suas águas não encontram a porosidade da terra. Ou na poluição do ar pelos combustíveis fósseis ou pelo pó de minério ao longo das ferrovias de mineradoras. Ou no esgoto que emporcalha as praias brasileiras, de Santa Catarina ao Maranhão, passando pela triste Baía de Guanabara. Também as leis da economia, em sua inexorável matemática, estão mostrando no que dá gastar mais do que se ganha ou fingir que se cresce sem produzir mais.

Só que essas leis físicas ou matemáticas não cedem a argumentos, slogans ou chicanas, nem estão sujeitas a serem compradas por quem dá mais — como os depoimentos e investigações da Lava-Jato estão revelando que acontece com emendas enxertadas em medidas provisórias, às escondidas, mediante propina a políticos, uma das mais repugnantes práticas de corrupção jamais inventadas. A confirmar, para nossa desgraça, que estamos sob o domínio da Lei da Selva. Resta à população aguentar a consequência e lembrar disso na hora do voto. Se não estiver anestesiada.


Por: Ana Maria Machado é escritora - O Globo