Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Com produtos que
vão de uma cachaça estampada com o rosto de Lula a um açúcar mais caro
que picanha, os sem-terra querem alimentar o Brasil
Alguns produtos vendidos pelo MST | Foto: Montagem Revista Oeste/Shutterstock
Num
bairro central da cidade de São Paulo existe uma loja da marca Armazém
do Campo.
A proposta da rede é vender a produção dos assentados do MST.
Na teoria, as prateleiras deveriam ser forradas por alimentos plantados
pelas mãos dos militantes do grupo. Na prática, os assentamentos não
conseguem produzir sequer todos os produtos oferecidos na cesta básica.
O
público e os preços se assemelham aos de um empório chique da capital
paulista.
Na semana passada, o açúcar da reforma agrária à venda no
Armazém do Campo vinha do coco. “Supersaudável e gostoso”, garantiu uma
consumidora vestida com uma camiseta estampada com a imagem de Lula,
boné de Che Guevara na cabeça e uma bolsa a tiracolo com a frase “o amor
venceu”.O preço: R$ 31,98 por 250 gramas. Ou seja: quase R$ 130 o
quilo — nem a picanha seria tão cara.
Açúcar de coco à venda na loja do MST, Armazém do Campo, por R$ 31,98 o pacote de 250 gramas | Foto: Artur Piva/Revista Oeste
Do que tem, falta tudo
A
cesta com os alimentos fundamentais para o consumo das famílias é
formada por pão francês, carne, leite, feijão, arroz, farinha, batata,
tomate, café em pó, banana, banha ou óleo, açúcar e manteiga.
No empório
do MST não há pão. Assim como não existe metade dos produtos dessa
lista. A outra metade é vendida por mais do dobro do preço médio.
“A
produção de carne ainda é muito pequena e distante”, disse um rapaz de
Santa Catarina ao tentar justificar a ausência da proteína.
Filho de
assentados em seu Estado de origem, ele comentou estar na loja cumprindo
uma missão dada pelo MST. “Funciona assim: eles pedem para migrarmos
conforme precisam de gente nos lugares”, disse. “Daí, vim para cá.”
Ele
reconheceu que nem tudo à venda vinha dos assentamentos.“A gente
procura alguns parceiros para suprir as faltas”, disse.
Ele garantiu,
porém, que a escolha acontecia somente entre os fornecedores alinhados
com os valores dos sem-terra.
Armazém do Campo, loja do MST | Foto: Artur Piva/Revista Oeste
Bibelôs da revolução
Três
prateleiras à frente, azeites importados da Espanha e da Itália(cerca
de R$ 50 por um vidro com meio litro) dividiam o espaço com o café da
reforma agrária: R$ 49,98 por um pacote de 500 gramas da marca Guaií
Sustentável.
A poucos metros dali, numa grande rede de supermercados, o
café do agronegócio era vendido na mesma quantidade por R$ 17.
Azeites importados à venda na loja do MST | Foto: Artur Piva/Revista Oeste
No armazém do MST, o café Guaií (500 gramas) custa R$ 46,98 | Foto: Artur Piva/Revista Oeste
Ao
lado, um freezer da Heineken com as latas de cerveja estampadas com
fotos de Fidel Castro, Olga Benário e Antonio Gramsci.
Quem quisesse uma
bebida mais forte — e mais cara — podia comprar uma garrafa de meio
litro da cachaça Vidas Secas, com o rótulo homenageando Lula.
O
MST se apresenta como o maior produtor de arroz orgânico do Brasil.
A
venda de acessórios é um dos negócios em destaque.
Logo na entrada do
armazém, começa uma área para vendas de souvenir. Ela é forrada com
camisetas com a cara do Lula, canecas e garrafas com o emblema do PT,
além de guardanapos e bonés do MST.
O arroz e o feijão, dois itens
imprescindíveis na mesa das famílias brasileiras, ficam quase escondidos
no fundo da loja.
Um
pacote com 1 quilo de feijão carioca dos assentamentos custa quase R$
15.
No supermercado, o mesmo alimento sai por menos de R$ 10.
No pé de
uma prateleira esquecida, um saco de arroz orgânico de 5 quilos estava à
venda por pouco menos de R$ 38. No mercado, a mesma quantidade do
produto sai por R$ 25.
Verdade opressora?
A
safra dos assentados, contudo, que em 2022 fechou em 15,5 mil toneladas,
não conseguiria alimentar o Brasil nem por um único dia
De
acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), hoje
aparelhada por companheiros do MST,os brasileiros consomem cerca de
13,5 milhões de toneladas em um ano.Ou seja: 18,5 mil toneladas a cada
12 horas.
Além
disso, foram necessárias quase 300 famílias sem-terra, todas
localizadas no Rio Grande do Sul, para conseguir as 15,5 mil toneladas.
Fazendo uma regra de três, seriam necessárias quase 150 mil famílias
para igualar a produção.
Para
ter uma base, toda a agropecuária gaúcha emprega por volta de 100 mil
trabalhadores com carteira assinada para produzir um leque extenso de
alimentos.
A começar por 7,6 milhões de toneladas de arroz — 500 vezes
mais que o MST.Cachaça com o rosto de Lula estampado no rótulo, à venda no armazém do MST | Foto: Artur Piva/Revista Oeste
No mundo real
Em
2022, o agronegócio gaúcho, longe das terras invadidas, gerou 25
milhões de toneladas de grãos.
Além do oceano de arroz, volumes
gigantescos como 3 milhões de toneladas de milho, 5,7 milhões de
toneladas de trigo e 9 milhões de toneladas de soja — carro-chefe da
agricultura nacional.
Aparentemente,
para os sem-terra, a soja também é o carro-chefe. Somando todas as
terras sob o comando dos assentados, a colheita desse grão é estimada em
2,4 milhões de toneladas. Isso é 60 vezes menos que a safra do grão
gerado nas lavouras do agronegócio brasileiro.Arroz orgânico do MST (5 quilos), vendido a R$ 37,49 | Foto: Artur Piva/Revista Oeste
Pobres e ricos precisam comer
A
safra de soja colhida no país é a maior do mundo. Haveria um desastre
em escala global caso o Brasil dependesse da produção do MST para o
plantio da cultura.
O
grão é um dos mais utilizados no planeta. Vai soja até em pneu de
carro, pasta de dente e chocolate, além de diversos outros itens e da
dependência da indústria de proteína animal.
A redução da produção
brasileira geraria uma devastação em cadeia e um verdadeiro apagão
alimentar.
Um
dos grandes motivos dos chineses serem os maiores importadores da soja
brasileira é manter o maior rebanho de porcos do mundo.
Não bastasse
isso, a disponibilidade dessa leguminosa no mercado interno faz do
Brasil o maior exportador de carne de frango do planeta.
Colocando
as ideologias de lado, a população mundial precisa comer.
O MST pode
até ter uma butique gourmet, mas é o agronegócio que alimenta a
humanidade. Fachada do Armazém do Campo | Foto: Artur Piva/Revista Oeste
Moraes lidera outra reedição da marcha da insensatez. Nenhuma acabou bem
“Seja mais Andrada e menos Zezinho!”, gritou no plenário o deputado mineiro Celso Passos. Naquele
13 de dezembro de 1968, a exortação pretendia animar o presidente da
Câmara — José Bonifácio Lafayette de Andrada, o “Zezinho Bonifácio”— a
resistir à decretação do Ato Institucional nº 5.
Em resposta aos
parlamentares que haviam rejeitado na véspera o pedido de licença para
processar o deputado Márcio Moreira Alves, o general-presidente Artur da
Costa e Silva oficializara o nascimento de uma genuína ditadura.
O
descendente do Patriarca da Independência foi mais Zezinho do que nunca:
cruzando os braços, respondeu ao apelo de Passos com uma histórica
“banana”. O Congresso foi fechado horas depois.
Só muito tempo mais
tarde se saberia que naquela mesma sexta-feira 13, junto com o AI-5,
nasceu Alexandre de Moraes.
Foto: Montagem Revista Oeste/Divulgação
O destino pode ser determinado pela data de nascimento, sugerem os capítulos recentes da biografia do advogado que virou promotor público e professor de Direito Constitucional que virou secretário municipal e depois estadual que virou ministro da Justiça e acabou virando ministro do Supremo Tribunal Federal por indicação do presidente Michel Temer.
Aos 50 anos, Moraes ainda atravessava a infância no Pretório Excelso quando o presidente Dias Toffoli resolveu encarregá-lo, em 2019,de tratar a tiro, porrada e bomba qualquer vivente insatisfeito com o Timão da Toga.
Três anos depois da declaração de guerra a fabricantes de fake news e parteiros de “atos antidemocráticos”, o protagonista do mais audacioso faroeste à brasileira juntou dois inquéritos obscenamente ilegais, fez da mistura um AI-5 de toga e, com o autorização dos parceiros hostis ao presidente da República, proclamou a ditadura do Judiciário.
Em 12 de dezembro de 1968, 216 deputados federais rejeitaram uma exigência do governo militar que feria mortalmente as imunidades parlamentares e a liberdade de expressão.
Além dos 12 que se abstiveram, 141 supostos representantes do povo mandaram às favas tais garantias constitucionais.
Em fevereiro de 2021, quando a prisão do deputado Daniel Silveira foi avalizada por 364 votos contra 130,a bancada suprapartidária dos covardes mostrou-se amplamente majoritária — e deixou claro que a Câmara acompanharia de cócoras o desfile de abusos.
O balanço de 2022 informa que os zezinhos bonifácios que infestam e dominam o Congresso engoliram sem engasgos o AI-5 de toga.
Embora a Constituição estabeleça a igualdade dos três Poderes, Moraes decidiu que o Judiciário é mais igual que os outros
No Senado, dezenas de pedidos de impeachment sustentados por pilhas de provas contundentes cruzaram o ano ressonando no fundo do baú de iniquidades niveladas pela grife Rodrigo Pacheco.
No fim de novembro, para que futuros presidentes nem ousem sonhar com a antecipação de supremas aposentadorias,Renan Calheiros concebeu uma proposta de emenda constitucionalque torna a demissão de um juiz do STF tão provável quanto a canonização de Frei Betto.
Faz tempo que o líder perpétuo da bancada do cangaço lidera o ranking dos campeões de processos em tramitação no STF.
Como o ministro Edson Fachin acaba de arquivar mais um, tornou-se recordista também na modalidade não olímpica reservada a especialistas no sepultamento de casos de polícia encaminhados ao Egrégio Plenário.No peito do delinquente alagoano bate um coração agradecido a quem o trata como bandido de estimação.
Aos olhos de Moraes, o fim da campanha eleitoral foi a senha para a abertura de uma frente de guerra ainda mais abrangente.
Alternando as fantasias de Pai da Democracia e Mãe da Verdade, o ministro que desempenha simultaneamente os papeis de vítima, detetive, delegado, promotor e juiz ampliou o acervo de proezas. Numa única semana, por exemplo, prendeu um empresário, encurtou o mandato de um prefeito, proibiu a entrada na internet de parlamentares eleitosou no exercício do cargo e suspendeu a censura imposta a dois deputados, fora o resto. Colérico com uma respeitosa mensagem da OAB, que apenas queria saber se o destinatário poderia revelar aos advogados dos perseguidos quais teriam sido os crimes cometidos pelos clientes, Moraes dispensou-se de repassar o pedido a um assessor mais gentil com o idioma.
Redigida por ele mesmo, a resposta só serviu para confirmar que, caso fosse submetido a uma prova de redação, o autor não escaparia de um zero com louvor.
Embora a Constituição estabeleça a igualdade dos três Poderes, Moraes decidiu que o Judiciário é mais igual que os outros. Sem interromper a sequência de confiscos de atribuições do Executivo,ele deu de invadir territórios do Legislativo com a insolência de quem sabe que não haverá resistência.
Os presidentes do Senado e da Câmara fingiram nem ter notado a série de estupros da imunidade parlamentar.
O deputado Arthur Lira limitou-se a pedir-lhe que fosse suspensa a censura imposta aos representantes do povo. (Até um Zezinho Bonifácio, confrontado com tamanha arrogância, seria mais Andrada e, em vez de pedir, exigiria.)Também por isso, Moraes parece ter esquecido que toda determinação do Supremo se ampara no poder moral da instituição.
As decisões dos juízes são obedecidas graças a essa força invisível, que pode ser reduzida a zero se afrontarem artigos dos códigos em vigor ou normas constitucionais.
O que fará Alexandre de Moraes caso um delegado de Polícia Federal se rebele ao receber uma ordem ilegal?
No Tribunal de Nuremberg, chefes nazistas tentaram driblar o castigo invocando a teoria da obediência devida: quem cumpre ordens vindas de instâncias superiores não pode ser responsabilizado por suas consequências.
Quem faz o que a lei proíbe é cúmplice, reafirmaram os juízes.
Todos os réus acabaram no patíbulo ou envelheceram na cadeia.
E o que fará o STF se um general determinar que sejam acomodados no quartel brasileiros acuados por policiais designados para dissolver a manifestação de protesto? [em nossa opinião, ainda que de forma sutil, essa ordem já foi dada e está sendo cumprida - as manifestações em áreas contiguas aos quartéis continuam de forma lega,ordeira e pacífica; também, ao que pensamos, uma ordem dessa natureza caiu na vala do conveniente esquecimento, quando o presidente Bolsonaro decidiu ignorar uma determinação do ministro Moraes e não compareceu a uma delegacia da PF para depor.
Ao que pensamos, se o presidente Bolsonaro tivesse decidido ignorar uma ordem do ministro Moraes que proibia o presidente de nomear um diretor da PF, e efetuado a nomeação, o nomeado teria sido empossado sem problemas.]
Nessa hipótese, os super doutores vão encarregar a ministra Cármen Lúcia de comunicar aos desobedientes que decisão judicial é para ser cumprida?Eis aí uma ideia perigosa. A emissária poderá ouvir que quem cumpre ordem ilegal é cúmplice de um crime.
Alguém provavelmente lembrará que é do povo que emana todo o poder, exercido por representantes eleitos ou diretamente.
E outra voz anônima haverá de dizer que, como ensinava a antiga Cármen Lúcia, cala a boca já morreu.
Melhor deter enquanto é tempo a ofensiva do ministro municiado com o AI-5 de toga.O que se vê no Brasil é mais uma reedição da marcha da insensatez.Nenhuma acabou bem.
Campeões de eficiência, produtores rurais não atendem apenas ao mercado externo
Ceasa no Rio de Janeiro | Foto: Shutterstock
O mito de que o agronegócio alimenta o mundo, mas deixa o brasileiro passando fome, não se sustenta mais. Nem a concepção de que dependemos de pequenos agricultores primitivos, como o clichê criado por movimentos de esquerda.
A produção agrícola que fornece alimentos para a população do Brasil não é aquela cultivada apenas na enxada, no arado puxado à tração animal e adubada somente com esterco. Esse agricultor ainda existe, mas não consegue colher mais que o suficiente para o próprio sustento. Equipamentos como tablets e drones aparecem com frequência cada vez maior no campo.
O agronegócio, que pode ser familiar ou empresarial, usa técnicas modernas e ocorre em áreas de todos os tamanhos. O Censo Agro 2017 mostrou, por exemplo, que o número de tratores, próximo de 250 mil em 1975, pulou para 1,25 milhão.
Com a evolução tecnológica continuamente avançando na área rural, a disponibilidade de alimentos deu um salto. A produtividade do arroz, um dos principais pratos consumidos no país, aumentou mais de seis vezes desde o fim da década de 1970, de acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Para o feijão, o crescimento chegou a três vezes. Em quase 50 anos, a cultura de grãos no Brasil ficou, em média, quatro vezes mais eficiente. A colheita saiu de cerca de uma tonelada por hectare para quase quatro toneladas por hectare em 2021.
Primeiro Mundo em comida na mesa
O agronegócio brasileiro consegue disponibilizar cerca de 13 milhões de toneladas de arroz e feijão anualmente para o consumo interno. São 60 quilos por habitante, ou 240 quilos para uma família formada por pai, mãe e dois filhos.
A fabricação do óleo de soja, amplamente utilizado nos lares nacionais, é sete vezes superior ao consumo interno. E a safra do grão in natura — acima de 120 milhões de toneladas — supera em mais de duas vezes a demanda do país. A colheita de milho, outro item bastante procurado, deve passar de 100 milhões de toneladas neste ano, sendo que 77 milhões delas ficarão por aqui.
No Brasil robusto na produção de alimentos, a média de quilocalorias consumida diariamente por habitante chega a 3,3 mil — são 100 quilocalorias a mais que a Suécia, e acima também de nações como Holanda e Nova Zelândia. Os dados fazem parte de um levantamento realizado em 2018 pelo site Our World In Data, vinculado à Universidade de Oxford. Como costuma dizer o engenheiro agrônomo Roberto Rodrigues, ministro da Agricultura durante o governo Lula, “comida no Brasil não falta. A distribuição que é ruim.”
Mais carne que a média da OCDE
A oferta de carnes por habitante, somando bovinos, suínos, aves e carneiros, se aproximou de 80 quilos por ano em 2019, conforme dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE, na sigla em inglês). O consumo brasileiro ficou acima da média dos países membros do órgão, que o coloca como o sexto maior per capita do planeta. À frente do Brasil estão Estados Unidos, Israel, Austrália, Argentina e Chile.
Ainda falando da contribuição pecuária, as granjas nacionais de galinha produziram cerca de 55 bilhões de ovos em 2021. Praticamente 100% ficou no mercado interno, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal. E existe também a ordenha de leite de vaca, estimada em 35 bilhões de litros em 2020. Ou seja: 160 litros por habitante.
Gigante na produção
O Valor Bruto da Produção rural vai passar de R$ 1 trilhão pelo segundo ano seguido em 2022. Além de todos os itens já citados, a conta também inclui grandes volumes de algodão, amendoim, banana, batata, café, cana-de-açúcar, laranja, tomate e outros. Na prática, quase todos os alimentos consumidos no país têm origem local. Tanto que a exportação agrícola foi dez vezes maior que a importação: praticamente 120 milhões de toneladas, contra 12 milhões de toneladas.
O agronegócio também abrange a agricultura familiar. Esse modelo não está ligado à renda ou à tecnologia embarcada na propriedade
Na pauta da importação agrícola, o trigo aparece com o maior peso: 6 milhões de toneladas. Apesar disso, metade da demanda interna de 12 milhões de toneladas vem das lavouras nacionais. E, graças às sementes desenvolvidas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a autossuficiência pode ser alcançada. Tudo depende de políticas públicas e crédito.
Prosperidade no campo e na cidade
Essa expressiva produção também traz desenvolvimento rural e urbano às regiões onde ela acontece. O cerrado baiano é uma das partes beneficiadas do país. Júlio Cézar Busato, atual presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, viu e viveu esse desenvolvimento agrícola.
A família Busato partiu de uma propriedade modesta, com cerca de 80 hectares no interior do Rio Grande do Sul, na década de 1980 para um grupo empresarial familiar que emprega em torno de mil funcionários atualmente. Em entrevista a Oeste, o empresário comentou a transformação gerada pelo impacto positivo da agricultura na região do município de Luís Eduardo Magalhães, no interior da Bahia. “Quando cheguei, em 1987, o oeste da Bahia plantava 183 mil hectares de soja, e hoje o plantio chega a 2,7 milhões de hectares, contando soja, milho, algodão, frutas e outras culturas”, comentou. “Luís Eduardo Magalhães era um posto de gasolina abandonado no meio do nada. Agora, a cidade tem o terceiro IDH da Bahia e 100 mil habitantes. Isso mostra o desenvolvimento que a agricultura traz. Todo mundo ganha dinheiro com esse ciclo, não apenas o agricultor. Na fazenda, existem vários funcionários de diferentes áreas, como técnicos, agrônomos, operadores de máquinas, mecânicos e cozinheiros. São eles que vão comprar carros, colocar os filhos em escola particular, construir suas casas, ir aos supermercados. É isso que movimenta a economia e que fez brotar numa região oportunidades para se libertarem da pobreza e da dependência dos programas sociais.”
Agronegócio também é familiar
No Brasil, propagou-se a ideia de que o agronegócio não é o grande fornecedor de alimentos. Essa distorção coloca — erroneamente — o agricultor rudimentar, com pouco espaço de terra e baixa tecnologia, como o maior responsável pela comida que vai para a mesa. O mito confunde inclusive esse tipo de produtor com o que seria a agricultura familiar.
O fato é que o agronegócio também abrange a agricultura familiar. Esse modelo não está ligado à renda ou à tecnologia embarcada na propriedade. Para ser uma chamada Unidade Familiar de Produção Agrícola (UFPA), o estabelecimento rural precisa atender a quatro critérios definidos em lei: a propriedade não pode ultrapassar as dimensões de quatro módulos fiscais, a renda da família deve vir majoritariamente daquela terra e a gestão bem como a maior parte da mão de obra empregada têm de ser familiar.
As regras não proíbem o uso das mais avançadas tecnologias,a venda para outros países nem o acúmulo de riqueza. Em alguns casos, as propriedades podem até mesmo ter dimensões que não parecem exatamente “pequenas”.
A medida de cada módulo fiscal é diferente de um município para outro. Em Mato Grosso, o Estado que tem a produção agrícola com o maior Valor Bruto no Brasil, o módulo fiscal varia de 60 a 100 hectares. Sendo assim, uma fazenda com 400 hectares (em torno de 500 campos de futebol) pode ser uma UFPA.
Em Guaxupé (MG), por exemplo, a agricultura familiar está limitada a 100 hectares de terra. A Cooxupé, cooperativa dos cafeicultores locais, formada por agricultores desse modelo de produção, é uma das grandes exportadoras do grão do país e aplica as mais modernas técnicas na lavoura para garantir produtividade e qualidade.
A origem da safra
Realizado em 2017, o último Censo Agropecuário revelou que 77% dos estabelecimentos rurais fazem parte da agricultura familiar. Eles, porém, ocupam 27% das terras dedicadas à agropecuária no Brasil. Todo o restante — quase três quartos da área agrícola — é gerido pelo modelo denominado empresarial. Isso mostra a colcha de retalhos que forma o campo brasileiro. A produção de alimentos, no fim das contas, é feita nos dois modelos interligados. O que faz a força da produção brasileira chegar às nossas mesas.
Nikolai Patrushev é o chefe do Conselho de Segurança Nacional da
Rússia e o principal ideólogo da “turma” de Vladimir Putin, um grupo de
ex-membros da KGB que comanda o governo. Sua visão básica: o Ocidente
pretende esmagar a Rússia, impondo-lhe “agressivamente os valores
neoliberais que contradizem nossa visão de mundo” – conforme citado em
The Economist, edição de 19/25 de fevereiro.
Qual visão de mundo? Não é a volta do comunismo, inclusive por
razões pessoais. E dinheiro. Esses ex-agentes da KGB, como o próprio
Putin, acumularam fortunas quando o caiu o regime soviético e foram
introduzidas reformas capitalistas. E acumularam não por sua capacidade
como investidores. Foi roubo.
Primeiro, nas privatizações das grandes estatais. Aqueles
funcionários tiveram acesso privilegiado a informações e a “moedas de
privatização”, como títulos da dívida pública, vendidos a preço de
banana e aceitos a preço de ouro na compra das estatais.
Depois, seguiram ganhando concessões “informais” de negócios nas áreas de energia, infraestrutura e bancos, principalmente.
Em resumo, um caso de capitalismo de amigos, levado ao limite.
Ao mesmo tempo, porém, foram de fato introduzidas reformas
capitalistas, como o amplo direito à propriedade privada de bens e
serviços, a proteção do lucro e abertura de negócios para o exterior. Há
uma política econômica baseada em metas de inflação, controle das
contas públicas e taxa de câmbio mais ou menos flutuante. Com empresas
privadas e seus acionistas, a bolsa de valores de Moscou passou a ser um
alvo de investidores ocidentais.
Nesse quadro, surgiram magnatas não oriundos do regime soviético, mas
investidores e negociantes que souberam aproveitar oportunidades na
Rússia e, depois, em toda a Europa ocidental. A formação de uma classe
média cosmopolita foi a consequência direta – classe que se sente
europeia.
Por que, então, o ideólogo de Putin tem tamanha bronca dos “valores
neoliberais”?Ele está se referindo aos direitos e liberdades
individuais. Na visão de mundo de Putin e sua turma, a democracia à
ocidental é ineficiente, incapaz de gerir a economia e a sociedade. Dito de maneira direta: oposição só cria caso e atrapalha o governo;
imprensa livre ?[que tal substituir o livre por militante? ] só serve para inventar fake news; as minorias são um
estorvo; liberdade partidária divide o povo. [infelizmente, com exceção do último item, o Brasil já é vitima das três primeiras mazelas.]
Essa é também a visão de mundo da China. Quando as democracias
ocidentais enfrentavam dificuldades para lidar com crises financeiras e
com a pandemia, o presidente Xi Jin Ping decretou o fim desse“modelo” e
o sucesso do modo chinês de administrar um capitalismo de Estado.
De certo modo, Putin cometeu um erro ao acreditar demasiado nessa
versão. Para ele, as democracias ocidentais – com suas liberdades
dentro e fora dos países – jamais conseguiriam se unir para enfrentar
seu expansionismo. E foi o contrário, pelo que se vê até agora. Entre as principais
democracias, foi praticamente unânime a condenação da Rússia e o acordo
para a imposição de pesadas sanções econômicas ao governo, às empresas e
às pessoas.[o problema é que como bem lembrou o presidente do território da Ucrânia, uma guerra se faz com "munição", armas e soldados = comícios e ofertas de meios para fuga não resolvem guerras.]
Sim, o Ocidente também pagará um preço pelo bloqueio aos negócios
russos,que estão mergulhados principalmente na economia europeia. Mas a
ideia é provocar uma reação das elites empresariais russas e das
classes médias. Até agora, as elites, em privado, manifestavam desagrado com o
regime. Mas como estavam ganhando dinheiro e em expansão, bom deixa pra
lá. Declaravam-se neutras e não se metiam em política.
Mas se a economia russa for levada a uma forte recessão e perda de
riqueza, muita gente por lá vai cogitar: tudo isso para anexar a
Ucrânia? Tudo isso para alimentar as ambições sanguinárias de Putin? Não existe a possibilidade de uma invasão na Rússia para derrubar o
governo Putin.Seria iniciar uma guerra mundial nuclear. Mas é real a
possibilidade de os próprios russos perceberem os danos causados pela
turma do Putin.
Também é real a possibilidade de Putin endurecer ainda mais o regime
ao se sentir pressionado internamente. Mas esse é um problema que os
russos terão de resolver.
Se a esperteza para“encantar jumentos” fosse o principal
requisito para algum candidato ocupar a Cadeira Presidencial do Palácio do
Planalto, sem qualquer dúvida essa importante cadeira teria de ser ocupada novamente
pelo ex-Presidente e ex-presidiário, atualmente 'descondenado'Lula da Silva, a partir de 1ª de janeiro de
2023.
Oportunista como ninguém, o chefe da quadrilha que raspou o
erário em mais de 10 trilhões de reais enquanto o PT governou, “antenou”
rapidamente ante o poderia chinês que abraça o mundo sem piedade, e que já
comprou praticamente quase todos os países pobres da África, o Estado do
Vaticano, e finca raízes políticas e econômicas profundas em quase todos os continentes, inclusive na
América do Sul, nas “pessoas” da Venezuela, Argentina, e provavelmente Chile.
Mas a China está mesmode “olho” é no Brasil, onde já investiu em quase todos os setores da
economia, na indústria, no comércio, na produção rural, nas emissoras de
televisão, e diversas outras atividades, tendo importantes representantes na
política para trabalhar por seus interesses, cujo objetivo último será o de dominar a política a fim de ter o país
inteiramente subjugado a seus pés.
Bem sabem os chineses que os mais de oito milhões de Km/2
que tem o território brasileiro, com terras aproveitáveis para agricultura e
pecuária como nenhum outro, serviriam muito bem para matar a fome dos 1,4
bilhões de chineses. E que nem precisariam deslocar trabalhadores rurais da
China para cá. Os brasileiros se
encarregariam de fornecer mão de obra, muito “barata’.
Ademais, os chineses já encontrariam funcionando ”um dos
agronegócios mais desenvolvidos do mundo. Seria só mudar de “dono”.
Lula percebeu, com toda a“esperteza” que sempre lhe foi peculiar, essa caminhada sem volta do
domínio chinês no mundo, e logo passou a vestir a camiseta de XI Jinping
,virando imediatamente seu “garoto propaganda”, prometendo fazer do Brasil uma
cópia “xerox” da China, tão logo,e se eleito,na certeza dos “yuans” que a China despejará
na campanha da sua eleição presidencial, paralelamente à compra deum país que eles mesmos quebraram enquanto
governo, em visível “liquidação”, podendo ser comprado a “preço de banana”.