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quinta-feira, 9 de março de 2023

Sem algema e com roupa social: como CPI quer convencer Torres a depor

Ex-ministro de Bolsonaro não compareceu à comissão que investiga atos antidemocráticos

A CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal quer convencer a defesa do ex-ministro e ex-secretário da Segurança Pública Anderson Torres a aceitar que seu cliente deponha aos parlamentares no próximo dia 16, às 10h. Nesta quinta-feira, 9, Torres, que está preso desde o dia 14 de janeiro, não compareceu à sessão, após o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinar que cabe cabe a ele decidir se iria ou não. [nossa opinião permanece a de que o ex-ministro Anderson Torres não deve comparecer à CLDF - ... essa sigla incomoda... - para depor. 
Não tem sentido 'dar moral' a alguns parlamentares que em legislaturas passadas se destacaram por INCOMPETÊNCIA, outros  por IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA e outros malfeitos.
Não é a toa que a maior parte dos projetos de lei apresentados são abatidos ainda na fase de discussão e quando um outro vira lei cai por ser inconstitucional.]

Agora, os deputados distritais propuseram uma série de medidas para fazer com que Anderson Torres mude de ideia. Da não utilização de algemas a escolta policial descaracterizada, o ex-ministro também não teria que utilizar roupas do sistema carcerário do DF.

Veja abaixo as outras condições propostas:

– Realização de sessão reservada em recinto apropriado da Casa Legislativa;

– Presença restrita de deputados e servidores;

– Sem transmissão ao vivo na TV;

– Utilização de vestes sociais pelo depoente;

– Acompanhamento de advogado.

Anderson Torres está sendo acusado de omissão pelo atos antidemocráticos de 8 de janeiro, em Brasília. Na ocasião, ele, que havia sido nomeado secretário da Segurança Pública uma semana antes pelo governador afastado Ibaneis Rocha (MDB-DF), viajou dias depois para os Estados Unidos, em férias.

 Brasil - Coluna em VEJA


sábado, 31 de agosto de 2019

Maníaco do DF é 'frio' e não tem arrependimento, diz delegada - Yahoo! Notícias


RESUMO DA NOTÍCIA

  • Delegada que ouviu o Maníaco do DF na audiência descreve o suspeito e seus métodos ao Yahoo! Notícias
  • Ao todo, o cozinheiro Marinésio Olinto já confessou 2 homicídios e é apontado como autor de outros 10 abusos
Autor de dois homicídios e apontado como suspeito de outros 10 casos de abusos sexuais em diferentes regiões do Distrito Federal, o cozinheiro Marinésio dos Santos Olinto, de 41 anos, é ‘frio, não esboça arrependimento e não possui um comportamento padrão’.

Marinésio confessou, até agora, o assassinato de duas mulheres. (Foto: Divulgação/PF)

A avaliação é de Jane Klébia do Nascimento Silva, delegada-chefe da 6ª DP de Paranoá, responsável pela investigação da morte de Genir Pereira de Sousa, de 47 anos, uma das vítimas assumidas por Marinésio. O cozinheiro está preso preventivamente desde o dia 24 deste mês após abusar e matar a advogada Letícia Sousa Curado de Melo, de 26 anos. “Ele tem muita frieza quando faz seus relatos. Também não esboça nenhum arrependimento do que fez e não tem comportamento padrão, o que dificulta um pouco as investigações”, conta a delegada, que conduziu as audiências do cozinheiro.

A respeito da falta de comportamento padrão de Marinésio, Jane cita que não há um ‘ritual’ prático ou uma sequência de ações que ele toma após cometer os crimes, sejam os abusos ou os homicídios.
“Ele matou Genir e na mesma noite foi para churrasco, isso em junho deste ano. Depois, em agosto, ele abusou e matou a Letícia na sexta. No dia seguinte, no sábado, ele pegou as duas jovens e tentou abusar delas. Só não conseguiu porque elas resistiram e ameaçaram quebrar o carro dele. Ele não possui um padrão, e atuou meio sem controle”, descreve a delegada.

A falta de um padrão de comportamento dificulta o trabalho da Polícia Civil na tentativa de ligar Marinésio a outras denúncias de abusos ou desaparecimentos relatados no DF.  “Quando surge a cara dele, começam outras vitimas. (...) Vem gente com crime de 12 anos atrás, de 10 anos. Temos alguns crimes que envolvem mulheres que desaparecerem e ainda não há autoria. A CH (Coordenação de Homicídios e DRS (Divisão de Repressão ao Sequestro) já têm alguns casos sendo analisados”, adiantou a delegada.

PERFIL E FAMÍLIA
Cozinheiro que vivia de ‘bicos’, Marinésio era casado há 19 anos e tem uma filha de 16 anos. A família, segundo a delegada, custou a acreditar nos crimes que ele confessou uma vez que ele levava uma vida dita regular.  “A mulher ficou apavorada. Ela já se mudou, precisou de escolta policial para sair de casa. Foi para o Nordeste, na casa de parentes, para fugir disso aqui. Já a filha diz que ama o pai e que vai visitá-lo quando ele for para a cadeia”
Até o momento, Marinésio já confessou duas mortes (Genir e Letícia), mas foi apontado por outras 10 mulheres como autor de abusos e tentativas de estupro contra elas. “Ao todo, já são 12 pessoas que atribuíram a ele ataques. Esses relatos ainda carecem de formalização do inquérito e por isso essas pessoas foram orientadas a procurar as delegacias de onde moram”, completou a delegada.

Até o momento, Marinésio já confessou duas mortes (Genir e Letícia), mas foi apontado por outras 10 mulheres como autor de abusos e tentativas de estupro contra elas. “Ao todo, já são 12 pessoas que atribuíram a ele ataques. Esses relatos ainda carecem de formalização do inquérito e por isso essas pessoas foram orientadas a procurar as delegacias de onde moram”, completou a delegada.

 A partir da próxima semana, a polícia se dedicará à identificação de possíveis vítimas do cozinheiro Marinésio dos Santos Olinto, 41 anos. O assassino confesso de Letícia dos Santos Curado de Melo, 26, e Genir Pereira de Sousa, 47, deixará o Departamento de Controle e Custódia de Presos (DCCP), no Complexo da Polícia Civil, onde está preso, para ser reconhecido por duas mulheres que podem ter sido atacadas por ele. O acusado será levado à 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá), onde também prestará mais esclarecimentos. Depois disso, Marinésio seguirá para o Complexo Penitenciário da Papuda.

Segundo informações de fontes policiais ao Correio, a análise dos crimes das mulheres assassinadas por Marinésio indicam detalhes que podem ser importantes na investigação nos casos de estupro, abuso e tentativa de homicídio atribuídos ao cozinheiro. Quando os corpos foram encontrados, na segunda-feira passada e em 12 de junho, respectivamente, ambas estavam vestidas, mas sem calçados.
Yahoo! - Correio Braziliense 


terça-feira, 27 de agosto de 2019

Saco de gatos - Eliane Cantanhêde

O Estado de S. Paulo

STF, Câmara e Senado não veem graça em apanhar dos bolsonaristas enquanto Bolsonaro passa de bonzinho

Os manifestantes de domingo, em grande maioria bolsonaristas, ainda não entenderam exatamente o que está acontecendo e, quando confrontados com a verdade por Marcelo Madureira, [esses artistas, no caso o humorista, em final de carreira é um problema a urgência que tem por holofotes - só essa extrema necessidade de voltar aos palcos, explica um individuo que é contra os, digamos, homenageados/apoiados em uma passeata, pretender usar o ato de apoio para ofender os homenageados.] no Rio, dirigiram agressões e impropérios contra ele, retirado sob escolta policial. A verdade dói.

Os atos foram em favor do ministro Sérgio Moro e do procurador Deltan Dallagnol e contra a lei de abuso de autoridade, o Congresso e o Supremo, com foco nos ministros Dias Toffoli, que o preside, Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes. Não ficou claro de que lado desse saco de gatos está o presidente Jair Bolsonaro. [o presidente Jair Bolsonaro está do lado do Brasil, do lado do povo.] Dia sim, outro também, o presidente dá sinais de distanciamento, até de um certo enfado diante de seu ministro da Justiça, o troféu mais comemorado e um dos dois superministros do início do governo. Tirou-lhe o Coaf, demitiu o chefe do órgão indicado por ele, cortou as verbas da Justiça, disse publicamente que o ministro não manda na PF.

Enquanto a turma que defende Moro fazia manifestações pelo País, até com bonecos infláveis do Super-Homem com a cara do ministro, Bolsonaro espezinhava o ícone internacional da Lava Jato. “Cuide bem do ministro Moro, você sabe que votamos em um governo composto por você, ele e o Paulo Guedes”, pedia um internauta. “Com todo respeito, ele não esteve comigo na campanha”, deu de ombros Bolsonaro. [é notório que Moro goza de grande apoio popular, com chances reais de ser candidato a vice na chapa Bolsonaro - 2022 (exceto se Bolsonaro aprovar a volta da CPMF), mas, também é certo que o presidente Bolsonaro não precisou de Moro para obter quase 60.000.000 de votos nas eleições 2018.]

Logo, fica a dúvida: os manifestantes estavam defendendo Moro de quem? Do Congresso? Do Supremo? Ou do próprio Bolsonaro e de todos eles juntos? Do lado oposto, os grupos nas ruas desfilavam faixas dizendo que a mais alta Corte do País é “uma vergonha” e pedindo “impeachment já” de ministros. E quando Toffoli atraiu a ira popular definitivamente? Quando, atendendo a um pedido de advogados e a um interesse de Flávio Bolsonaro, o 01, mandou suspender todos os processos e investigações com base em dados do Coaf e sem autorização judicial. Outra dúvida: os manifestantes sabem por que Toffoli tirou o Coaf da frente? Que o principal beneficiário foi o filho do presidente? Que um dos motivos da birra com Moro é que ele foi contra a liminar de Toffoli? E que foi por conveniência do Planalto que o Coaf virou UIF e foi parar no Banco Central?

Os protestos miraram também Alexandre de Moraes, que mandou suspender investigações da Receita Federal sobre 133 autoridades, inclusive de colegas dele no Supremo. Mais uma dúvida: os manifestantes ouviram as queixas de Bolsonaro de que a Receita estava devassando a vida de seus familiares? Que ele tentou meter a mão na Receita no Rio, sua base? Teve até protesto dos agentes do fisco? [o pessoal do Fisco omite que em determinados aeroportos eles gozam de privilégios de circulação, o que equivale, na prática, a isenção de impostos.]  Aliás, por que ninguém defendeu a PF? [a PF tem realizado um excelente trabalho e não corre riscos, assim, não precisa de defesa.
Os entreveros da PF com o presidente da República foi o esquecimento, pela PF, da máxima: "quem pode o mais, pode o menos".]

Por fim, o grande motivo das manifestações foi combater a lei de abuso de autoridade, aprovada rapidinho no Congresso e agora nas mãos de Bolsonaro, que pode vetar, sancionar ou, o mais provável, vetar só partes. [o veto parcial, em grande parte soluciona o problema;
a denúncia apresentada por corrupção e lavagem de dinheiro contra Rodrigo Maia explica, sem justificar, a pressa de aprovar a lei de abuso de autoridade - até ontem, o 'primeiro-ministro' era o algoz do presidente Bolsonaro, agora tudo mudou.] Uma das broncas é porque as dez medidas anticorrupção evaporaram e o pacote anticrime e anticorrupção de Moro foi engavetado. Ficou a lei que combate quem combate a corrupção. Então, uma quarta dúvida: ninguém viu a “live” de Bolsonaro anunciando na internet “uma segurada” no pacote de Moro? E com o Moro como coadjuvante?

Rodrigo Maia (agora alvo direto da PF), Davi Alcolumbre e Dias Toffoli, para ficar nos presidentes, estão cansados de apanhar sozinhos por decisões que dividem com Bolsonaro. E não só nas ruas, mas no próprio Congresso, onde o PSL lidera a articulação da CPI da Lava Toga, mirando Toffoli e o STF. Bolsonaro lava as mãos diante das manifestações e da CPI, mas Toffoli tem uma bomba: a liminar que favoreceu o 01 e que ele pode retirar a qualquer momento. Se é para apanhar, que apanhem todos. Os alvos dos bolsonaristas não acham graça em apanhar sozinhos, enquanto Bolsonaro fica de bonzinho
 
Eliane Cantanhêde - O  Estado de S. Paulo


sexta-feira, 25 de maio de 2018

Acabou combustível do Aeroporto de Brasília

Aeroporto de Brasília está sem combustível

A Inframerica informou na manhã desta sexta-feira, 25, que as reservas de querosene de aviação no aeroporto de Brasília se esgotaram. “Aviões que pousarem no Terminal aéreo e que necessitem de abastecimento ficarão em solo até o fornecimento de combustível no Aeroporto ser normalizado”, diz a nota da concessionária que administra o terminal de Brasília.

A empresa afirma que é fundamental a liberação dos caminhões bloqueados no protesto para a regularização do atendimento e das operações. Segundo a Inframerica, nos últimos dias, apenas dez caminhões chegaram ao aeroporto, todos sob escolta policial. Em média, o terminal recebe diariamente 20 caminhões para abastecimento. Até as 8h desta sexta, não houve registro de entrada de novos caminhões no aeroporto.

A nota da Inframerica ainda informa que em razão do racionamento do querosene de aviação, a “American Airlines cancelou de forma preventiva o voo que vinha de Miami e que pousaria no Aeroporto de Brasília às 7h35. Automaticamente o voo que partiria da capital às 21h55, fica também cancelado.”

Segundo a empresa, depois de quatro dias, este foi o primeiro cancelamento decorrente da restrição na oferta de combustível no aeroporto de Brasília. A Inframerica orienta aos passageiros que, antes de irem para o Aeroporto, busquem informações com a sua companhia aérea. As equipes de atendimento da concessionária foram reforçadas para atender aos usuários.
“Apesar do agravamento da situação, ainda não há previsão de regularização do estoque de combustível. A concessionária aguarda a liberação dos caminhões”, diz a nota da Inframerica.

Estadão Conteúdo


 

segunda-feira, 16 de abril de 2018

O Rio precisa de policial nas ruas, para garantir a segurança da população, do povo, do contribuinte.

[Segurança exclusiva para deputado deve, quando comprovadamente necessária,  ser fornecida pela Assembleia e não pela Policia Militar ou  Civil.

Retirar policial das ruas para cuidar da segurança pessoal de deputado é um absurdo, abuso mesmo.]

PMs que faziam segurança de Marcelo Freixo estão entre os que serão devolvidos à Secretaria de Segurança

Deputado que presidiu a CPI das Milícias vive há dez anos com escolta policial 

Vivendo há dez anos sob escolta policial em razão de ameaças à sua vida desde que presidiu a CPI das milícias, o deputado Marcelo Freixo (PSOL) soube nesta segunda-feira pelo Diário Oficial que os quatro policiais militares que estavam no seu gabinete foram retirados pela Secretaria de Segurança. Segundo Freixo, dois deles cuidavam de sua segurança pessoal, enquanto outros dois garantiam a escolta do delegado Vinícius George, que atuou como braço direito nas investigações da CPI. Os nomes dos PMs estão na lista de convocação dos 87 policiais que estavam emprestados para a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

Lembrando o assassinato da vereadora Marielle Franco, em que uma das linhas de investigação apura se o crime foi cometido por milicianos, o deputado afirmou que por questões óbvias , este não é o momento de ter suspensa sua segurança:  - Entrei em contato com o secretário, vou ao seu encontro daqui a pouco e tenho certeza que o bom senso vai prevalecer, porque não é possível que, diante desse momento, dessa situação , a gente tenha que parar para resolver isto. [qual momento? qual situação? o momento é da polícia estar nas ruas, em operações para combater o crime que prejudica TODA A POPULAÇÃO; a situação é de risco para todo o trabalhador.
É preciso acabar com a mentalidade de que policial militar ou civil deve ficar anos e anos por conta da segurança de deputados e outras autoridades.
Algum apoio na segurança de um parlamentar por alguns dias ou mesmo semanas é aceitável.
Mas, o parlamentar está há dez anos sendo protegido por policiais militares.]

Em nota, a Alerj nega que tenha decidido quais seriam os PMs devolvidos, e afirma que a decisão foi unilateral da secretaria de Segurança:  "A lista de agentes convocados não foi elaborada pela Alerj. Trata-se de uma decisão unilateral da secretaria baseada em critérios definidos por ela mesma. A posição da Mesa Diretora da Alerj foi pelo tratamento igual ao concedido aos outros poderes do Estado, que precisaram devolver cerca de 10% do seu efetivo de policiais cedidos", diz o comunidade enviado à imprensa.

Freixo evitou criticar diretamente a secretaria de Segurança:
-Não me cabe questionar quem deve ou não ter segurança, mas eu adoraria viver sem seguranças, adoraria ter minha vida normal regularizada. Mas não é o caso neste momento. Me parece muito óbvio que o bom senso tem que ser restabelecido - disse Freixo, que é um dos deputados com maior número de ameaças de morte do Rio desde a CPI das Milícias.


O também deputado estadual Carlos Roberto Osório (PSDB) disse achar que Freixo tem todas as condições necessárias para que tenha mantida a sua segurança com policiais militares. - É muito importante priorizar deputados que já tenham sofrido ameaças, que precisem realmente de proteção. Se algum deles teve policiais militares retirados de sua escolta é preciso que a secretaria de segurança faça uma reavaliação e os mantenha. Sou a favor do retorno de policiais militares que estão em gabinetes que não necessitam. Eu, por exemplo, não tenho nenhum policial militar em meu gabinete porque não preciso - disse Osório.

Em 2008 Marcelo Freixo presidiu a CPI das Milícias da Assembleia Legislativa. Foi um marco na luta contra o crime organizado e sua articulação com o poder público. O relatório final pediu o indiciamento de 225 políticos, policiais, agentes penitenciários, bombeiros e civis. Na ocasião foram apresentadas 58 propostas concretas para enfrentamento das milícias, entre elas a necessidade de cortar as fontes de financiamento das quadrilhas.

O Globo