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quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

Cadeira cativa no lado errado da história - Percival Puggina


[Para a foto ser completa, faltou a foto de um muar (com nossas desculpas aos muares.) ]

         Escrevo sobre a frase de Lula a respeito da guerra entre Israel e o Hamas:

“O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu. Quando Hitler resolveu matar os judeus

Pois é. Se Lula fosse judeu e estivesse sentado na cadeira de Netanyahu é óbvio que a estas alturas já teria tomado meia dúzia de chopes com Al-Synvar. O terrorista teria trazido seus reféns de volta para aconchego familiar em Israel e, meio sem jeito, diria a Lula “Foi mal!”. 

Lula, por sua vez, encerraria o ciclo de negociações bebuns com um “Desculpa qualquer coisa, companheiro” e voltado cambaleante para casa. Mas Lula não é judeu, não é primeiro ministro de Israel, Al-Synvar é terrorista casca grossa e não bebe.

Então, como cidadão brasileiro, se pudesse falar a Lula, lhe diria o mesmo que o rei Juan Carlos I, de Espanha, disse a Hugo Chávez em novembro de 2007: “Por que no te callas?”. Mania essa de ficar, sempre, no lado errado da História, arrastando suas vítimas à mesma perdição!

Para quem não lembra, escolher o lado errado é uma síndrome petista. Querem ver?

  1. O petismo foi contra a Constituição Federal (ele a queria mais socialista);
  2. Foi contra o Plano Real;
  3. Foi contra o pagamento da dívida externa;
  4. É contra as privatizações;
  5. É contra a Lei de Responsabilidade Fiscal
  6. É contra o teto de gastos;
  7. É contra o agronegócio;
  8. É contra o marco temporal e quer entregar tradicionais áreas de lavoura aos índios;
  9. Apoia as estripulias imobiliárias dos quilombolas;
  10. É contra o direito de propriedade;
  11. É contra o direito de herança;
  12. Quer implantar a novilíngua e impor a tirania do “politicamente correto”;
  13. Apoia, sustenta e agora alimenta as ditaduras de esquerda;
  14. Quer impor a censura das opiniões;
  15. Quer patrulhar as redes sociais;
  16. Criou o MST que promove invasões;
  17. Incentiva conflitos, quer sejam de classe, quer sejam identitários;
  18. Condena a atividade policial e protege a criminalidade;
  19. Quer desarmar as instituições policiais;
  20. Manifestamente entende que direitos humanos são privativos de bandidos e companheiros;
  21. Quer políticas de desarmamento dos cidadãos de bem;
  22. Jamais cogita em tomar as armas dos bandidos e enfrentar os estados paralelos das organizações criminosas;
  23. Opõe-se à redução da maioridade penal;
  24. Possui verdadeira fobia por presídios e órgãos de segurança;
  25. Vale-se da laicidade do Estado para sufocar os valores cristãos, relegando-os ao silêncio das consciências individuais, mas libera e estimula o ataque furioso e multiforme a esses mesmos valores;
  26. Transforma as salas de aula em laboratório de encolhimento de cérebros e formação de militantes;
  27. É contra a escola sem ideologia, homeschooling e escola cívico-militar;
  28. Defende o aborto e naturaliza sua prática;
  29. Oficializa o racismo com leis de quotas;
  30. Criou e instituiu o Foro de São Paulo;
  31. Aparelha a administração pública e os poderes de Estado com seus filiados e aliados;
  32. Onde exerce o poder, defende toda pluralidade, menos a de expressão divergente, mesmo quando amplamente majoritária;
  33. Financia obras para companheiros e governos maus pagadores;
  34. Empenhou-se em impingir à sociedade o PNDH-3 e, agora, quer aplicar a ideologia do partido à rede de ensino com o programa da Conae;
  35. Proporcionou os dois maiores e mais rumorosos escândalos de corrupção deste século, o mensalão e o petrolão.
Tendo sido testemunha viva e atenta desse período da história republicana, conheço pessoas que se encantam com o lado desastroso da história e querem viver nele. 
Não entendo os que, recusando o inteiro pacote resumido acima, deixam cair os braços, afirmam estar tudo dominado, e repetem, sem cessar, que falar não resolve. Ora, se não resolvesse, Lula e seus consectários não incluiriam entre os objetivos estratégicos comuns os itens 14 e 15 acima.

Percival Puggina (79) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+. Membro da Academia Rio-Grandense de Letras.


sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

Corte de Haia determina que Israel tome medidas contra 'atos de genocídio' em Gaza ... - O Globo

A Corte Internacional de Justiça (CIJ) declarou nesta sexta-feira que a operação militar de Israel contra Gaza representa um risco plausível de danos irreversíveis e imediatos à população palestina em Gaza, determinando que o Estado judeu tome todas as medidas em seu poder para evitar violações da Convenção das Nações Unidas sobre Genocídio, de 1948, e permita a entrada de ajuda humanitária no enclave palestino.

A determinação não é um reconhecimento da prática de crime de genocídio por Israel — o que poderá ou não ser determinado apenas ao fim do julgamento do mérito do processo, que pode levar anos — e não atende à principal medida cautelar solicitada pela África do Sul, que pedia o fim da operação militar contra Gaza. 
Apesar disso, as medidas provisórias, que incluem o pedido para que Israel informe a Corte em 30 dias sobre seus esforços para cumprir suas determinações, pareceram uma repreensão para os israelenses e uma vitória moral para os palestinos.

— O Estado de Israel deve, em acordo com suas obrigações sob a Convenção Sobre a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio, em relação aos palestinos em Gaza, tomar todas as medidas em seu poder para prevenir o cometimento de todos os atos descritos no Artigo 2º da convenção — declarou a presidente da corte, a americana Joan Donoghue.

O artigo mencionado pela jurista na decisão define genocídio como os seguintes atos, desde que cometidos com a intenção de destruir "no todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso": a) matar membros do grupo; b) causar lesão grave à integridade física ou mental de membros do grupo; c) submeter intencionalmente o grupo a condição de existência capazes de ocasionar-lhe a destruição física total ou parcial; d) adotar medidas destinadas a impedir os nascimentos no seio de grupo; e) efetuar a transferência forçada de crianças do grupo para outro grupo.

A corte também disse que estar "gravemente preocupada" com o bem-estar de mais de 200 pessoas feitas reféns pelo Hamas durante os ataques de 7 de outubro de 2023, que deixaram 1,2 mil mortos, e pediu sua imediata libertação. A resposta de retaliação de Israel em Gaza já deixou mais de 26 mil mortos, segundo o Ministério de Saúde de Gaza, território que é controlado pelo Hamas desde 2007.

Veja as medidas cautelares determinadas pelo CIJ a Israel:

  • Tomar todas as medidas em seu poder para prevenir o cometimento de todos os atos descritos no Artigo 2º da convenção;
  • garantir, imediatamente, que seus militares não cometam nenhum ato descrito como genocídio pela convenção;
  • tomar todas as medidas para prevenir e punir incitações diretas e públicas sobre cometimento de genocídio em relação aos palestinos em Gaza;
  • tomar medidas efetivas para prevenir a destruição e garantir a preservação de evidências relacionadas a atos de genocídio contra palestinos em Gaza.;
  • submeter um relatório à Corte, dentro de um mês, mostrando o que fez para garantir que as medidas cautelares estão sendo colocadas em prática.

Todas as medidas cautelares determinadas pela Corte foram alcançadas por ampla maioria entre os juízes (por 16 votos a favor e 1 contra ou 15 a favor e 2 contra).

'Baita símbolo'

Para muitos israelenses, o fato de um Estado fundado após um genocídio ser acusado de outro é um "baita símbolo", disse ao New York Times Alon Pinkas, um comentarista político israelense e ex-embaixador.— Só o fato de sermos mencionados na mesma frase em que o conceito de genocídio é citado, não mesmo atrocidade, força desproporcional, crime de guerra, mas genocídio, é extremamente desconfortável — disse Pinkas.

Para muitos palestinos, apesar de a intervenção da CIJ trazer pouco alívio prático, há um breve sentimento de validação à sua causa, especialmente considerando-se que, sob sua perspectiva, Israel raramente é obrigado a prestar contas de suas ações. — A matança e a destruição continuam — disse Hanan Ashrawi, uma ex-autoridade palestina. — [Mas a decisão reflete] uma séria transformação na forma de percepção e tratamento de Israel globalmente: está prestando contas pela primeira vez, e perante a mais alta corte e por uma decisão quase unânime.

Contudo, para muitos israelenses, o mundo impõe a Israel um padrão mais alto do que à maioria dos outros países, com as determinações da CIJ parecendo o exemplo mais recente de preconceito contra o país em um fórum internacional. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reagiu à decisão classificando como "escandaloso" o caso de genocídio movido pela África do Sul. "A acusação de genocídio levantada contra Israel não é apenas falsa, é escandalosa, e pessoas decentes em todo o mundo deveriam rejeitá-la", disse em um vídeo.

A liderança do Hamas classificou a decisão como "importante" e disse contribuir para "isolar Israel e expor seus crimes em Gaza". A Autoridade Nacional Palestina afirmou que a decisão da CIJ mostra que "nenhum Estado está acima da lei". Os Estados Unidos, por sua vez, reiteraram sua posição de que as alegações de genocídio são "infundadas".

A África do Sul saudou as medidas provisórias ordenadas pela CIJ chamando-as de "uma vitória decisiva para o Estado de Direito internacional e um marco significativo na busca de justiça para o povo palestino".

“Em uma decisão histórica, a Corte Internacional de Justiça determinou que as ações de Israel em Gaza são plausivelmente genocidas e indicou medidas provisórias com base nisso”, diz o comunicado. "A África do Sul continuará a agir no âmbito das instituições de governança global para proteger os direitos, incluindo o direito fundamental à vida, dos palestinos em Gaza — que continuam em risco urgente, incluindo devido ao ataque militar israelense, à fome e às doenças — e para obter a aplicação justa e igualitária do direito internacional a todos."

Contexto da acusação

A acusação de genocídio contra Israel foi apresentada pela África do Sul no ano passado e começou a ser avaliada pelo tribunal internacional há duas semanas. 
Pretória acusa o Estado judeu de violações à Convenção sobre Genocídio durante a operação militar em Gaza. 
Israel já classificou o caso publicamente como difamação, e líderes políticos, como Netanyahu, puseram em dúvida o cumprimento de uma eventual decisão desfavorável. — Ninguém vai nos parar, nem Haia [sede da CIJ], nem o Eixo do Mal [Irã e grupos e países aliados no Oriente Médio] nem ninguém — afirmou o primeiro-ministro israelense em 14 de janeiro, dois dias depois de a defesa do país apresentar seus argumentos na CIJ.

A equipe jurídica sul-africana apresentou a denúncia na sede do tribunal, em Haia, em 11 de janeiro. O cerne da acusação foi demonstrar que o governo israelense teria demonstrado "intenção genocida" ao lançar sua operação contra Gaza. Para isso, os juristas apresentaram imagens da destruição e do impacto civil provocado pelas forças de Israel em Gaza, além de declarações públicas de autoridades do país que, sob a tese sul-africana, comprovam que houve uma tentativa de desumanizar o povo palestino e de sinalizar sua eliminação.

A África do Sul solicitou que a corte declarasse a suspensão das operações militares israelenses "em" e "contra" Gaza; a garantia de que os militares israelenses (ou quaisquer forças relacionadas) parassem as operações ofensivas; o fim do assassinato e deslocamento do povo palestino; a normalização do acesso a alimentos, água, infraestrutura e saúde; e que Israel tomasse "todas as medidas razoáveis ao seu alcance" para prevenir um genocídio.

Israel rebateu as acusações um dia depois da apresentação do caso pela África do Sul. A defesa tentou descaracterizar o argumento da acusação de que houve tentativa deliberada de destruição do povo palestino, apresentando a tese jurídica de que os impactos provocados por uma ação militar a civis não é o mesmo que o crime de genocídio.

Na quinta-feira, o New York Times revelou que Israel, como parte de sua defesa, apresentou à CIJ mais de 30 ordens antes secretas dadas por líderes governamentais e militares que, diz, mostrariam os esforços do país para diminuir as mortes entre os civis no enclave palestino.

Além disso, a equipe israelense também exibiu imagens da violência cometida pelo Hamas durante os ataques de 7 de outubro a Israel e acusou a equipe sul-africana de apresentar uma visão "totalmente distorcida" e manipuladora sobre os fatos ocorridos na região.

A decisão desta sexta-feira é apenas a primeira dentro de um processo que deve se arrastar por anos. A CIJ ainda precisa julgar o conteúdo material da acusação, ou seja, a suposta responsabilidade do Estado de Israel em crime de genocídio, para além das medidas emergenciais pedidas pela África do Sul.

De acordo com Sylvia Steiner, ex-juíza do Tribunal Penal Internacional (TPI), também em Haia, há diferentes desafios das cortes internacionais para determinar a responsabilidade em um caso de genocídio, em que a intenção de dizimar um grupo precisa ser evidente.— Aquilo que no começo do conflito a gente já dizia que se tratava de crimes de guerra, agora se alega que esses crimes de guerra têm um objetivo genocida — explicou ao GLOBO Steiner, única brasileira a já ter integrado o TPI. — Existem desafios de diferente natureza para provar o genocídio em uma corte internacional. No TPI, o mais difícil é determinar a responsabilidade penal individual, como o dolo e o nexo de causalidade entre as ações e o resultado. Por outro lado, determinar a responsabilidade do Estado, como a África do Sul está fazendo, é mais fácil pelo número de provas que podem ser coletadas.

Em Mundo - O Globo  - MATÉRIA COMPLETA

 

terça-feira, 9 de janeiro de 2024

Israel revela plano para futuro de Gaza após fim da guerra contra o Hamas

Ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, afirmou que o país quer manter o controle de segurança do território palestino

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, revelou um plano na noite de quinta-feira 4 para o futuro da Faixa de Gaza após o fim da guerra contra o grupo terrorista palestino Hamas, que governa o território há quase vinte anos. A medida ocorre após pressão de seu principal aliado, os Estados Unidos, por propostas concretas para a região

Entre os principais pontos do plano divulgado por Gallant estão:

  1. O controle de segurança de Gaza ficaria nas mãos de Israel após o Hamas ser derrotado, com a presença de soldados israelenses, mas não civis, no território;
  2. Um órgão palestino, ainda indefinido, mas guiado por Israel, seria responsável por gerir a administração diária do enclave, com funcionários públicos locais ou líderes comunitários;
  3. Os Estados Unidos, a União Europeia e outros parceiros regionais assumiriam a responsabilidade pela reconstrução do território, hoje praticamente reduzido a ruínas.

Além disso, o plano, que não é uma política oficial e ainda não foi aprovado por outros ministros, determina que a ofensiva de Israel em Gaza continuará até que os reféns, sequestrados em 7 de outubro, sejam libertados e as “capacidades militares e governativas” do Hamas, desmanteladas. Só depois começaria uma nova fase, durante a qual “o Hamas não controlará Gaza e não representará uma ameaça à segurança dos cidadãos de Israel”.

[Comentário: iniciamos destacando que não comentamos narrativas e sim fatos.
Ao nosso entendimento os fatos da presente matéria e outros, não deixam dúvidas que a matança contínua de civis palestinos, especialmente crianças e mulheres, somada ao radicalismo israelense, não deixam   dúvidas que as Forças Armadas de Israel promovem um genocídio contra o povo palestino, o que mais fortalece sua posição contrária a criação de um Estado Palestino]
Pressão americana
As propostas vieram a público logo antes de uma visita do secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, diplomata com duas missões no Oriente Médio: 
- evitar que a guerra transborde para outros países, 
- vire um conflito regional, e desenhar um futuro pós-guerra que inclua tanto os judeus quanto os palestinos.
 
O quadro delineado por Gallant difere totalmente das propostas dos Estados Unidos, que desejam ver uma Autoridade Palestina revitalizada – que governa a Cisjordânia, embora enfraquecida por crises de representatividade e de corrupçãono poder de Gaza
Além disso, Washington pleiteia novas negociações para a criação de um Estado palestino ao lado de Israel.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, descartou a proposta dos Estados Unidos.
 
Mundo - Revista VEJA


quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

Israel intensifica ataques no centro e sul de Gaza - UOL

Israel intensificou nesta quinta-feira (28) os ataques no sul e centro da Faixa de Gaza, onde a "fome e a desesperança" aumentam, segundo a ONU, após mais de dois meses de conflito. [comentando um fato: hoje, 28 de dezembro,  a Igreja Católica Romana, celebra o dia dos SANTOS INOCENTES - crianças inocentes, com idade inferior a 2 anos,  inocentes executados há mais de 2.000 anos, em Belém e circunvizinhança,  por ordem do Rei Herodes. 
Herodes, então rei dos Judeus, temia que JESUS CRISTO, citado como 'rei dos judeus', então com idade inferior a 2 se tornasse um rei terreno, depondo o tirano, praticante do judaísmo. 
Sem condições de identificar com exatidão o 'concorrente', Herodes ciente  que Jesus tinha idade inferior àquela, determinou que todas as crianças até dois anos de idade fossem sumariamente eliminadas. (São Mateus, 2.)
Hoje, mais de dois mil anos após aquele nefasto evento, crianças inocentes são abatidas em bombardeios efetuados pela Força Aérea de Israel - morticínio que se estende aos civis palestinos confinados na Faixa de Gaza.]

Um correspondente da AFP observou disparos de artilharia durante a noite em vários pontos de Gaza, como Khan Yunis, no sul do território palestino, onde se concentra uma parte significativa dos 1,9 milhão de deslocados de Gaza.

O Ministério da Saúde do Hamas anunciou na quarta-feira que mais 21.100 pessoas, a maioria mulheres e menores de idade, morreram em Gaza desde o início das operações militares israelenses.

 

 Os combates aumentaram de intensidade nesta quinta-feira na Faixa de Gaza, enquanto a ONU alertou para um grave perigo para a população.

Israel prometeu manter a campanha para destruir o Hamas como resposta ao ataque de 7 de outubro do movimento islamista, que deixou quase de 1.140 mortos em território israelense, a maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em informações divulgadas pelas autoridades do país.  O movimento palestino também sequestrou quase 250 pessoas, das quais 129 continuam como reféns.

As Forças Armadas israelenses anunciaram nesta quinta-feira que os bombardeios prosseguem em Khan Yunis, onde, segundo autoridades do país, se concentram parte dos milicianos do Hamas.  Também exibiram imagens dos soldados avançando nos túneis cavados pela organização islamista palestina perto do hospital pediátrico Al Rantisi, no oeste da cidade de Gaza.

O Ministério da Saúde do Hamas informou que bombardeios durante a madrugada provocaram mortes em Nuseirat e Deir al Balah.

Soldados israelenses 'pisam, humilham e cospem' em palestinos, denuncia ONU

Ataques de Israel em Gaza matam 240 palestinos em 24h, diz Hamas

Netanyahu diz que Hamas deve ser destruído para haver paz  [não é uma tarefa dificil para Israel destruir Gaza, condição que aponta como necessária para uma paz duradoura - milhares e milhares de civis palestinos estão sendo eliminados pela Forças Armadas de Israel, situação que inevitavelmente levará a destruição de toda a vida humana naquela região.]

- "Cessar-fogo duradouro" -

A pressão por uma trégua aumentou na quarta-feira, quando o presidente francês Emmanuel Macron insistiu, em uma conversa telefônica com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, na "necessidade de trabalhar para alcançar um cessar-fogo duradouro".

Ele também expressou uma "profunda preocupação" com o número de civis mortos em Gaza, informou seu gabinete em um comunicado. Desde que Israel impôs o cerco ao território no início da guerra, os moradores de Gaza enfrentam a escassez de comida, água, combustível e medicamentos.

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, também pediu uma trégua e afirmou que a comunidade internacional deve "adotar passos urgentes para aliviar o grave perigo que a população de Gaza enfrenta, que coloca em risco a capacidade dos trabalhadores humanitários de ajudar as pessoas com ferimentos graves, fome e que estão expostas a doenças".

Em um comunicado, a OMS afirmou que seus funcionários relataram que "pessoas com fome novamente interromperam nossos comboios com a esperança de encontrar comida".

"A fome e a desesperança aumentam no território palestino", lamentou.

- Quadrigêmeos em Gaza -

Uma das moradoras de Gaza, Iman al-Masry, deu à luz recentemente a quadrigêmeos em um hospital no sul de Gaza, depois de fugir da casa da família no norte do território, uma área devastada pela guerra.  A viagem "afetou minha gravidez", declarou a mulher de 28 anos, que teve dois meninos e duas meninas em um parto cesárea.

Ela precisou desocupar rapidamente o leito no hospital para dar espaço a outros pacientes, mas deixou um dos filhos no hospital porque ele estava com a saúde muito frágil para receber alta. "Estão muito magros", afirmou sobre os filhos em um abrigo improvisado em Deir al Balah.  "Com a falta de leite em pó para bebês, tento amamentá-los, mas não há nada nutritivo que eu possa comer para amamentar três bebês", lamentou.

No campo de refugiados de Al Maghazi, uma escola da ONU transformada em abrigo foi atingida por um bombardeio. "Eles dizem que existem zonas verdes e zonas com outras cores. São apenas boatos, não há zonas seguras em Gaza", declarou à AFP um homem no território que não revelou seu nome.

"A situação também é crítica em Rafah, no sul do território, onde vivem quase 1,5 milhão meio de habitantes", explicou Nedal Abu Shbeka, proprietário de uma loja de colchões. "Pessoas estão nas escolas, campos e outros lugares", disse, em referência ao número elevado de deslocados.

- "Ação direta" -

A guerra aumentou o temor de um conflito regional, com agressões frequentes entre Israel e o Hezbollah na fronteira com o Líbano, assim como os ataques dos rebeldes huthis do Iêmen contra navios no Mar Vermelho, em solidariedade com o Hamas.

Todos estes grupos são apoiados pelo Irã.

O porta-voz militar israelense, Daniel Hagari, sugeriu uma possível "expansão dos combates ao norte", na fronteira com o Líbano, cenário de trocas de tiros constantes entre as forças de Israel e o movimento islamista Hezbollah desde o início da guerra. A Guarda Revolucionária do Irã advertiu Israel que Teerã e seus aliados adotarão uma "ação direta" para vingar a morte do comandante Razi Moussavi, que ocorreu na segunda-feira em um ataque com mísseis na Síria atribuído às forças israelenses, que negam qualquer envolvimento.

Milhares de pessoas compareceram nesta quinta-feira ao funeral de Moussavi em Teerã. Ele era comandante da Força Qods, setor de operações no exterior e unidade de elite da Guarda Revolucionária, o exército ideológico do Irã. A violência também explodiu na Cisjordânia ocupada, com mais de 310 palestinos mortos por soldados ou colonos israelenses desde 7 de outubro, segundo o Ministério palestino da Saúde. Um palestino morreu na madrugada desta quinta-feira durante uma incursão do Exército israelense em Ramallah, depois que seis faleceram em circunstâncias similares na quarta-feira em outro ponto do território. A ONU pediu a Israel o "fim dos homicídios ilegais" na Cisjordânia ocupada.

UOL - Notícias

 

segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

Defesa de genocídio da população de Israel mostra que stalinismo viajou de Moscou para Harvard - Estadão

J. R. Guzzo

Estudantes de três das mais sagradas universidades dos Estados Unidos defenderam assassinato em massa de judeus e diretores se recusaram a dizer que a pregação era contrária aos estatutos e aos princípios éticos das universidades

Todas as vezes em que o Brasil baixa a um novo patamar em matéria de falência moral e se ouve as pessoas dizerem “eu quero ir embora deste país”, é bom olhar um pouco para os paraísos de Primeiríssimo Mundo e os níveis superiores de civilização que lhes são atribuídos pelo imaginário brasileiro. 
Não diminui em nada os problemas do Brasil, é claro. 
Mas mostra que não estamos sozinhos em nossas tragédias, e que a miragem de um mundo ideal lá fora é apenas isso – uma miragem. 
Os avanços extraordinários que essas sociedades souberam construir e oferecer para a humanidade estão sendo desmontados por uma ofensiva sem precedentes contra os direitos fundamentais das pessoas – da liberdade de pensamento à liberdade de discordar. 
Tentam reduzir, agora, o direito à vida.
 
Grupos de estudantes de três das mais sagradas universidades dos Estados Unidos – Harvard, MIT e Penn State, com suas anuidades próximas a R$ 300 mil e os seus Prêmios Nobel estão pregando, em manifestações públicas, o genocídio da população de Israel
Dizem que é a única solução para o “problema da Palestina”. 
É chocante ver que jovens colocados nas esferas mais altas da educação mundial defendem o assassinato em massa de judeus, como na Alemanha de Hitler. 
Mas bem pior é o apoio que recebem da direção das universidades onde estão matriculados.  
Chamados a depor numa comissão de inquérito do Congresso americano, os presidentes de Harvard, MIT e Penn State se recusaram, pergunta após pergunta, a dizer que a pregação do genocídio em seus campi era contrária aos estatutos e aos princípios éticos das universidades que dirigem.
 
Se você não é contra o genocídio, qual é a dedução que se pode fazer? 
Os presidentes quiseram mostrar que são neutros; acham que podem manter uma posição isenta diante do homicídio em massa. 
É óbvio que só conseguiram provocar um escândalo – que não chegou às manchetes, é claro, mas continua sendo um escândalo. 
Em seus depoimentos à comissão, disseram e repetiram, do começo ao fim, que a condenação das propostas de genocídio contra os judeus dependia do “contexto”. Como assim?  
Pregar a morte de seres humanos pode não ser ruim, conforme for o “contexto”? 
É o que dizem os reitores. 
 
A defesa do genocídio, segundo eles, só poderia sofrer objeções se passasse do “discurso aos atos”; enquanto for uma questão de “opinião pessoal”, dizem, está tudo bem.  
Quer dizer que para receber uma sanção disciplinar o aluno teria, fisicamente, de matar um judeu? É a conclusão possível. [um comentário sobre FATOS, sem considerar nenhum aspecto ideológico - somos totalmente contrários à defesa do genocídio, mas consideramos mais  grave é que Israel pode até não defender o genocídio dos palestinos, mas o executa, quando  mata milhares de civis palestinos indefesos.]

Certos vinhos, segundo os peritos, “viajam mal”. Certas visões de mundo também. O stalinismo viajou mal de Moscou para Harvard.

J. R. Guzzo, colunista - O Estado de S. Paulo


sexta-feira, 8 de dezembro de 2023

Oriente Médio - Brasil tem de ser rigoroso na triagem de quem está sendo trazido de Gaza

Vozes - Alexandre Garcia

Interior de avião da FAB adaptado para voo de repatriação de brasileiros em Israel.

Interior de avião da FAB adaptado para voo de repatriação de brasileiros em Israel.| Foto: João Risi/Audiovisual/Presidência da República

Na manhã desta quinta-feira está saindo da Base Aérea do Galeão um avião da Força Aérea Brasileira rumo ao Cairo. 
Há notícias de que na fronteira com o Egito, em Rafah, no extremo sul da Faixa de Gaza, há um grupo de 74 pessoas, futuros passageiros desse voo. 
Parece que só sete são brasileiros. 
Estavam lá visitando a família, esses brasileiros palestinos. 
Há uma família de Florianópolis, por exemplo, em que o pai foi para lá porque a mãe dele havia falecido, e ele foi surpreendido pela guerra. [Mantemos a nossa opinião contrária a que recursos públicos sejam utilizados para 'resgate' dos brasileiros que estão na região conflagrada.
Que o DESgoverno 'Da Silva' envide esforços diplomáticos para que os brasileiros em Gaza sejam libertados, é aceitável - mas SEM USO de recursos públicos = que arquem com os custos de passagens aéreas e terrestres, trânsito, etc.
O presidente petista quer fazer média barata na busca de sustentar seu ridículo projeto de posar de estadista.]
Muitos que vieram para o Brasil nesses voos não são nem sequer brasileiros natos: ou são naturalizados, ou têm alguma ligação com brasileiros, ou ainda pediram cidadania brasileira. 
Imagino que a filtragem esteja sendo bem rigorosa, porque há uma tradição, que já vem de uns 50 anos, de pessoas do Oriente Médio envolvidas em ações quentes que vêm “esfriar” na Tríplice Fronteira, lá por Foz do Iguaçu. 
Cumprem rigorosamente a lei brasileira para serem esquecidos no Oriente Médio. É preciso ter muito cuidado com isso, porque vivemos hoje em um mundo que está mais perigoso do que nunca. 
Vemos atentados na Europa com certa frequência; o Brasil tem fama de país pacífico – nos matamos entre nós, mas por aqui não há atentados políticos de grupos terroristas internacionais.
 
Pobre Amazônia: crime, conflito fundiário e guerra
Falando em violência, saiu um relatório do Foro Brasileiro de Segurança Pública mostrando que há, sim, estrangeiros, dissidências das Farc na Amazônia trabalhando com cocaína, fora o Comando Vermelho, o Primeiro Comando da Capital, mais 20 facções que se espalham e têm como ponto gerador os presídios da Amazônia, uma situação muito preocupante.  
Pobre Amazônia: ela já tem as ONGs estrangeiras, financiadas por governos estrangeiros, como está mostrando o relatório da CPI das ONGs, divulgado na quarta-feira. 
Tem os conflitos em áreas indígenas, como Apyterewa, por exemplo, alvo de uma discussão jurídica, porque o Incra botou gente lá e agora está tirando, depois que inventaram uma reserva indígena onde havia assentamento de colonos. 
E ainda temos Maduro ao norte. 
A Amazônia é praticamente a maior parte do Brasil, se considerarmos o território da Amazônia Legal, e tudo isso devia preocupar muito os brasileiros.

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Maduro está fora de controle; Lula poderia pará-lo, mas ele quer isso?
Na quarta-feira conversava com generais da reserva e eles me diziam que as pessoas não estão se dando conta da gravidade do que está acontecendo na nossa fronteira norte, na fronteira com Roraima e com o Pará, que é a Guiana, Essequibo e Venezuela. 
Já disse aqui que Lula talvez seja o único com poder de demover Maduro, porque Maduro é devedor de Lula politicamente. [uma opinião: Maduro já era - em sua estupidez (característica nata na corja esquerdista) deu aos EUA e seus pares a oportunidade de fazer com a Venezuela o que tentaram fazer com a Rússia e não conseguiram.] Lula pode e deve fazer isso, porque é um dever do chefe de Estado buscar a paz se tem o potencial para isso, mas não sei se Lula quer – e não sei se Maduro quer, porque ele é imprevisível, demagogo, quer mobilizar o povo em torno de uma causa. 
Foram 48% dos eleitores que apoiaram a anexação: dos 20,7 milhões de eleitores,  compareceram 10,5 milhões. Se 95% aprovaram, são 9,97 milhões de eleitores, ou 48% do eleitorado, a menos que tenha faltado gente porque foram embora para a Colômbia ou para o Brasil.
 
A Guiana foi colônia inglesa; não faz parte do sistema que tem o rei como chefe de Estado, como o Canadá, a Austrália e a Nova Zelândia, mas integra a Comunidade Britânica, tem o inglês como idioma.
Então, certamente vai haver proteção inglesa e também americana, porque as petroleiras americanas, que descobriram reservas de 11 bilhões de barris, devem estar atentas.
 
A Corte Internacional de Justiça determinou que não houvesse nenhuma movimentação do governo venezuelano, mas Maduro não deu a mínima.  
A Corte Internacional de Justiça é um órgão da ONU, mobilizado pelo próprio acordo de 1966 com que Maduro concorda, já que ele mesmo pediu que no referendo dessem o “sim” para esse acordo. 
Ele prevê a consulta à ONU; e a ONU respondeu, por meio de seu tribunal, mas ele não foi ouvido pela Venezuela. É algo que está fora do controle.

Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES