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terça-feira, 16 de outubro de 2018

Uma agenda de confusões

Como a perspectiva do poder embriaga, Bolsonaro já aumenta os custos políticos do eventual governo 

Jair Bolsonaro se consolida como favorito. Além de manter a vantagem obtida no primeiro turno, com 18 pontos à frente, conseguiu inverter o fluxo da rejeição eleitoral, agora liderada por Fernando Haddad. Como a perspectiva do poder embriaga, Bolsonaro já aumenta os custos políticos do eventual governo. Semana passada, no Rio, celebrou com aliados políticos e religiosos a vitória no primeiro turno, com 49 milhões de votos. “Depois de Israel, o próximo país que vou visitar é os Estados Unidos, ok?”, avisou.


Na plateia, muitos perceberam nesse aviso de viagem o eco de uma promessa de Bolsonaro a sionistas cristãos feita em outubro do ano passado, na Nova Inglaterra (EUA): se eleito, vai transferir a embaixada do Brasil em Israel, de Tel-Aviv para Jerusalém, cidade sagrada para judeus. [Bolsonaro não está impedido de visitar Israel e sim deve dar as relações com aquele país a prioridade que tal relacionamento merecer  em função dos interesses comerciais, o que o coloca depois dos Estados Unidos e mais algumas dezenas de países.
E, certamente, a promessa de mudança da embaixada brasileira não será efetuada - vai contra a política de contenção de gastos que o capitão deve estabelecer.
Antes de tudo, o compromisso de Bolsonaro é com o Brasil, com os brasileiros, com a recuperação da economia, não havendo compromisso com sionistas cristãos.]


Significaria uma reversão em meio século de política externa do Brasil, com alinhamento às prioridades do governo Donald Trump e, também, ao governo conservador de Israel. Desde 1967, o Brasil vincula o status de Jerusalém ao reconhecimento das fronteiras de duas nações, Israel e o Estado palestino. A reação à promessa de Bolsonaro já é perceptível entre diplomatas de nações islâmicas. Consideram provável uma revisão do comércio do Brasil com 57 países, entre eles 22 árabes — destino de 25% das exportações brasileiras de carne. O China, ao anunciar mudanças no rumo da privatização do grupo Eletrobras: “Você vai deixar nossa energia na mão do chinês?”, argumentou em entrevista à Band. [qualquer medida que Bolsonaro adotar será, obviamente, analisada em todos os aspectos, especialmente o da SOBERANIA NACIONAL; 
óbvio que a grande imprensa, infelizmente, maximiza qualquer interpretação negativa  que qualquer comentário de Bolsonaro suscite.
Fico a imaginar a quantidade imensa de digestivos que  grande parte dos cardeais da grande imprensa terão que ingerir para engolir a vitória de Bolsonaro a partir do próximo dia 28.
Sempre que encontram algum espaço eles insistem que pode, apesar de reconhecerem ser dificil, uma reversão e Haddad ganhar; esquecem que além de necessitar de milhões de votos para ultrapassar Bolsonaro, os fanáticos do poste petista esquecem que Bolsonaro também vai subir - pode perder votos mas ganhará também.]

A China comprou 21 empresas brasileiras, investindo US$ 21 bilhões nos últimos três anos. Mas o candidato acha que as relações com os chineses devem passar pelo prisma do alinhamento com Washington, em guerra comercial com Pequim. Em uma semana, Bolsonaro abriu focos de potencial conflito com países cujas populações, somadas, representam metade dos habitantes do planeta. E ainda nem foi eleito. [eleito Bolsonaro adotará medidas mais de acordo com os interesses do Brasil e certamente perceberá que é conveniente um bom relacionamento com o Estado hebreu, mas, sem desprestigiar as Nações árabes.
Agora piada é a do site 247, petistas fanáticos, que chamam de provisória a vantagem de Bolsonaro sobre o poste petista - vantagem que supera os 20.000.000 de votos. ]

José Casado, jornalista - O Globo