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sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

O pior divórcio do mundo: a mulher traiu o xeque e ele pagará 700 milhões - Blog Mundialista

O pacote, recorde na Inglaterra, inclui segurança para proteger os filhos da princesa Haya do próprio pai, o emir de Dubai  

Nem os ex-casais russos que eventualmente disputam milhões nos tribunais ingleses conseguiram competir em matéria de revelações escandalosas – ou apenas estonteantes, pelas quantias envolvidas – com o divórcio da princesa Haya e do xeque Mohammed Bin Rashid Al-Makhtoum, que além de reinar sobre Dubai também é primeiro-ministro dos Emirados Árabes Unidos, a constelação de micro países do Golfo Pérsico movidos a petrodólares.

Não adiantou a cara feia: Al-Makhtoum tentou, mas não conseguiu escapar de um divórcio à inglesa Ali Haider/EFE

A decisão já saiu: o xeque vai ter que participar com 700 milhões de dólares para manter o padrão de vida de Haya e dos dois filhos menores, Jalila, de 14 anos, e Zayed, de nove. E que padrão. Um exemplo: durante umas férias em que as coisas ainda corriam bem, o casal gastou o equivalente a 2,6 milhões de dólares só em morangos.

Entre outros pertences, Haya, que é filha do falecido rei Hussein da Jordânia e deu um salto quântico em matéria de status financeiro quando se tornou a sexta mulher concomitante do xeque, pediu a devolução de suas roupas de alta costura avaliadas em 85 milhões de dólares. As joias são mais modestas: só 25 milhões de dólares. Empregados para servir mãe e filhos, 80. Mesada das crianças, 13 milhões de dólares por ano.

Haya saiu escondida de Dubai em 2019 e se instalou em seu palacete em Londres, dizendo temer o marido, acusado de mandar sequestrar duas de suas próprias filhas para impedir que escapassem de sua esfera de influência. Na época, o xeque, que faz poesia pela internet, insinuou deslealdades. Muito possivelmente já sabia que Haya havia tido um caso com um segurança da equipe inglesa, Russell Flowers, um ex-militar bonitão.Durante o processo, vieram à tona detalhes dolorosos. Haya foi chantageada pelos seguranças para que não revelassem o romance.

 “Amigos” de Flowers dizem que não foi exatamente assim: ele assinou um contrato de confidencialidade, equivalente a 1,6 milhão de dólares, para não falar sobre o assunto até o fim da vida.

O xeque, que é dono da maior rede de haras do mundo e através do mundo das corridas de cavalo se aproximou da família real inglesa, não ficou sentando, quietinho, enquanto corria o processo, obviamente com os mais caros advogados do mercado londrino. Mandou espionar, justamente, a chefe da equipe contratada por Haya, Fiona Shakleton, que é membro da Câmara dos Lordes. Seus agentes usaram tecnologia vendida pelo NSO Group, empresa israelense já enrolada na espionagem do saudita Jamal Khashoggi, morto e esquartejado no consulado em Istambul.

Os advogados do xeque tentaram evitar reiteradamente que a espionagem fosse revelada, invocando inclusive a condição de governante estrangeiro de Al-Makhtoum. Perderam. A própria NSO, através de seus representantes, informou ao tribunal que havia detectado um uso “não contratual” do Pegasus, o incrível software que invade qualquer celular no mundo e é vendido para combater terrorismo e outras ameaças à segurança de estado.

Outra revelação de derrubar o queixo: o emir de Dubai tentou comprar um palacete vizinho ao da ex-mulher só para espioná-la melhor. Por causa dessas manobras, Al-Makhtoum foi considerado uma ameaça aos próprios filhos e a enorme quantia destinada a segurança na sentença de divórcio visa a protegê-los do próprio pai.  O juiz Philip Moor disse que, de maneira “única”, a “maior ameaça” à princesa e às crianças provém do próprio xeque e “não de fontes externas”.

As varas de família são extremamente favoráveis às mulheres em processos de divórcio, em especial no que diz respeito à divisão meio a meio do patrimônio e à manutenção do padrão de vida que desfrutavam durante o casamento. Por isso, estrangeiras com residência no país recorrem às cortes de Sua Majestade. Existe até uma expressão, “turismo de divórcio”.

As esposas de oligarcas russos e milionários árabes pegam carona nesse sistema. No processo que era recorde até o de Haya, a mulher do magnata russo do gás Farkhad Arkhmedov, Tatiana, ganhou exatamente 41,5% do seu patrimônio de 1,3 bilhão de dólares. Ele não pagou e a mãe processou o próprio filho, Timur, por conspirar com o pai para esconder a fortuna, um caso de descrer na espécie humana, como tantos outros dessa esfera.

A fortuna pessoal de Al-Makhtoum é calculada em quatro bilhões de dólares, mas obviamente ele e a numerosa família desfrutam também das benesses de estado. O emir, um título equivalente ao de príncipe e comandante, construiu uma cidade-estado cheia de atrações turísticas mirabolantes e vantagens para empresas estrangeiras, um modelo afetado pela pandemia, mas que mira no longo prazo, num mundo pós-combustíveis fósseis.

A modernidade de Dubai convive com o estilo de vida bem tradicional dos muçulmanos mais conservadores, com estrita separação entre os sexos fora da família e mulheres cobertas por um manto negro da cabeça aos pés quando saem à rua. Nos velhos tempos, Haya poderia sofrer a pena capital reservada às mulheres infiéis. Se tivesse continuado em Dubai, provavelmente seria confinada em algum palácio sem nenhum acesso ao mundo exterior – como aconteceu com as filhas rebeldes do xeque, agora aparentemente “reformadas”.

Em Londres, estará livre para desfrutar o dinheiro que o ex-marido, muito contra a vontade, terá que dar. O pacote é vitalício e inclui até 7 milhões de dólares para que a princesa jordaniana, que já foi amazona competitiva, compre e mantenha cavalos de raça. Também vai dar para pagar os morangos, embora seja difícil imaginar como um ser humano gasta mais de dois milhões de dólares nisso numa temporada de férias.

Vilma Gryzinski - Blog Mundialista - VEJA

 

quarta-feira, 20 de outubro de 2021

Coup d´Presse - Arapongas em festa - DefesaNet

Crusoé delira e tenta proteger os agentes que operavam com o juiz Sergio Moro, muitos desde Curitiba

Nota DefesaNet

Há uma obsessão fálica com o assunto “Inteligência” em parte da mídia (ligada ao Juiz Sérgio Moro) e no Supremo Tribunal Federal.

Os motivos são vários, podendo ser listados:

- A Famosa interferência do Presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal e o impedimento doeste de nomear o próprio diretor Geral. Assim como a tentativa de obstruir a ação da ABIN.

- Ação de do Ministro Moraes de proteger a equipe de Moro na Polícia Federal. Esta equipe foi treinada e praticamente responde aos interesses do Departamento de Justiça do Estados Unidos assim como o ex-Ministro Moro.

- Outro ponto importante é a ação de tentar cegar o Governo Brasileiro.

 

Entre outras questões que DefesaNet tratará oportunamente.

Infelizmente este artigo tem uma base na área de Guerra Eletrônica do Exército Brasileiro, que tem sistematicamente negado-se a dar seguimento à implementação de sistemas compatíveis para o Governo Federal de enfrentar o espectro de Guerra Eletrônica atual no Planalto Central.

O Editor

Fábio Leite
Patrick Camporez
Crusoé
15 Outubro 2021

Na onda do desejo de Jair Bolsonaro de ter um sistema de inteligência eficiente a seu serviço, os órgãos oficiais registram investimentos recordes na área e se equipam com tecnologia de ponta que inclui até satélites de vigilância e software invasivos
 
A obsessão de Jair Bolsonaro com o aparato de inteligência do governo ficou escancarada na fatídica reunião ministerial de abril do ano passado, aquela mesma que levou à demissão do então ministro Sergio Moro, em meio à pressão do presidente para interferir na Polícia Federal. Naquele dia, Bolsonaro cobrou mais eficiência dos serviços oficiais de informações. Disse que eles deveriam municiá-lo, seguindo o padrão de seu “sistema particular de informações”. A intenção estava clara. Enquanto Bolsonaro pedia mais empenho, uma parte do sistema já funcionava de acordo com as suas conveniências. A Agência Brasileira de Inteligência, vinculada ao gabinete presidencial e comandada por um fiel aliado, por exemplo, movia-se para tentar livrar o senador Flávio Bolsonaro das acusações de desvio de dinheiro na Assembleia Legislativa fluminense.

A ação em favor do filho 01 do presidente levou parlamentares a questionar no Supremo Tribunal Federal a atuação da chamada “ABIN paralela”, como ficou conhecido o aparato informal montado nas franjas dos órgãos oficiais por auxiliares da confiança de Bolsonaro. Em resposta, a corte deu nas últimas semanas um duro recado contra o uso político dos serviços de informação do governo, que, como o leitor verá nesta reportagem, tiveram seus orçamentos turbinados na atual administração.

Desde a posse de Bolsonaro, em 2019, onze órgãos públicos foram incluídos no Sisbin, o sistema criado juntamente com a ABIN, há 21 anos, para compartilhamento de dados de inteligência.

Entre os órgãos que passaram a integrá-lo estão a Agência Nacional de Telecomunicações, a Anatel, o Departamento Nacional de Trânsito, o Denatran, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, o ICMBio, o Ministério da Educação, e a Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça, criada em 2019 por Sergio Moro para facilitar a cooperação entre as polícias no combate a organizações criminosas – o setor é o mesmo que, na gestão de André Mendonça no Ministério da Justiça, foi usado para elaborar um dossiê sobre professores de universidades públicas que se opõem ao governo.[detalhe curioso: vários órgãos que nada tem a ver com a inteligência possuem acesso a informações sigilosas, acesso que por decisão do STF,ministra Cármen  Lúcia, é negado à ABIN, exceto mediante prévia autorização do Poder Judiciário - pouco importa que ocorra vazamento do pedido e com isso o sigilo vá para o espaço.]

Responsável por abastecer o presidente da República com informações estratégicas para proteger o estado, a ABIN tem sido prestigiada pelo Planalto desde que o vereador Carlos Bolsonaro, filho 02 do presidente, emplacou Alexandre Ramagem no comando da agência, em junho de 2019.
Logo no ano seguinte, o primeiro em que orçamento foi elaborado pelo próprio governo Bolsonaro, a ABIN desembolsou 112,5 milhões de reais nas chamadas “ações de inteligência” – uma alta de 32% em relação à soma empenhada em 2019, em valores corrigidos pela inflação. Isso em pleno período de pandemia.

As vacas gordas chegaram, também, aos serviços de inteligência das Forças Armadas, que também têm sido bastante demandados pelo governo. O Ministério da Defesa registrou empenhos de 10,4 milhões de reais em “ações de caráter sigiloso” – o maior gasto com esse tipo específico de despesa desde 2014. Os gastos do serviço secreto militar extrapolam as despesas sigilosas. Apenas em 2020, o Centro de Inteligência do Exército empenhou 26,6 milhões de reais. Já o da Marinha assinou despesas na ordem de 2,5 milhões de reais.

A bonança do setor de inteligência, que contrasta com os cortes nas contas de órgãos chaves do governo, como os ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia, também se refletiu nas despesas com diárias e passagens dos agentes em “ações de inteligência”. Só a ABIN gastou 4 milhões de reais no primeiro ano da pandemia, em que viagens em geral foram reduzidas por causa do isolamento social adotado na maior parte do Brasil e em vários países do mundo.

No ano passado, a agência também movimentou 8,6 milhões de reais com “serviços de caráter secreto ou reservado” e mais 18 milhões com a aquisição de “equipamento e material sigiloso” – com direito a contratos com empresas secretas no exterior. Nesses casos, informações detalhadas sobre quem são os fornecedores contratados ou mesmo sobre o objeto dos contratos são mantidas em segredo, sob a justificativa de que é preciso resguardar a “segurança da sociedade e do estado”.

Com as burras cheias, e o aval do governo para gastar, o setor tem ampliado suas ambições. Escudada sob o guarda-chuva do sigilo, a ABIN procurou a empresa israelense NSO Group para negociar a compra do Pegasus, um sistema de espionagem que é considerado um dos mais invasivos do mundo, por permitir que seus operadores acessem, sem autorização judicial, dispositivos eletrônicos de qualquer cidadão.

A tecnologia permite que telefones sejam invadidos e espionados sem que o usuário precise clicar em algum arquivo infectado – a despeito das tratativas, a agência garante que não chegou a adquirir o sistema. Nas mãos de governos autoritários de outras partes do mundo, o programa foi usado para espionar mais de 50 mil pessoas, entre políticos, ativistas, líderes religiosos e jornalistas, segundo reportagem publicada em julho por grandes jornais europeus e americanos.

Em 2020, os centros de inteligência das três Forças Armadas empenharam um total de 9,3 milhões de reais em favor da empresa norte-americana Verint, que fornece aparelhos usados na obtenção de “inteligência para dispositivos móveis”. Os pagamentos são intermediados pela Comissão Naval Brasileira em Londres e pela Comissão do Exército em Washington, um braço da força militar usado para fazer aquisições de produtos e equipamentos no exterior. Os investimentos alcançam outras áreas da inteligência federal.

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Já a Polícia Federal investiu 49 milhões de reais na contratação de serviços da empresa americana Planet Labs, para ter acesso a imagens de satélites pelo período de um ano. A justificativa inicial era monitorar desmatamentos e queimadas, mas o escopo se revelou muito maior. A teia de pequenos satélites em órbita, que produzem imagens de altíssima resolução, também pode ser usada para monitorar pessoas e empresas. A tecnologia pode, por exemplo, verificar, dia após dia, o entra e sai de veículos e pessoas em uma residência comum.

A tecnologia possibilita a cobertura de todo o planeta, desviando até das manchas de chuva. A contratação ocorreu sem licitação, sob o argumento de que a empresa entrega um serviço único, que nenhuma outra oferece. O acesso ao sistema também foi disponibilizado para a ABIN. Os agentes podem consultar as imagens de qualquer ponto de interesse, acionando um programa em seus celulares. Peritos da PF ouvidos por Crusoé afirmam que, “se o serviço cair em mãos erradas“, pode ser facilmente usado para arapongagem ilegal.

Com verbas federais, órgãos de inteligência e de segurança que costumam abastecer a ABIN com informações também vêm se fartando. No Distrito Federal, a Polícia Civil tenta desde o ano passado modificar um convênio firmado em 2018, com o Ministério da Justiça, para adquirir sistema de espionagem com custo estimado de 6,3 milhões de reais. O sistema GI2-S é usado para localizar aparelhos de celular com precisão e permite a interceptação de ligações, mensagens de texto e até a ativação à distância do microfone dos dispositivos do alvo, para escuta ambiental.

“O recurso de escuta permite ao usuário do GI2 ativar o microfone do dispositivo do alvo e ouvir secretamente nas imediações”, diz um trecho do expediente encaminhado pela corporação ao Ministério da Justiça. A compra só não foi adiante porque tinha que ser feita mediante licitação. A proposta observa que estados como Espírito Santo e São Paulo já compraram o sistema e “têm feito uso bem-sucedido da ferramenta”.

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A instância que deveria fiscalizar o trabalho de espionagem do governo é a Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência. O colegiado, no entanto, pouco se reuniu desde que Bolsonaro chegou ao poder. Em agosto, Augusto Heleno e Alexandre Ramagem chegaram a ser ouvidos por parlamentares em audiência secreta, mas pouco foi esclarecido, por exemplo, sobre a atuação da “ABIN paralela” de Bolsonaro. Os dois disseram apenas que a agência executa suas atribuições legais e que as acusações de desvio de finalidade são “fantasiosas”.

Para Lucas Rezende, professor do programa de pós-graduação em Relações Internacionais da Universidade Federal de Santa Catarina, o crescimento sem controle da capacidade de inteligência, em um governo militarizado e pouco transparente como o de Jair Bolsonaro, representa uma ameaça à privacidade e às garantias individuais. “Os serviços de inteligência brasileiros não saíram ainda da lógica da ditadura militar. Eles seguem militarizados, sem nenhuma transparência para a sociedade e sob uma lógica de investigação da própria população brasileira, não de ameaças externas. Os avanços significativos que ocorreram para ampliar a transparência retrocederam de forma muito acelerada sob o atual governo”, afirma Rezende.

Em tempo: depois que Alexandre Ramagem e sua turma se apossaram da ABIN, e a Polícia Federal também passou ao controle de delegados tidos como leais a Bolsonaro, não houve mais qualquer registro de queixas do presidente quanto ao desempenho dos serviços oficiais de informação.

A arte da Inteligência é assunto de Estado e deve ser primeira prioridade de uma nação
A reclamação do Presidente Jair Bolsonaro sobre a falta de informações de inteligência levanta um assunto de extrema relevância.


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