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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

O reizinho destronado fugiu do tribunal. Mas não vai escapar dos defensores da lei



O parteiro do Brasil Maravilha, o Pai dos Pobres e Mãe dos Ricos, o enviado pela Divina Providência para acabar com a fome, presentear a imensidão de desvalidos com três refeições por dia e multiplicar a fortuna dos milionários, o metalúrgico que aprendeu a falar com tanto brilho que basta abrir a boca para iluminar o mundo de Marilena Chauí, o filho de mãe nascida analfabeta que nem precisou estudar para ficar tão sabido que já falta parede para tanto diploma de doutor honoris causa, o Exterminador do Plural que inaugurou mais universidades que todos os antecessores juntos e misturados, o migrante pernambucano que se nomeou Redentor dos Miseráveis, o gênio da raça que proclamou a Segunda Independência ao reinventar a Petrobras e descobrir o pré-sal, o maior dos governantes desde Tomé de Souza, quem diria?, agora recorre a truques de rábula para escapar de perguntas sem resposta sobre o triplex no Guarujá.

O campeão de popularidade que andou beirando os 100% de aprovação, o senhor das urnas capaz de eleger qualquer poste para qualquer cargo, a sumidade que em cinco anos ressuscitou a nação assassinada pela herança maldita, o pacificador do Oriente Médio, o estadista que dava pitos até em presidente americano e também por isso foi contemplado por Barack Obama com o título de Cara, o colosso que rebaixou a marolinha uma crise econômica planetária, o gigante predestinado a conquistar o Nobel da Paz e eleger-se por aclamação secretário-geral da ONU, o estadista que deixou o mundo boquiaberto com tanta clarividência, quem diria?, fugiu do tribunal nesta quarta-feira por falta de explicações que parecessem convincentes pelo menos aos ouvidos de um bebê de colo.

O Super Macunaíma que escapou do Mensalão ainda não entendeu que, depois de tropeçar no Petrolão, despencou do elevador privativo do apartamento na praia das Astúrias e atolou num sítio em Atibaia. Alguém precisa dizer ao fundador de um Brasil imaginário que o país real se cansou de tanta ladroagem e está ao lado dos juízes sem medo e dos promotores altivos. 

Usando como laranja um deputado federal, a tropa de advogados acampada no Instituto Lula raspou o fundo do tacho das chicanas e conseguiu adiar o encontro, em companhia de Marisa Letícia, com um representante do Ministério Público paulista. O investigado talvez até consiga livrar-se do promotor Cássio Conserino. Mas são muitos os homens decididos a aplicar a lei na terra arrasada pela corrupção, pela incompetência, pelo sectarismo ideológico e pela idiotia política.

O reizinho que se achava inimputável logo saberá que a condenação à perpétua impunidade foi revogada pela descoberta de safadezas pessoais e intransferíveis. Não há como terceirizar as bandalheiras que infestam o patrimônio imobiliário do Lincoln de galinheiro, fora o resto. O mito morreu. Há dois dias, Lula proibiu o Conselho Político do PT de tratar das maracutaias que o mantêm pendurado no noticiário político-policial. “Não aguento mais falar disso”, explodiu. “O Luiz Marinho vai lá em casa e só quer falar disso. Chego no Instituto para trabalhar e só falam disso. Não aguento mais”.

O Brasil decente é que não suporta mais tanto cinismo e tamanha cafajestagem. Aguente ou não, o palanque ambulante convertido em camelô de empreiteiro será obrigado a falar sobre isso e muito mais. O interrogatório foi adiado por alguns dias. Mas a hora da verdade chegou.

Fonte: Coluna do Augusto Nunes


segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

De Luiz Marinho, petista e cinico: o sítio de Atibaia foi ‘disponibilizado’ para Lula utilizar

O petista Luiz Marinho, prefeito de São Bernardo e um dos amigos mais próximos de Lula, já esteve no sítio que o ex-presidente utiliza como se fosse dono, em Atibaia. Ele afirma que o sítio foi cedida a Lula pelos supostos proprietários em condições especialíssimas.

Em entrevista ao repórter Sérgio Roxo, veiculada no Globo, Marinho declarou: “Do que eu conheço, tem duas pessoas que compraram o sítio [sócios de Fábio Luiz, o Lulinha, filho de Lula] e disponibilizaram para ele usar, com comprovação de fontes pagadoras. Portanto, não tem absolutamente nenhum problema. Rigorosamente, hoje, o sítio não é dele. O sítio é de amigos.”

Marinho soou didático: “Vamos imaginar que eu tenho uma casa na praia e disponibilize para você usar todo final de semana, alguém tem alguma coisa ver com isso? É o caso do sítio.” O repórter quis saber de Marinho se “disponibilizar” o sítio significa dar a chave da propriedade para Lula.  Ao responder, Marinho esticou a mão, como se entregasse uma chave: “Toma. Pode mobiliar, é tua. Se um dia você resolver comprar, eu te vendo. Se não, um dia meu filho vai exercer o poder de herança.”

Nessa versão, Lula abancou-se no sítio e, sem pagar um níquel, obteve licença para usá-lo como bem entender, trocando inclusive a mobília. Se um dia lhe der na telha, o morubixaba do PT pode manifestar o desejo de comprar o sítio ocupa de graça. Do contrário, os donos se comprometem a jamais importuná-lo enquanto viverem. Com essa explicação, Marinho dividiu os brasileiros em dois grupos: os cínicos e os azarados, que ainda não encontraram amigos tão generosos, capazes de ceder, por empréstimo perpétuo, um sítio paradisíaco do tamanho de 24 campos de futebol.

Por que alguém faria um favor desses para Lula?, perscrutou o repórter. “Aí você tem que perguntar para as pessoas que fizeram”, desconversou Marinho, antes de espetar os críticos e os investigadores de Lula: “O problema é que não estão atrás da verdade. Estão atrás de encontrar um jeito de mostrar que o Lula está envolvido na Lava-Jato.” Marinho disse desconhecer que empreiteiras tenham bancado a reforma do célebre sítio.

E quanto ao apartamento triplex do Guarujá, reformado pela OAS ao custo de mais de R$ 800 mil. “O que ele [Lula] comprou e declarou foi uma cota”, disse Marinho. “Quando ele foi visitar, disse: ‘eu não quero porque tem três andares com uma escadinha horrorosa. Eu estou ficando idoso’. Ele contou isso para a gente e brincou: ‘Pô, é um muquifo. Não é o que eu sonhava, agora estou numa dúvida cruel, não sei se fico ou não’. E, curiosamente, depois da visita, começaram a pintar [as notícias] e ele decidiu não ficar. Qual o problema?”

O repórter lembrou que a OAS realizou obras no imóvel, da troca do piso à instalação de um elevador. “E cobraria pela obra”, Marinho apressou-se em dizer. “Portanto, não tem nenhum crime aqui.” Novamente, Lula foi abençoado pela generosidade alheia. O amigo Léo Pinheiro, dono da OAS, condenado na Lava Jato a cumprir 16 anos de cadeia, despejou uma grana pesada no triplex-muquifo, Lula deu-lhe uma banana e ficou tudo por isso mesmo.

Se a sensibilidade auditiva fosse transferida para o nariz, o brasileiro, ao ouvir certas desculpas dos assessores e amigos de Lula, sentiria um mau cheiro insuportável.

Fonte: Blog do Josias de Souza