Além das incontáveis “Fake News” produzidas pelo “Mercado” e viralizadas
via redes sociais da Internet, o 2º Turno eleitoreiro começou com os candidatos
presidenciais Jair Bolsonaro e Fernando Haddad, no mínimo, faltando com a verdade
sobre a negativa de planos para mudança na Constituição. Em entrevista ao vivo
ao Jornal Nacional da Rede Globo, só faltou os candidatos do PSL e do PT
encenaram o teatrinho de que “é imexível” a Constituição de 1988, que completou
recentemente 30 anos. Por que não se pode mudar uma Constituição ruim.
Os presidenciáveis e seus grupos têm motivações diferentes para mudar a
Carta (demagogicamente) “Cidadã”, mas que na verdade é a “vilã” causadora
principal da insuportável crise institucional brasileira. O PT já admite que
“mudou de idéia sobre nova Constituição”, porém deseja fazer emendas
constitucionais. O objetivo da petelândia é ter amparo legal para ampliar o
poder da máquina estatal já aparelhada por seus militantes profissionais. O
Comunismo – disfarçado de social-democracia – quer mais poder para tutelar a
sociedade (comunistas não falam no indivíduo; só tratam o cidadão robotizado
pelo coletivismo).
Já os apoiadores e defensores de Jair Bolsonaro (pelo menos os com cérebro
funcionando) sabem que é necessária e fundamental, no mínimo, uma reforma
constitucional, preservando quase a totalidade das “cláusulas pétreas”. Parte-se
do pressuposto de que o Brasil não vai evoluir, crescer e se desenvolver de
verdade sem plena Segurança legal, jurídica, política e individual. Por isso, é
imprescindível uma nova Constituição liberal que não prescreva intervenções
estatais abusivas na vida do cidadão e do empreendedor.
Qualquer um com bom senso sabe que é fundamental uma Constituição clara,
enxuta, regulamentada, para ser efetivamente cumprida, sem precisar, o tempo
todo, de interpretações feitas por ministros (escolhidos politicamente) do
Supremo Tribunal Federal. A Constituição de 1988 é tão ruim que nem prevê
punição para quem não cumpre a própria Constituição e as leis. É tão ruim e
prolixa que alimenta a insegurança jurídica (agravada pelas supremas
interpretações). É tão ruim que foi moldada para um País parlamentarista,
embora dê sustentação ao desastroso Presidencialismo de coalizão (mas que só
opera na base da colisão).
O “Mecanismo” é que não deseja mudanças, principalmente na Constituição.
O Judiciário (incluindo o Ministério Público) também não quer que nada mude. A
turma do “Judasciário” – com cabeça feita pelas regrinhas comuno-socialistas-democratas
– deseja que tudo fique do mesmo “jeitinho”. Uma Constituição como a de 1988 é perfeita
para os “judasciaristas” terem hegemonia sobre os poderes Executivo,
Legislativo e o Militar. Nossa atual Constituição simplesmente não pode ser
considerada “democrática” porque não assegura a plena segurança do Direito.
Por que não se pode discutir, livremente, uma proposta de mudança
constitucional? Por que não se pode mudar uma Constituição tão ruim? O
indivíduo brasileiro (comumente chamado de povo) detém o poder originário,
instituinte. O cidadão e seus representantes eleitos têm capacidade e
legitimidade de aprimorar e mudar as instituições de maneira pacífica, através
de mudanças constitucionais, após amplo, livre e longo debate. É isso que a
maioria esmagadora que votou domingo deseja...
O cidadão só precisa tomar cuidado para avaliar, corretamente, quais as
intenções por trás de quem deseja mudar a Constituição. Ontem, no JN, Fernando
Haddad e Jair Bolsonaro, claramente, fizeram discursos para não queimar o filme
em plena guerra do 2º turno. Tenso demais ontem, Bolsonaro podia ter sido um
pouco mais sincero no compromisso com as mudanças. A Globo, que deu espaço a
ambos, joga no time do Judiciário e das oligarquias que não querem mudanças
estruturais. O JN nos fez de otários – como viciadamente acontece...
Ficou no ar uma impressão de que tempos sombrios nos espreitam... Tomara
que seja apenas uma impressão... A verdadeira democracia ainda
existirá no Brasil! Ela nos exige o trabalho persistente, o suor e muitas
vezes, as nossas lágrimas.