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quarta-feira, 12 de maio de 2021

Civil que atirou com fuzil contra tropa do Exército durante intervenção federal no Rio é condenado

[dificil de acreditar, mas as coisas parecem estar mudando; a JUSTIÇA foi feita - a pena deveria ser mais grave,mas é um bom começo. Visto que o  habitual seria os soldados serem punidos por não ter sido, digamos, cuidadosos - felizmente, os nossos valorosos soldados ainda consideram que cuidado excessivo e covardia são sinônimos.]

O Superior Tribunal Militar (STM) quase dobrou a pena aplicada a um civil, no estado do Rio de Janeiro, acusado de tentar matar três soldados do Exército, com tiros de fuzil, durante uma operação militar no âmbito da intervenção federal ocorrida em 2018.  Na primeira instância, o réu recebeu a pena de quatro anos, nove meses e 18 dias de reclusão. O Ministério Público Militar (MPM) recorreu ao STM, que elevou a comutação da pena para oito anos, dois meses e 12 dias de reclusão, a ser cumprida em regime fechado.

A denúncia da Promotoria Militar afirma que no dia 15 de setembro de 2018, por volta das 16h, o acusado disparou diversos tiros de fuzil em direção da viatura em que se encontravam militares do Exército, em serviço. O tiros atingiram a parte frontal do veículo. O episódio ocorreu na baixada fluminense, em Belford Roxo (RJ).  Na viatura militar estavam um sargento do Exército, um cabo e um soldado, quando se depararam com três homens armados, sendo dois em uma motocicleta e um a pé. Conforme afirma o MPM, o réu estava na motocicleta e armado de fuzil, enquanto os demais portavam pistolas. Ao avistar os militares, ele desceu da motocicleta e fugiu do local, efetuando disparos em direção à tropa, com a intenção de atingir os três militares. Em seguida, os militares da patrulha responderam com tiros e o atingiram. [lamenta-se que não tenha ocorrido o abate do bandido; bandido precisa aprender que atirar contra militares em serviço, em patrulha, deslocamento ou sentinela, será abatido; 

Nos tempos dos malditos terroristas, era comum a impunidade dos que atacavam  quartéis - a própria escarrada ex-presidente Dilma e outros ratos, participaram de um ataque contra um sentinela do QG do IIº Exército - o HERÓI Cabo MARIO KOZEL FILHO -  e foi 'premiada' com a presidência da República - e outros vermes, entre eles Diógenes do PT foram indenizados, pensionados e ainda estão vivos e impunes. O tipo das letras usado para grafar presidência da República, representa o apequenamento que o mais importante e poderoso cargo da República sofreu quando foi ocupado por coisas como Lula e Dilma.

Aos poucos,  com JAIR BOLSONARO a importância do cargo começa a ser recuperada.]

 Os três homens que participaram da ação criminosa fugiram, sendo que o denunciado, ferido, rastejou por um beco até uma região de mata.  Após o confronto, os militares iniciaram buscas nas redondezas para encontrar os três homens, além do armamento empregado. O réu foi encontrado no Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias (RJ), tentando ser atendido e se queixando de ter sido atingido com arma de fogo. Ele foi reconhecido pelos militares da patrulha.

Para a promotoria, o dolo restou totalmente caracterizado, pois o réu disparou em direção à guarnição com intenção de matar os três ofendidos e portando arma de fogo de alto poder vulnerante, não obtendo sucesso por fatores alheios à sua vontade. Por isso, o réu passou a ser processado e julgado na Justiça Militar da União (JMU) pelo crime de tentativa de homicídio, por três vezes, previsto do artigo 121 do Código Penal Militar.

Decisão Monocrática
Em decisão monocrática, o juiz federal da Justiça Militar da 3ª Auditoria do Rio de Janeiro considerou o réu culpado. No entanto, concedeu-lhe o direito de recorrer em liberdade, com a fixação do regime prisional inicial semiaberto. O Ministério Público Militar (MPM), inconformado com a decisão, recorreu ao STM, requerendo o aumento da pena de reclusão. Nas suas razões recursais, o representante do MPM pediu a reforma da sentença, para fixar, na primeira fase da dosimetria, a pena-base aplicada ao réu em patamar acima do mínimo legal, considerando as circunstâncias agravantes. Também requereu o reparo na parte final do cálculo da pena, por um suposto erro na aplicação da fração referente ao crime tentado. “Houve concurso material e não formal e, consequentemente, com a alteração da pena pleiteada, o regime inicial para o seu cumprimento deverá ser corrigido”, reiterou.

A defesa do réu, por sua vez, também interpôs apelação ao Tribunal Militar, pleiteando a absolvição por falta de provas.

Apelação
No STM, o relator do caso foi o ministro Marco Antônio de Farias. Em seu voto, o magistrado acatou a tese do Ministério Público Militar de ter havido circunstâncias agravantes, principalmente pelo réu estar portando um fuzil de uso exclusivo e contra agente do Estado.Segundo o relator, a versão do réu mostrou-se inverossímil e não comprovou a sua tese de negativa de autoria, pois, após ter sido baleado, foi reconhecido pelos três ofendidos no hospital. “Além disso, a prova dos autos demonstra que ele era o “carona” da motocicleta e estava armado de fuzil; e não o piloto, como a Defesa afirmou”. Para o ministro, a hipótese aventada pela defesa de o crime ter sido praticado por outras pessoas distanciou-se da verdade.

“Havia duas pessoas na moto (piloto e carona) e um terceiro a pé. Ao se depararem com a patrulha numa esquina, o elemento a pé correu em fuga, enquanto o carona saltou da moto (armado de fuzil) e iniciou o confronto. O terceiro delinquente evadiu-se do local, sempre pilotando a moto. A Defesa, inusitadamente, [foi generoso o ministro: a classificação do ato antipatriótico da  defesa, recomenda o uso do termo desavergonhadamente.]  sugere que o réu não praticou o crime. Por consequência, sem nenhuma conexão com as provas, supõe que os militares mentiram, situação na qual todos teriam praticado o delito de denunciação caluniosa”, rebateu o ministro, que manteve a condenação do réu.

Ao analisar o pedido de aumento da pena, o ministrou disse que havia razão ao se questionar o estabelecimento, pelo juiz de primeiro grau, da pena-base no mínimo legal. “De fato, ao examinar a sentença vergastada, a pena-base foi fixada no patamar mínimo permitido em Lei. Desse modo, houve desproporcionalidade, por não atribuir valor negativo a algumas circunstâncias judiciais merecedoras de destaque e por inexistir o consequente reflexo na reprimenda penal”, fundamentou. O ministro Farias informou que o magistrado, em sua sentença, desconsiderou algumas circunstâncias importantes, com força para elevar a pena-base e a mensuração da sanção merecia reforma.

“Não pode haver sombra de dúvida, neste sodalício jurídico, que o crime praticado é bastante grave. Trata-se de tentativa de homicídio praticada contra militares em Operação de Garantia da Lei e da Ordem, ou seja, afronta severa e deplorável à própria presença do Estado naquela comunidade. De fato, o que houve foi um confronto, com troca de disparos, entre o réu e a tropa federal. Assim, embora tenha havido a múltipla prática de crimes, todas aconteceram em contexto único, refletindo as características do concurso formal”, disse.

Por fim, o ministro-relator negou o segundo pedido do MPM, de que teria havido concurso material de pessoas, com reflexo na pena. “A conduta do agente ativo do crime não pode ser decomposta em contextos diferentes. Ressalte-se que a ação foi única, sendo os atos diversos, perfazendo o concurso formal.

[por fatos do tipo é que defendemos sempre e com ardor a 'excludente de ilicitude' para todas ocorrências ocorrendo ataques à integridade física de  autoridades de segurança, incluindo, sem limitar,  Forças Armadas, Forças Auxiliares, PC, PF e PRF.

Havendo reação imediata e letal ao ataque, os bandidos reduzirão a ousadia, cuidarão de evitar ações do tipo e de se vangloriar junto a outros criminosos de feitos dos quais participaram e agentes da Segurança foram assassinados e muitas vezes os bandidos ficaram impunes.]

STM - site


sábado, 31 de agosto de 2019

Maníaco do DF é 'frio' e não tem arrependimento, diz delegada - Yahoo! Notícias


RESUMO DA NOTÍCIA

  • Delegada que ouviu o Maníaco do DF na audiência descreve o suspeito e seus métodos ao Yahoo! Notícias
  • Ao todo, o cozinheiro Marinésio Olinto já confessou 2 homicídios e é apontado como autor de outros 10 abusos
Autor de dois homicídios e apontado como suspeito de outros 10 casos de abusos sexuais em diferentes regiões do Distrito Federal, o cozinheiro Marinésio dos Santos Olinto, de 41 anos, é ‘frio, não esboça arrependimento e não possui um comportamento padrão’.

Marinésio confessou, até agora, o assassinato de duas mulheres. (Foto: Divulgação/PF)

A avaliação é de Jane Klébia do Nascimento Silva, delegada-chefe da 6ª DP de Paranoá, responsável pela investigação da morte de Genir Pereira de Sousa, de 47 anos, uma das vítimas assumidas por Marinésio. O cozinheiro está preso preventivamente desde o dia 24 deste mês após abusar e matar a advogada Letícia Sousa Curado de Melo, de 26 anos. “Ele tem muita frieza quando faz seus relatos. Também não esboça nenhum arrependimento do que fez e não tem comportamento padrão, o que dificulta um pouco as investigações”, conta a delegada, que conduziu as audiências do cozinheiro.

A respeito da falta de comportamento padrão de Marinésio, Jane cita que não há um ‘ritual’ prático ou uma sequência de ações que ele toma após cometer os crimes, sejam os abusos ou os homicídios.
“Ele matou Genir e na mesma noite foi para churrasco, isso em junho deste ano. Depois, em agosto, ele abusou e matou a Letícia na sexta. No dia seguinte, no sábado, ele pegou as duas jovens e tentou abusar delas. Só não conseguiu porque elas resistiram e ameaçaram quebrar o carro dele. Ele não possui um padrão, e atuou meio sem controle”, descreve a delegada.

A falta de um padrão de comportamento dificulta o trabalho da Polícia Civil na tentativa de ligar Marinésio a outras denúncias de abusos ou desaparecimentos relatados no DF.  “Quando surge a cara dele, começam outras vitimas. (...) Vem gente com crime de 12 anos atrás, de 10 anos. Temos alguns crimes que envolvem mulheres que desaparecerem e ainda não há autoria. A CH (Coordenação de Homicídios e DRS (Divisão de Repressão ao Sequestro) já têm alguns casos sendo analisados”, adiantou a delegada.

PERFIL E FAMÍLIA
Cozinheiro que vivia de ‘bicos’, Marinésio era casado há 19 anos e tem uma filha de 16 anos. A família, segundo a delegada, custou a acreditar nos crimes que ele confessou uma vez que ele levava uma vida dita regular.  “A mulher ficou apavorada. Ela já se mudou, precisou de escolta policial para sair de casa. Foi para o Nordeste, na casa de parentes, para fugir disso aqui. Já a filha diz que ama o pai e que vai visitá-lo quando ele for para a cadeia”
Até o momento, Marinésio já confessou duas mortes (Genir e Letícia), mas foi apontado por outras 10 mulheres como autor de abusos e tentativas de estupro contra elas. “Ao todo, já são 12 pessoas que atribuíram a ele ataques. Esses relatos ainda carecem de formalização do inquérito e por isso essas pessoas foram orientadas a procurar as delegacias de onde moram”, completou a delegada.

Até o momento, Marinésio já confessou duas mortes (Genir e Letícia), mas foi apontado por outras 10 mulheres como autor de abusos e tentativas de estupro contra elas. “Ao todo, já são 12 pessoas que atribuíram a ele ataques. Esses relatos ainda carecem de formalização do inquérito e por isso essas pessoas foram orientadas a procurar as delegacias de onde moram”, completou a delegada.

 A partir da próxima semana, a polícia se dedicará à identificação de possíveis vítimas do cozinheiro Marinésio dos Santos Olinto, 41 anos. O assassino confesso de Letícia dos Santos Curado de Melo, 26, e Genir Pereira de Sousa, 47, deixará o Departamento de Controle e Custódia de Presos (DCCP), no Complexo da Polícia Civil, onde está preso, para ser reconhecido por duas mulheres que podem ter sido atacadas por ele. O acusado será levado à 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá), onde também prestará mais esclarecimentos. Depois disso, Marinésio seguirá para o Complexo Penitenciário da Papuda.

Segundo informações de fontes policiais ao Correio, a análise dos crimes das mulheres assassinadas por Marinésio indicam detalhes que podem ser importantes na investigação nos casos de estupro, abuso e tentativa de homicídio atribuídos ao cozinheiro. Quando os corpos foram encontrados, na segunda-feira passada e em 12 de junho, respectivamente, ambas estavam vestidas, mas sem calçados.
Yahoo! - Correio Braziliense 


sexta-feira, 8 de março de 2019

Jovem estuprada pelo cunhado e queimada pelo namorado é sepultada

Jovem que foi queimada pelo namorado será enterrada nesta sexta-feira

Isabela teria sido abusada sexualmente pelo cunhado após passar mal; namorado flagrou a cena e a espancou e em seguida ateou fogo nela e no cunhado

A estudante Isabela Miranda de Oliveira, de 19 anos, que foi agredida e queimada pelo namorado, foi enterrada às 10h desta sexta-feira, 8, no Cemitério Jardim Caieiras, em Caieiras, na Grande São Paulo.  Isabela teve o corpo incendiado pelo namorado, William Felipe de Oliveira Alves, de 21 anos, durante um churrasco em Franco da Rocha, na região metropolitana de São Paulo, no domingo de carnaval, 3. 
Segundo relatos de testemunhas, Isabela teria sido abusada sexualmente pelo cunhado, de 23 anos, enquanto dormia  após passar mal. O namorado teria ido até o quarto e flagrou os dois na cama. Após ver a cena, o namorado achou que o ato era consensual, espancou Isabela e em seguida, ateou fogo nela e no cunhado.
 
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), a estudante que teve mais de 80% do corpo queimado e o cunhado foram socorridos ao Hospital Estadual Francisco Morato. A jovem não resistiu aos ferimentos e morreu nesta quinta-feira, 7.
Foi solicitado pericia a local e duas facas foram apreendidas. O caso foi registrado como lesão corporal e tentativa de homicídio qualificado na delegacia de Franco da Rocha.  Após passar por audiência de custódia, William teve a prisão decretada pela justiça.

Feminicídio
A Câmara aprovou no final de fevereiro o pedido da deputada Flávia Arruda (PR-DF) para a criação de uma Comissão Temporária Externa destinada ao acompanhamento dos casos de violência doméstica contra a mulher e feminicídio no País.  A deputada quer verificar como os Estados estão atuando, quais são as políticas implementadas, quais os recursos destinados para este enfrentamento, se há ou não orçamento garantido para a execução dessas políticas de forma permanente. 

A reportagem do Estado, mostrou que em média, uma mulher é vítima de feminicídio no Estado de São Paulo a cada 60 horas. Em 2018, 148 assassinatos foram registrados já no boletim de ocorrência como derivados de violência doméstica ou por “menosprezo ou discriminação à condição de mulher”.  O número de mortes é 12,9% maior do que o registrado no ano anterior (131) e mais do que o dobro do que o observado em 2016 (70), embora a quantidade de homicídios dolosos tenha diminuído no Estado. Os dados foram levantados pelo Estadão Dados com base em boletins de ocorrência (BO) da Secretaria de Segurança Pública (SSP).

Notícias - O Estado de S. Paulo

terça-feira, 8 de maio de 2018

Agressão covarde de petistas a empresário, no Instituto Lula, deve ir a júri popular

MP-SP pede júri popular para agressão de empresário no Instituto Lula


O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) pediu que sejam pronunciados a júri popular os três homens investigados pela agressão ao empresário Carlos Alberto Bettoni na noite de 5 de abril em frente o Instituto Lula, em São Paulo. Segundo a Promotoria, os três – apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teriam praticado tentativa de homicídio com dolo eventual, crime que vai a júri.

Manoel Eduardo Marinho, o “Maninho do PT”, ex-vereador de Diadema, seu filho Leandro e o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Paulo Cayres, o “Paulão”, foram indiciados pela Polícia Civil. Todos negam a acusação. Alegam ter reagido a provocações de Bettoni.
No dia 5, Bettoni foi empurrado em frente ao instituto e bateu a cabeça no para-choque de um caminhão. Ele foi internado com traumatismo craniano. O episódio aconteceu durante um tumulto no local, pouco depois da divulgação da informação sobre a ordem do juiz Sérgio Moro para prender Lula, condenado a 12 anos e 1 mês na Lava Jato. 

O petista está preso desde 7 de abril em Curitiba.
No fim de abril, o empresário pediu à Justiça para prestar novo depoimento e solicitou que duas “testemunhas oculares” sejam ouvidas. Para a defesa de Bettoni, houve “indevida tomada de declarações da vítima” no dia 19, já que o depoimento “foi realizado sem autorização de sua família ou de seus advogados bem como sem que houvesse autorização médica”.[tudo indica que a tomada irregular do depoimento do empresário foi uma tentativa (fadada ao fracasso) de favorecer os criminosos petistas;
vale lembrar que agora ficou bem mais fácil punir os criminosos petistas, haja vista que seu grande líder continua encarcerado.]

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

quinta-feira, 3 de maio de 2018

Enfermeira acusada de retirar cateteres de quatro bebês é presa por tentativa de homicídio



Câmera flagrou profissional manipulando equipamentos em incubadoras com recém-nascidos



Uma enfermeira foi presa na manhã da última quarta-feira indiciada por tentativa de homicidio qualificado contra bebês recém-nascidos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Real D'Or, em Padre Miguel, Zona Oeste do Rio. Simone Anjos dos Santos, de 41 anos, é acusada de cortar o cateter de quatro bebês em incubadoras - o que levaria à morte das crianças. Ela foi detida em casa, em Santa Cruz.



Mulher está presa acusada de tentar matar bebês - Marcelo Regua / Agência O Globo
 


Simone não falou com a imprensa, mas, em depoimento, nega as acusações. O indiciamento feito pela delegada Juliana Emerique, titular da Delegacia da Criança e Adolescente Vitima (Dcav), é baseado em gravações de câmeras de segurança que mostram a enfermeira manipulando as incubadoras. As gravações mostram Simone manipulando, sem luva, um dos bebês numa incubadora que, segundo a delegada, não era responsabilidade dela. Momentos depois, uma outra profissional de saúde percebe a criança agitada e identifica o cateter rompido.

As investigações começaram depois que o hospital percebeu que quatro cateteres foram rompidos entre 14 e 31 de janeiro. Uma sindicância interna foi instaurada, e Simone foi apontada, por depoimentos e pelas imagens das câmeras de seguranca, como a autora. Ela foi demitida por justa causa. O hospital também notificou a Polícia Civil, que abriu o inquérito.  Após um mês de investigações, a Dcav pediu a prisão preventiva de Simone. O mandado foi expedido pela 4ª Vara Criminal da Comarca da Capital do Rio.




- A nossa intenção foi evitar que ela continuasse praticando o ato. Por isso, pedimos a prisão preventiva - afirmou a delegada.

A motivação do crime ainda não foi esclarecida. A investigação agora vai ouvir as famílias dos bebês para saber se existe alguma relação entre elas ou se as vítimas eram escolhidas de forma aleatória. A polícia não divulgou os nomes dos bebês nem dos pais
A delegacia também vai investigar se há outras vítimas. Em depoimento, Simone afirmou que trabalha como enfermeira há mais de uma década. No último ano, ela trabalhou nesta unidade da rede D'Or. No entanto, ela também deu plantões nos hospitais municipais Albert Schweitzer e Pedro II, além de um hospital privado de Duque de Caxias.
- Vamos notificar esses hospitais para saber se houve casos de cateteres rompidos nos ultimos dois anos. Também estamos abertos a receber denuncias de quem ja trabalhou ou foi atendido por ela - disse a delegada.

A assessoria de comunicação da Rede D'Or afirmou, em nota, "que não houve qualquer dano ou consequência aos pacientes em decorrência do reportado. O hospital possui e segue continuamente rígidos protocolos de segurança, tendo imediatamente e de modo preventivo afastado a profissional em questão e em seguida comunicado a situação alegada às autoridades policiais competentes para a devida averiguação e providências. "

Por meio de nota, o Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro (Coren-RJ) informou que irá enviar uma equipe ao Hospital Real D'Or para coletar provas. O Coren-RJ ainda afirmou que abrirá um "procedimento de admissibilidade, seguido de processo ético".
LEIA NA ÍNTEGRA A NOTA DO COREN-RJ
"A presidência do Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro – COREN-RJ – informa que está apurando, através dos seus setores de Ética e Fiscalização, a ocorrência que aponta uma profissional da enfermagem como tendo, supostamente, praticado atos criminosos contra bebês, em um hospital particular na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Os atos, caso se confirmem verdadeiros, contrariam, na sua totalidade, a natureza da profissão por ela abraçada, que é voltada para o exercício da assistência e cuidados à vida humana. Fiscais do Coren-RJ já se dirigem à unidade hospitalar onde teria ocorrido o ato, a fim de realizar a devida apuração e coleta de provas. Após, será aberto procedimento de admissibilidade, seguido de processo ético. A profissional terá garantido o seu direito de defesa e do contraditório".

Em seu perfil no Facebook, Simone aparece em várias fotos sorrindo, com amigos e parentes, entre ele um sobrinho e a filha. Há também muitas publicações de fotos da enfermeira com colegas de trabalho, em plantões de hospitais.

 O Globo