Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador Miss Espanha. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Miss Espanha. Mostrar todas as postagens

domingo, 10 de julho de 2022

Ilusões perdidas - O Estado de S. Paulo

As sanções contra a Rússia foram um fracasso miserável; quem ficou isolado foram Europa e EUA

Uma das melhores piadas do ano, com certeza, é esse Boris Johnson, que até outro dia despachava como primeiro-ministro da Grã-Bretanha. Johnson, um dos mais excitados militantes das represálias econômicas contra a Rússia, em castigo pela invasão da Ucrânia, deu como certo, mais de uma vez: “Putin está morto”.  
Na sua análise dos fatos, ele garantia que as sanções que os países da Europa e os Estados Unidos socaram em cima da Rússia tinham transformado o presidente Vladimir Putin em farinha de rosca; a economia russa seria destruída, a população iria se levantar em revolta e o regime seria  derrubado. 
 Aconteceu o contrário. Putin continua na sua cadeira, com popularidade de 80%. 
O rublo está mais forte hoje do que quando as sanções começaram. 
O superávit da Rússia na balança comercial é de US$ 250 bilhões, o dobro do que foi no ano anterior à guerra. 
Mais de US$ 1 bilhão entra a cada dia no país em petróleo e gás
Em compensação, Boris Johnson é o mais recente político desempregado do Primeiro Mundo – acaba de ser posto para fora do governo.
 
O primeiro-ministro britânico Boris Johnson anunciou sua renúncia na última quinta-feira, 7, devido a desgaste no governo, perda de apoio em seu próprio partido e queda de popularidade.
 
 As sanções econômicas contra a Rússia, que iriam liquidar Putin, acabar com a guerra e levar a Ucrânia à vitória, foram um fracasso miserável.  
Europeus e americanos acharam que estavam dando um espetáculo mundial de unidade, força e virtude com a sua política de extermínio econômico total. 
Mas foram completamente ignorados pelo resto do mundo, da China ao Brasil, da Ásia à África, que continuaram seu comércio normal com a Rússia.   Houve declarações educadas de condenação “à guerra” e de incentivo ao bem, mas em dinheiro, que é bom, ninguém mexeu. 
O resultado é que quem ficou isolado foram a Europa e os Estados Unidos; são eles, e não a Rússia, que estão hoje em crise econômica, com crescimento perto do zero e inflação perto dos 10% ao ano. Acharam que iam quebrar a Rússia fechando lojas da Gucci. Não entenderam nada. [comentário envaidecido: apesar de uma guerra não ser razão para nossa felicidade, nem de ninguém, o nosso estado de orgulho se  deve a que apesar de nossa notória ignorância também em economia, desde o inicio do conflito - quando era crime ousar afirmar o óbvio: que a Rússia ganharia a guerra (ela derrotou a poderosa Wehrmacht de  Hitler e também Napoleão) - já defendíamos a pouca eficácia das sanções e que a maior parte da Europa, notadamente Alemanha, depende do gás e petróleo russo e que substituir as fontes de suprimento é tarefa complexa e demorada. Nossos "dois leitores" tomaram conhecimento desde o inicio da guerra de que a Ucrânia seria a perdedora.
A ilusão era tamanha que que o senador estridente cogitou de ingressar com ação no Supremo para que um dos ministros determinasse ao presidente Bolsonaro que,  no prazo máximo de dois dias,  declarasse total apoio à Ucrânia e ordenasse para o Brasil votar em qualquer foro mundial contra a Rússia - as chances do senador Rodrigues ser atendido eram de 9 a 2.
Os fatos agora provam que estávamos com a razão, condição que somada à  incompetência do abortista que preside os EUA - que consolidará Putin como um estadista de DIREITA - nos deixa orgulhosos,  apesar da lamentável condição do  povo ucraniano.
Encerramos,  lembrando que a tragédia é fruto do ex-palhaço,  que ainda preside a Ucrânia,  arranjar  uma guerra para a Otan batalhar, que, por sua vez,   desejando mostrar que ainda tem alguma utilidade incentivou o Zelensky confiando que ele levaria a Ucrânia à guerra e com o apoio dos discursos seria vencedor. Lamentamos pelo bravo povo ucraniano.]
 
As sanções são uma lição admirável sobre a caixinha de ilusões, cálculos errados e arrogância mental em que vivem os países de Primeiro Mundo e os seus governozinhos globaloides, medíocres e metidos a besta.  
Europeus e americanos continuam convencidos de que os seus problemas são os problemas do resto do mundo. 
Estão aflitos com a proibição das sacolas de plástico, a participação de “transgêneros” no concurso de Miss Espanha e a alta na temperatura média na Groenlândiae acham que todos têm de estar também. 
 Seus desejos, da mesma forma, têm de ser os desejos dos 8 bilhões  de habitantes da Terra, do combate ao "racismo sistêmico", até a vitória da Ucrânia. O fiasco das sanções mostra o quanto estão perdido.  

J. R. Guzzo, colunista - O Estado de S. Paulo