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sexta-feira, 1 de setembro de 2023

Infelizmente-em-chefe - Lula marca cirurgia para 29/9. É, eu sei o que você está pensando

Vozes - Paulo Polzonoff Jr.

Lula cirurgia

 No dia 29 de setembro, Lula se submeterá a uma cirurgia no quadril. E nem adianta disfarçar. Sei bem o que você pensou quando leu essa notícia.| Foto: Agência Brasil

O infelizmente-em-chefe Lula marcou uma cirurgia no quadril para o dia 29 de setembro próximo. E nem adianta disfarçar, olhar para o teto ou para os lados, fazer essa cara de sonso aí. Sei o que você pensou ao ler essa notícia, até porque eu pensei também. Um pensamento ligeiro que não chegou a virar desejo nem nada disso. Sobretudo nada disso! Estava mais para um dos tantos delírios à toa que tenho ao longo do dia: imagina se!

Imagina se!
Imagina se uma tempestade solar destrói todos os satélites da Terra. Imagina se um meteoro. Imagina se o megavulcão que existe sob Yellowstone resolve entrar em erupção. 
Imagina se o Putin decide admirar cogumelos. Imagina se ganho na Mega Sena – e mesmo sem jogar! 
Imagina se o Alexandre de Moraes aparece amanhã lá no Dante. Imagina se meu cabelo volta a crescer. Etcétera. E bota etcétera nisso.

Dia histórico
É que, uns mais e outros menos, todos funcionamos assim. Na base da imaginação que alterna cenários otimistas e pessimistas. Como no caso da cirurgia a que se submeterá o turista-em-chefe, é quase sem perceber que vislumbramos a possibilidade de vivermos um dia histórico. Quando, na verdade, o mais provável é que o dia seja comum, cheio de notícias até um tanto quanto óbvias, dessas que nos parecem surreais num instante e absurdamente plausíveis no outro. Afinal, apagaram as imagens do Ministério da Justiça no 8 de janeiro. Que tal?

Imprevisível
Mas dizia eu que sei o que você está pensando, nessa mistura muito humana de crueldade, perversidade e – por que não? – um tiquinho-inho de esperança. Não o julgo. Pelo contrário, me solidarizo, mas ressalto desde já que é errado. Humanamente errado. Brasileiramente errado. Acontece que, quando nos falha o encadeamento cotidiano de fatos, é natural que apelemos para o imprevisível. Para o Imponderável de Almeida. Mas pode ficar tranquilo que, por pudor, não chamarei aqui de milagre nem nada disso.

Corvos
Em pensando no que pensam os corvos, é de se imaginar as consequências. Alckmin assume e seeeeegue o jogo.  
Alexandre de Moraes dá um golpe. Janja decide mostrar de uma vez por todas quem é que manda. 
Bolsonaro pede desculpas por existir
Redações são inundadas pelas lágrimas dos militantes. É feriado nacional e rodovias que ligam São Paulo às praias registram congestionamento recorde. O dólar sobe. Ou cai, sei lá. E no dia seguinte, 30, se não me falham a matemática e o calendário, o sol nasce no leste e se põe no oeste.

Se
Se. Conjunção condicional usada no início de oração subordinada adverbial condicional.
O pesadelo dos leitores cartorários, aqueles que acham que a realidade é tabulável e para os quais um “se” é necessariamente uma especulação mal-intencionada. Vista também com maus olhos pelos jornalistas linha-dura, para os quais um buraco de rua que engoliu um carro nunca é se. Nem talvez, quiçá, porventura, por acaso, por erro médico ou por complicações naturais da cirurgia.

Se 2
Vivo mergulhado em “se”. Atolado em “se”. Tanto no pessoal quando no profissional. 
Se não tivesse entrado naquele avião e me sentado ao lado do cara do Los Hermanos. 
Se Bolsonaro não tivesse dito que não era coveiro. 
 Se a Lava Jato não tivesse chegado perto demais do sol, digo, da cúpula do Judiciário. 
Se eu tivesse cursado Medicina. Se. Se. Se. Se. Quem não gosta de “se”, bom sujeito não é. É ruim da cabeça. Ou age de má-fé.
 
Dignidade humana
Todo ser humano é digno. Até o Lula?
Sim, até o Lula. Mas não é a primeira vez que me espanto ao notar como certos homens vão se desfazendo da dignidade como se fossem escamas, a tal ponto que despertam no outro essa aversão instintiva, essa ideia indigna de que talvez (!) o mundo fosse um lugar melhor se Fulano não existisse
É uma coisa triste de se pensar, mas para pecados assim é que existe a Confissão.
 
Fidel
Já na década de 1990 se especulava sobre Fidel e quando chegou a vez de Fidel foi um dia como outro qualquer. Eulogias sentimentalóides de um lado, obituários críticos de outro
Esperava-se que Cuba fosse se consolar nos braços do capitalismo americano ali pertinho. Mas que nada! 
A danada se mantém firme, totalitária e comunistona até hoje. Outra prova de que pensamos errado se pensamos que o agouro, seja ele bom ou mau, implica mudança. Nem sempre. Nem sempre.


Um dia vai acontecer

O insight do dia, do mês, do ano, do século é do meu amigo Orlando Tosetto.
Que, antes mesmo de Lula marcar a cirurgia para o dia 29 de setembro, e durante um de seus corriqueiros ataques de genialidade enquanto descasca laranja, escreveu que “o brasileiro é um tipo que acha que aquilo que não acontece imediatamente não vai acontecer nunca”.

P.S.
Tem gente indo além e pensando em cirurgias que não comento aqui para não levar bronca do departamento jurídico.
É, tem essa possibilidade fantástica também. Sempre.

Paulo Polzonoff Jr.,  colunista - Gazeta do Povo - VOZES


sexta-feira, 25 de agosto de 2023

Falta só um voto para a maconha ganhar as ruas de vez - Alexandre Garcia

VOZES - Gazeta do Povo 


STF

  Rosa Weber deu o quinto voto pela legalização do porte de maconha.| Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
 
Está 5 a 1 o julgamento do Supremo que pode anular um artigo da Lei de Drogas e inventar algo novo, legislando, o que não é tarefa do Supremo, mas do Congresso Nacional.  
O primeiro voto discordante da maioria, um voto contra aliviar o transporte e deixar o comprador andar com droga na rua, foi de Cristiano Zanin. Tenho a impressão de que, na lógica da cabeça do advogado, ele percebeu que, se a venda continua ilegal, a compra também é ilegal, é óbvio. Compra e venda estão no mesmo patamar, não há como dissociar.
 
O quinto voto – e agora só falta um para a maioria – foi de Rosa Weber, que antecipou o voto porque logo virá a aposentadoria compulsória. 
Ela também confirmou a permissão para 60 gramas de maconha
Com base em quê? 
Eu posso estar com 60 baseados no bolso, e podem me prender só se eu estiver vendendo? 
O julgamento foi interrompido porque André Mendonça pediu vistas, certamente esperando uma decisão do Congresso Nacional sobre o assunto, para pararmos com essa história de o Supremo legislar.  
Judiciário não tem procuração para legislar, e sim para interpretar a lei. 
Se declarar inconstitucional o artigo, tudo bem, ponto final. Mas se entrar em detalhes sobre maconha, 60 gramas, etc., está inventando regras e legislando.

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A obsessão de Lula, deixar o dólar de lado
Lula continua empenhado em achar uma moeda para substituir o dólar, e parece que os Brics vão estudar o assunto. O dólar não foi imposto; ele se firmou como moeda de transações internacionais porque tem lastro de uma economia estável. 
Se o Brasil tivesse economia estável, a moeda imperante na América Latina poderia até ser o real. 
É uma questão de estabilidade, de garantia, de confiança – moeda é sobretudo confiança. Mas por trás disso está o yuan chinês. A China está se impondo pouco a pouco, com sua milenar paciência. Está querendo abrir o Brics para receber mais gente, sempre sob o seu guarda-chuva.
De qualquer forma, Lula já foi adiante, está animado, disse que Brasil e Argentina vão fazer suas trocas sem o dólar, mas com yuan, que nós pronunciamos “iuan” e o argentino certamente chamará de “juan”. 
E está circulando uma moeda provisoriamente internacional, lá nos Brics, que estão chamando de “R5”. Suponho que “5” é referência aos cinco integrantes, mas o “R” certamente não é o real.  
Só quero saber em que língua vai ficar o nome oficial dessa nova moeda, se pegar.
Falando nisso, os dois candidatos de direita à presidência da Argentina, Javier Milei e Patricia Bullrich, disseram que não querem saber da Argentina nos Brics. E os dois, juntos, segundo as pesquisas de opinião, estão com 60% da preferência dos eleitores. 
Então Lula vai ter de falar com um dos dois sobre o yuan também.
PGR admite que mais de mil presos não invadiram nem quebraram nada, mas quer que eles confessem crime
Alexandre de Moraes aceitou a proposta do subprocurador-geral da República de tentar um acordo com 1.155 réus do 8 de janeiro e deu prazo de 120 dias pra isso.  
Além de não terem antecedentes criminais, eles têm de confessar o crime. Só que a própria proposta do subprocurador-geral diz que eles não participaram nem da invasão, nem do quebra-quebra. 
Então, qual é o crime? De incitação ao golpe?  
Mas o artigo 5.º da Constituição tem de ser lido: o inciso IV diz que é livre a expressão do pensamento; o inciso XV diz que é livre a locomoção, a pessoa pode estar tanto na frente do Palácio do Planalto como na frente do QG do Exército; e o inciso XVI diz que todo mundo pode se reunir sem armas. E não consta que alguém tivesse arma na mão.
 
Então, fica esquisito um acordo em que forçam essas pessoas a confessar um crime. Como é que eles viraram réus, se não estavam lá dentro, nem quebraram nada? 
Só viraram réus porque tanto as prisões quanto o recebimento das denúncias foi feito por atacado, em bloco. 
Foram presos como os 700 estudantes no Congresso da UNE, em Ibiúna, em 1968, no atacado
Mas todo mundo sabe que o devido processo legal exige a individualização da conduta. 
Será que o acordo deve também evitar que eles entrem na Justiça por abuso de autoridade, pedindo indenização por danos morais e materiais? Ainda temos de ficar de olho nisso.
 
Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

quarta-feira, 23 de agosto de 2023

O PT está quebrando a Petrobras. De novo - Revista Oeste

Carlo Cauti

A nova política de preços da estatal repete os erros cometidos pelas gestões passadas do PT e ameaça quebrar pela segunda vez uma das principais empresas do país


Luiz Inácio Lula da Silva coloca as mãos no petróleo durante visita ao Navio Plataforma FPSO, em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro (28/10/2010) | Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo/AE
 “A nova política de preços da Petrobras passou no teste.” Essa foi a explicação que o presidente da petrolífera, Jean Paul Prates, deu à imprensa ao comentar a nova política de preços da estatal. Para o ex-senador petista, a empresa “não está perdendo dinheiro”, mesmo depois de ter abandonado a paridade com as cotações internacionais dos combustíveis (PPI), que havia sido adotada em 2016.

Os balanços da Petrobras, contudo, mostram que a realidade é outra. No segundo trimestre de 2023, a empresa perdeu quase 50% do seu lucro. Essa destruição de valor ainda foi contida pelo fato de que a empresa mudou sua política de preços somente em maio, no meio do trimestre. Caso contrário, o resultado teria sido um prejuízo retumbante. O primeiro depois de quatro anos de lucros.

Sinal claro de como a nova gestão petista da Petrobras está levando a empresa, mais uma vez, em direção ao desastre. 
Uma história que o Brasil conhece muito bem. 
A irracional política de preços imposta por Dilma Rousseff, somada a investimentos insensatos e à roubalheira generalizada, levou a estatal à beira da falência.

Gestão temerária do PT
Desde o começo do primeiro mandato,
Dilma aumentou sensivelmente os gastos públicos. A alta da inflação foi a consequência natural. Na tentativa de conter a alta dos preços, o governo decidiu utilizar a Petrobras como instrumento impróprio de política fiscal, comprimindo artificialmente os preços dos combustíveis.

O Executivo impôs que a Petrobras importasse combustíveis do exterior pagando a cotação internacional, mas vendendo-os internamente a um preço mais baixo. 
O prejuízo foi imediato, amargado nas contas da empresa, que começaram rapidamente a se deteriorar.
 
(...)

“Isso não faz nenhum sentido”, rebate Rodrigues. “Querem deixar complexo algo muito simples para tentar justificar o injustificável. A empresa vai voltar a registrar prejuízos se mantiver os preços internos mais baixos do que os internacionais. Simples assim. A Petrobras se tornou a única companhia petrolífera do mundo que torce para que a cotação internacional do petróleo não suba. Pois, a cada dólar a mais, ela aumenta seu vermelho no balanço”.

Segundo dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), até meados de agosto, os preços praticados pela Petrobras estavam defasados em cerca de 25% no caso da gasolina e 30% no caso do diesel.

A margem da Petrobras passou de cerca de 27% para 8%. A empresa deixou de ganhar dinheiro. E isso pode provocar consequências jurídicas internacionais. Como já ocorreu no passado.
As ações da estatal são listadas na Bolsa de Valores de Nova York. E, durante as passadas gestões petistas, investidores insatisfeitos processaram a Petrobras, ganhando ressarcimentos bilionários. 
Em 2018, a Justiça norte-americana multou a empresa em US$ 1,78 bilhão por enganar os investidores com sua contabilidade criativa. Essa parte da história também poderá se repetir.
 
Tarifaço dos combustíveis
No último dia 14 de agosto, veio a surpresa:
a Petrobras anunciou um tarifaço. 
Os preços da gasolina foram elevados em 16,2%; e os do diesel, em 26%. A bomba explodiu no colo dos consumidores finais, que, mais uma vez, pagaram a conta de uma gestão temerária. “O pior é que eles nem queriam aumentar os preços”, explica Evaristo Pinheiro, presidente da Refina Brasil, associação que reúne refinarias particulares. “Foram obrigados pelo efeito imediato dessa nova política de preços: o desabastecimento.”
 
(.....)
O tarifaço foi tamanho, que vai impactar a inflação brasileira nos próximos meses. Podendo colocar em xeque os planos do Banco Central (BC) de reduzir a taxa básica de juros (Selic). 
 Mesmo assim, não foi suficiente para realinhar os preços praticados pela Petrobras com o resto do mundo. 
A defasagem continua existindo para a gasolina e o diesel, respectivamente, em 15% e 10%. E a tendência das cotações internacionais é de alta. 
Segundo o banco norte-americano Goldman Sachs, elas chegarão a US$ 100 no fim de 2024, aumentando a pressão sobre a estatal brasileira. 
Ou seja, mais aumentos à vista. 
 
Megalomania e gastança
Assim como na década passada
, as gestões petistas não limitam o desastre à política de preços. Elas transbordam na megalomania dos projetos que, segundo eles, a Petrobras deveria tocar para ser uma verdadeira “campeã nacional”.

O governo anunciou o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), [PACO = Conto do Paco.]  prevendo gastos de R$ 1,7 trilhão em quatro anos. Dinheiro que o Executivo não tem, já que este e o próximo ano têm agendados dois rombos das contas públicas superiores a R$ 130 bilhões cada. Lula então decidiu que quem vai pagar a maior parte dessa conta será a Petrobras.

Sozinha, a estatal vai bancar a gastança com R$ 600 bilhões. Um montante tão astronômico que supera até mesmo o valor de mercado da Petrobras, que está em cerca de R$ 400 bilhões. Impossível de pagar sem sérias consequências para a empresa.

Mas matemática nunca foi um empecilho para os projetos petistas. E a Petrobras terá que financiar os projetos do governo, dos quais o principal é a recriação, pela enésima vez, de uma indústria naval brasileira. Mais do que um projeto, um fetiche. Que reaparece em todos os governos petistas. Para dar, pontualmente, errado. Pactual. “Vai ficar para a próxima. A minha geração já pagou essa conta.” Ledo engano.

Há poucos dias, Prates anunciou in pompa magna que a Petrobras vai “lotar” novamente os estaleiros do Brasil para construir embarcações. Gasto previsto: R$ 300 bilhões. Alguém vai ter que pagar essa conta. Assim como a política de preços, os resultados dos gastos na indústria naval já fazem parte da história: desperdício gigantesco de dinheiro público sem nenhum retorno. O caso mais icônico dessa saga foi o petroleiro João Cândido. Passou para a história como o “navio que não conseguia navegar”.

Construído no estaleiro Atlântico Sul, em Pernambuco, o petroleiro tinha que se tornar símbolo da nova indústria naval brasileira, reconstruída pelo PT.  
Até o nome fazia parte desse simbolismo, sendo dedicado ao marinheiro negro que liderou a Revolta da Chibata. 
Fracassou completamente. A entrega atrasou mais de 20 meses e custou R$ 533 milhões. Quase o dobro do orçamento previsto. 
Mas o pior foi que, após a entrega, se descobriu que a embarcação apresentava inúmeros defeitos e não tinha condições para navegar. Foi basicamente reconstruída. A Petrobras chegou a multar o estaleiro pelo atraso em um valor que nunca foi divulgado
O desastre foi tamanho, que até a Samsung, líder mundial em construção naval, decidiu abandonar a empreitada.
 
(...)

Refinarias jamais acabadas e inúteis
Além da indústria naval,
o governo ordenou que a Petrobras voltasse a investir nas refinarias de Abreu e Lima (PE) e Comperj (RJ). Outros desastres retumbantes.

Abreu e Lima deveria custar R$ 12 bilhões,
superou os R$ 100 bilhões e se tornou a refinaria mais cara do mundo. A construção, que teve início em 2003, nunca foi concluída. Tornou-se um dos epicentros dos casos de corrupção descobertos pela Lava Jato e um vexame internacional para a Petrobras e para o Brasil.
Mesma história do Comperj, que deveria ter ficado pronto em 2011, com um orçamento de US$ 6,1 bilhões. Nunca foi concluído, e seu custo estimado ultrapassa os US$ 50 bilhões. “Essas duas refinarias não são apenas casos de desperdício de dinheiro público. São também insensatez econômica. Caso elas se paguem um dia, isso vai acontecer depois de 2050. O mundo será completamente diferente. Teremos outra matriz energética”, diz Pinheiro. “O petróleo não terá tanta importância. Ou seja, teremos mais um problema.”

A prova de que a atuação da diretoria petista é dolosa, e não culposa, é a liberação para que as empreiteiras envolvidas em escândalos de corrupção possam voltar a fazer negócios com a Petrobras. 

(...)

Na Bolívia, a Petrobras foi expropriada em 2006, quando Evo Morales mandou o exército invadir as refinarias
A Venezuela deu calote na Petrobras na refinaria Abreu e Lima. 
O mesmo ocorreu com a Argentina, que há poucos dias informou que não conseguiria pagar a energia fornecida pela estatal brasileira.

Nenhum desses projetos foi econômico. Muito menos viável. Foram iniciados por razões ideológicas e nunca completados. Ou terminaram em catástrofe. Como todos os outros das passadas gestões petistas da Petrobras. Se a ideia era trazer o socialismo para a petrolífera, o governo está tendo êxito. Mas Karl Marx já alertava, em 1852: “A história se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa”.

ÍNTEGRA DA MATÉRIA

Leia também “Petrobras: o PT volta ao ataque”


 

Coluna Carlo Cauti, Revista Oeste


terça-feira, 22 de agosto de 2023

Alexandre de Moraes finalmente se lembrou do que diz a Constituição

Vozes - Alexandre Garcia

Inquérito contra empresários 

 Alexandre de Moraes mandou arquivar investigação contra seis empresários, mas manteve inquérito contra outros dois.| Foto: Valter Campanato/Agência Brasil.
 
O presidente Lula está na África do Sul, na reunião dos Brics, e tudo indica que a China está querendo formar um grande bloco para se contrapor ao mundo ocidental liderado pelos Estados Unidos. 
Lula parece estar apoiando essa ideia. Ele tem falado de uma “nova governança global”, talvez partindo do pressuposto de que a velha governança global seja dos Estados Unidos, e uma nova possa ser da China, que está nos Brics, ou seja, a “nova governança” seria teoricamente dos emergentes.
 
Lula pretende que Cuba, Venezuela, Irã, esses tradicionais inimigos dos Estados Unidos, entrem nessa. Assim como a Argentina, por causa do amigo Fernández. Lula critica muito o dólar e chegou a propor que, nas trocas entre Brasil e Argentina, imaginem só, aqui no âmbito do Mercosul, se use a moeda chinesa, o yuan. Fica meio estranho, tudo para não ficar dependendo do dólar.
 
O que se fala por lá, no entanto, é que quem tem força para entrar nesse grupo são o Egito, a Indonésia, a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos. Celso Amorim, que esteve semana passada em Cuba e parece ser o ministro de Relações Exteriores de facto – o outro parece que cuida mais das questões de rotina, administrativa etc. –, está lá na África do Sul, inclusive no mesmo isolamento dos chefes de Estado. Ele também está falando nessa nova força, em um mundo não ditado pelo G7, ou seja, um mundo que não é ditado por Estados Unidos, Alemanha, Japão, França, Reino Unido, Itália. 
Será que nosso presidente está nos levando para o guarda-chuva da China? Temos de ficar muito atentos a essa reunião na África do Sul; depois Lula vai para Angola, enfim, vai voltar só depois de uma semana de ausência. [ops ... o presidente petista está viajando? são tantas as viagens inúteis que sua falta sequer é notada = ao contrário, poupa nossos ouvidos e olhos das bobagens que expele via oral.] 


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Quem vai compensar os empresários por todas as injustiças cometidas contra eles?
Tivemos aqui o arquivamento do inquérito contra seis empresários que simplesmente exerciam o direito de tomar partido, como garante o artigo 5.º da Constituição, que protege a liberdade de expressão
Os empresários eram e são contra o PT, temiam fraude nas urnas, ponderavam que um golpe militar seria preferível a um governo do PT; por isso foram acusados, perante o Supremo, pelo senador Randolfe Rodrigues e pelo PSol. 
Fizeram um inquérito que durou um ano, e agora o ministro Alexandre de Moraes aparentemente reabriu as páginas dos livros que escreveu sobre Constituição, direitos, devido processo legal.  
Ele disse que é patente a ausência de causa para se ficar mexendo numa coisa dessas. Ainda perguntou: quais os fatos praticados por eles? Nenhum. Que meios eles têm para dar golpe de Estado? Nenhum. Capacidade de fazer acontecer algum dos objetos de comentário deles? Zero. Ou seja: ausência absoluta de materialidade.

E aí o ministro reconhece que houve um injusto e grave constrangimento. Quebraram sigilos, bloquearam bens e atingiram famílias desses empresários, responsáveis por empresas como Coco Bambu, Multiplan, Barra Shopping, W3, Mormaii, Sierra Móveis; só continuam sendo investigados o dono da Tecnisa e o Luciano Hang, da Havan, que se recusou a fornecer a senha para acessarem os computadores e celulares. Aliás, Moraes mandou devolver os computadores e celulares dos seis. E agora, depois que lançaram tudo no ventilador? 

Sabem aquela história de abrir o travesseiro e jogar todas as penas ao vento, do alto das torres da igreja?  
Agora vão juntar pena por pena? O que vai acontecer? 
E aí as pessoas se perguntam sobre os outros, que estão em situação semelhante e que foram levados para o presídio, viraram réus. 
Tudo isso é para pensarmos a respeito das liberdades, do devido processo legal e do que está acontecendo no nosso país.

Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


quinta-feira, 29 de junho de 2023

O ressentimento como moeda - Revista Oeste

Theodore Dalrymple

A luta contra a hegemonia global do dólar pode levar a uma situação muito pior


 Foto: Shutterstock

Tanto na imprensa britânica quanto na francesa muito tem se falado recentemente, não sem certa satisfação maliciosa, sobre o declínio do dólar americano como a moeda de reserva do mundo
Afinal, a importância do dólar americano há muito tempo é um lembrete da substituição permanente da Europa como o centro do mundo depois da Primeira Guerra Mundial.

Claro, o ressentimento causado pela dominação do dólar americano não se restringe à Europa.  
Países, tanto quanto indivíduos, gozam de um status de subordinados. 
E a situação do dólar como moeda de reserva é o que permite aos Estados Unidos — ao que parece, indefinidamente — gastarem mais do que podem, ou seja, consumirem mais do que produzem à custa de outras nações. Enquanto a fé no dólar durar, e não existir outra moeda de último recurso em vista, isso deve continuar acontecendo.

A hegemonia do dólar também dá — ou dava — aos Estados Unidos um imenso poder político
De um só golpe, eles podem — ou podiam — eliminar países das linhas normais de crédito e dos meios de troca. 
Mas essas sanções não são fatais para as nações que as enfrentam. 
A necessidade de escapar das sanções econômicas afia e concentra a mente das pessoas, acaba com a rotina e encoraja governos sobre a necessidade de serem mais flexíveis. 
A primeira vez que me dei conta disso foi em Rodésia, que era como o Zimbábue ainda era conhecido na época, cujo regime colonizador branco basicamente transformou o país em pária internacional. Graças às sanções, a eficiência do governo e uma disposição para desobedecer às regras se tornaram uma questão de sobrevivência. Onde quer que existam sanções econômicas existirão pessoas dispostas a ganhar fortunas fugindo delas, inclusive nos países que as impuseram.

Isso posto, nenhum país quer ser objeto dessas sanções, e ser vulnerável a elas é uma das razões por que muitos países desejam desdolarizar a economia mundial — ou é isso que dizem. Se isso é verdade, é outra história. Foto: Shutterstock

O Brasil não vai ficar feliz em ser dominado por um regime asiático autoritário

Tanto a China quanto o Japão têm enormes reservas de dólares, cujo valor eles certamente não querem ver sofrer uma queda súbita e dramática. Um declínio semelhante na capacidade dos Estados Unidos de pagar por importações teria um sério efeito deletério na economia mundial como um todo.

Mesmo assim, fala-se muito sobre alguma forma de moeda do Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Pelo que sei, só poderia ser o yuan chinês em tudo, menos no nome; pelo menos num futuro próximo.

A ideia de os países do Brics serem uma grande família unida e feliz em sua oposição à hegemonia norte-americana é absurda. Os indianos que conheço têm medo dos chineses e não gostariam de ser dominados por eles. 
Os russos também temem os chineses e estão preocupados com sua penetração na Sibéria, que já é em boa parte uma colônia econômica chinesa. 
A Rússia, que costumava tratar a China com condescendência, se tornou o sócio minoritário nessa suposta parceria. 
Seja qual for o resultado da guerra na Ucrânia, a inferioridade do poderio militar russo não vai passar despercebida para os indianos, que há tempos se armam com os mesmos equipamentos. 
 Quanto ao Brasil (ainda que eu possa estar errado), o país é culturalmente parte do Ocidente e não vai ficar feliz em ser dominado por um regime asiático autoritário.
Fala-se muito sobre alguma forma de moeda do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
 
 O ressentimento nunca é um bom conselheiro ou motivador de políticas, mesmo quando existe uma razão genuína para ele. A condição do dólar americano como moeda de último recurso é injusta, sem dúvida, e traz vantagens imensas aos Estados Unidos que eles não merecem. 
Essa é uma causa de ressentimento em muitas partes do mundo, inclusive na Europa, que ainda amarga sua destituição como potência hegemônica mundial e sua marginalização cada vez maior no globo, tudo em um doloroso contraste com sua autoimagem. 
O presidente Macron pediu diversas vezes que os europeus deixassem suas pequenas diferenças de lado para obterem uma independência estratégica em relação aos Estados Unidos, de cujo poder ele se ressente, mas deseja copiar. 
Mesmo assim, as diferenças culturais e políticas entre as nações e regiões europeias continuam emergindo, como água passando pela areia. 
A centralização de poder na Europa que o presidente francês gostaria de estabelecer com quase toda certeza causaria uma forte reação centrífuga e em pouco tempo levaria a um conflito potencialmente desastroso — a condição historicamente normal da Europa.

Em outras palavras, a Europa não pode ser um contrapeso independente para os Estados Unidos ou a China; ela precisa escolher se aliar a um ou ao outro. 
Por mais que o continente se ressinta da liderança norte-americana, e por mais incompetente ou moralmente dúbia essa liderança tantas vezes tenha provado ser, os Estados Unidos são preferíveis a qualquer outro; e na política o preferível é uma categoria muito mais importante que o bom.

Opor-se à hegemonia norte-americana, por mais injusta que ela seja, não é o suficiente para criar um mundo melhor, e é muito provável que crie um mundo pior

Entre a passividade e a fúria insensata
O ressentimento, pessoal ou em escala nacional, é uma emoção encantadora que, ainda que invariavelmente danosa, tem suas recompensas psicológicas. Primeiro, ele pode durar para sempre, ao contrário de praticamente todas as demais emoções. 
Ele convence quem o sente de sua própria superioridade moral em relação àqueles que supostamente o causaram. 
E reduz a necessidade de reflexão ao convencer a pessoa que se ressente de que todos os seus problemas e fracassos vêm de fora e de que, se não fossem os outros, ela teria sido brilhantemente bem-sucedida. O ressentimento permite que as pessoas sintam seu ódio em nome da própria virtude. 
E propõe soluções que costumam ser piores que a situação que deveriam melhorar. 
Ele coloca o foco no que é impossível, e não no que é possível, justificando assim a alternância entre a passividade e a fúria insensata. 
É uma das grandes causas da autodestruição.

Existe alguém que nunca foi tentado pelo ressentimento, ou que nunca respondeu ao seu canto de sereia? Existe alguém que não tenha causa nem motivo para se ressentir (o que é uma das razões para o seu potencial de longevidade)?

Muitos países se candidataram a fazer parte da “aliança” do Brics.  
É importante lembrar que uma perna não se fortalece quando fica inchada e edematosa. 
Opor-se à hegemonia norte-americana, por mais injusta que ela seja, não é o suficiente para criar um mundo melhor, e é muito provável que crie um mundo pior.
 

Leia também “O espetáculo sinistro das ditaduras”

 

Theodore Dalrymple é pseudônimo do psiquiatra britânico Anthony Daniels. É autor de mais de 30 livros sobre os mais diversos temas. Entre seus clássicos (publicados no Brasil pela editora É Realizações) estão A Vida na Sarjeta, Nossa Cultura… Ou o que Restou Dela e A Faca Entrou. É um nome de destaque global do pensamento conservador contemporâneo. Colabora com frequência para reconhecidos veículos de imprensa, como The New Criterion, The Spectator e City Journal.

 

Theodore Dalrymple, colunista - Revista Oeste

 

 


terça-feira, 13 de junho de 2023

Será que o dinheiro europeu para proteger a Amazônia vai acabar no bolso das ONGs? - Alexandre Garcia

VOZES - Gazeta do Povo 
 
Lula cumprimenta a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, durante reunião no Palácio do Planalto| Foto: EFE/Andre Borges
 
A presidente da União Europeia está em Brasília, encontrou-se com o presidente da República, e prometeu 20 milhões de euros para o fundo amazônico. Dá mais ou menos R$ 100 milhões.
 Eu fico me perguntando para onde vai esse dinheiro. 
Será que vai para ONGs? 
As ONGs estão impedindo o desenvolvimento, a qualidade de vida dos amazônidas. Impedem a construção de uma estrada, Porto Velho - Manaus, a construção da Ferro Grão, de Sinope ao porto no Tapajós. Impedem a dragagem de rios para facilitar a navegação.  
Quer dizer, as pessoas estão perdidas lá dentro da Amazônia. 
Não são vistas por satélites, estão longe de assistência médica, de escolas para os filhos, de sair para comprar rapidamente em algum lugar. Será que vão resolver esse abandono? 
Estou contando isso porque ONGs, Ministério Público e partidos políticos se juntam nisso. Parece um sadismo. É como se dissessem: "não, o Brasil não pode se desenvolver".
 
A cidade de Lavras do Sul, por exemplo, têm jazidas que garantem 300 mil toneladas de fosfato por ano, para a agricultura brasileira, para as plantas crescerem mais rápido. 
O Brasil importa um milhão seiscentos e setenta mil toneladas por ano. Olha a quantidade de grãos que é preciso exportar para poder importar isso. No entanto, ONGs e Ministério Público se juntam para impedir. Ontem, em Lavras, houve uma reunião importante na Prefeitura Municipal entre Poder Executivo, Poder Legislativo e as forças econômicas e sociais do município, para botar a boca no mundo.  
Querem puxar o país pra baixo, quem não for masoquista - que gosta de sofrer - não pode ficar passivo diante disso. A Amazônia é a mesma coisa.

Dinossauro
Vejam só, a Alemanha devolveu agora, estava lá em Karlsruhe, um dinossauro de 110 milhões de anos, cujos fósseis foram encontrados - são duas peças pequenas - no Ceará. 
Está desde 1995 lá no Museu de História Natural da Alemanha. 
Foi devolvido e agora e vai pra Universidade do Cariri. 
Aí eu fico pensando, quanto já se levou da Amazônia para a Europa? Quanto de riqueza biológica, de riqueza mineral, vegetal, medicinal? 
Então a Europa doar 20 milhões de euros é quase uma esmola se a gente pensar naquilo que nós deixamos que saísse. Nós não impedimos
Não me perguntem por quê. Eu não sei. O fato é que saiu, saiu da Amazônia. Então, fica aqui o registro.

Argentina pede dinheiro
E nós somos muito bonzinhos com os outros, né? 
O presidente da Argentina vem à Brasília pela quarta vez, assim que Lula voltar de Paris. 
O Lula vai pela décima primeira vez para uma viagem internacional, e vai à Paris, depois vai à Roma, depois volta, e aí recebe o presidente da Argentina, que vai chegar cantando "me dá um dinheiro aí", porque eles não têm mais divisas, reservas, para importar. 
E precisa de 500 pesos para comprar um dólar
Então é a falência, que mostra a todos nós brasileiros qual é o resultado de um desgoverno demagógico, populista, gastador, que vai gastando, vai fazendo esmola, acha que tem almoço de graça, até que acaba o dinheiro do contribuinte. 
E depois o contribuinte não tem mais estímulo para produzir e pagar imposto, é assim que se acabam esses engodos por aí. 
E aí vem para cá e vai querer a fiança, o aval do BNDES
Só que o BNDES tem esse "N" aí, que não é "I". É um banco nacional, não "internacional de desenvolvimento econômico". 
E vai fazer aval, como se não tivesse aprendido com os avais que deu em negócios na Venezuela, por exemplo. 
Maduro veio aí pedindo um ajuste para pagar o quê? Está devendo, né? Não sei o que vai acontecer. Cuba está pagando com charuto. [a turma que fez o L tem no corpo um local adequado, até anatomicamente,  para agasalhar os charutos.]
 
Conteúdo editado por: Jônatas Dias Lima
 
Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do  Povo - VOZES
 
 
 
 

quinta-feira, 25 de maio de 2023

Censura, caruncho, ditadura - Silas Velozo

         Após quatro congelamentos ineficazes de preços no Brasil, inflação a mais de 1.000% ao ano, detonando principalmente o bolso dos pobres, essa receita fracassada não foi reprisada em 1994.

Em vez disso, instituiu-se a URV (unidade real de valor), que seria nosso câmbio comercial atrelado ao dólar americano, sem mudar nossa moeda na tora.

Mesmo sem compreender economia nos meus 39 anos na época, senti firmeza. Foi um rearranjo gradual da economia, prudente, sólido e, como os anos subsequentes mostram, dos mais bem-sucedidos contra hiperinflação.

O PT e a esquerda tupiniquim foram contra, pra variar, agourando iminente fracasso da ação de respeitados e responsáveis economistas. E bateram sem dó, criticando isso e toda estruturação necessária após.

Óbvio, não foi a primeira fake news da turma vermelha, talvez sim, uma das mais evidentes até então.

Mas a esquerda sempre se supera na difamação e mentiras.

Hoje um corrupto condenado em três instâncias desgoverna o país, ladeado por outros condenados, alegando não terem feito nada de errado, mantidos por um sistema jurídico inconstitucional e antiético.

Enquanto empreiteiros também corruptos e outros criminosos desfilam livres, manifestantes são presos, jornalistas e parlamentares cassados e perseguidos, assim como fizeram Lênin, Stálin, Mao, Fidel e fazem Maduro, Putin, Xi Jinping e tantos ditadores ao redor do planeta pra esconder seus podres.

Querem fugir do elementar: liberdade de expressão e equanimidade jurídica são itens básicos ao bem-estar geral, trazem segurança, inovação e prosperidade.  “Proteger” a democracia enquanto censura e caruncha o estado de direito, dissimulando sua ditadura, é a mais nova fake news da esquerda tupiniquim.

*        Silas Velozo é escritor, compositor e instrumentista em MG.

 

quarta-feira, 19 de abril de 2023

Bolsa cai e dólar sobe em reação ao novo arcabouço fiscal; texto foi apresentado ontem - O Estado de S. Paulo

Ibovespa cai e dólar sobe em reação ao novo arcabouço fiscal

O Ibovespa opera em baixa nesta quarta-feira, 19. O índice acelerou a queda nesta manhã e ameaçou perder a marca dos 104 mil pontos, em meio às incertezas em relação ao cumprimento do governo com o fiscal, a despeito do encaminhamento das novas regras na terça-feira, 18, ao Congresso e a queda de empresas de commodities. Em Nova York, as bolsas caem, mas um pouco menos do que o Índice Bovespa.

Um dos pontos de tensão para o mercado em relação ao projeto é a existência de brechas que permitem a não responsabilização pelo descumprimento das metas estabelecidas. Para Rafael Schmidt, operador de renda variável da One Investimentos, essas exceções preocupam. “Mesmo no governo passado se tinha um discurso de maior austeridade e isso não fui cumprido. Agora, com o governo abertamente mais gastador reforça a preocupação.

Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucional da Renascença, também avalia negativamente essas cláusulas e alerta que se o Ibovespa perder o suporte dos 104.100 pontos, pode ir para os 99.700 pontos, zona considerada crítica.

“Há muitas dúvidas em relação ao cumprimento das metas do novo arcabouço e a cláusula que permite a não responsabilização pelo descumprimento das metas estipuladas é ruim. O exterior não ajuda, as commodities caem e as ações da Vale segue perdendo suportes importantes”, afirma Monteiro.

Em entrevista à GloboNews, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, disse que as exceções colocadas pelo governo ao limite de despesas do novo arcabouço fiscal são as mesmas previstas já no teto de gastos. O secretário afirmou, ainda, que o cenário base do governo aponta para a estabilização da trajetória da dívida pública a partir de 2027, considerando a curva de juros atual e a aprovação do novo arcabouço fiscal, apresentado ontem.

Dólar
O dólar também avança, retomando a casa dos R$ 5,00, diante dos temores relacionados ao novo arcabouço fiscal e o ceticismo sobre o cumprimento das metas de resultado primário e à trajetória da relação dívida/PIB. Por volta das 12h53, o dólar subia 1,46%, para R$ 5,049.

Na máxima do dia, a moeda americana atingiu os R$ 5,0630 (avanço de 1,75%), quase zerando as perdas acumuladas em abril.O analista de inteligência de mercado da Stonex, Leonel Mattos, afirma que a demanda por dólar é estimulada principalmente por cautela fiscal interna e, em menor grau, pela valorização externa da divida americana frente a outras moedas latino-americanas ligadas a commodities.

“Repercute mal o grande número de excepcionalidades previsto na proposta de arcabouço, que não foram apresentadas integralmente durante a apresentação da proposta ao mercado, e o temor é de que as regras fiscais possam ser menos eficientes que o esperado e não atingirem as metas de superávit primário que o governo se propôs a cumprir” , avalia Mattos.

Economia - O Estado de S. Paulo

 


terça-feira, 18 de abril de 2023

Trapaça, mentira e entreguismo: como foi a viagem de Lula à China - J. R. Guzzo

Vozes - Gazeta do Povo

Líder da China, Xi Jinping, recebe o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, em Pequim, em 14 de abril de 2023| Foto: EFE/EPA/KEN ISHII

A viagem do presidente Lula à China, apresentada como mais uma obra monumental da diplomacia lulista pelo governo, pelos “especialistas em política externa” e pelo serviço de propaganda oficial que opera a maior parte da imprensa brasileira de hoje, foi uma trapaça
A comitiva de Lula, [com vários bandidos entre os seus integrantes, com destaque para o 'general da banda' Stédile = quadrilha do MST] paga com dinheiro de impostos cujo montante será mantido como segredo de Estado para sempre, não representava o Brasil, nem os seus interesses – a viagem toda foi um empreendimento que serviu unicamente aos propósitos políticos e pessoais de Lula, dos seus aliados e da esquerda nacional que quer substituir o capitalismo no Brasil por um “outro modelo”.

Um dos sócios-proprietários da viagem, o dono perpétuo do MST e figura de grande destaque na caravana, falou tudo. Disse, orgulhosamente, que a maioria dos viajantes oficiais era “progressista”. Que tal, como “representatividade? Mais: a ideia de que Lula foi à China para incentivar as relações comerciais com o maior parceiro comercial do Brasil, espalhada pelo governo e adotada automaticamente pelos “formadores de opinião”, é baseada numa mentira.

    O Brasil precisa de dólar como precisa de oxigênio; sem dólar não se compra nenhum dos produtos que a economia brasileira exige para sobreviver, a começar pelo petróleo.

O presidente defendeu publicamente, em seus discursos, a submissão do Brasil aos interesses econômicos e políticos da China a principal comprovação disso é a sua proposta de que os chineses deixem de pagar as exportações brasileiras em dólares, como sempre foi e como todo mundo faz, e passem a pagar em yuans. 
 O Brasil, por sua vez, passaria a pagar em reais o que compra da China. Não é lindo?  
Lula acha que sim; os livros de economia, segundo diz, estão superados e a ciência econômica passou a ser o que ele acha que é. 
No mundo das realidades é um desastre – e um desastre que só interessa à China.
 
A China é hoje uma das principais fontes de moeda forte para o Brasil; só em 2022, o saldo em favor dos brasileiros em suas compras e vendas com os chineses foi de 30 bilhões de dólares. Na proposta de Lula, esses 30 bi somem.  
Passam a ser yuan – e com yuan não se compra nada, nem um palito de fósforo, em lugar nenhum do mundo
Se Lula não quer mais os dólares que vêm da China, como pretende pagar as importações de produtos que o Brasil tem de comprar em outros países? 
E o que ele vai fazer com os seus yuans? Só servem para pagar o que for comprado na própria China.

Veja Também:

   O balanço dos primeiros 100 dias do governo Lula: nenhum resultado, só mentiras e apego ao passado

    Como um presidente da República pode ajudar os pobres comprando um sofá de 65 mil reais?
 
    A política externa do governo Lula é digna de um grêmio estudantil: só apoia ditaduras

O argumento de Lula e dos seus economistas é que o Brasil “precisa” tratar a China com esses favores porque os chineses são os maiores importadores de produtos brasileiros. É um raciocínio falsificado. 
A China foi o maior parceiro comercial do Brasil durante todo o governo de Jair Bolsonaro sem que fosse necessário fazer absolutamente nada do que Lula e o PT estão querendo agora; só no ano passado, importou 90 bilhões de dólares de produtos brasileiros, sobretudo alimentos, e deixou aquele saldo de 30 bilhões no balanço das compras e vendas. O que Lula e o PT têm a ver com esse sucesso?

No final de todas as contas, o Brasil está presenteando a China com algo que nenhum país sério entrega a licença de não pagar em divisas, ou em dinheiro de verdade, o que compra dos brasileiros. [Detalhe que o ilustre J. R. Guzzo, não cita: o Brasil não é um país sério; caso fosse Lula não estaria presidente e sim recolhido ao presídio pagando seus crimes, dos quais NÃO FOI INOCENTADO.]  

A isso se chamava, até outro dia, de entreguismo.

J.R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 

 

domingo, 16 de abril de 2023

Dólar, yuan e idiotice - O Estado de S. Paulo

J. R. Guzzo

Países, empresas e pessoas de todo o mundo não querem real, yuan nem peso argentino

O gênio de Millôr Fernandes deu ao Brasil o imortal Ministério das Perguntas Cretinas. 
Agora, neste governo Lula 3, torna-se urgente a criação do Ministério das Declarações Cretinas. Objetivo: receber e deixar registrada, com número de protocolo e tudo mais, a espetacular produção de frases idiotas por parte do presidente da República, seus ministros, sua mulher – enfim, todo mundo que tem alguma coisa a ver com o governo. Ele já não inventou 37 ministérios? Não custa inventar mais um; passaria a haver para o público, aí, a possibilidade de obter algum tipo de certificado oficial para atestar a estupidez das coisas que o governo não para de falar – e, eventualmente, se defender delas em alguma Vara da nossa Justiça.
 
É um vulcão em atividade máxima. Para ficar só nesta viagem à China, Lula disse quenão entende” por que o mundo “é obrigado a usar o dólar” no comércio internacional, em vez das moedas de cada país; pensa nisso toda noite. 
 Por que o Brasil e a China, diz ele, teriam de comerciar em dólar, e não em real e yuan – ou peso argentino, talvez? 
Não é preciso perder o sono por causa disso, presidente; ninguém obriga ninguém a usar o dólar em seus negócios.  
Os países, as empresas e as pessoas de todo o mundo usam o dólar porque essa é a moeda que eles querem, ponto final – não querem real, yuan nem peso argentino. Por que Lula não tenta comprar com seus reais, nesse tempo todo que passa no exterior, uma caixinha de chicletes? Ele iria ver, aí.

O presidente quer que o Brasil receba em yuans as exportações que faz para a China, e pague em reais as compras que faz lá. E a partir daí: o que ele vai fazer com esses yuans todos? 
Poderia, por exemplo, pagar com yuans um barril de petróleo da Arábia Saudita, ou um Boeing dos Estados Unidos, ou uma caixa de charuto cubano? Para isso tudo é preciso ter dólar; se não quer mais dólar, vai pagar com quê? 
Não se sabe, também, o que a China, ou qualquer país do mundo, faria com os reais de Lula – a não ser pagar os produtos que compra do próprio Brasil, o que, no fim das contas, nos deixaria sem dólar nenhum.
 
Lula também pediu “tolerância” dos credores com a Argentina. Como assim?
A Argentina não paga o que deve, pede mais dinheiro emprestado e está com inflação de 100% ao ano. 
O que ele quer que os credores façam?  
Sua mulher, visivelmente sem saber do que estava falando, festejou a volta dos impostos sobre as comprinhas mais modestas feitas na internet; ela acha, acredite se quiser, que são “as empresas”, e não os consumidores, que vão pagar. É isso, e só isso, o tempo todo. Poderiam falar menos – mas aí já é esperar demais.
J. R. Guzzo, colunista - O Estado de S. Paulo