No início
de abril, publiquei um texto em meu antigo blog sobre a probabilidade de haver
outras “Petrobras” corruptas neste
governo. Três
meses depois, meu palpite se mostra correto, infelizmente: a Eletrobras é uma
delas.
A edição
de “Veja” desta semana traz reportagem de
Daniel Pereira, Robson Bonin, Adriano Ceolin e Mariana Barros sobre propina cobrada por Valter Luiz
Cardeal, diretor da Eletrobras, para empresas que participaram da
construção da Usina de Angra 3. A informação foi revelada pelo empreiteiro
Ricardo Pessoa em delação premiada para o Ministério Público Federal.
Não é injusto imaginar
que haverá, ainda, outras empresas estatais e órgãos governamentais envolvidos em escândalos de corrupção neste – e em outros – governos. Como saber onde está o próximo escândalo? Cinco pistas podem ajudar.
São elas:
I) grande relevância econômica da empresa);
II) muito
dinheiro para investimentos (que
significam contratações de empreiteiras e outras empresas que vivem de grana
pública);
III) pouco controle interno, com governança corporativa ineficaz;
IV) pouco controle externo – ou seja, sem o incômodo de prestar contas para os
cidadãos; V) ser pública para receber dinheiro de impostos, mas privada
quando se trata de transparência com relação aos recursos públicos que
utiliza (isso só vale para as estatais).
Os melhores exemplos, até agora,
são Petrobras e Eletrobras. Fiquemos de olho no BNDES, Banco do Brasil,
Itaipu e Caixa Econômica Federal – que também têm todas (ou quase) essas características. [está sendo esquecido a estatal Correios;
e, mais grave é que
os Fundos de Pensão estão sendo alvos da ganância da corja
lulo-petista-dilmista.
Já esqueceram o rombo
de R$ 5,6 BI do Postalis? Fundo de
pensão dos Correios com um rombo que para ser coberto precisa que cada funcionário
contribua com 25% do salário, ou aposentadoria, por 15 anos – o mais grave é que estão tentando jogar a conta para o Tesouro, o que
significa que nós contribuintes vamos pagar as aposentadorias dos funcionários
dos Correios.
O Petros, Fundo de
Pensão da Petrobras apresenta déficit a
ser coberto com aumento compulsório nas contribuições dos empregados da estatal
–
na ativa e aposentados.
Entre os fundos que
apresentam déficits elevados – frutos de investimentos
malfeitos pela petralhada e também apropriação indébita de recursos – se destacam:
- Previ – Banco do Brasil;
- Funcef – Caixa Economica Federal
- Eletros – Fundo de Pensão da Eletrobrás
- Centrus – Fundo de Pensão do Banco Central
- Fapes – Fundo de Pensão do BNDES, que cobra R$ 3,6 BI de
contribuições adicionais e sabemos que quando o governo é cobrado a conta vem
sempre para o contribuinte
A roubalheira é geral. Parte da GANG
ataca a própria estatal e outro ramo os fundos de pensão.