Houve
uma onda de violência anti-cristã realizada por muçulmanos ao redor do mundo, o que incluiu a destruição de cerca de 200
igrejas cristãs na Nigéria durante um curto período por volta de outubro,
de acordo com um novo relatório do Instituto GateStone. A organização de
Raymond Ibrahim, um especialista em islamismo e Oriente Médio que tem
documentado suas descobertas no livro “Crucificados
de Novo: Desmascarando a Nova Guerra do Islamismo Contra os Cristãos”, apresentou uma
estimativa da recente onda nesta sexta-feira.
"Em apenas dois meses, de
agosto a outubro, cerca de 200 igrejas
cristãs foram destruídas na Nigéria pela organização islâmica Boko Haram e pelos seus aliados muçulmanos, depois que eles
capturaram cidades e aldeias nos estados do nordeste de Borno e Adamawa", disse o relatório.
Nas palavras do Rev. Gideon Obasogie, o diretor de Comunicação Social Católica
da Diocese de Maiduguri no estado de Borno, "a
tomada do território pelo grupo, em ambos os estados, deixou 185 igrejas
incendiadas e mais de 190.000 pessoas deslocadas devido o [Boko Haram]".
Ibrahim comentou que, "também em outubro, o Centro de Estudos do
Cristianismo Global nos Estados Unidos concluiu que, ‘cerca de 100.000
cristãos são assassinados anualmente por causa de suas crenças religiosas, ou
seja, um a cada cinco minutos. Além disso, em muitos países, muitas outras
minorias religiosas sofrem violência e perseguição. Em países como o Iraque,
Síria, Nigéria, Camarões, Sudão, Paquistão, Somália e Egito, os cristãos
idosos, mulheres, homens e seus filhos vivem em condições de total insegurança.
Eles são expulsos de suas casas; jogados na prisão por blasfêmia e brutalmente
mortos durante as celebrações litúrgicas, as igrejas são queimadas. As meninas
são raptadas e forçadas a se casarem’".
Entre os outros incidentes de
violência muçulmana contra os cristãos, durante esse período de outubro, que
foram descobertos por Ibrahim incluem:
Um relatório da mídia árabe descreveu como uma "bomba caseira" explodiu ao lado da Igreja Evangélica de
Deus em Minya, no alto Egito. O relatório disse que não houve
vítimas.
E na Alemanha, uma "Igreja Cristã Copta no país europeu
foi atacada e incendiada". De acordo com o relatório, "O prefeito de Berlim condenou o ataque
e o incêndio deliberado da Igreja Ortodoxa Copta Santo Shenouda e Santo
Atanásio em Berlim por extremistas ..."
Em seguida, no Iraque,
houve atentados que "atingiram e
devastaram a Igreja da Ressurreição, perto da cidade de Qaraqosh. O local de
culto cristão estava sendo usado como base para os jihadistas, que tinham
derrubado a cruz do telhado do edifício".
Nas Filipinas, "Um ataque com granadas em uma igreja
durante o culto deixou duas cristãs mortas – Felomina Ferolin, uma enfermeira
de 54 anos de idade, e a professora Gina Cabilona, de 39 anos de idade – e a
outros três feridos". De acordo com as informações coletadas, "Dois homens em uma moto dispararam
um lançador de granadas na porta da Igreja Unida de Cristo antes de
fugirem".
E, de acordo com o relatório de
Ibrahim, no Sudão, a "força
aérea lançou quatro bombas em uma Igreja Episcopal ... nas Montanhas de
Nuba". Um pastor relatou que toda a propriedade foi dizimada. Os
ataques, por vezes, assumiram a forma de decisões judiciais, relatou Ibrahim.
Ele disse que no Irã, três cristãos foram
condenados a seis anos de prisão por estarem envolvidos em igrejas domésticas. Jason Demars, do
Ministério Present Truth, disse no relatório que as autoridades iranianas
querem "silenciá-los – depois querem
levá-los para longe em um local onde seja difícil de se chegar, para que as
suas famílias não os encontrem".
E, no Cazaquistão, dois homens cristãos, Vyacheslav
Cherkasov e Zhasulan Alzhanov, receberam penas de prisão por distribuírem
literatura cristã depois que as autoridades alegaram que um dos livros incitava
ao ódio religioso. O livro era "Jesus: Mais que
um Profeta", que
é uma coleção de testemunhos de pessoas que fugiram do islamismo para o
Cristianismo.
Ibrahim relata que no Líbano,
um cristão convertido do islamismo foi forçado a esconder-se porque o seu pai e
os seus irmãos estavam procurando-o para "cortarem
a minha garganta". O relatório GateStone disse que na Malásia,
um líder muçulmano estava convocando o povo
para encontrar Bíblias e queimá-las.
E no Paquistão, um tribunal confirmou
a pena de morte para Asia Bibi, uma mãe cristã que foi acusada de blasfêmia.
No Sudão, um muçulmano convertido
ao Cristianismo escapou de um atentado contra a sua vida, quando um homem
armado entrou em sua casa e abriu fogo. E no Uzbequistão, um
homem cristão foi multado em 50 vezes o salário mínimo mensal do país por ter "literatura religiosa".
Ibrahim escreve que em seu relatório,
a compilação não pretende ser exaustiva. "Embora nem todos, ou mesmo a
maioria, dos muçulmanos estejam envolvidos, a perseguição aos cristãos está se
expandindo. O relatório 'A Perseguição Muçulmana aos Cristãos' foi desenvolvido
para reunir alguns – não todos – dos casos de perseguição que vêm à tona a cada
mês. Ele documenta o que a mídia em geral muitas vezes deixa de noticiar. Ele
argumenta que essa perseguição não é aleatória, mas sistemática, e ocorre em
todas as línguas, etnias e locais", explicou ele.
Tradução: Dionei Vieira
www.juliosevero.com
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