Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador Operação Dose Dupla. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Operação Dose Dupla. Mostrar todas as postagens

sábado, 16 de setembro de 2017

Sem dinheiro, Exército paralisa operações no Rio

Falta de verbas suspende ações de segurança das Forças Armadas no Rio

Soldados do Exército no Arco Metropolitano, na altura de Duque de Caxias - Pablo Jacob / Agência O Globo

Segundo CML, a corporação aguarda o "provimento de recursos orçamentários para o desencadeamento de novas operações"

Por falta de recursos orçamentários, as Forças Armadas não participaram das últimas ações integradas das Forças de Segurança no estado, entre elas, a Operação Constantinopla, realizada em Campos, na região Norte Fluminense do Rio, no dia 13, quando foram cumpridos cerca de 50 mandados de prisão. Segundo fontes da Segurança, das quatro operações realizadas com a participação das Forças Armadas, duas delas ainda não teriam os recursos orçamentários quitados, conforme antecipou o jornalista Ancelmo Gois em sua coluna nesta sexta-feira. Os gastos teriam, inclusive, saído de fontes de custeio destas unidades. Em nota, a seção de comunicação social do Comando Militar do Leste confirmou a suspensão provisória das ações no estado: "O Estado-Maior Conjunto, composto por representantes das três Forças Armadas e de órgãos de Segurança Pública federais e estaduais, permanece em condições de realizar o planejamento e a coordenação de ações integradas, mediante solicitação da Secretaria de Estado de Segurança (SESEG), e aguarda provimento de recursos orçamentários para o desencadeamento de novas operações. O balanço de operações é divulgado pela SESEG", diz a nota.

O emprego das Forças Armadas em novas operações no Rio foi decidido em julho passado, devido ao recrudescimento da violência no estado, com aumento dos casos de roubos de carga e conflitos em comunidades entre facções rivais e a polícia, em meio a grave crise financeira do Rio. Inicialmente o pedido era para que o Governo Federal liberasse recursos para o pagamento em atraso do RAS (Regime Adicional de Serviços). 

Foi quando, o governo federal decidiu implantar um plano nacional de ações integradas no país. Segundo o ministro da Defesa, Raul Jungmann, as forças atuariam de forma pontual, em operações programadas até, pelo menos, o final do mandato do presidente Temer, mas desde o último dia 21 de agosto, quando homens do Exército participaram de uma ação em sete comunidades da zona norte do Rio de Janeiro, entre elas , o Complexo do Chapadão, Manguinhos e Jacarezinho, os militares não voltaram às ruas.

De acordo com o CML, no entanto, o "Decreto do Poder Executivo de 28 de julho de 2017 e a Diretriz Ministerial Nº 16/2017, do Ministério da Defesa, que tratam do emprego das Forças Armadas para a Garantia da Lei e da Ordem em apoio às ações do Plano Nacional de Segurança Pública, no Estado do Rio de Janeiro" ainda está em vigor.
A falta de recursos também foi a tônica de declarações do próprio comandante do Exército.

“Conduzo seguidas reuniões sobre a gestão dos cortes orçamentários impostos ao @exercitooficial. Fazemos nosso dever de casa, mas há limites”, postou no seu twitter Villas Boas.

Outra operação conjunta ocorreu na Rodovia Presidente Dutra, na altura da Serra das Araras, no dia 10 e reuniu agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e policiais civis da Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme). Nela foram apreendidos três fuzis calibre 7,62, uma pistola calibre 45 e 2.019 balas, além de drogas, durante uma fiscalização na Rodovia Presidente Dutra, na altura da Serra das Araras. Foi a primeira ação conjunta entre forças federais e estaduais que terminou com apreensão de fuzis desde o início da operação integrada.

Em nota, a Secretaria de Estado de Segurança (Seseg), por meio das polícias Civil e Militar, com o apoio de Forças Federais (Marinha, Exército, Aeronáutica, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Força Nacional de Segurança Pública e Agência Brasileira de Inteligência) deflagrou, no último mês, três grandes operações. Denominadas Onerat (carga em latim), Dose Dupla (por abranger tráfico de drogas e roubos de veículos e pedestres) e Conisi (reforço em latim), as ações viabilizaram a prisão de 88 pessoas. Elas foram realizadas em pontos distintos da Região Metropolitana, incluindo Niterói e as Zonas Norte e Oeste da Capital.
"Enquanto as polícias Civil e Militar atuavam nas comunidades no cumprimento de mandados, as Forças Armadas ficaram responsáveis pelo cerco no entorno das áreas e garantindo a ordem sem que nenhum distúrbio tenha sido registrado nas grandes operações. A ação das Forças Armadas nas operações se soma a um extenso e exitoso histórico de ações integradas com a Seseg".
Segundo a Segurança, o trabalho com as outras forças de segurança continua. 


"A Força Nacional de Segurança Pública vem realizando operações de combate ao roubo de cargas e apoia várias ações das polícias, sendo que esta semana participou da Operação Constantinopla, responsável pela prisão de 43 criminosos de quadrilha de homicidas e traficantes na cidade de Campos, no norte fluminense. A Polícia Federal também participa do trabalho integrado com agentes, viaturas e aeronaves. Somados ao reforço da Polícia Rodoviária Federal nas estradas, o esforço das forças de segurança impacta positivamente nos indicadores de criminalidade".

Dados parciais do mês de agosto divulgados mostram que os roubos de cargas vêm apresentando redução em 2017 desde o mês de maio. Quando consideramos os delitos pela data do fato, a redução entre maio e agosto é de 27%. Cinco delegacias distritais responderam por quase 2/3 da redução observada entre esses meses - 21ª DP (Bonsucesso), 39ª DP (Pavuna), 40ª DP (Coelho Neto), 26ª DP (Lins de Vasconcelos) e 58ª DP (Posse). "É importante ressaltar também a queda dos roubos de carga na AISP 03 - que abrange Lins de Vasconcelos, Méier, Jacarezinho e Bandeira 2 - locais onde foram deflagradas duas operações integradas em agosto (Onerat e Conisi). Naquela região, os roubos de carga apresentaram redução de 34% entre julho e agosto", informou a assessoria da Seseg em nota.

Fonte: O Globo


terça-feira, 29 de agosto de 2017

Presença das Forças Armadas no Rio completa um mês; balanço é positivo

O reforço da Forças Armadas na segurança do Rio de Janeiro completa um mês hoje (19), com a presença de 10 mil agentes federais no estado.  

 O porta-voz do Comando Militar do Leste, coronel Roberto Itamar, fez um balanço positivo desse primeiro mês, mas disse que ainda é cedo para se fazer uma análise mais detalhada dos resultados.  A operação tem vigência até o final do ano, podendo ser prorrogada até dezembro de 2018, conforme divulgado pelo presidente Michel Temer. “É um prazo ainda curto para se fazer uma análise mais detalhada dos resultados das operações. Principalmente porque o plano tem uma previsão de duração até o fim do ano que vem. Além disso, é um plano nacional, que envolve atividades em áreas de fronteiras, em outros estados, um plano de grande complexidade, que não é possível avaliar ainda”, disse.

Iniciada em 28 de julho, a Operação Rio quer Segurança e Paz conta com 8,5 mil militares das Forças Armadas, que já atuaram em quatro oportunidades neste primeiro mês.  Após a primeira fase do plano, que foi de reconhecimento para ambientar os militares com a área de atuação, foram feitas três grandes operações.  A primeira, a Operação Onerat, no Complexo do Lins, foi feita no dia 5 de agosto e durou cinco dias, com início logo após a assinatura do decreto de Garantia da Lei e da Ordem, que autorizou a atuação das tropas na segurança pública do estado. A  segunda, a Operação Dose Dupla, ocorreu em Niterói, no dia 16 deste mês, seguida de ações em sete comunidades da zona norte da cidade, no último dia 21, que terminaram com 16 presos.

O porta-voz do Comando Militar do Leste disse que as organizações criminosas têm mudado a forma de agir, pulverizando a distribuição de armas pelos bairros, o que dificulta o trabalho. Ele garantiu, no entanto, que não existe no Rio de Janeiro área na qual o Estado e o Poder Público não possam entrar.

Roubos de carga
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, desde o início da Operação Égide, que já dura 45 dias, o número de roubos de carga diminuiu 44,51% nas rodovias federais de acesso ao Rio. Para o diretor de Segurança do Sindicato de Empresas de Transporte Rodoviário e Logística do Rio de Janeiro (Sindicarga), coronel Venâncio Moura, a presença dos agentes federais contribuiu para a diminuição no roubo de cargas, mas o impacto poderia ter sido bem maior nesse primeiro mês.
“Devemos chegar na casa dos 650 roubos neste mês de agosto. Em agosto do ano passado, foram 759 roubos. Vemos uma queda aproximada de 15%. Esperávamos uma queda maior, pois com o efetivo de mais 10 mil homens no território a expectativa é que inibiria mais a ação dos ladrões. Mas a queda, mesmo que seja pequena, é uma vitória para nós”.

Desde o início do ano, foram registrados quase 7 mil roubos de carga, enquanto em todo o ano passado foram computados 9.950 roubos, segundo dados do Instituto de Segurança Pública. A média de roubo atualmente é de 20 por dia.  O representante do sindicato disse que após o reforço das Forças Armadas na região metropolitana, os bandidos migraram para outras regiões, como Baixada Fluminense, Magé e Itaboraí.

Fonte: Agência Brasil - *Colaborou Lígia Souto, repórter do Radiojornalismo