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quinta-feira, 22 de junho de 2017

Eles não acreditam nas reformas


Até ontem, o senador Hélio José (PMDB-DF) tinha "duas indicaçõezinhas" no governo federal, dois diretores em órgãos regionais situados em Brasília. Perdeu os dois, demitidos logo após o senador ter votado contra a reforma trabalhista proposta pelo governo. Dizendo-se vítima de chantagem, retaliação e perseguição, Hélio José pediu a renúncia do "podre " e "corrupto" presidente Temer. Acrescentou que ele, senador, não participaria de um balcão de negócios.
[Ao votar contra o Brasil o senador Helio José  conseguiu se tornar mais conhecido do que o foi em toda sua vida política.
Aliás, o senador sempre se destacou por feitos negativos.
Foi - e continua sendo, já que ninguém conseguiu superá-lo em falta de desempenho - candidato a deputado distrital pelo DF com o pior desempenho em votos: Foi candidato ao cargo de Deputado Distrital do Distrito Federal pelo Partido Social Democrático (PSD) nas eleições de 2014, recebeu apenas 6 votos e não foi eleito;
Se tornou senador da República por ter sido eleito em 2010 suplente do ex-senador Rollemberg - que atualmente desgoverna o DF;
Foi diretor da CUT, iniciou a carreira política pelo PT, logo após eleito suplente de senador deixou o PT e
se envolveu em uma polêmica com o titular após Rollemberg acusá-lo de pedofilia ... - Veja mais em https://eleicoes.uol.com.br/2014/noticias/2014/10/26/candidato-a-deputado-que-recebeu-so-6-votos-em-2014-vira-senador-pelo-df.htm?cmpid=copiaecola
se envolveu em uma polêmica com o titular após Rollemberg acusá-lo de pedofilia
Outro feito que o destaca é que já declarou, documentado em áudio e vídeo, que nomeava para o governo até 'melancia'.
Ultimamente, com o crescimento da fila de parlamentares querendo aparecer fazendo bobagens ele deu uma 'sumida' - foi para o final da fila - mas, agora resolveu ficar em destaque fazendo o que sabe: BOBAGEM.] 
Durante o pleito de quatro anos atrás, se envolveu em uma polêmica com o titular após Rollemberg acusá-lo de pedofilia... - Veja mais em https://eleicoes.uol.com.br/2014/noticias/2014/10/26/candidato-a-deputado-que-recebeu-so-6-votos-em-2014-vira-senador-pelo-df.htm?cmpid=copiaecola
Durante o pleito de quatro anos atrás, se envolveu em uma polêmica com o titular após Rollemberg acusá-lo de pedofilia... - Veja mais em https://eleicoes.uol.com.br/2014/noticias/2014/10/26/candidato-a-deputado-que-recebeu-so-6-votos-em-2014-vira-senador-pelo-df.htm?cmpid=copiaecola
Que as nomeações eram um negócio, não há dúvida. Ao demitir os dois diretores, em clara resposta ao voto oposicionista do senador, o governo Temer admitiu que eles haviam sido nomeados não por competência ou para aplicar um programa partidário, mas para que seu padrinho votasse com a base. Dando um voto decisivo contra a reforma trabalhista, numa comissão do Senado, Hélio José rompeu os termos do contrato, dando ao governo o direito de cancelar todo o negócio. Simples assim. Eis um lamentável sistema de administração pública mais uma vez funcionando às claras, sem constrangimento de seus agentes. [convenhamos que um sistema político que permite que um cidadão que em toda sua vida pública recebeu apenas SEIS VOTOS, seja senador da República, esse País é uma 'república bananeira'.
Um país desse, ainda chamado BRASIL merece ser governado por um Lula, por uma Dilma e outros do mesmo naipe.]
Por que, então, o senador teria ficado tão revoltado com a perda dos "carguinhos"? É que a coisa vai mais longe. Parlamentares se julgam no direito de fazer indicações, grandes e pequenas, pelo simples fato de serem políticos eleitos. Eles argumentam:  foram eleitos para governar e isso inclui nomear pessoas para a gestão. Na teoria, parece certo. Na prática, errado. Seria certo se os apadrinhados fossem nomeados por suas qualidades para aplicar um determinado programa de governo. Ora, o programa do governo Temer tem como objetivo central a aprovação das reformas trabalhista e previdenciária. O senador Hélio José não apenas se declara contra a reforma trabalhista, como considera a administração corrupta e podre.
Como podia participar desse governo ou dessa base partidária? Como podia achar normal indicar correligionários para uma administração que condena? De outro lado, líderes parlamentares do governo Temer sabiam que o senador tinha aquelas posições oposicionistas. Por que, então, aceitaram nomear seus apadrinhados?  Porque  eles, todos, não estão ligando a mínima para as reformas ou para programas. O presidente Temer e seus aliados se agarram às reformas porque é o único caminho que lhes resta para manter o governo vivo. Temer e seu pessoal do PMDB participaram anos a fio do governo petista, sendo, portanto, cúmplices da política econômica que provocou o desastre do qual o país tenta sair. Desde quando o senador Romero Jucá é um líder reformista?
De outro lado, o senador Hélio José só é contra as reformas porque está em Brasília, território dominado pelas corporações, tão eficientes quanto barulhentas na defesa de seus interesses. Por isso não se incomodou nem um pouco em colocar gente sua para participar de um governo sem "vergonha na cara". Simplesmente, encostou a barriga no balcão de negócios. Não é exceção por lá.  Aliás, na mesma votação da reforma da trabalhista, no Senado, deu-se um bate-boca inédito: a ex-petista Marta Suplicy, agora reformista, contra a ex-ruralista Kátia Abreu, agora uma dura esquerdista.  Vamos falar francamente: só a equipe econômica acredita nas reformas, no programa de equilíbrio das contas públicas, na necessidade e eficiência das privatizações. E o público sabe disso.
Querem a prova? Simples: o que depende quase exclusivamente da equipe econômica funciona bem. Exemplo: o Banco Central de Ilan Goldfajn.  Sua política monetária de controle da inflação e busca da estabilidade financeira tem a maior credibilidade.  Hoje, o BC divulga seu Relatório de Inflação - e todo mundo vai receber o documento como uma peça verdadeira e crível. Reparem: não que todos concordem com as análises cegamente. Mas todos sabem que aquela é uma palavra independente, competente, séria e capaz de colocar a inflação na meta, com a mais baixa taxa de juros possível. Do mesmo modo, todo mundo entende que o ministro Henrique Meirelles está falando sério quando diz que o país vai quebrar se não fizer as reformas.
O problema está no outro lado: a votação dessas reformas depende de gente que está pensando em "indicaçõezinhas" ou em escapar da Lava Jato e sobreviver.   Esse é o problema das reformas. Não é que sejam impopulares ou politicamente inviáveis. Inviáveis e impopulares são muitos, mas muitos dos que as defendem no Congresso. Não é que as pessoas não entendam a necessidade das reformas. Não são idiotas. Ao contrário, entendem muito bem os interesses nada republicanos que estão envolvidos. Resumo: um bom programa precisa de um líder confiável. Este é o nosso maior impasse político.

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Senadores mostram a Temer ‘fatura’ do impeachment



Do apoio do Planalto em disputas locais a indicações para cargos em estatais e até para o comando do BNDES o maior financiador de empresas do País -, o presidente em exercício Michel Temer está sendo pressionado por senadores em troca de apoio no julgamento do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. A votação final está prevista para acontecer até o fim de agosto.

Por causa do assédio, Temer tem recebido parlamentares no Palácio do Jaburu para almoços, jantares e reuniões, marcados muitas vezes fora da agenda oficial. Nos encontros, escuta mais do que fala. “O Temer está comprando a bancada. É uma compra explícita de apoio”, disse o senador Roberto Requião (PMDB-PR), peemedebista contrário à saída de Dilma.

Para interlocutores do governo no Senado, o “movimento” nada mais é do que uma lista de demandas. O caso mais pitoresco, segundo relatos de três senadores próximos a Temer, é o de Hélio José (PMDB-DF). Ele pediu 34 cargos, entre os quais a presidência de Itaipu, Correios, Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e até o comando do BNDES.  O senador foi convencido por colegas da inviabilidade dos pedidos e do risco político que correria em sua base se apoiasse Dilma. Não levou nada e ainda decidiu votar pelo afastamento.

O senador Romário (PSB-RJ), que votou pela admissibilidade do impeachment, ficou indeciso sobre o afastamento definitivo poucos dias depois. A dúvida foi comunicada ao Planalto acompanhada de uma fatura. Ele pediu o comando da Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência e uma diretoria em Furnas. A primeira vaga já havia sido prometida para a deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP). Cadeirante e militante histórica, ela queria emplacar um nome da área. Romário ganhou apenas o cargo, que ficou com a ex-deputada Rosinha da Adefal.

Ex-presidente do Cruzeiro, o senador Zezé Perrella (PTB-MG) conseguiu pôr seu filho, Gustavo Perrella, na Secretaria Nacional do Futebol e de Defesa dos Direitos do Torcedor. Em outra frente de pressão, Temer é cobrado a se posicionar politicamente em disputas locais. O caso mais emblemático é o do Amazonas, onde o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio (PSDB), aliado do senador Omar Aziz (PSD), é adversário do senador Eduardo Braga (PMDB). Todos são aliados de Temer e estarão em lados opostos na eleição municipal.

O senador peemedebista reivindica o apoio do presidente em exercício para seu candidato, Marcos Rota. Já Aziz quer que Temer ajude Virgílio. No Placar do Impeachment do Estado, Braga consta como indeciso e Aziz não quis responder.  Temer enfrenta o mesmo dilema no Paraná, onde dois aliados, o governador Beto Richa (PSDB) e o senador Álvaro Dias (PV), são adversários políticos e disputam influência em Itaipu.

Contas
Pela estimativa do Planalto, a cassação de Dilma está nas mãos de 15 senadores. Hoje, 38 se posicionam a favor do impedimento são necessários 54. O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, se recusa a revelar a “estratégia” para evitar a volta da petista. “Não vou revelar nomes, mas temos um controle diário dentro do Senado. Temos informação do movimento de todos, até mesmo daqueles que se dizem indecisos”, disse, em um almoço com empresários na semana passada.

O titular da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, confirmou que tem dialogado com senadores que buscam espaço no governo. “As conversas estão sendo republicanas e não está havendo essa pressão que se imagina, não”, afirmou. As articulações são criticadas pela oposição. “Quando há um processo de julgamento de uma presidente, há uma alteração da condição do senador, que vira juiz. No período do julgamento, ele não pode negociar posição com cargo”, disse o senador Lindbergh Farias (PT-RJ). Senadores que estiveram com Temer disseram que não trataram do afastamento. “Ele não tocou no assunto. Eu disse que ele precisava de uma agenda para os excluídos e perguntei quem iria pagar pelo ajuste”, disse Cristovam Buarque (PPS-DF), indeciso sobre o voto final e que também visitou Dilma. Na admissibilidade, ele votou contra a presidente.

Hélio José relativizou suas demandas. Ele disse que sugeriu nomes “apenas quando foi consultado” e considerou um “folclore” a lista de cargos que teria apresentado. A assessoria de Romário afirmou, por meio de nota, que não houve negociação por seu voto no impeachment e negou a demanda por uma diretoria em Furnas. Procurados, Perrella, Braga e Aziz não foram localizados. Álvaro Dias disse que “quer distância” de cargos. 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.