Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
A bebê Indi Gregory, de 8 meses, teve seu suporte vital desligado por ordem judicial - Foto: Arquivo familiar
Após
ter os aparelhos hospitalares que a mantinham viva desligados – mesmo
com a Itália oferecendo cidadania, translado e tratamento sem onerar seu
país natal – a britânica Indi Gregory, de apenas oito meses, foi mais
uma vítima do sistema de saúde da Inglaterra.
Lançado em 1948, o NHS
[sigla em inglês para Serviço Nacional de Saúde], que se orgulha de ser
“o maior serviço de saúde com financiamento público do mundo”, tem um
histórico de idas ao tribunal para encerrar o tratamento de pacientes
menores de idade(na maior parte das vezes, bebês)considerados sem
possibilidade de cura por seus médicos. Como no caso de Indi, o NHS tem
vencido na justiça os litígios, ainda que os pais dos pacientes
“terminais” apelem, apresentando alternativas de tratamentos em outros
países.
De maneira simplificada, a legislação estabelece a superioridade da
decisão da justiça sobre a dos pais em decidir o que é de maior
interesse da criança.
Em outras palavras, o sistema
de saúde governamental seria capaz de discernir com mais clareza (entre
os motivos, por não ter o envolvimento emocional comum aos pais) o que é
melhor para o bem-estar de um menor.
O corpo médico do Queen's Medical
Center, onde Indi Gregory estava internada, argumentou que ela estava
morrendo e que o tratamento aplicado apenas causava dor a uma pessoa sem
consciência. “Morrer em paz”, portanto, seria a melhor alternativa na
visão dos especialistas. Embora os pais tenham discordado, a justiça
ficou do lado dos médicos.
Depois de um tribunal de
primeira instância decidir que a remoção do suporte vital era do
interesse de Indi, e que ela deveria morrer em uma instituição de saúde,
os pais e o governo italiano pediram permissão à justiça para que a
pequena fosse tratada no Hospital Infantil Bambino Gesu, em Roma. A
instituição, ligada ao Vaticano, se comprometeu a arcar com todos os
custos.
O
juiz Peter Jackson, do Tribunal de Apelação, disse que os médicos que
cuidam de Indi e de outras crianças com enfermidades graves foram
colocados em uma posição “extremamente desafiadora” nessas disputas
legais, e condenou o que chamou de “táticas de litígio manipulativas”,
cujo objetivo seria frustrar ordens judiciais.
“Tais ações não serão
toleradas”, afirmou Jackson. Segundo a decisão,
a tentativa de intervenção italiana no caso é “totalmente mal
concebida” e “não está no espírito” da Convenção de Haia, que tem Reino
Unido e Itália como signatários.
Pesquisadora do
Independent Women's Forum [Fórum Independente de Mulheres, uma
organização americana conservadora com foco em questões de política
econômica que preocupam as mulheres], Madeleine Kearns admite
que “os médicos podem estar em melhor posição para avaliar a condição
física de Indi. O juiz e o tutor nomeado pelo tribunal — um terceiro
interposto quando o interesse superior de uma criança está em disputa —
podem ser mais objetivos em sua análise dos fatos".
Ainda assim,
Madeleine argumenta que “o julgamento clínico não deve ser dotado de
procuração. E a perícia médica não deve ser entendida como autoridade
moral. Os médicos podem fazer recomendações. Eles certamente podem se
recusar a fazer o que consideram uma má prática médica ou ética. Mas no
final, o paciente – ou, neste caso, a família do paciente – deve ser
livre para ir para outro lugar”.
Para ela, o fato de
os pais serem proibidos de levar a filha para receber tratamento em
outro lugar reforça um perigoso precedente no sistema de saúde
britânico. “Se os tribunais puderem intervir para usurpar os direitos
dos pais neste tipo de casos de fim de vida, é concebível que, no
futuro, o possam fazer quando os médicos de um paciente preferirem a
eutanásia”, diz.
Série de casos Indi nasceu em 24 de fevereiro, com uma doença mitocondrial rara, sem cura conhecida até o momento, que afeta a produção de energia nas células de seu corpo.
Até mesmo a tentativa dos pais de que ela morresse em casa foi negada nos tribunais, que determinou a transferência da bebê para uma unidade de cuidados paliativos.
Na semana anterior, o juiz do Supremo Tribunal inglês Robert Peel proibiu a transferência de Indi para Roma, alegando
que não havia provas de que o tratamento proposto pelo hospital do
Vaticano melhoraria a qualidade de vida da paciente. Segundo ele, a
tentativa, pelo contrário, “perpetuaria um alto nível de dor e
sofrimento” para o bebê, que já tinha dores frequentes e uma “qualidade
de vida extremamente limitada”. [oportuno lembrar que a conduta adotada com a bebê Indi Gregory é mais um passo rumo a liberação da eutanásia, que certamente alcançará muitos dos desumanos magistrados de agora e do futuro.
E, certamente nos seus cérebros condenados, por inúteis, porém vivos, lembrem-se do quanto ajudaram na aceitação da eutanásia - sentença de morte que contra eles estará sendo aplicada.]
O caso Indi Gregory é
o mais recente de uma série de disputas legais entre médicos e
familiares de crianças e adolescentes no Reino Unido. Entre as batalhas
ganhas pelo sistema de saúde na justiça estão os casos de Archie
Battersbee, de 12 anos, que teve o suporte vital removido no ano
passado; de Charlie Gard, que sofria de uma doença mitocondrial, como
Indi, e morreu aos 11 meses, após seu tratamento ser encerrado em 2017; e
de Alfie Evans, que sofria de uma doença cerebral degenerativa rara e
teve os aparelhos desligados aos 23 meses, em 2018;
Em
setembro, Sudiksha Thirumalesh, 19 anos, que sofria de uma doença rara
causadora de fraqueza muscular crônica, morreu depois que o hospital de
Birmingham decidir interromper o tratamento de diálise e transferi-la
para cuidados paliativos. Sem danos cerebrais, ela pediu aos advogados
que conseguissem uma transferência para o Canadá, onde passaria por um
tratamento experimental, mas a justiça britânica negou a solicitação. Eu quero morrer tentando viver. Temos que tentar de tudo”, disse a menina.
Em
2014, os pais de Ashya King, de cinco anos, afetado por um tumor
cerebral, “sequestraram” o filho do Hospital Geral de Southampton, na
Inglaterra, para que a justiça não lhe aplicasse uma sentença de morte
como se fosse algo de“seu maior interesse”. O casal chegou a ser preso
na Espanha, mas conseguiu levar o filho para a República Tcheca, onde
uma terapia com prótons foi eficaz na cura do câncer.
“Em
alguns casos, as famílias optaram pela via de fato: levar diretamente o
menor sem esperar autorização, como aconteceu com Ashya King. É a
triste consequência da jurisprudência restritiva que parece estar
consolidada [no Reino Unido]”, afirma Guillermo Morales Sancho, advogado da Alliance Defending Freedom [Aliança em Defesa da Liberdade], que oferece apoio jurídico em casos do tipo.
Ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social
criticou a mensagem enviada pelo Telegram aos usuários fazendo críticas à
PL das Fake News
O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da
República (Secom-PR), Paulo Pimenta, criticou a campanha do Telegram
contra a PL das Fake News e disse que o governo tomará as medidas legais
contra o texto enviado pela plataforma a seus usuários nesta
terça-feira (9/5). “Empresa estrangeira nenhuma é maior que a soberania
do nosso país”, disse.
Paulo ainda classificou a medida do aplicativo como
inacreditável e mentirosa. “Telegram desrespeita as leis brasileiras e
utiliza sua plataforma para fazer publicidade mentirosa contra o PL
2630”, disse.
Inacreditável! Telegram desrespeita as leis
brasileiras e utiliza sua plataforma para fazer publicidade mentirosa
contra o PL2630. As medidas legais serão tomadas. Empresa estrangeira
nenhuma é maior que a soberania do nosso país. pic.twitter.com/G48Jl23uKE
[o TPD - trio parada dura = Pimenta,Flavio Dino e wadih damous (minúsculas por opção) tentam defender o PL da Censura com uma conduta que ajuda a sustentar os que classificam aquela excrescência de instrumento de censura.
Se eles já cogitam de ações enérgicas, punitivas, contra o Telegram (big tech que apenas alertou, expressando sua opinião - sobre os riscos decorrentes de eventual aprovação do PL da Censura ser aprovado) - sem que o PL da Censura sequer tenha sido votado - imagine o que farão com os brasileiros que ousarem falar algo que desagrade a corja lulopetista, vindo a Lei da Censura a se tornar realidade.
Eles além da pretensão de controlar o que os brasileiros podem dizer e o que não podem - decidir o que é MENTIRA e o que é VERDADE(sempre considerando o interesse do desgoverno atual) com a agravante de que quem disser uma verdade, mas apresentando uma conclusão que não agrade o desgoverno petista, poderá ser punido.
Países como Rússia, China, Estados Unidos e outros costumam ser severamente criticados em seu próprio território e nada ocorre - inclusive nos dois primeiros que são notoriamente NÃO DEMOCRATAS;jornais brasileiros e de outros países falam horrores contra a Rússia, China e não são sequer criticados, quanto mais ameaçados.
Jornais brasileiros já publicaram matéria acusando a Rússia, China e não foram alvo de nenhuma ação judicial.
Falar mal dos Estados Unidos, do governo Biden, é prática comum no Brasil, não resultando em punição, ou mesmo ameaças, para os autores das críticas e a mídia que as veicula.
Encerramos nossa opinião lembrando que impedir ou tentar impedir a publicação de críticas, comentários, notícias, desfavoráveis ao governo só tem um nome; CENSURA - que é proibida pela Constituição Federal e que tentar acabar com a proibição de via Projeto de Lei é um atentado contra a Carta Magna - tal assunto poderia até ser discutido mediante PEC. É O QUE PENSAMOS. Abolir um DIREITO CONSTITUCIONAL via PL é INCONSTITUCIONAL, portanto INACEITÁVEL, ILEGAL, IMORAL.]
Segundo a mensagem enviada pelo próprio aplicativo de
mensagens, o Projeto de Lei é uma das legislações mais perigosas já
consideradas no Brasil, e leva a uma nova mensagem que “explica” o
texto. Nessa outra sessão, o aplicativo diz que a democracia está sob
ataque no país e que o PL “matará a internet moderna” caso seja
aprovado.
Segundo a empresa, o texto dá ao governo“poderes de
censura sem supervisão judicial prévia”. “Esse projeto de lei permite
que o governo limite o que pode ser dito online ou forçar os aplicativos
a removerem proativamente fatos, ou opiniões que ele considera
‘inaceitáveis’ e suspenda qualquer serviço de internet - sem uma ordem
judicial”, continua o manifesto do aplicativo.
O PL 2630 cria a Lei Brasileira de Liberdade,
Responsabilidade e Transparência na internet, com objetivo de fortalecer [?]
a democracia e coibir [?] a difusão de notícias falsas. A nova Lei torna
obrigatória a moderação de conteúdo na internet para que sejam
identificadas, excluídas, ou sinalizadas postagens e contas com conteúdo
considerado criminoso. Já os aplicativos de mensagem deverão trabalhar
para limitar a distribuição massiva de mensagens.
O texto seria votado na Câmara dos Deputados na última
terça-feira (2/5), mas foi retirado da pauta pelo presidente da casa,
Arthur Lira (PP-AL). "Ouvindo atentamente o pedido do relator, que para
mim já é suficiente, e os líderes, que na sua maioria encaminham por uma
saída da manutenção do diálogo, o projeto nao será votado na noite de
hoje", declarou Lira durante a sessão plenária.
Como a TV Globo sabe de onde veio a ordem e quem é o seu autor, se o
atingido não foi notificado e não conseguiu obter nem número de processo
através de advogado?
Foto: Shutterstock
Uma ordem judicial levou ao bloqueio de minhas redes sociais. Como saber que a ordem é judicial? Não há como saber. Só dá para supor — a partir de um e-mail enviado por uma das plataformas, informando que o trancamento do perfil se dava em cumprimento a uma decisão da Justiça, e que ela, a plataforma, não tinha nada a ver com isso.
Mas existe decisão judicial sem processo, sem nem mesmo uma alegação, ou pedido de liminar conhecido pelo atingido? No Brasil, sim. É exatamente isso: uma ordem “judicial”que resulta na supressão do direito à livre expressão de um jornalista em canais que alcançam milhões de usuários se consuma como mágica de origem desconhecida. Mas há quem conheça a origem — e não é o atingido pela medida, nem seu advogado.
Quem conhece a origem da medida é a TV Globo.
Pelo menos é o que está publicado no site G1, do grupo Globo. Textualmente: “Segundo apuração da TV Globo, o bloqueio das contas foi determinado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes”.
Parênteses:a vírgula depois de “STF” indica que, para o G1, Alexandre de Moraes é o único ministro da Corte. A única outra hipótese é o analfabetismo dos responsáveis pelo veículo noticioso. Não se pode descartá-la. Fecha parênteses.
Tratar como “bolsonarista” um escritor com mais de dez livros publicados (quase 300 mil vendidos), com obras adaptadas para o cinema e críticas sobre todos os governos nas últimas três décadas e meia é tão criterioso quanto chamá-lo de “golpista”
Dito isso, fazemos aqui da planície a modesta pergunta:como é que a TV Globo sabe de onde veio a ordem e quem é o seu autor, se o atingido não foi notificado e não conseguiu obter nem número de processo através de advogado?
A informação sobre a “apuração” da TV Globo foi publicada no site G1 algumas horas após a execução do bloqueio das redes. A matéria veio com o seguinte título: “Guilherme Fiuza tem perfis retidos no Twitter, Instagram, YouTube, Facebook e Telegram”.
Ou seja: é uma matéria só sobre o meu caso, um privilégio significativo considerando-se que outros alvos de medidas similares não mereceram esse destaque exclusivo.
Mas a exclusividade começou antes da ordem de bloqueio. Em matéria publicada pelo jornal O Globo, onde o assunto era outro (uma tese sobre financiamento de manifestações contra a eleição de Lula através de rifas), o veículo encaixou na parte final do texto uma referência a mim — exclusivamente a mim — fora do assunto tratado até ali (os supostos financiamentos de atos “antidemocráticos”).Segue a transcrição do trecho:
“O chamado ao tumulto é endossado por figuras públicas com grande repercussão. O bolsonarista Guilherme Fiuza, seguido por 1,9 milhão de pessoas no Twitter, tem incentivado o golpismo.”
Segue-se então uma citação a um post meu onde afirmo que os que suspeitam da eleição de Lula e se manifestam nas ruas por isso são democratas e estão no seu direito.
Essa matéria precedeu a decisão “judicial” de bloqueio das redes sociais do “bolsonarista golpista”, que algumas horas depois a TV Globo disse saber de onde veio.
A única coisa que interessa, a exemplo daquilo que
acontece nas ditaduras, é transmitir uma doutrina, e apenas uma — sobre
política, sociedade e a vida em geral
Foto: Montagem Revista Oeste/Reprodução
“Bolsonaro prepara a sua Grande Mentira no Brasil”, acaba de dizer em sua capa, dramaticamente, uma revista inglesa que já teve fama, no passado, de ser um dos mais potentes faróis do melhor jornalismo de linhagem anglo-saxônica — racional, objetivo e fiel, acima de tudo, à religião dos fatos.
Que tal a declaração acima, como julgamento jornalístico imparcial?
Este é o título do artigo de fundo; daí para a frente, até o ponto final, só piora.
Justamente no momento em que mais de 1 milhão de pessoas, ou só Deus sabe lá quantas, vão para as ruas de todo o Brasildizer, na mais perfeita paz, ordem e respeito à lei,que querem votar em Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais de outubro, a publicação informa que ele prepara um golpe de Estado.
Já está desenganado pelas pesquisas, afirma o texto e, sabendo que vai perder, levanta acusações “sem provas confiáveis” contra a integridade das apurações, com o objetivo de melar os resultados. “Os brasileiros temem”, segundo a revista, que ele incite uma “insurreição” no estilo da invasão do Capitólio por “seguidores de Donald Trump”, após as últimas eleições americanas, ou coisa “talvez pior”.
Que “brasileiros” com medo seriam esses? Não se informa. E como se faria essa “insurreição, na prática?Segundo diz o artigo, Bolsonaro está dando armas aos seus apoiadores. Com “2 milhões” de armas de fogo nas mãos da população em geral, “bolsonaristas poderiam atacar o tribunal eleitoral caso Lula seja declarado vencedor”; eles estão “mais bem armados do que nunca”, informa o texto. O presidente pode contar também com os“400.000” homens da polícia, gente que “gosta de atirar”; uma das razões para esse apoio é que ele “prometeu imunidade legal” aos policiais que “matarem suspeitos”.Essa polícia, de acordo com a revista, poderia se mostrar mais fiel a Bolsonaro “do que à Constituição”; o Exército também. Na mesma balada, revela-se um fato prodigioso, e até agora inteiramente desconhecido dos brasileiros, ou de quem quer que seja no resto do mundo: “45 políticos foram assassinados nos seis primeiros meses de 2022”no Brasil. É mesmo?
Quem são, exatamente, esses políticos assassinados?O artigo não dá nenhuma informação a respeito; apenas diz, imediatamente antes de mencionar essa onda de homicídios, que o presidente “rotineiramente incita à violência”.Conclusão: por tudo isso, e com a desordem, a insegurança e a matança em massa tomando conta das ruas, Bolsonaro vai invocar“poderes de emergência” para “adiar a transferência do governo” para Lula — que é considerado pela revista, é claro, o único ganhador possível e legítimo das eleições que estão aí.
O resto do texto segue na mesma linguagem e com a mesma inteligência de manifesto aprovado em assembleia geral de centro acadêmico estudantil. Bolsonaro é descrito como um possível seguidor do “livro de regras sem princípios” de Donald Trump. Ele “semeia divisão”; o “outro lado”, na sua visão, não é apenas errado — é o “mal”. É um político de “boca suja”,que se elegeu presidente copiando os “truques” de outro homem de “boca suja”, Donald Trump. É “desonesto” no “mau uso” das redes sociais. Constrói uma realidade “paralela”. É uma “ameaça à floresta amazônica”, que estaria sendo destruída a um ritmo “70% mais rápido” do que antes da sua passagem pela presidência. A crítica que Bolsonaro faz a Lula é condenada como sendo “absurda”.
Lula, por sinal, é definido no artigo como um político “pragmático”, que foi um presidente “razoavelmente bom” entre 2003 e 2010.
Não há detalhes sobre as sentenças da Justiça que o condenaram por corrupção passiva e lavagem de dinheiro,nem qualquer menção aos 20 meses que passou na cadeia cumprindo pena; tudo o que se diz a respeito é que ele “nega as acusações” e que o seu caso foi posto de lado pelos tribunais.
Mais: Lula é um “defensor da democracia” e Bolsonaro não é — “por instinto”. Reconhece-se que ele até pode jogar dentro das regras democráticas, mas vive “procurando meios de evadir” as suas exigências. “Os eleitores brasileiros deveriam resistir à atração de um populista desavergonhado”,conclui a revista.
Não se diz nada sobre o fato de que Bolsonaro, em seus três anos e nove meses na presidência, não deixou de cumprir uma única ordem judicial, mesmo as ilegais
Questão de opinião? Opinião não é isso. Opinião, de qualquer um, só vale alguma coisa se estiver baseada na realidade objetiva dos fatos. Senão é apenas repetição de palavras vadias que não preenchem as condições mínimas para serem qualificadas como pensamento — ou, então, é propaganda de maionese barata com pose de análise política. Não há, em todo o artigo, nenhuma tentativa de se aproximar dos fatos. Não se diz que Bolsonaro foi eleito por quase 58 milhões de eleitores — e não por “truques”.
Não há a mais vaga menção à recusa permanente de Lula e do PT em tratarem Bolsonaro como um adversário político — ele é chamado publicamente de “genocida”, de fora-da-lei ou de “inimigo”, na definição de um juiz da suprema corte que faz militância declarada contra a sua candidatura.
Não se menciona, por sinal, a atividade de um STF que usa diariamente a máquina judicial para combater Bolsonaro e seu governo —anula as suas decisões, impede que reduza impostos ou construa ferrovias, e exige, de meia em meia hora, que dê as “explicações” mais extravagantes, sobre qualquer coisa.
Não se diz nada sobre o fato de que Bolsonaro, em seus três anos e nove meses na presidência, não deixou de cumprir uma única ordem judicial, mesmo as claramente ilegais, sem nexo lógico ou de cunho político. Também não desobedeceu a nenhuma decisão do Congresso, nem a qualquer lei ora em vigência do país.
Não se diz que o Brasil tem presos políticos, todos eles aliados ao presidente; é público que um dos seus principais apoiadores está em prisão domiciliar, e que um deputado federal que o apoia ficou preso durante nove meses, além de ser condenado pelo STF a quase nove anos de cadeia.
Como, com todos esses fatos, o Brasil de hoje teria um governo autoritário?
Quem está sendo autoritário aí?
O artigo não menciona o inquérito policial aberto pelo STF contra um grupo de empresários pró-Bolsonaro cujo crime foi falar de política num grupo de WhatsApp— nem da clara e sistemática violação das leis e da Constituição pelo ministro Alexandre Moraes, há mais de três anos, na sua perseguição política a aliados do presidente.
Não há nenhuma referência à atuação repressora do TSE na atual campanha eleitoral — como, por exemplo, a proibição de se exibirem imagens das manifestações de massa do dia Sete de Setembro.
Lula, o homem “pragmático” que fez um governo “razoavelmente bom”, comparou as manifestações a uma “reunião da Ku Klux Klan” — mas é só Bolsonaro, e não ele, que busca a “divisão” do país e que define os oponentes como o “mal”.
O leitor só lê que o presidente destrói a Amazônia. Não é informado que o Brasil reduziu em 25% o total das suas queimadas nos dois últimos anos. Não são números do governo brasileiro;é o que mostra o satélite AQUA M-T da NASA americana, com fotos que estão disponíveis para o público em seu site na internet.
Não se diz que o Brasil vai fechar o ano de 2022 com inflação abaixo dos 7%, um dos melhores resultados na área, em qualquer economia do mundo — e nem que o crescimento estará entre os primeiros.
The Economistnão se distingue mais de qualquer outra aglomeração de prosa, quetem preguiça de pensar e que obedece a todos os mandamentos do “politicamente correto”
A questão central em tudo isso, obviamente, não são as atribulações atuais da revista The Economist, que publicou o artigo acima. Em quase 180 anos de vida, uma longevidade fora do comum para qualquer publicação deste mundo, o semanário inglês se tornou um monumento ao jornalismo de primeira classe e ao espírito humano. Era o veículo, pelo menos segundo o que sempre se acreditou, dos “tomadores de decisão” mundiais.
Cada parágrafo dos seus textos trazia um desafio intelectual genuíno para quem escrevia — e uma demonstração de tremendo respeito pela inteligência de quem lia.
Hoje não há nem uma coisa e nem outra.The Economist não se distingue mais de qualquer outra aglomeração de prosa, entre tantas que há por aí, que tem preguiça de pensar e que obedece de olhos fechados a todos os mandamentos do “politicamente correto” — numa visão do mundo neurastênica, parcial e sem sinais de vida inteligente.
Não fica devendo nada, em termos de neurose e resistência à atividade de pensar, aos melhores editoriais do “consórcio nacional de órgãos de comunicação” a que se resume hoje a imprensa brasileira — ou, então, ao jornalismo do padrão CNN, que diz que o lema da bandeira do Brasil é “Independência ou Morte”, e parece se orgulhar disso. Pode ser triste que as coisas tenham se tornando assim — mas cada órgão de imprensa, em qualquer lugar do mundo, é livre para tomar o caminho que quer, ou que lhe é possível nas condições habituais de temperatura e pressão das sociedades de hoje.
O problema real é a descida de boa parte do jornalismo, através de todo o planeta, ao exercício aberto do totalitarismo.
Não há preocupação em relatar os fatos; ao contrário, danem-se todos os fatos, como neste texto sobre o Brasil.
A única coisa que interessa, a exemplo daquilo que acontece nas ditaduras, é transmitir uma doutrina, e apenas uma — sobre política, sociedade e a vida em geral.
Ou você baixa a cabeça para a “linha oficial” ou cai em desgraça.
É proibido achar, por exemplo, que só as mulheres ficam menstruadas, ou que o progresso social vem da liberdade econômica, ou que cada um tem direito a ter ideias individuais; se achar qualquer coisa dessas, o sujeito é um fascista.
Exercer a sua liberdade de ser a favor de alguém como Bolsonaro, então, é crime político, social e moral inafiançável. É obrigatório, ao mesmo tempo, achar que o celular, o carro elétrico e a tela Retina 4,5 Apple com “Touch ID” foram trazidos até você por Che Guevara ou pela luta de classes — e não pelo capitalismo que os deixa tão indignados. É o mundo da “despiora”, do “descondenado” e, no fim das contas, do “desjornalismo”.
É como querer se informar lendo o Pravda da ditadura comunista da Rússia de outros tempos.
Rosa Weber mostra que não fugirá da defesa da democracia
No
discurso de posse, deixa um recado claro: o Supremo é órgão máximo e
descumprir ordem judicial sequer se cogita em estado democrático de
direito
A A ministra Rosa Weber chega à presidência do STF em um momento
particularmente tenso e difícil da vida nacional. Na maior parte de seu
discurso de posse, ela explicitou que não irá fugir do papel de defesa
da Constituição, do STF e da democracia e deixou um recado claro: o
Supremo é órgão máximo e descumprir ordem judicial sequer se cogita em
estado democrático de direito.[COMENTÁRIO, ou melhor, perguntas que se impõem: que armas, que recursos, a ministra presidente do STF usará para combater os que entenda estão atentando contra a Constituição Federal? mandados de busca e apreensão contra pessoas que algum esquerdista denuncie como golpista de WhatsApp? mandar prender algum cidadão que se utilize, de forma respeitosa da liberdade de expressão, permitida pela Carta Magna, critique decisões judiciais proferidas mediante interpretações criativas da Lei Maior?]
Por não gostar de dar entrevistas, alguns imaginavam que ela não iria
entrar em conflito. A ministra deixou claro que não vai provocar
conflito, mas não irá fugir dele. Disse por todas as suas palavras no
discurso que não fugirá à luta e respondeu às críticas de ativismo
judicial:
"Vivemos tempos particularmente difíceis da vida institucional do país,
tempos verdadeiramente perturbadores, de maniqueísmos indesejáveis. O
Supremo Tribunal Federal não pode desconhecer esta realidade, até porque
tem sido alvo de ataques injustos e reiterados, inclusive sob a pecha
de um mal compreendido ativismo judicial, por parte de quem, a mais das
vezes, desconhece o texto constitucional e ignora as atribuições
cometidas a esta Suprema Corte pela Constituição, Constituição que nós
juízes e juízas juramos obedecer".
Em outro momento, lembra que o STF é o órgão supremo das decisões
judiciais. Parece óbvio, mas não é. No governo Bolsonaro, muitas vezes
se falou que o artigo 142 dava às Forças Armadas o poder moderador. Ela
respondeu que o artigo 102 [nas entrelinhas?] dá ao STF o direito à última palavra.
Citando Ruy Barbosa: "O Supremo Tribunal Federal é esta instituição
criada sobretudo para servir de dique, de barreira e de freio. É essa
força que diz —até aqui permite a constituição que vás; daqui não
permite a Constituição que passes” . Desta forma fez um risco no chão.
Outro recado foi quando disse que "descumprimento de ordem judicial
sequer se cogita em estado democrático de direito". Foi uma clara
resposta ao presidente que em 7 de setembro do ano passado, o presidente
Bolsonaro disse em São Paulo no meio de um comício que não iria
respeitar as decisões judiciais de Alexandre de Moraes.
Dominique de Castro Oliveira processou a ordem para incluir nome do blogueiro bolsonarista na lista de foragidos internacionais; "Há a forte sensação de revolta e de estar sendo injustiçada", escreveu aos pares
A ordem para retornar ao trabalho na superintendência da Polícia Federal em Brasília pegou a delegada Dominique de Castro Oliveira de surpresa. Em mensagem enviada aos colegas nesta quarta-feira, 1º, ela disse que o sentimento é de ‘incredulidade’. “Há a forte sensação de revolta e de estar sendo injustiçada”, escreveu.
[em nossa opinião, o que ocorre é que a ilustre delegada demonstra com sucessivas manifestações, seu interesse para que sua remoção - um ato de rotina em qualquer órgão governamental, com múltiplos departamentos e sucursais em todo o Brasil - se torne algo imenso e de extrema gravidade.
Allan dos Santos, ao que entendemos, não está foragido nos Estados Unidos: quando foi decretada sua ordem de prisão já estava fora do Brasil - não fugiu.
A demora em sua extradição - se for algum dia decretada pelos Estados Unidos - é consequência do tratado de extradição entre Brasil e Estados Unidos só prever extradição se o fato criminoso invocado pelo país requerente for crime nos dois países.
Os atos praticados por Allan dos Santos e que motivam o pedido de extradição não são considerados crimes nos Estados Unidos, por estarem contidos no exercício da liberdade de expressão, exercício do direito de opinião, etc. Em tal situação, é altamente improvável que a extradição seja concedida ou que o blogueiro seja preso em solo americano.]
Há 16 meses, Dominique atuava na Interpol.Ela foi a responsável pela ordem de prisão do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, que foi colocado na lista de difusão vermelha da organização – sistema de alerta para captura de foragidos internacionais. Na prática, a delegada apenas recebeu o mandado de prisão expedido pelo Supremo Tribunal Federal, reviu a documentação relacionada, produziu a minuta e encaminhou o pedido para publicação.“Supostamente eu fiz algum comentário que contrariou. Qual foi, quando, para quem, em que contexto e ambiente, não sei. A chefia também disse qua não sabe, cumpriu uma ordem que recebeu”, diz outro trecho da mensagem encaminhada pela delegada aos pares.
Dominique é reconhecida pelos colegas pela produtividade. Na Interpol, ajudou a capturar foragidos internacionais da máfia ‘Ndrangheta'. O trabalho na organização de polícia internacional não tinha prazo determinado para acabar.
Em nota, a Polícia Federal negou que o remanejamento da delegada tenha relação com o processo de extradição de Allan dos Santos, mas não explicou o motivo da troca. [será que tem sentido a Polícia Federal ser obrigada até mesmo a explicar um ato de remanejamento interno?] O Estadão apurou que a Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) analisa se há medidas cabíveis no caso.
Acabo de ser comunicada de que a direção determinou minha saída da INTERPOL e apresentação na SR/DF. Supostamente eu fiz algum comentário que contrariou. Qual foi, quando, para quem, em que contexto e ambiente, não sei. A chefia também disse qua não sabe, cumpriu uma ordem que recebeu.
Naturalmente, o sentimento que me invade neste momento não é o melhor. Além da incredulidade, há a forte sensação de revolta e de estar sendo injustiçada, inclusive por não ter nenhuma função de confiança na INTERPOL, nem mesmo a substituição da chefia. Porém, ao comentar minha “expulsão” da INTERPOL com um colega muito admirado, ele me devolveu a seguinte pergunta: “O que você fez de certo?”
Nos 16 meses em que trabalhei na INTERPOL fui a delegada que mais produziu, sendo que em alguns meses produzi mais que todos os demais delegados, juntos.
No recorde de prisões de foragidos internacionais que batemos esse ano, 9 de cada 10 representações foram elaboradas por mim. Pela minha atuação no Projeto I-CAN (International Cooperation Against ‘Ndrangheta) recebi elogios do Ministério da Justiça italiano e da Secretaria-Geral da INTERPOL, em Lyon.
Mesmo com a trágica morte de meu companheiro Victor Spinelli, em maio passado, não peguei um único dia de licença médica e apenas 15 dias após sua morte trabalhei duro, entre lágrimas, para prender o número 01 dos foragidos internacionais da ‘Ndrangheta no mundo.
Isso sem falar das relações pessoais e institucionais sólidas que criei: com os adidos estrangeiros, com o STF e PGR, com as representações regionais e com os analistas do “salão”. Nunca uma pergunta ficou sem resposta ou uma demanda deixou de ser atendida por mim.
Eu tenho uma história de mais de 18 anos de atuação na Polícia Federal como Delegada de Polícia Federal, a grande maior parte na atividade-fim, como investigadora, chefe de equipe, coordenadora de operações e, principalmente, líder. Coisas que só podem ser valorizadas e respeitadas por quem sabe discernir e já fez o que é certo.
COM A PALAVRA, A POLÍCIA FEDERAL
“Não é verdade que a delegada Dominique foi demitida ou exonerada do cargo, uma vez que não ocupava função de confiança na Interpol.
Houve sim um simples remanejamento da Delegada para recompor o carente quadro de delegados da Superintendência da PF do Distrito Federal, conforme solicitação por meio do Ofício nº 27/2021/SR/PF/DF.
Oportuno esclarecer também que a decisão não tem qualquer relação com o processo do Allan dos Santos, uma vez que cabe a Interpol Brasil o cumprimento da ordem judicial de encaminhamento para o Escritório Central em Lyon, solicitando a inclusão na Difusão Vermelha, o que foi cumprido pelo Delegado Rodrigo Carnevale, Chefe da Interpol Brasil.”
Na semana passada, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF)
Alexandre de Moraes proibiu o deputado federal Daniel Silveira de
conceder entrevistas sem ordem judicial. A decisão ocorreu depois de o
congressista falar ao programa Os Pingos nos Is, da rádio Jovem
Pan. Moraes entendeu que o parlamentar violara medidas cautelares, como
a de se pronunciar em redes sociais, em razão de a conversa ter sido
veiculada em plataformas digitais.
Segundo Paulo Faria, advogado de Silveira, a decisão foi
inconstitucional, além de configurar censura prévia contra seu cliente,
“como tudo que se refere ao Daniel”. A seguir, os principais trechos da
entrevista com Paulo Faria.
1 — A decisão do ministro Alexandre de Moraes de proibir o deputado Daniel Silveira de conceder entrevistas é inconstitucional? Por se tratar de Daniel Silveira, nenhum ato praticado pelo STF e pela Procuradoria-Geral da República encontra qualquer base legal ou constitucional.Todos os atos praticados são ilegais, pois violam princípios básicos da Constituição, como: a) o devido processo legal; b) a ampla defesa; c) o contraditório.
Ainda fere o sistema acusatório e a autonomia do Ministério Público Federal. Por fim, o princípio da imparcialidade do juiz, pois a suposta vítima é o juiz da causa e quem o julgará.
Especificamente sobre a proibição de entrevistas, é claramente uma censura prévia à liberdade de expressão. O artigo 220 veda qualquer espécie de censura. Isso, por si só, já é uma ilegalidade extraída diretamente da Constituição. Vamos recorrer.
2 — O deputado está proibido de acessar as redes sociais, mesmo através de terceiros e de assessores. Essa decisão se estende a familiares? E como fica se ele quiser comemorar a vitória de um time de futebol, por exemplo? Sim, se estende a familiares e a qualquer pessoa que queira falar em nome dele pelas redes sociais. O deputado está totalmente censurado. O objetivo do ministro é calar Daniel, como fez com Roberto Jefferson, Oswaldo Eustáquio, Zé Trovão, entre outros. Desses que citei, com exceção do deputado, nenhum tem foro de prerrogativa. O ministro está atuando além de suas atribuições. O STF não tem competência para julgar o cidadão comum. Contudo, agora, criou-se uma jurisprudência para isso.
3 — Ao soltar o deputado, o ministro estabeleceu medidas cautelares com base nos artigos 319 e 282 do Código de Processo Penal. Esses dispositivos se enquadram na situação do deputado? Daniel não cometeu crimes. Sendo assim, não pode ser enquadrado nesses artigos. O 319 apresenta medidas restritivas, como o uso da tornozeleira eletrônica, mas não cita, por exemplo, que se pode permitir a proibição do uso de redes sociais. Já o 282 prevê condições que impedem o investigado de fugir, já que ele representaria “risco social”. Nada do que está escrito pode ser aplicado ao deputado.
4 — Como foi o dia da prisão do deputado? Ele estava em casa, fez o vídeo com críticas ao STF e publicou. Por volta das 23 horas do dia 16 de fevereiro, a Polícia Federal (PF) chegou para prendê-lo, a mando do STF, por suposto crime inafiançável. Os agentes da PF atuaram com cordialidade. Daniel nunca imaginou que seria preso devido à gravação porque as imunidades parlamentares afastam punições penais sobre quaisquer palavras, votos e opiniões proferidas por ele. Essa prerrogativa se estende para além das dependências do Congresso, incluindo as redes sociais. As mídias digitais são consideradas uma extensão do exercício do mandato de um congressista. Como o Daniel tem a conta verificada nas plataformas, com o selinho azul, ele estava utilizando um perfil para o exercício do seu mandato. O deputado não agiu de forma proposital ao fazer o vídeo de críticas aos magistrados, com a finalidade de ganhar holofote. Daniel simplesmente expressou uma opinião.
5 — Como foi o período em que Daniel Silveira ficou na cadeia? Daniel ficou por mais de 26 dias no Batalhão Especial Prisional (BEP), onde ocupou uma cela individual, se alimentou bem durante o período e recebeu tratamento gentil dos agentes. O prazo máximo de uma prisão em flagrante é de 24 horas, conforme estabelece o artigo 306 do Código de Processo Penal. Em 14 de março, a Justiça converteu a prisão para domiciliar. Daniel ficou em casa o tempo todo. Do dia 24 de junho até o dia da soltura, por motivos inexistentes, como violação de tornozeleira e fuga, que não houve, o STF mandou o deputado de volta para o BEP. Sobre questões de saúde, o rompimento de ligamentos no joelho direito do deputado era o maior problema, lesão que ocorrera antes de ele ser detido devido à prática de artes marciais. No dia da prisão, isso foi constatado pela perícia, mas Daniel não fez tratamentos, apesar de nossa insistência à Justiça. Para ter ideia, só em 24 de setembro o ministro Moraes autorizou a realização da ressonância. O quadro clínico do deputado afasta a alegação segundo a qual ele teria tentado fugir no dia da prisão. Trata-se de uma versão fabricada. Livre, agora ele deve fazer a cirurgia de correção.
O gerente da farmácia que vazou a receita médica do infectologista David Uip terá que pagar R$ 11.000 por crime de violação de sigilo profissional por ter feito a divulgação ilegal do documento.A decisão foi tomada pelo Juizado Especial Criminal do Fórum da Barra Funda, em São Paulo, na tarde dessa 5ª feira (11.mar.2021). A sessão foi presidida pelo juiz Fabrizio Sena Fusari.
A prescrição médica orientava o uso de difosfato de cloroquina,
remédio sem eficácia comprovada contra a covid-19 e defendido pelo
presidente Jair Bolsonaro. Nos primeiros meses da pandemia, Uip coordenou o Comitê de Contingenciamento do governo de São Paulo contra a covid-19,
organizado por João Doria (PSDB), adversário político de Bolsonaro. A
ordem judicial estabelece o pagamento de R$ 11.000 em 4 parcelas.
Durante a audiência, o gerente da farmácia solicitou que o valor fosse
dividido em 10 parcelas. O pedido foi negado.
O vazamento da receita motivou uma série de ataques contra Uip nas
redes sociais. Bolsonaro também chegou a cobrar uma declaração do médico
sobre o tema. Perguntado sobre o uso da cloroquina, Uip disse, à época, que não gostaria de“esconder nada”, mas que “não queria transformar o caso em modelo para coisa alguma”. Ele não confirmou o uso do remédio.
E fragorosamente. Isso não significa que a extrema direita tenha vencido
O
alarido das eleições, antes e depois dos resultados, terminou por produzir um
barulho inusitado, o de que as esquerdas estariam avançando, recuperando
antigas posições.Se antes as evidências já indicavam o contrário, apesar do
esforço de institutos de pesquisas de apresentar“retratos” distantes da
realidade, depois ficou ainda mais difícil, dada a sua perda de posições, com o
PT desaparecendo das capitais do País. A esquerda perdeu. E fragorosamente.
Isso
não significa que a extrema direita tenha ganho. O segundo turno apenas
confirmou o que o primeiro já havia sinalizado. Candidatos bolsonaristas, como
Marcelo Crivella, no Rio de Janeiro, e Capitão Wagner, em Fortaleza, não
tiveram sucesso. [felizmente que a extrema direita não venceu as eleições municipais naquelas cidades e outras do mesmo calibre, , mas temos absoluta certeza de que saiu ganhando= que motivos sobram para os vencedores naquelas cidades e em outras se considerarem vencedores?Ganharam sim, fontes de problemas. Qualquer direita que se preze tem que se preocupar com as eleições presidenciais;
O exemplo perfeito é que o presidente da República Federativa do Brasil - JAIR BOLSONARO - concedeu apenas um pouco de atenção àquele pleito para eleger vereadores e prefeitos.
Esperamos que o bom senso prevaleça e que em 2022 incluam nas eleições gerais, as eleições municipais. As finanças do Brasil agradecem.
Depois que o Supremo nos privilegiou com a ausência do Alcolumbre e do Maia, não nos surpreende que outras decisões a favor do Brasil, e dos brasileiros, sejam adotadas.] O primeiro perdeu por 30 pontos porcentuais, não deixando
nenhuma margem a dúvidas; o segundo, embora tenha sido mais competitivo, perdeu
para o candidato da família Gomes. A estrondosa vitória de 2018 minguou em
pouco tempo, deixando um acre sabor de insucesso.
Insucesso
revelador da incapacidade de governar, de oferecer soluções para os urgentes
problemas nacionais, para além da grave crise da pandemia, em que o único
espetáculo apresentado é uma pantomima sem fim. Chegamos às raias do absurdo. O
presidente e o ministro da Saúde advogam tratamentos preventivos, que inexistem
para a comunidade científica do Brasil e de todo o planeta. Procuram somente
mascarar decisões equivocadas, como a de dar vazão à distribuição de
hidroxicloroquina indevidamente financiada e produzida. Discute-se também a
obrigatoriedade ou não da vacina, quando não há vacina a ser distribuída.Discute-se sobre o modo de aplicação de algo no momento inexistente.[lembramos que essa discussão absurda, fundamentada na irrealidade conta com o aval de ministros do Supremo - ainda que apenas de um. Esse apoio a discussão tão grotesca, até bizarra, obscurece em muito o mérito da decisão do STF, impedindo que um deputado e um senador golpeassem a Constituição Federal.]É surreal!
O
eleitorado demonstrou-se cansado dos ataques incessantes e das mentiras repetitivas,
sem que as questões principais do País sejam enfrentadas. Figuras de inimigos
imaginários expõem o seu descolamento da realidade quando as questões reais
batem à porta, como a doença, a morte, a fome, a queda de renda, o desemprego e
a ausência de expectativas. A dita “nova política” envelheceu em apenas dois
anos. Haja senilidade precoce! [consertar os erros da "Nova República" exige muito tempo e um apoio que os inimigos do Brasil - em grande parte escorados e até beneficiários dos males da famigerada 'nova República' - buscam sabotar de todas as formas.]
Daí
não se segue, porém, que a esquerda tenha avançado nem que suas bandeiras, se é
que existem, tenham sido adotadas.O PT, o mais importante partido de oposição,
continua velho, não tem sabido se renovar. Manchado pela corrupção em seu
exercício do poder e pela incompetência do último governo Dilma, continuou
apegado à figura de Lula. Ou o partido se repensa ou permanece atrelado aos
julgamentos inúmeros do ex-presidente e ao impeachment da ex-presidente. O
partido devia deixar a posição de advogado de defesa de seus líderes e partir
para uma agenda propositiva nacional. Não se olha para o futuro observando
somente o retrovisor de um passado que, hoje, só a ele interessa, e nem sequer
à totalidade de seus membros.
Os
candidatos Boulos, em São Paulo, e Manuela, em Porto Alegre, só foram viáveis
como alternativas de poder para os institutos de pesquisa. Realmente, jamais
ostentaram tal posição. O primeiro perdeu por 20 pontos porcentuais e a
segunda, por 10, tendo sido mesmo “avaliada” como estando na primeira posição
no primeiro turno. Erros grosseiros. Curioso, aliás, que os institutos não mais
consigam exercer influência na opinião pública, que já não segue tais
pesquisas, por terem perdido credibilidade.
Note-se
que um e outra são crias de Lula e com ele se identificam. Pertencem a partidos
que eram satélites do PT e não conseguem, senão a muito custo, desvencilhar-se
dessa identificação. Boulos quase chegou a ser ungido sucessor do ex-presidente
quando de sua prisão, naquele espetáculo deprimente de resistência a uma ordem
judicial. [a candidata que pretendia desmantelar Porto Alegre, quando vice do poste Haddad, chegou ao absurdo, ao crime de vilipendiar valores sagrados da Igreja Católica Apostólica Romana. É tão ignóbil, que evitamos até digitar seu nome.] São caras novas do ponto de vista etário, porém velhas em sua
trajetória e em suas propostas. Para quem tiver alguma dúvida basta ler os
programas partidários do PSOL e do PCdoB. Falar de “moderação” dos candidatos
beira a insensatez.
No
que diz respeito a este último partido, o governador Flávio Dino, que
des[a]pontava como liderança nacional, não conseguiu eleger seu sucessor. Ciro Gomes,
por sua vez, teve uma vitória expressiva em Fortaleza, conseguindo bater o
candidato bolsonarista, mas não demonstrou presença nacional. O quadro geral é
o PT perdido em questiúnculas internas, brigando com sua imagem, e os outros
partidos com imensas dificuldades de apresentar uma verdadeira alternativa
política.
Os
extremos como que caíram de suas extremidades, não puderam se equilibrar.
Tontos, giraram em torno de si mesmos, sem a menor abertura para o outro, o
País e seus problemas. A direita avançou com força em suas vertentes liberais,
conservadoras e fisiológico-patrimoniais, com tinturas, às vezes,
social-democratas. Por outro lado, os candidatos social-democratas igualmente
se aproximaram dessas posições, voltadas para a ponderação, o bom senso e as
urgências dos municípios. Quando questões nacionais afloraram, foram na mesma
direção, como se os cidadãos estivessem a exigir uma nova postura para 2022.
Empresa
entrou com recurso contra decisão do STJ que determinou entrega de
dados para esclarecer assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes
sob alegação de que não pode violar privacidade de internautas que nada
tem a ver com o crime
Atualizada às 14h deste domingo, 4, para manifestação do Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro
A Googleentrou com recurso junto ao Supremo Tribunal Federal
(STF) na tentativa de revogar a ordem judicial que obrigou a empresa a
fornecer a lista de pessoas que pesquisaram na ferramenta de buscas o
nome de Marielle Franco e termos conexos pouco antes de seu assassinato em março de 2018. Em agosto, a pedido do Ministério Público do Rio,
a 3ª Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou que a
multinacional disponibilize as informações às autoridades fluminenses
que investigam a morte da vereadora e de seu motorista Anderson Gomes.
A empresa alega que a decisão cria risco à privacidade e viola direitos
fundamentais protegidos pela Constituição. Advogados dão razão à gigante
da internet. Maristela
Basso, professora de Direito Internacional e Comparado da USP, é contra
a divulgação. Segundo ela, a obrigação de provar a autoria de crimes é
de quem acusa e não de quem‘abriu uma estrada e pavimentou para que o
automóvel de todos possa transitar, inclusive aquele do criminoso’.
“Por
isso é inconstitucional, ilegal e desproporcional a decisão do STJ
para
que o Google forneça dados dos seus usuários, de forma indiscriminada,
sem individualizar os endereços de IPs. Decisão que não pode ser
cumprida pelo Google, pela simples razão de que, assim agindo, vai
violar o direito de privacidade dos usuários e poderá sofrer ações de
responsabilidade civil em massa daqueles que se sentirem lesados”, diz
Basso.
Ainda de acordo com a especialista, o STJ agiu de forma ' forma ‘desmesurada e desproporcional’. “Certamente, o Google, como qualquer outra empresa de tecnologia, deve colaborar com a Justiça, desde que esta tenha um suspeito e saiba o que está procurando”, complementa.
Daniel
Gebre, advogado criminalista com foco em gestão de crises e compliance
político e empresarial, alerta para os riscos da possível divulgação dos
dados.“Sem a menor sombra de dúvida a decisão do STJ gera um
Estado panóptico que não é desejável em nenhuma espécie de democracia.
Pessoas que não são investigadas ou acusadas da prática de algum ato
ilícito devem ter a sua privacidade e a sua liberdade preservadas acima
de quaisquer outros valores. No momento em que, para fins sociais,
começarmos a abdicar de tais conceitos e interferir na vida de todo e
qualquer cidadão, estaremos também abdicando do conceito de democracia e
estado democrático de direito”, analisa Gerber.
Já
na avaliação de Blanca Albuquerque, advogada especializada em
proteção
de dados pessoais pelo Data Privacy Brasil e sócia do Damiani Sociedade
de Advogados, a decisão do STJ, caso não seja modificada
pelo STF,
poderá gerar precedentes para flexibilizar o direito à privacidade
dos
cidadãos brasileiros, permitindo um verdadeiro ‘estado de surveillance’
no País.
“Neste sentido, cabe lembrar que a União Europeia, após
os atentados terroristas de 2005, editou a Diretiva de Retenção de Dados
(2006/24), que implicava a retenção dos registros de dados pessoais dos
indivíduos pelo prazo de seis meses, para eventual investigação.
Entretanto, tal Diretiva foi invalidada pelo Tribunal de Justiça da
União Europeia, gerando um precedente de que a privacidade dos
indivíduos deve prevalecer sobre a vigilância indiscriminada pelo
Estado”, recorda Blanca.
Para
a advogada, o Brasil parece fazer o caminho inverso ao da Europa, ‘ao
criar expectativa de precedente de quebra em massa do sigilo de dados
pessoais, considerando, assim, todos seus cidadãos como potenciais
criminosos’.
“É incontestável a necessidade de resolução do
atentado que matou Marielle Franco e Anderson Gomes. Contudo, também se
faz necessária a construção de uma proteção de dados na esfera criminal,
sem constituir precedentes que possam flexibilizar garantias
constitucionais como a privacidade dos cidadãos”, conclui ela.
COM A PALAVRA, O MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL DO RIO DE JANEIRO
Em
relação ao recurso interposto pela Google no Supremo Tribunal Federal
(STF) contra decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que
determinou que a empresa disponibilize dados telemáticos para o
aprofundamento das investigações sobre os mandantes dos assassinatos da
vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, o
Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da
Assessoria de Recursos Constitucionais Criminais (ARC Criminal/MPRJ) e
do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado
(GAECO/MPRJ), informa que adotará as providencias legais para a
exequibilidade das decisões nas outras instâncias.
A
decisão, da 3ª seção do STJ, indeferiu três mandados de segurança
impetrados pelas empresas pelo placar de 8 votos a 1. As ordens
judiciais para cessão dos dados já haviam sido proferidas pela 1ª Câmara
Criminal do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), confirmando o
entendimento da 4ª Vara da Comarca da Capital, sob os fundamentos de
inexistência de violação aos direitos de privacidade e intimidade de
número indeterminado de pessoas e ausência da violação da legislação em
vigor. A quebra do sigilo de dados envolve a requisição de informações
pessoais armazenadas pelo provedor de serviço de Internet e tem como
requisitos aqueles traçados no marco civil da internet.
Nas
três instâncias em que o processo foi analisado, o entendimento foi o
de que não há qualquer violação à intimidade e privacidade das pessoas,
tendo em vista que o pedido foi para obtenção de dados estáticos, com
resultados anonimizados. Os pedidos feitos estão dentro das hipóteses e
limites legais. Nesse sentido, a decisão do STJ foi técnica, clara e
conferiu uma proteção eficiente do direito à vida e a segurança pública,
da mesma forma pela qual se vem pautando o mundo (Estados Unidos,
Suécia, Espanha e outros países).
Espanta, assim, o
inconformismo da Google, considerando as inúmeras decisões contrárias às
suas postulações restritivas ao desenvolvimento da atividade
investigatória e, sobretudo, a disseminação de informações
desacompanhadas dos verdadeiros parâmetros legais aplicados ao exame da
questão.
O MPRJ informa ainda que a Justiça do Estado do
Rio de Janeiro determinou aplicação de multa à Google em caso de
descumprimento da decisão, o que tem ocorrido desde agosto de 2018, com o
não atendimento integral da decisão mantida pelo STJ.