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terça-feira, 14 de julho de 2020

Justiça conveniente – Folha de S. Paulo – Editorial

Presidente do STJ deixa coerência de lado ao beneficiar Queiroz e mulher foragida

Ao conceder prisão domiciliar a Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), e em especial à sua mulher, Márcia Aguiar, o presidente do Superior Tribunal de Justiça, João Otávio de Noronha, expôs-se a justificada onda de críticas sobre a falta de coerência em suas decisões. Em relação a Queiroz, o magistrado respaldou-se na legislação e em orientação de março do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que sugere a reavaliação de prisões provisórias e preventivas, sobretudo em se tratando de detentos que integram grupos mais vulneráveis à Covid-19 —idosos, gestantes e doentes crônicos, entre outros.

Nesse caso, pode-se considerar que Noronha agiu de maneira sensata, em que pesem as circunstâncias espinhosas —um suspeito de desvio de recursos públicos, que estava desaparecido até ter sido descoberto e preso em Atibaia [lembrando que  Fabrício Queiroz era (continua sendo) suspeito de desvio de recursos públicos, não era procurado pela Justiça, não foi condenado, sequer denunciado.]  (SP), numa propriedade do advogado Frederick Wassef, até então defensor de Jair e Flávio Bolsonaro.

Tal sensatez, contudo, não se observou em episódios pregressos, quando o presidente do tribunal negou o benefício a outros detentos expostos aos riscos da doença. Quanto à mulher de Queiroz, todavia, justificar a medida constitui uma tarefa inglória. Se não inédita, a opção por favorecer uma pessoa que se encontrava foragida é no mínimo inusual e aberrante.Não se sustentam, na lei ou no bom senso, os argumentos utilizados por Noronha sobre a necessidade de a esposa prestar assistência ao marido, portador de problemas de saúde. Ele poderia e pode ter acesso a profissionais da área para os cuidados necessários. [inexistia razões para Fabrício Queiroz ser preso e, indiscutivelmente, para sua mulher ser considerada foragida.
O presidente do STJ, apenas corrigiu duas injustiças.]

É inescapável constatar que as deliberações representam considerável alívio para o presidente da República, que já definiu suas relações com o presidente do STJ como “amor à primeira vista”. Além disso, Noronha é notoriamente apontado como candidato a uma vaga no Supremo Tribunal Federal, que será aberta com a aposentadoria compulsória do decano Celso de Mello em novembro —o que não contribui para sua credibilidade nesse episódio.

Esta Folha defende de longa data que as penas de privação de liberdade em estabelecimentos prisionais deveriam ser reservadas àqueles que cometem crimes violentos e representam perigo para a sociedade. Em casos de menor periculosidade, seriam preferíveis penas alternativas, desde que rigorosas o bastante para efeitos de dissuasão. Trata-se de uma posição filosófica que está longe, diga-se, de ser contemplada pelo ordenamento jurídico em vigor. No atual contexto, deve-se esperar ao menos que magistrados e tribunais atuem de modo mais coerente, racional e humano —o que, deploravelmente, não se observa mesmo com os riscos decorrentes da Covid-19.

Editorial  – Folha de S. Paulo 


quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Janot está emparedado por ministros - PGR tem que trabalhar. De fantasma, já basta a suposta presidente



Mendes, Noronha e Toffoli(!) emparedam Janot em novo pedido de investigação contra campanha de Dilma
Pra cima dele!
Gilmar Mendes peitou Rodrigo Janot.
O ministro do TSE rebateu o pedido de arquivamento feito pelo procurador-geral da República e voltou a pedir que ele investigue a gráfica fantasma VTPB, que recebeu R$ 23 milhões da campanha de Dilma Rousseff.

A decisão de Gilmar, segundo o Estadão, contou com apoio de outros três ministros do TSE: o presidente Dias Toffoli, João Otávio de Noronha e Henrique Neves. Rosa Weber e as ministras petistas Luciana Lóssio e Maria Thereza de Assis não se pronunciaram sobre o caso. Por que será?…

Mendes afirmou: “A atuação da Justiça eleitoral deve ocorrer de forma minimalista, isso equivale a dizer que os agentes devem enfiar a cabeça na terra como se fossem avestruz para que os ilícitos não sejam vistos?”

Janot enfiou a cabeça na terra. Seria ele um avestruz?

Toffoli, obrigado a defender a autoridade do tribunal, disse que a investigação não é uma determinação isolada de Mendes: “Isto consta do acórdão do TSE e é uma determinação da Corte”. Para o PT não ficar tão bravo, repetiu que as investigações devem ocorrer para apurar, inclusive, “desvios que podem ter como vítima a própria campanha”. Sei.

Já Noronha foi no ponto: “Nós julgamos impugnação de registro dos prefeitos das pequenas cidades todo dia. Se há para os pequenos, por que não pode haver para os maiores?”

O ministro educou Janot com o óbvio: as investigações são posteriores à diplomação dos eleitos “porque os fatos são revelados depois de concluído o processo, as eleições”. “Tudo isso se faz para que haja um controle, ainda que a posteriori, da legitimidade do pleito eleitoral. Isso não deve ser imputado como uma medida de perseguição, de descontentamento”, como fez Janot, repetindo a propaganda petista.

Muito bem, senhores. Coloquem o PGR para trabalhar.
De fantasma, já basta a suposta presidente.
Fonte: Felipe Moura Brasil  http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil