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domingo, 21 de novembro de 2021

A um ano da Copa do Qatar, crise e dólar alto deixam evento mais restrito aos mais ricos - O Globo

Pacote de luxo para sete jogos do Mundial sai por R$ 327 mil, sem passagens

Estádio 974, feito com 974 contâineres, é o sétimo estádio a ficar pronto no Qatar, de oito que receberão jogos do Mundial Foto: HANDOUT / Reuters Estádio 974, feito com 974 contâineres, é o sétimo estádio a ficar pronto no Qatar, de oito que receberão jogos do Mundial Foto: HANDOUT / Reuters

Flávio Canedo, 33 anos, é advogado e torcedor do Flamengo. Em dezembro de 2019, passou 14 dias no Qatar para acompanhar o time no Mundial de Clubes. Sem contar com os ingressos para os jogos, gastou aproximadamente R$ 6,4 mil, afirma. No cálculo, passagens aéreas, diárias em um hostel “bem basicão, sem café nem nada”, transporte em Doha e alimentação simples, cozinhada por ele mesmo no hostel, com a comida que comprava no mercado.

Dois anos depois, a um da primeira Copa do Mundo no Oriente Médio, o cenário é ainda mais dispendioso para o torcedor brasileiro da classe média. O dólar, moeda que precifica da passagem aérea à barra de chocolate dentro do estádio, saltou de R$ 4,20 para R$ 5,50, desde a experiência de Canedo até hoje. O Relatório de Mercado Focus, divulgado no começo deste mês pelo Banco Central, estima a moeda americana seguindo neste patamar em 2022. [a ida ao Qatar para acompanhar o Flamengo e/ou conhecer novos costumes, novas atrações, vale a pena para quem pode. 

Agora desperdiçar dinheiro, ainda que peso venezuelano, para acompanhar o timinho de pernas de pau, de mercenários,  do aglomerador Tite timinho que, em passado remoto foi chamado de Seleção Brasileira, é babaquice, é ser sem noção. 

O resultado já se sabe = mais uma vez o timinho não vai ganhar nada = tem chances de ganhar uma goleada tipo 8 a 1, quebrando o recorde dos 7 a 1 que levou, merecidamente, da Alemanha.]

É claro, existe quem passe à margem das oscilações no câmbio e da crise econômica do país. Em fevereiro, a Fifa começou a comercialização de pacotes de hospitalidade (ingressos e serviços dentro do estádio) para jogos da Copa do Mundo. E a procura por parte de torcedores brasileiros é grande, afirma Rildo Amaral, gerente executivo da Stella Barros Franqueadora, agência oficial de venda de pacotes.

A expectativa da empresa é levar dez mil pessoas para o Qatar. A compra de pacotes que incluem hospedagem, translado terrestre e facilidades em Doha, e mais o pacote de hospitalidade da Fifa, sai, o mais barato, para apenas uma partida da fase de grupos, por 7,9 mil dólares, aproximadamente R$ 43 mil as passagens aéreas não estão na conta. O torcedor que quiser assistir a sete partidas, seguindo a seleção em uma eventual ida à final, gastará cerca de R$ 327 mil. Trata-se de turismo voltado para pessoas em nada afetadas pela pandemia ou pela crise a reboque. A Copa do Mundo tem disso, muitas vezes o torcedor é uma pessoa que não sofreu impacto financeiro na crise. O problema para ele não é de investimento, ele tem dinheiro — afirma Amaral: — Mas tem pessoas que se capitalizam para ir a um Mundial, elas vendem apartamento, carros.

Sete estádios prontos
Será o primeiro grande evento global com público depois da explosão da Covid-19, em 2020. Isso gera uma perspectiva de procura maior por parte dos fãs de futebol, incluindo os brasileiros. 
Mas se engana quem vislumbra nesta Copa a grande experiência catártica de vida pós-pandemia. Os costumes do país do Oriente Médio pedem moderação, nada parecido com as extravagâncias protagonizadas pelos cerca de 34 mil brasileiros que foram à Copa da Rússia, em 2018.

(...)

A conhecida restrição ao álcool é uma questão: as bebidas só poderão ser consumidas em determinados hotéis ou nas fan fests, áreas reservadas para torcedores confraternizarem. Em 2019, o rubro-negro Flávio Canedo lembra ter pago R$ 50, no câmbio da época, em uma cerveja long neck em um desses hotéis, e cerca de R$ 35 nas fan fests. A experiência como solteiro também foi frustrante: — Flerte, pegação, isso não existe lá. Zero.

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