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sábado, 11 de agosto de 2018
Marcola deveria disputar o governo paulista pela coligação PT-PCC
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domingo, 10 de junho de 2018
Candidato de Lula é Luiz Marinho, o rei das licitações fraudadas
O candidato encrencado de Lula
Durante a gestão de Luiz Marinho à frente da prefeitura de São Bernardo do Campo, a OAS recebeu R$ 1 bilhão, fruto de um grande esquema de corrupção, com licitações dirigidas e obras superfaturadas, que envolveu o ex-presidente Lula e o então sócio da empreiteira Léo Pinheiro
A OAS, uma das cinco maiores empreiteiras do Brasil, não apenas brindou o ex-presidente Lula com um tríplex no Guarujá. Nem somente atuou como uma espécie de mestre-de-obras da reforma do sítio do petista em Atibaia. A construtora, envolvida até o talo na Operação Lava Jato, tomou de assalto os cofres da Prefeitura de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, durante a gestão do petista Luiz Marinho como prefeito da cidade (2009 a 2016). Em oito anos, a OAS nadou de braçada na administração petista instalada no berço do PT escorada em um mega esquema de corrupção, arquitetado por meio de um conluio triangular entre o presidente da empreiteira José Aldemário Pinheiro Filho, o Léo Pinheiro, o então prefeito Marinho, hoje candidato a governador de São Paulo pelo PT, e o ex-presidente da República, cuja família ainda mora na cidade. Com generosos recursos do governo federal petista, a OAS foi contratada, por meio de licitações direcionadas e fraudulentas, para executar as principais obras da gestão Marinho, sobretudo a partir de 2012, sob orientação direta e explícita de Lula.Naquele ano, interessado em turbinar o pupilo, o ex-presidente recomendou que Léo Pinheiro procurasse o então prefeito petista para que as obras fossem direcionadas à empreiteira. Como resultado da conversa, a OAS faturou em torno de R$ 1 bilhão, mas nenhuma das obras foi concluída, já que a empreiteira quase faliu depois da Lava Jato em 2014 e Léo Pinheiro, inclusive, acabou preso em 2015, deixando um cemitério de ferros retorcidos pelas principais ruas da cidade. O esquema envolvendo Lula, OAS e Luiz Marinho começou a ser desvelado durante a delação premiada de Léo Pinheiro ao Ministério Público Federal. Pinheiro revelou aos procuradores que, orientado por Lula e com o aval de Luiz Marinho, a OAS aliada à Serveng venceu de maneira dirigida a licitação do chamado “Centro Seco”, que previa a construção de um piscinão para armazenar 220 milhões de litros de água das chuvas.
R$ 3 bilhões Foi o total de recursos do Governo Federal (Lula e Dilma) despejados na prefeitura petista de São Bernardo do Campo (de 2009 a 2016)
O contrato foi fechado com a OAS por R$ 296 milhões. Só um túnel de canalização de água, com um quilômetro de extensão e diâmetro equivalente ao de uma obra de metrô, custou R$ 100 milhões.
(...)
Gripen, um lobby suspeito - O caça comprado pela FAB com a ajuda de Marinho nunca foi a uma guerra
Durante a era petista no poder, Lula e Dilma cultivaram raras divergências. Uma delas girou em torno da compra de 36 aviões caça, de guerra, para a Força Aérea Brasileira (FAB), ao custo de US$ 5,4 bilhões (R$ 20 bilhões). Lula queria comprar os aviões da Rafale (França). O acerto já havia sido feito com o então presidente francês Nicolas Sarkozy. Em 2010, tão logo eleita, Dilma contrariou seu criador: demonstrou interesse em fechar negócio com americana Boeing. O lobby de Luiz Marinho desequilibrou o jogo.
Para piorar, o advogado Edson Asarias, ligado a Luiz Marinho, está sendo investigado pela PF por ter recebido pagamentos da Saab de outubro de 2010 até o início de 2016, numa apuração que também inclui o ex-prefeito petista. Além deles, Lula e seu filho Luiz Cláudio são réus por conta da operação que envolveu a compra dos caças. Três meses antes de ser condenado pelo juiz Sergio Moro no episódio do tríplex, Lula prestou depoimento sobre o caso.
O superfaturado “Museu do Lula”
As obras da construção do Museu do Trabalhador, conhecido como “Museu do Lula”, viraram uma tremenda dor de cabeça para o ex-prefeito Luiz Marinho. Responsabilizado pelo superfaturamento, Marinho tornou-se réu duas vezes.
MATÉRIA COMPLETA, IstoÉ - Germano Oliveira
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segunda-feira, 6 de junho de 2016
Lulinha faturou US$ 900 MILHÕES na compra dos caças para a FAB
Propina a jato
Superfaturamento
de US$ 900 milhões na compra de 36 caças supersônicos pode
ter favorecido Luís Cláudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula, e o
prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho
O Ministério Público
e a Polícia Federal estão convencidos de que Luís Cláudio Lula da Silva, filho caçula do
ex-presidente Lula, e o prefeito petista de São Bernardo do Campo, Luiz
Marinho, estão envolvidos com o recebimento de propinas na compra dos 36 aviões
caças suecos Gripen feita pelo governo federal em outubro de 2014. O negócio no valor de US$ 5,4 bilhões é um dos mais nebulosos
realizados pela gestão de Dilma Rousseff.
SIGILO BANCÁRIO Documentos da PF e do MP provam que Luis Cláudio
Lula da Silva recebeu R$ 10 milhões de forma ilegal (Crédito: ERNESTO
RODRIGUES/ESTADÃO CONTEÚDO/AE)
A
hipótese de um superfaturamento estimado
em US$ 900 milhões vem sendo apurada há algum tempo, mas, na semana
passada, agentes da Operação Zelotes que tiveram acesso
à quebra do sigilo bancário da empresa de Luís Cláudio se convenceram de que
propinas foram efetivamente pagas. A LFT Marketing Esportivo, empresa do filho do presidente, era investigada
por ter movimentado irregularmente R$ 4,6 milhões. Os documentos bancários,
porém, provam que Luís Cláudio recebeu
mais R$ 10 milhões dos lobistas Mauro Marcondes e Cristina Mautoni. Ambos atuaram, com o aval e apoio do prefeito Marinho, na venda
dos caças.
O dinheiro encontrado
nas contas da empresa de Luís Cláudio será rastreado e, nos próximos dias,
toda a documentação será remetida para um outro grupo do Ministério Público do
Distrito Federal que investiga
especialmente o negócio feito com os suecos. O inquérito aberto para apurar
a compra dos aviões chegou a ser arquivado em outubro do ano passado, mas foi
reaberto em fevereiro após uma busca e apreensão feita no escritório dos
lobistas, atualmente presos pela Zelotes. Agora, com a descoberta dos R$ 10 milhões do filho de Lula as investigações
se afunilam. “A escolha dos caças da
empresa sueca pode ter sido resultado não apenas de critérios técnicos, mas de
possível influência indevida”, redigiu o procurador Anselmo Cordeiro Lopes
no despacho que reabriu as investigações. “Essa
influência envolve corrupção de agentes ou ex-agentes públicos federais”. O contrato assinado
pelo governo tem um valor US$ 900 milhões acima da proposta efetuada pela
própria empresa sueca. E-mails apreendidos pela Operação Zelotes
mostram que um executivo da Saab (representante
do Gripen) procurou a ajuda de Marcondes e do prefeito Marinho para agendar
reuniões com o ex-presidente Lula meses
antes de ser assinado o compromisso.
O ESCOLHIDO
O Gripen era o azarão e acabou favorito. Qual o segredo? (Crédito:Divulgação)
É verdade que o prefeito, ex-sindicalista, não tem conhecimento técnico para optar sobre a compra de caças supersônicos e participou ativamente do processo que escolheu os caças Gripen para equipar a FAB. Mas o que não lhe faltou durante os anos de governo do PT foi influência política. Marinho é íntimo da família do ex-presidente. Considerado por Lula o melhor candidato para disputar o governo de São Paulo em 2018, é um dos poucos petistas que visita o ex-presidente sem avisar com antecedência. Embora tenha se reunido com americanos e franceses que concorreram com os suecos, Marinho sempre se mostrou um parceiro da Saab.
Em 2010, o prefeito, embora não tivesse nenhum cargo formal para tratar do caso, viajou a Suécia e chegou a voar em um caça Gripen. Naquele momento, Lula havia praticamente se comprometido a comprar aviões franceses e no início do governo de Dilma os caças norte-americanos foram apontados pelo Ministério da Defesa como os favoritos. A escolha do Gripen surpreendeu a todos os especialistas. “O peso político do prefeito, muito próximo da família Lula foi determinante para a decisão”, afirma um lobista que defendia a compra dos caças norte-americanos.
De acordo com os delegados e procuradores que atuam na operação Zelotes, o rastreamento dos R$ 10 milhões encontrados na conta da empresa do filho de Lula certamente indicará a origem dos recursos. Num confronto preliminar feito com os documentos apreendidos no escritório dos lobistas, os investigadores encontraram indícios de que a empresa possa ter sido usada para receber as propinas e que parte do dinheiro possa ter sido repassada a Luiz Marinho. O prefeito nega qualquer irregularidade, mas admite ter defendido a compra dos aviões suecos junto a autoridades do governo federal.
Segundo ele, o objetivo não era obter vantagens indevidas, mas criar um polo de desenvolvimento tecnológico em São Bernardo. Dois oficiais da FAB ouvidos na semana passada por ISTOÉ, no entanto, asseguram que houve pagamentos de propinas e lamentam o fato de a própria Aeronáutica não ter tido uma participação mais efetiva na elaboração do contrato.
O ex-presidente Lula já depôs nesse processo e disse achar “um absurdo” a possibilidade de seu filho e de Marinho terem se beneficiado. Nas próximas semanas, tanto o prefeito como o caçula de Lula deverão ser convocados para dar explicações.
O
jogo duplo de Lula
O novo e último
livro da série do jornalista Elio Gaspari sobre a ditadura militar brasileira,
“A Ditadura
Acabada”, é a parte mais
conhecida da narrativa sobre os anos de chumbo. Vai do desmantelamento de
regime autoritário, a partir de 1977, até a abertura, marcada pela eleição de
Tancredo Neves, em 1985. Passa assim pelo nascimento de Luiz Inácio da Silva, o
Lula, como liderança. Gaspari mostra
como nas grandes greves metalúrgicas do Grande ABC, em São Paulo, Lula cresceu e se
tornou uma figura de destaque nacional.
Mas o ganho de popularidade
pessoal do então líder do Sindicato dos Metalúrgicos não
foi, como se sabe, acompanhada pela vitória dos trabalhadores representados por
ele. O livro relaciona fatos,
entrevistas e documentos que legitimam a desconfiança
da composição do líder com os “patrões”
na derrota da paralisação de 1979. Ilustram declarações (de “companheiros”, inclusive) e a reprodução
de um bilhete afetuoso a Cláudio Bardella, com quem Lula negociou a capitulação
de 1979, uma derrota para a categoria que representava. (Ana Weiss)
Fonte:
Isto É
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