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terça-feira, 7 de julho de 2020

Resumo da ópera - Nas entrelinhas

“Enquanto uma parte da população corre do coronavírus e outra vai atrás do pão de cada dia, “como uma nau dos insensatos, o governo Bolsonaro continua sem ministros da Saúde e da Educação

O governo comemorou, ontem, os resultados da arrecadação de maio e junho, que indicam uma reação da economia.
Os analistas do mercado avaliam que o país já teria sido ejetado do fundo do poço. 
Em economia, otimismo faz muita diferença; por isso mesmo, esse é o tipo de avaliação que todo mundo torce para que seja verdadeira, exceto os adeptos do “quanto pior, melhor”, que torcem para tudo dar errado. [os adeptos do 'quanto pior, melhor', são os que também integram a 'turma do mecanismo', são inimigos do presidente Bolsonaro e, por extensão, inimigos do Brasil, da liberdade e da democracia verdadeira - defendem uma adaptada aos seus interesses que não são republicanos.] Segundo dados da Receita Federal, a emissão de notas fiscais no mês de junho chegou a R$ 23,9 bilhões em vendas/dia, o que representa um crescimento de 10% em relação a junho de 2019. Nas redes sociais, o Palácio do Planalto comemorou, lançando uma campanha no estilo “pra frente, Brasil”. [o Brasil é uma terra abençoada por DEUS, que é brasileiro;

vai se erguer, o agronegócio vai sustentar a recuperação econômica, a pandemia começa a arrefecer - não vai funcionar a tese que começam a ventilar, da transmissão aérea (a aérea, resultante de um espirro ou acesso de tosse de alguém contaminado, sempre existiu e pode ser contida pela máscara.

Mas, a aérea trazida pelo vento de centenas de metros do do local do espirro, não existe - se existisse o mundo já teria acabado com milhões e milhões de mortes.

Começa a ser divulgada por ser interessante a prolongação da pandemia por mais alguns meses ou mesmo anos.
Brasil, acima de todos! DEUS, acima de tudo!]

O aumento de arrecadação em maio (9,1%) e junho (15,6%) coincide com um aumento da produção industrial de 7% em maio, depois de um tombo acumulado de 26,3% em março e abril, o que já foi suficiente para os analistas reverem as projeções para a recessão deste ano, reduzindo-as para 6,4%, quando se dizia que seria de 9% a 12%. O boletim Focus do Banco Central, que avalia os humores do mercado financeiro, estimou a recessão em 6,5%. De qualquer maneira, uma recessão dessa ordem não é para fritar bolinho. A rápida adaptação dos setores de comércio e serviços ao home office e às vendas pela internet, a dinâmica do agronegócio e a manutenção de certo nível das atividades industriais, aliada à injeção de recursos no mercado por meio do auxílio emergencial de R$ 600, nos últimos três meses, contribuíram para que a economia não parasse.

Não se pode descartar o impacto do afrouxamento da política de distanciamento social nesses resultados, ainda que o outro lado da moeda seja o alto custo em termos de impacto no sistema hospitalar e no número de mortes. O Brasil já tem mais de 65 mil mortes, sendo o segundo do mundo em número de óbitos e infectados, com 1,6 milhão de casos confirmados, segundo a Universidade Johns Hopkins, atrás apenas dos Estados Unidos. Isso representa 12% das mortes e 14% dos casos no planeta, com grande número de mortes por milhão de habitantes: mais de 300. Com quase 700 mil casos de infecções pelo novo coronavírus, a Índia é o país que mais se aproxima de nós, com 24 mil novos casos nas últimas 24h. O número de mortes na Índia ainda é relativamente baixo: 19,6 mil. Desde 1º de junho, porém, a epidemia cresceu exponencialmente naquele país, por causa das medidas de relaxamento da quarentena. Mumbai, Nova Déli e Madras, as principais cidades indianas, são os centros de propagação exponencial da epidemia. Um templo da capital foi transformado em hospital de campanha para 10 mil pessoas. [Lamentavelmente a imprensa não destaca o número de recuperados - o governo estilo 'vacilão' também não divulga com destaque.
Tomando Brasília como referência o número de RECUPERADOS nas últimas 24 horas é SUPERIOR ao de infectados.

O número de recuperados, tomando como  referência os últimos dez dias, tem crescido em proporção maior do que o dos infectados, sendo que nas últimas 24 horas ultrapassou àquele número.
Considerando o total  geral de recuperados, se constata que  já supera os 80% do total geral de infectados.

EM TEMPO: se o presidente Bolsonaro estiver infectado, há grande possibilidade, que tenha sido contaminado no almoço realizado sábado, 4, na Embaixada dos EUA, comemorando a independência da terra do Trump.] 

Enquanto uma parte da população corre do coronavírus e outra vai atrás do pão de cada dia, o governo Bolsonaro continua sem ministro da Saúde: interino na pasta, o general Eduardo Pazuello é um capacete sobre a cadeira. A “imunização de rebanho” dispensa um ministro de verdade. A situação na Educação também é caótica, pois o governo ainda não tem um ministro para a pasta. O cargo é alvo de uma queda de braços entre os filhos de Bolsonaro, os militares e os partidos do Centrão. [é lamentável que o presidente Bolsonaro ainda aceite que seus filhos, que não tiveram votos para presidente - sequer foram candidatos, interfiram em  nomeações.
Mais triste  é o guru de Virgínia ainda ter voz no governo Bolsonaro.] São mais de 100 dias sem aulas, sendo que apenas 15 estados mantêm efetivo controle sobre a frequência dos alunos, que é muito baixa. Como no Sistema Unificado de Saúde (SUS), a pandemia também escancarou, na Educação, as abissais desigualdades sociais existentes no Brasil.


E la nave va [aos nossos dois leitores:
façam um favor a vocês mesmo e leiam o parágrafo abaixo.]
Como na alegoria de Federico Fellini sobre a nau dos insensatos (a sátira de Sebastian Brant), e la nave va. Lembrei-me do filme por causa da morte do grande compositor e maestro Ennio Morricone (Era uma vez no Oeste), o favorito do diretor Sérgio Leoni. O compositor preferido de Fellini era Nino Rota, que morreu em abril de 1979.

Em vez de chamar Morricone para fazer as músicas de sua obra-prima, Fellini optou por sua única trilha não-original. Deu à película um caráter de cortejo fúnebre, operístico, com personagens excêntricos como passageiros do navio Glória: matronas, palhaços, tenores, sopranos, pervertidos sexuais, uma equipe de jornalismo e um rinoceronte são embalados pela La Forza del Destino, de Giuseppe Verdi, e outras óperas, de Bellini, Tchaikovsky e Rossini. Diria Machado de Assis (Dom Casmurro), Deus criou o planeta para que Satanás encenasse a ópera.

Com febre alta e muitas dores, o presidente Bolsonaro está com suspeita de Covid-19. Pode ser dengue.

Nas Entrelinhas - Luiz Carlos Azedo, jornalista - Correio Braziliense





quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Celso Amorim e a diplomacia do mal

Poucos políticos trouxeram tanta vergonha e prejuízo ao país quanto Celso Amorim, agora candidato de Lula para o governo do Rio de Janeiro.


Prometi anteriormente tratar de algumas “proezas” de Celso Amorim, o “Celsinho da Embrafilme”, à frente do Ministério das Relações Exteriores na Era Lula (toda ela coadjuvada pelo Foro de São Paulo).  Antes, é preciso dizer que Amorim  aboletou-se no Itamaraty por acaso. (Tal como, por exemplo,  Zé Sarney, o sátrapa, feito presidente depois da morte de Tancredo Neves). Vamos à historieta: no seu breve governo, Itamar Franco, entronado no Planalto depois da deposição de Collor, queria fazer de Zé Aparecido, um cupincha da politicalha mineira, ministro das Relações Exteriores (e depois, segundo desejo confesso, conduzi-lo como candidato oficial à presidência da República).
Mas Aparecido, conhecido como o “Zé das Medalhas”, ficou doente e não pôde assumir o cargo. Então, na emergência, entrou Amorim, o anti-diplomata que o Brasil teria a obrigação de desterrar mas a quem nenhum país democrático do mundo deveria conceder agrément.

A trajetória de Celso Amorim é cheia de peripécias. Ele foi cria ideológica de Leon Hirszman, proto-comunista que fincou as bases do “centralismo democrático” soviético no mistifório do Cinema Novo rico tupiniquim. Como sabem todos, o “centralismo democrático”, esquema político-ditatorial bolado por Lênin, consistia em “ouvir as bases” (desorganizadas ou não) para, em seguida, ao cabo de debates em assembleias fajutas, “centralizar” as decisões nas mãos da cúpula do politburo – vale dizer, nas mãos dele próprio.

Voltemos à diplomacia: Carl von Clausewitz, estrategista militar prussiano, repetia que a guerra é a continuação da política por outros meios. Nem tanto, nem tanto. Ou por outra: se ele tivesse provado da anti-diplomacia de Celso Amorim diria, como o ator e  comediante Will Rogers, que “certos diplomatas são tão essenciais para começar uma guerra quanto os militares em findá-las”.
(Nota: à frente da Embrafilme, Amorim canalizou os recursos de uma conquista vigorosa dos produtores do cinema nativo, o adicional de bilheteria, para enfiar nos filmes de propaganda esquerdista do Cinema Novo rico. Ele terminou expulso da empresa estatal por abuso do velhaco “centralismo democrático”: nomeado pelo então General Figueiredo, presidente da República, Amorim, atuando como uma espécie de agente provocador, financiou, entre outros, “Pra Frente Brasil”, filme que, a pretexto de narrar uma “prisão por engano”, caluniava deliberadamente os militares – pois, como se sabe, nunca houve “prisão por engano” durante os anos de chumbo, quem era preso tinha sua cota de culpa no cartório da subversão).

É verdade que Celso Amorim, para iniciar sua “guerra absoluta”, não gerenciou sozinho a fracassada Diplomacia do Mal. Acima dele havia o “chanceler informal” e “assessor de assuntos internacionais do PT”, Marco Aurélio Garcia, o obsceno “MAG Top Top, que cumpria fielmente o papel de cadelinha amestrada de Fidel Castro, em especial na difusão do patológico  anti-americanismo levado à cabo pelo milionário Foro de São Paulo financiado por Lula. E, para completar a artilharia, havia ainda ao lado de Amorim, desde os tempos da Embrafilme, a figura obcecada de “Samuca” Pinheiro Guimarães, cujo ódio ideológico aos americanos ultrapassava a soma da vastidão de três desertos.

A Diplomacia do Mal do governo de Luiz Inácio tinha três objetivos básicos, a saber:
1 – Boicotar a todo custo a Área de Livre Comércio das Américas (ALCA), notável acordo proposto pelos americanos – e que permitiria otimizar a economia do hemisfério, a envolver, à época, mais de 800 milhões de habitantes dispondo de um PIB (Produto Interno Bruto) de US$ 11 trilhões.
2 – Fazer o Brasil tomar assento na cadeira permanente do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas, a dispendiosa (mas inoperante) ONU, enfiando, para atingir tal objetivo, bilhões de dólares no aliciamento da compra de votos de insolventes países terceiro-mundistas. E pior: na sua pretensão desvairada, assumir os pesados e descartáveis gastos internacionais, entre eles, o de manter tropas em “missão de paz” no Haiti (ao custo de US$ 100 milhões anuais) para, com essa estroinice, demonstrar nosso poder de influência sobre “os destinos do mundo” – e, por extensão, consagrar o corrupto Lula como um “líder internacional”.
(O resultado da aventura irresponsável foi a morte por suicídio do general Urano Teixeira da Matta Bacelar, comandante de uma força de ocupação militar do Brasil no conflagrado Haiti. O general, homem tranquilo e seguro, contando com o respeito dos pares e o afeto familiar, não encontrava sentido em se gastar milhões de dólares e a vida dos seus comandados para vigiar as violentas favelas de Porto Príncipe – antros de marginais, sequestradores ou simplesmente ladrões. Diante do abismo, indignado, o disciplinado militar resolveu lavrar seu protesto e deu um tiro na boca. Peritos da própria ONU chegaram a conclusão de que ele se matou).
3 – Ordenar e financiar, a partir de deliberações do Foro de São Paulo, a formação no hemisfério sul de um beligerante Eixo do Mal, constituído por países como Cuba, Bolívia, Venezuela, Equador, Uruguai, Guatemala, República Dominicana etc., com a finalidade não apenas de sabotar a ALCA, mas, em especial, de votar e fazer coro contra os Estados Unidos nas manejáveis assembléias da ONU.

Para intensificar o selvagem anti-americanismo, a generalidade desses países – alguns comprometidos com o narcotráfico, contrabando de armas e o terror – recebia empréstimos milionários sacados (sem resgate) do BNDES e consideráveis investimentos advindos dos cofres da Petrobras via empreiteiras altamente corruptas. Os casos da Bolívia e do Equador, ambos integrantes do Eixo do Mal, são ostensivos.

Evo Morales, por exemplo, se apossou na mão grande dos campos de gás explorados legalmente pela Petrobras na Bolívia, ocupando-os com tropas do seu exército. Diante da violência, Amorim disse apenas que o ato “da forma como foi feito não estava nas previsões do Brasil”,  mas que não haveria “reação física” da empresa. Pior: para indignação do povo brasileiro, o Índio Ensebado aumentou em quase 100% o preço do gás exportado e ainda obteve milhões de dólares do governo de Lula para investir em obras do “país aliado”.

Mais complicado, porém não menos humilhante, foi a forma adotada pelo subditador Rafael Correa para não pagar 200 milhões de dólares tomados do BNDES para construir uma hidrelétrica no Equador: ele embargou, por “falha nas obras”, os bens da construtora Odebrecht, e foi além: disse que não pagaria mais o valor do empréstimo concedido e ainda exigiu 42 milhões de dólares na indenização. Não satisfeito, garantiu que ia expulsar a Petrobras do Equador, tal como fez com a Odebrecht. No final da trágica farsa, o subditador ficou com o petróleo e os bens da Petrobras, que se limitou a receber pequena remuneração por serviços prestados. De quebra, ainda anunciou, de Quito, novos créditos do Brasil para “áreas sociais”.

A diplomacia de Amorim, candidato do corrupto Lula ao governo do malfadado Rio de Janeiro, tem muito mais. Dela nos ocuparemos no próximo artigo.
Até.

Ipojuca Pontes, cineasta, jornalista, e autor de livros como ‘A Era Lula‘, ‘Cultura e Desenvolvimento‘ e ‘Politicamente Corretíssimos’, é um dos mais antigos colunistas do Mídia Sem Máscara. Também é conferencista e foi secretário Nacional da Cultura.