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quinta-feira, 15 de novembro de 2018

Brasileiro é condenado a prisão perpétua [3, três penas de prisão perpetua] na Espanha por matar parentes

[Justiça da Espanha = um exemplo a ser seguido no Brasil; fosse seguido vermes como o casal Nardoni, Suzane von Richthofen, irmãos Cravinho e outros assassinos do mesmo tipo, não  estariam usufruindo de saidões e mesmo prisão em regime semiaberto.

Presidente Bolsonaro, aproveite a força que o senhor tem de quase 60.000.000 de votos e na primeira semana de janeiro 2019 apresente projeto de lei aumentando as penas que forem possíveis de majoração  - a um exame açodado, me parece que a denominação 'prisão permanente revisável' permite superar o obstáculo criado existente na 'constituição cidadã' que, em substituição a expressão 'pena de prisão perpétua', se valeu do subterfúgio de usar 'penas de caráter perpétuo'.]
A Justiça da Espanha condenou nesta quinta-feira, 15, o brasileiro Patrick Nogueira a prisão permanente revisável, pena máxima prevista no Código Penal espanhol que se assemelha à perpétua, porém, pode ser revista depois do cumprimento de 25 anos de cadeia.   Nogueira assassinou seus tios e dois primos em uma casa na cidade de Pioz, em agosto de 2016.  O jovem, de 22 anos, confessou os crimes durante o julgamento que ocorreu em um tribunal em Guadalajara, a aproximadamente 60 km da capital Madri. [as penas exatas foram três de prisão perpétua:
- uma pelo assassinato de duas crianças (um primo e uma prima), outra pelo assassinato do tio e a terceira por ter cometido múltiplos assassinatos;
 - foi também condenado a 25 anos de prisão pelo assassinato da tia.
pela legislação espanhola as três penas de prisão perpétua podem ser revistas - uma, duas ou mesmo as três - após o cumprimento da pena  de 25 anos (sendo este o motivo da pena perpétua ser chamada de prisão permanente revisável.]


O tribunal seguiu a sentença solicitada pela acusação e até levou em consideração à tese da Defesa, dizendo que Patrick Nogueira sofre de uma "anormalidade cerebral". No entanto, no momento do fato, a juíza sentenciou que isso não limitou seja a capacidade de conhecer e entender o que estava fazendo. Trazendo o caso para o contexto jurídico brasileiro, não há equivalência a nenhum processo penal e nem semelhança com a prisão permanente revisável, que já é comum na Espanha. 
François Patrick Nogueira sentou no banco dos réus no dia 24 de outubro, na Espanha (Crédito: Reprodução/TV Cabo Branco)

O crime
Patrick Nogueira chegou à casa onde seus tios viviam em Pioz, cidade perto de Guadalajara, em 17 de Agosto de 2016, com pizzas e uma mochila, na qual continha um facão, luvas, sacos de lixo e fita lacre. Ele comeu acompanhado de sua tia Janaína e, quando ela estava na cozinha lavando a louça, matou-a dando-lhe dois cortes no pescoço com o facão. Ele fez isso na presença dos primos, María Carolina, de 3 anos e 10 meses, e Davi, de um ano e meio, que também foram mortos com facadas no pescoço. 

Enquanto cometia os crimes, ele trocava mensagens por Whatsapp com um amigo brasileiro, Marvin Henriques, investigado por suposta cumplicidade. Finalmente, ele esperou a chegada do tio, que foi surpreso com 14 golpes de faca no pescoço. Ele chegou a esquartejar os corpos e colocar em um saco de lixo, mas o caso foi descoberto um mês depois por causa do cheiro que emanava da casa.

 AFP


segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Brasileiro que assassinou parentes na Espanha tinha ‘desejo incontrolável de matar’

O jovem brasileiro acusado do assassinato de quatro parentes na Espanha confessou ter sucumbido a um “desejo incontrolável de matar”, segundo os investigadores, que afirmaram que, após o crime, ele seguiu tranquilamente com sua vida.

Os investigadores da Guarda Civil realizaram uma coletiva de imprensa para declarar o caso “policialmente fechado” e fornecer detalhes dos assassinatos cometidos por François Patrick Nogueira Gouveia, que esquartejou seus tios e matou os dois filhos pequenos do casal.  Depois de admitir “parcialmente” os crimes, segundo um tribunal de instrução, François Patrick foi indiciado na sexta-feira por dois crimes de assassinato e dois de homicídio, e preso sem a possibilidade de fiança.

O jovem de 19 anos confessou que tinha “um desejo incontrolável de matar e que inclusive estava consciente dele” quando foi à casa de seus familiares em Pioz (60 km a leste de Madri) no dia 17 de agosto, indicou o comandante da Guarda Civil, Juan Jesús Reina.
“Patrick sabia claramente o que estava fazendo”, tanto que carregava sacos plásticos, fita isolante e uma navalha, detalhou Reina.  “Ele nos fala a todo momento que não está louco”, contou o guarda civil, que o descreveu como uma pessoa solitária, egocêntrica e narcisista, propensa a beber e a fumar.

Depois que a tia Janaína Santos Américo o deixou entrar, a matou na cozinha com a navalha, mas diz não se lembrar do assassinato das duas crianças, de um e quatro anos, indicou Reina.  Horas mais tarde seu tio Marcos Campos chegou, e ele o matou no corredor.
Depois de esquartejar os adultos e colocar seus corpos em sacos plásticos, François Patrick tomou banho, descansou por algumas horas e partiu na manhã seguinte para retornar a sua “vida normal”, disse Reina.

Enviou do telefone celular de seu tio, fazendo-se passar por ele, uma mensagem ao locador da casa para avisar que atrasaria o pagamento do aluguel, o que aumenta as suspeitas de que planejava retornar ao local, embora nunca o tenha feito.  A arrepiante cena do crime foi descoberta um mês mais tarde, quando um vizinho alertou devido ao mau cheiro. Na ocasião, o jovem viajou apressadamente ao Brasil. No entanto, na quarta-feira passada retornou voluntariamente à Espanha e se entregou.

Embora o motivo do crime ainda não esteja claro, segundo Reina o jovem sentia uma animosidade pelo tio, a quem insultou diante de várias testemunhas.  Reina acrescentou que há detalhes que François Patrick não confessou, provavelmente porque não quer que sua família conheça “a monstruosidade que fez”.

Fonte: AFP