RESUMO DA NOTÍCIA
- Delegada que ouviu o Maníaco do DF na audiência descreve o suspeito e seus métodos ao Yahoo! Notícias
- Ao todo, o cozinheiro Marinésio Olinto já confessou 2 homicídios e é apontado como autor de outros 10 abusos
Autor de dois homicídios e apontado como suspeito de outros 10 casos de abusos sexuais em diferentes regiões do Distrito Federal, o cozinheiro Marinésio dos Santos Olinto, de 41 anos, é ‘frio, não esboça arrependimento e não possui um comportamento padrão’.
Marinésio confessou, até agora, o assassinato de duas mulheres. (Foto: Divulgação/PF)
A
avaliação é de Jane Klébia do Nascimento Silva, delegada-chefe da 6ª DP
de Paranoá, responsável pela investigação da morte de Genir Pereira de
Sousa, de 47 anos, uma das vítimas assumidas por Marinésio. O cozinheiro
está preso preventivamente desde o dia 24 deste mês após abusar e matar
a advogada Letícia Sousa Curado de Melo, de 26 anos. “Ele
tem muita frieza quando faz seus relatos. Também não esboça nenhum
arrependimento do que fez e não tem comportamento padrão, o que
dificulta um pouco as investigações”, conta a delegada, que conduziu as
audiências do cozinheiro.
A
respeito da falta de comportamento padrão de Marinésio, Jane cita que
não há um ‘ritual’ prático ou uma sequência de ações que ele toma após
cometer os crimes, sejam os abusos ou os homicídios.
“Ele
matou Genir e na mesma noite foi para churrasco, isso em junho deste
ano. Depois, em agosto, ele abusou e matou a Letícia na sexta. No dia
seguinte, no sábado, ele pegou as duas jovens e tentou abusar delas. Só
não conseguiu porque elas resistiram e ameaçaram quebrar o carro dele.
Ele não possui um padrão, e atuou meio sem controle”, descreve a
delegada.
A
falta de um padrão de comportamento dificulta o trabalho da Polícia
Civil na tentativa de ligar Marinésio a outras denúncias de abusos ou
desaparecimentos relatados no DF. “Quando
surge a cara dele, começam outras vitimas. (...) Vem gente com crime de
12 anos atrás, de 10 anos. Temos alguns crimes que envolvem mulheres
que desaparecerem e ainda não há autoria. A CH (Coordenação de
Homicídios e DRS (Divisão de Repressão ao Sequestro) já têm alguns casos
sendo analisados”, adiantou a delegada.
PERFIL E FAMÍLIA
Cozinheiro
que vivia de ‘bicos’, Marinésio era casado há 19 anos e tem uma filha
de 16 anos. A família, segundo a delegada, custou a acreditar nos crimes
que ele confessou uma vez que ele levava uma vida dita regular. “A
mulher ficou apavorada. Ela já se mudou, precisou de escolta policial
para sair de casa. Foi para o Nordeste, na casa de parentes, para fugir
disso aqui. Já a filha diz que ama o pai e que vai visitá-lo quando ele
for para a cadeia”
Até
o momento, Marinésio já confessou duas mortes (Genir e Letícia), mas
foi apontado por outras 10 mulheres como autor de abusos e tentativas de
estupro contra elas. “Ao todo, já são 12 pessoas que atribuíram a ele
ataques. Esses relatos ainda carecem de formalização do inquérito e por
isso essas pessoas foram orientadas a procurar as delegacias de onde
moram”, completou a delegada.
Até o momento, Marinésio já confessou duas mortes (Genir e Letícia), mas
foi apontado por outras 10 mulheres como autor de abusos e tentativas
de estupro contra elas. “Ao todo, já são 12 pessoas que atribuíram a ele
ataques. Esses relatos ainda carecem de formalização do inquérito e por
isso essas pessoas foram orientadas a procurar as delegacias de onde
moram”, completou a delegada.
A partir da próxima semana, a polícia se dedicará à identificação
de possíveis vítimas do cozinheiro Marinésio dos Santos Olinto, 41 anos.
O assassino confesso de Letícia dos Santos Curado de Melo, 26, e Genir
Pereira de Sousa, 47, deixará o Departamento de Controle e Custódia de
Presos (DCCP), no Complexo da Polícia Civil, onde está preso, para ser
reconhecido por duas mulheres que podem ter sido atacadas por ele. O
acusado será levado à 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá), onde também
prestará mais esclarecimentos. Depois disso, Marinésio seguirá para o
Complexo Penitenciário da Papuda.
Segundo informações de fontes policiais ao Correio,
a análise dos crimes das mulheres assassinadas por Marinésio indicam
detalhes que podem ser importantes na investigação nos casos de estupro,
abuso e tentativa de homicídio atribuídos ao cozinheiro. Quando os
corpos foram encontrados, na segunda-feira passada e
em 12 de junho, respectivamente, ambas estavam vestidas, mas sem
calçados.
Yahoo! - Correio Braziliense